Aspectos epidemiológicos de enfermidades transmissíveis e não transmissíveis: da região sul do estado do Tocantins
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Sobre este e-book
Além disso, pesquisou-se a educação permanente em saúde do SUS de Gurupi/TO. A abordagem qualitativa e as entrevistas foram as técnicas utilizadas. Os dados coletados revelaram a necessidade de formação do pessoal. Foram apresentadas também algumas alternativas para a obtenção dos resultados.
Este compêndio trouxe conhecimentos imprescindíveis para os pais, educadores e jovens em geral, no que diz respeito a um dos mais importantes assuntos que se deve ter consciência: a gravidez na adolescência. A investigação angariou informações também sobre o tratamento dentário em crianças. Ela revelou que algumas doenças bucais devem ser descobertas na fase infantil visto que podem afetar todo o período de vida.
O conjunto de informações alcançadas neste livro foram relevantes para lidar com o idoso do futuro próximo. As pesquisas atuais são muito centralizadas em medicamentos e os resultados mostraram que há necessidade de expandir o conhecimento acerca desse objeto.
A exploração do tempo de aleitamento materno demonstrou a necessidade de intervenção nas políticas públicas sobre o efeito do período de nutrição do bebê durante o crescimento infantil.
Além disso, os escritores atingiram uma compreensão mais ampla desse conteúdo ao estudar as múltiplas relações que influenciam o preparo das gestantes para a amamentação. Houve contribuição meritória dos autores quando expandiram a experiência já adquirida.
Os pesquisadores consideraram as doenças epidêmicas e o leitor perceberá o aporte nesse desiderato, uma vez que o capítulo não se restringe à avaliação de ações na saúde. Uma vez que não se conhecem resultados adequados sobre essa proposição, questionou-se a lacuna existente. A análise científica, disponibilizou informações preciosas que propiciaram conhecer caminhos novos nessa matéria.
A obra em resenha é relevante aos saberes e procedimentos de intervenção em saúde materno infantil. A metodologia adotada para as proposições efetivadas foi bastante funcional devido aos exames empregados.
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Aspectos epidemiológicos de enfermidades transmissíveis e não transmissíveis - Editora Kelps
2019
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PREFÁCIO
Este livro discorre sobre doenças graves como a dengue, zika vírus e a chickungunya, abrangendo a educação, comunicação e o saneamento. Inclui ainda o histórico, as inovações científicas, a prevenção e o controle dos mosquitos biologicamente modificados.
Além disso, pesquisou-se a educação permanente em saúde do SUS de Gurupi/TO. A abordagem qualitativa e as entrevistas foram as técnicas utilizadas. Os dados coletados revelaram a necessidade de formação do pessoal. Foram apresentadas também algumas alternativas para a obtenção dos resultados.
Este compêndio trouxe conhecimentos imprescindíveis para os pais, educadores e jovens em geral, no que diz respeito a um dos mais importantes assuntos que se deve ter consciência: a gravidez na adolescência. A investigação angariou informações também sobre o tratamento dentário em crianças. Ela revelou que algumas doenças bucais devem ser descobertas na fase infantil visto que podem afetar todo o período de vida.
O conjunto de informações alcançadas neste livro foram relevantes para lidar com o idoso do futuro próximo. As pesquisas atuais são muito centralizadas em medicamentos e os resultados mostraram que há necessidade de expandir o conhecimento acerca desse objeto.
A exploração do tempo de aleitamento materno demonstrou a necessidade de intervenção nas políticas públicas sobre o efeito do período de nutrição do bebê durante o crescimento infantil.
Além disso, os escritores atingiram uma compreensão mais ampla desse conteúdo ao estudar as múltiplas relações que influenciam o preparo das gestantes para a amamentação. Houve contribuição meritória dos autores quando expandiram a experiência já adquirida.
