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Um mundo novo - Romantic Time 6
Um mundo novo - Romantic Time 6
Um mundo novo - Romantic Time 6
E-book88 páginas1 hora

Um mundo novo - Romantic Time 6

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Sobre este e-book

Rica e mimada, Nana vivia em um mundo completamente diferente do de Luis, mas quando eles se apaixonam descobrem que para o coração não existem diferenças.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de dez. de 2014
ISBN9781507083703
Um mundo novo - Romantic Time 6

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    Um mundo novo - Romantic Time 6 - Anna Arnold

    CAPÍTULO I

    — Você vai sair mamãe?

    — Sim, vamos jogar na casa da Sílvia.

    — Um programão! Só você mesmo pra ter uma idéia destas. Jogar pôquer na casa da chata da Sílvia.

    — Quando você sai com estes teus amigos loucos, eu não acho que seja um bom programa. São tremendamente infantis,

    — Tá legal, mãe. Cada um na sua, vai pro teu joguinho, que é melhor!

    — É vou mesmo. Só estou esperando seu pai descer.

    — Não diga! Papai vai junto? O casal vai sair junto hoje? Mas que milagre!

    — Eu e seu pai sempre saímos juntos, deixe de onda. Ainda mais na casa da Sílvia, ele sempre vai!

    — Está bem, mãe, também vou sair, mas com gente mais interessante que seus amigos da casa da Sílvia.

    — Nana não se preocupe com as minhas amizades. Sirva-me um puro, com gelo, por favor.

    Luciana foi até o bar e serviu uma dose de uísque para Renata, sua mãe. Eles moravam numa bela casa, uma mansão no Morumbi, em São Paulo. O pai Valter Nabuco e Sousa, era um grande industrial, dono de duas siderúrgicas famosas, uma das fortunas de São Paulo. Possuía também fazendas no interior, com grandes criações. Era o típico paulista quatrocentão. Filho de paulista, seu pai era industrial, seu avô idem, e assim por diante. Casara-se com Renata Aguiar, filha de um rico fazendeiro, mais por interesse das famílias. Suportavam-se mutuamente, eram relativamente amigos, mas não escondiam o fato de seu casamento ser uma farsa. Eram o que se poderia chamar de burgueses liberais.

    CAPÍTULO II

    Luciana, ou Nana, a filha do casal, entendia tudo perfeitamente. Seus pais nunca lhe esconderam nada e, além do mais, no meio em que vivia tudo era permitido. Saía muito, gostava de badalar nas noites de São Paulo, e era bastante conhecida pelos frequentadores assíduos das boates de São Paulo. Luciana, como sua mãe, era muito bonita e elegante. Entre as duas havia, inclusive, certa rivalidade, que divertia Valter bastante.

    Renata tomava o uísque, sentada na varanda.

    — Nana, apresse seu pai, vamos chegar atrasados.

    — Pois não, senhora Valter Nabuco e Sousa.

    — Você sempre com as suas gozações. Faça o que te pedi menina!

    — Já vai... já vai... Paiiii...! Desce logo que...

    Não foi preciso acabar de chamar o pai, pois ele aparecera num instante.

    — Já estou pronto, Renata!

    — Finalmente! Vamos então!

    — Devo dizer que meu pai está incrível! Que elegância! Está lindo de morrer. A Sílvia hoje não vai te dar descanso.

    — Deixa de bobagem, Nana. Até logo,

    — Até logo papai lindão! Mas vocês não estão esquecendo-se de nada, não?

    — Anda Nana, diz logo, estamos com pressa. Sua mãe já está no carro.

    — Eu queria uma grana. É que vou sair e...

    — E desde quando você gasta dinheiro quando sai. Os rapazes não pagam tudo?

    — Corta essa, pai, nem sempre eles pagam. Mas não é isto, hoje é diferente.

    — Nana, estou me lembrando de que já dei a tua mesada semana passada, não?

    — É, mas o dinheiro já era. Aliás, foi bom você falar nisto. Vou querer um aumento, por que...

    — Tá legal, Nana, depois conversamos sobre isto. Quanto você quer agora?

    — Uma mixaria. Duzentos tá legal. Aí sobra pra amanhã.

    — Espero que sim. Não entendi como você vai gastar isto tudo hoje à noite, se vai sair com a turma nos programas de sempre. Eu sei que os rapazes sempre pagam.

    — Mas acontece que hoje eu vou sair com uma pessoa que não paga nada, entendeu?

    — Mais ou menos... com quem você vai sair?

    — Com Luís de Castro.

    — Luís de Castro? Eu conheço?

    — Creio que não pai, vocês são muito diferentes. E não creio que venha a conhecê-lo.

    — Por quê?

    — É o meu mecânico.

    — Como? O seu mecânico?

    — Isto mesmo! Mas ele é divino, maravilhoso.

    — Estou vendo, pensei que você fosse mais exigente.

    — Ah, pai, essa aí já era. Estou curtindo com a cara dele, nada mais. E porque não com ele?

    — Aonde vocês vão?

    — Não sei. Talvez a um cinema, depois comer um sanduíche, sei lá. O maior barato, cafonice, total. Mas hoje eu quero levá-lo a uma boate, por isto preciso dinheiro.

    — Ele sabe quem é você?

    — Mais ou menos. Sempre me via na garagem, quando eu ia revisar o carro. Um dia o trabalho não ficou bem feito e eu reclamei com ele. Daí, em vez da bronca, conversamos um bom tempo, e acabamos saindo juntos, nesta mesma noite. É, foi incrível, ele me contou um bolão de coisas da vida dele. Ele já foi tudo, agora é mecânico. Já viajou pela America do Sul, de carona, totalmente duro, passou fome, enfim, é um cara com aquela experiência. Gostei dele. Mora na Consolação, num conjugado do tamanho de uma caixa de fósforos, com um amigo que não faz nada, é hippie, creio.

    — E você está fascinada?

    — Que palavra mais careta, pai! Estou curtindo e só! Ele pensa que eu moro no Brooklyn, sou de família de classe média, que você é gerente de um banco e mamãe, dona de casa. Tenho um fusca, mas isto não

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