Os pesquisadores consideraram as doenças epidêmicas e o leitor perceberá o aporte nesse desiderato, uma vez que o capítulo não se restringe à avaliação de ações na saúde. Uma vez que não se conhecem resultados adequados sobre essa proposição, questionou-se a lacuna existente. A análise científica, disponibilizou informações preciosas que propiciaram conhecer caminhos novos nessa matéria.
A obra em resenha é relevante aos saberes e procedimentos de intervenção em saúde materno infantil. A metodologia adotada para as proposições efetivadas foi bastante funcional devido aos exames empregados.
Walmirton Bezerra D’Alessandro
Biomédico Docente da Universidade de Gurupi - UnirG.
Walmirton Thadeu D’Alessandro
Biomédico Docente Titular da Universidade Federal de Goiás.
Sumário
PREFÁCIO
CAPÍTULO 1 - ENFRENTAMENTO DA DENGUE, DO VÍRUS CHIKUNGUNYA E DO ZIKA VÍRUS EM GURUPI-TO: SALA MUNICIPAL DE COORDENAÇÃO E CONTROLE NO COMBATE AO Aedes Aegypti
Wellington de Souza Moura
CAPÍTULO 2 - RETRATOS DO PROCESSO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NO MUNICÍPIO DE GURUPI, TOCANTINS.
Jeann Bruno Ferreira da Silva, Márcia Andrea Marroni
CAPÍTULO 3 - LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA NO MUNICÍPIO DE GURUPI-TO
Florence Tible Germaine Lainscek, Layanne Santos Lima Sharliane Carneiro de Oliveira, Sávia Denise Silva Carlotto Herrera, Geovane Rossone Reis
CAPÍTULO 4 - LEVANTAMENTO DO PERFIL DA FAMÍLIA E A HISTÓRIA DENTAL DE CRIANÇAS QUE RECEBERAM ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO EM 10 ANOS, NA CIDADE DE GURUPI-TOCANTINS.
Rise Consolação Iuata Costa Rank, Joana Estela Rezende Vilela, Fausto Félix da Silva, Omar Franklin Molina
CAPÍTULO 5 - PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO, DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS CADASTRADOS NO INSTITUTO JUAREZ MOREIRA EM GURUPI, TOCANTINS, BRASIL.
Rafaela De Carvalho Alves, Marcos Gontijo Da Silva, Erica Eugênio Lourenço Gontijo, Janne Marques Silveira, Millena Pereira Xavier
CAPÍTULO 6 - REALIDADE REGIONAL EM RELAÇÃO AO TEMPO DE ALEITAMENTO MATERNO E SUAS POSSÍVEIS SEQUELAS
Rise Consolação Iuata Costa Rank, Joana Estela Rezende Vilela, Thuane Neves, Karla Regina Gama, Marcos Sampaio Rank
CAPÍTULO 7 - EPIDEMIAS: INTERVENÇÕES MÉDICO-POLÍTICAS COMO PARADIGMAS DE CRÍTICA DA MODERNIDADE
José Carlos de Freitas
CAPÍTULO 8 - DIAGNÓSTICO REGIONAL A RESPEITO DO PREPARO DE GESTANTES PARA O ALEITAMENTO MATERNO
Rise Consolação Iuata Costa Rank, Joana Estela Rezende Vilela, Marcos Sampaio Rank, Marília Pantoja Soares Silva, Maria do Amparo Ferreira dos Prazeres
CAPÍTULO 9 - ESTRATÉGIAS E AÇÕES PARA AUXILIAR NA SAÚDE MATERNO-INFANTIL DA REGIÃO
Rise Consolação Iuata Costa Rank, Joana Estela Rezende Vilela, Luciana Marquez, Marília Pantoja Soares Silva, Maria do Amparo Ferreira dos Prazeres
CAPÍTULO 1
ENFRENTAMENTO DA DENGUE, DO VÍRUS CHIKUNGUNYA E DO ZIKA VÍRUS EM GURUPI-TO: SALA MUNICIPAL DE COORDENAÇÃO E CONTROLE NO COMBATE AO Aedes Aegypti
Wellington de Souza Moura ¹ (ver nota)
INTRODUÇÃO
O caráter distintivo das epidemias está em sua manifestação coletiva e singular; coletiva enquanto fenômeno que atinge grupos de indivíduos provocando alterações no modo de andar a vida
e singular enquanto ocorrência única na unidade de tempo e espaço em que ocorre (FOCAULT, 1977).
As práticas de intervenção utilizadas para o combate às epidemias refletem de um lado o conhecimento que se tem do fenômeno e, de outro lado, as formas de atuação do Estado em cada período histórico.
O mosquito Aedes aegypti é vetor de viroses como a dengue (DEN), o zika vírus (ZIKV) e a febre chikungunya (CHIKV), doenças que ganharam destaque na mídia nacional e regional em virtude da possibilidade de provocarem epidemias e quadros graves, como a dengue hemorrágica, a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré. As campanhas de combate a esse inseto se intensificaram de forma relevante nos últimos meses, sobretudo após a descoberta da estreita relação entre o vírus da zika com os casos recentes de microcefalia.
O vírus da dengue pertence ao gênero Flavivirus e à família Flaviviridae. É um vírus RNA, de filamento único, envelopado e que possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A proteção cruzada entre eles é apenas transitória, de forma que uma mesma pessoa pode apresentar a doença até quatro vezes ao longo de sua vida. Pode haver coexistência de diferentes sorotipos em uma mesma região, o que aumenta a chance de se ter complicações como a febre hemorrágica da dengue (FIOCRUZ, 2009).
No Brasil, o sorotipo 3 do vírus da dengue predominou na grande maioria dos estados entre 2002 e 2006. No período entre 2007 e 2009, observou-se alteração no sorotipo predominante, com a substituição do DEN-3 pelo DEN-2. Essa alteração levou à ocorrência de epidemias em diversos estados e ao aumento no número de casos graves da doença. Ao longo de 2009 ocorreu nova mudança no sorotipo predominante, com circulação importante do DEN-1, o que pode ser um dos fatores envolvidos no aumento da incidência em 2010, considerando a baixa circulação desse sorotipo ao longo dessa década (BRASIL, 2010).
O vírus zika (ZIKV) pertence à família Flaviridae e ao gênero Flavivirus sendo, portanto, aparentado do ponto de vista evolutivo com outros arbovírus transmitidos por mosquitos, como são os vírus dengue, vírus da febre-amarela (YFV) e vírus do Nilo Ocidental. Trata-se de um vírus com genoma de ácido ribonucléico (RNA) de cadeia simples de polaridade positiva. Apesar de não ser conhecida a estrutura do virião, por comparação aos demais flavivírus conhecidos, este deve ser limitado por um invólucro lipídico derivado do retículo endoplasmático das células onde estes vírus se replicam. Invólucro esse que limita externamente uma nucleocápside com estrutura e simetria ainda não definidas, composta pela proteína C e pelo genoma viral. O invólucro viral deverá conter as duas proteínas de superfície (designadas M e E), sendo que, adicionalmente, o genoma viral codifica uma série de outras proteínas, ditas não-estruturais que, ou possuem atividade enzimática (NS3: helicase de RNA e protease e NS5: polimerase de RNA, dependente de RNA), ou desempenham funções regulatórias (controle da replicação, transcrição, tradução e resposta imune) durante a replicação intracelular (HADDOW et al., 2012; KUNO & CHANG, 2007).
O ZIKV foi isolado pela primeira vez em 1947 na floresta de Zika, no Uganda, a partir de uma amostra de soro de um macaco Rhesus que servia de sentinela para estudo vigilância da febre-amarela (FA) (DICK et al., 1952). Após análise filogenética do genoma viral, percebeu-se que provavelmente o vírus surgiu nesta localidade em torno de 1920, e após duas fases de migração para o Oeste Africano deu início as duas linhagens africanas. Do Uganda, o vírus teria migrado na década de 1940 para a Ásia e então originou a linhagem asiática, com surtos registrados na Indonésia e epidemia na Micronésia (FAYE et al., 2014). A linhagem asiática também foi a responsável pelos casos de transmissão autóctone deste vírus, recentemente ocorridos no Brasil (ZANLUCA et al., 2015).
O chikungunya (CHIKV) é um RNA vírus da família Togaviridae do gênero Alphavirus, descrito pela primeira vez em 1950 na região que hoje corresponde à Tanzânia, durante um surto atribuído inicialmente ao vírus dengue. Após as primeiras descrições, dois padrões de transmissão distintos foram descritos: um silvestre e periurbano na África (Aedes ssp) e outro urbano na Ásia (A. aegypti). Além disso, três genótipos diferentes circulando em regiões do planeta (África Central, Sul e Leste – ECSA, África Ocidental – WA e Ásia) foram relatados. Até então, poucos casos clínicos graves e nenhum óbito haviam sido associados a infecções por este vírus (WEAVER, 2014).
Desde o isolamento na Tanzânia, o CHIKV tem sido associado com a doença na África e Ásia. Entretanto, a partir de 2005 o vírus rapidamente se espalhou pelas ilhas do sudoeste do Oceano Índico. Numerosos casos importados foram observados em países ocidentais não-tropicais, como na Itália, onde ocorreu em 2007 um surto por CHIKV. Os casos continuaram a ocorrer e, em 2013, o CHIKV foi introduzido na região do Caribe, expandindo-se em 2014 para as áreas continentais das Américas, dentre elas o Brasil (PAHO, 2014).
Diante da gravidade dos vírus transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti, seu controle vem se tornando um grande desafio, principalmente nos países tropicais. O mosquito que é originário do Egito, na África, vem se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século XVI, inicialmente por meio de navios que traficavam escravos. O vetor foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, mas o seu nome definitivo, Aedes aegypti, só foi estabelecido em 1818 (FRANCIS; ALEXANDER, 2014).
Atualmente o eixo dos programas de controle da dengue, da zika e da febre chikungunya tem sido o combate aos mosquitos vetores mediante a vigilância vetorial e a aplicação de inseticidas, que vem apresentando baixa eficácia e altos custos. Essas atividades de controle vetorial têm sido insuficientes para interromper o processo de transmissão (TEIXEIRA, 1999; BARBOSA DA SILVA et al., 2002; TAUIL, 2002; PENNA, 2003).
Mesmo se considerarmos as situações em que os recursos destinados ao controle do vetor sejam apropriados na implementação de programas, muitas vezes o objetivo não vem sendo alcançado. Aspectos relacionados a problemas de infraestrutura das cidades como baixas coberturas na coleta de lixo e intermitência no abastecimento de água são fatores que comprometem a efetividade dos métodos tradicionais de controle do A. aegypti.
A etologia do A. aegypti beneficia sua ampla dispersão, favorecida nos ambientes urbanos, preferencialmente no intra e no peridomicílio humano. Raramente são encontrados em ambientes semissilvestres ou onde não há presença intensa do homem. Seus criadouros preferenciais são recipientes artificiais, tanto aqueles abandonados a céu aberto, que servem como reservatório de água de chuva, como os utilizados para armazenar água para uso doméstico. A presença dos criadouros em ambiente de convívio com o homem favorece a rápida proliferação da espécie, por dois aspectos: condições ideais para reprodução e fontes de alimentação.
O combate ao mosquito A. aegypti é fundamental para o controle do surto de microcefalia que se iniciou no país, visto que, em novembro de 2015, o Ministério da Saúde confirmou a relação entre o zika vírus e o surto de microcefalia na região Nordeste, por meio da identificação do vírus em amostras de sangue e tecidos de um bebê nascido com microcefalia e outras malformações congênitas no Ceará.
Diante do crescente número de casos registrados das doenças dengue, chikungunya e