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Sonhos desfeitos - Romantic Time 9
Sonhos desfeitos - Romantic Time 9
Sonhos desfeitos - Romantic Time 9
E-book141 páginas2 horas

Sonhos desfeitos - Romantic Time 9

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Sobre este e-book

Quando Giovanna conheceu Pietro foi como chegar ao paraíso, apaixonada por ele entrega-se de corpo e alma a esse homem. Pietro não merecia uma mulher sincera como ela, pois já está comprometido e sua noiva aguarda que ele retorne de férias para marcar a data do casamento.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de dez. de 2014
ISBN9781502257857
Sonhos desfeitos - Romantic Time 9

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    Sonhos desfeitos - Romantic Time 9 - Mindy Colter

    Quando Giovanna conheceu Pietro foi como chegar ao paraíso, apaixonada por ele entrega-se de corpo e alma a esse homem. Pietro não merecia uma mulher sincera como ela, pois já está comprometido e sua noiva aguarda que ele retorne de férias para marcar a data do casamento.

    * * *

    Copyright © 2013 by Mindy Colter

    Tradução: Augusta Legat

    Todos os direitos reservados. Exceto para uso em qualquer análise, a reprodução ou utilização deste trabalho, no todo ou em parte, em qualquer forma ou por quaisquer meios eletrônicos, mecânicos ou outros, atualmente conhecido ou futuramente inventado, incluindo xerografia, fotocópia e gravação, ou qualquer armazenamento de informação ou sistema de recuperação, é proibido sem a permissão escrita do autor.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são produto da imaginação do autor ou são usados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, estabelecimentos comerciais, acontecimentos ou locais é mera coincidência.

    Publisher: Candice Press

    Capa: Sunshine Design

    CAPÍTULO 1

    Francesco Marconi dirigia calmamente sua caminhonete naquela tarde. Ia admirando as paisagens e aspirando o ar da montanha. Não havia mais pressa nele. Quando chegasse, Teresa não estaria mais no casarão a esperá-lo e a filha já não vivia lá há muito tempo.

    Parou num determinado ponto do caminho, pegou o binóculo no porta-luvas e sentou-se sobre uma enorme pedra. A paisagem que se via dali era linda. Ficou aguardando que o falcão pousasse sobre o pico da montanha, que estava azulada àquela hora.

    Seu dia fora longo. Recordou as pessoas cumprimentando a filha. A exposição fora um tremendo sucesso.

    Ficou a observar o vôo da ave. Não carregava naquele entardecer as tintas, o cavalete e as telas e também nem poderia pensar em pintar alguma coisa naquele horário.

    Recordou Giovanna a sorrir por entre lágrimas.

    A mãe morrera muito antes da apresentação de seus trabalhos e Teresa sempre a incentivara tanto! Quando menina, a filha estava sempre ao seu lado, mexendo nas tintas e deixando-o possesso.

    - Papa, veja só o que fiz aqui!

    A lembrança lhe chegava naquele instante. Giovanna havia simplesmente arruinado seu melhor trabalho em óleo sobre tela. Ele ficara horas aguardando que o alce aparecesse, pacientemente esperara e conseguira um trabalho para ninguém botar defeito.

    Estava na etapa final da pintura e a filha simplesmente pintara a cabeça do animal de vermelho.

    - Você arruinou o meu trabalho! Saia imediatamente deste ateliê, senão...

    Teresa apareceu naquele instante.

    - Por que está tão exaltado, amore mio?

    - Veja o que ela fez com o meu belo alce!

    A mulher puxou o avental sobre a boca para abafar o riso.

    - Eu não digo que você estraga esta menina?

    - Ela é uma artista, meu querido.

    - Artista? É uma pequena travessa, isso é o que ela é. Eu a proíbo de entrar aqui!

    - Tudo bem, papa. Tudo bem que não me queira aqui, mas eu também quero algo. Quero que arrume um ateliê para mim nessa casa cheia de quartos. O último da direita está ótimo para mim.

    Ela tinha quando muito 10 anos e assim fora feito. Teresa apoiava a filha em todos os momentos e com jeitinho sempre o convencia a fazer suas vontades.

    As duas eram lindas. Os olhos verdes, os cabelos loiros, as sobrancelhas bem delineadas, a boca carnuda. A filha nascera muito parecida com a mãe, mas puxara a ele no amor pela arte. Pelo menos era o que as pessoas diziam.

    - Não, eu já disse que não. Eu me recuso a admirar seus quadros. São verdadeiros borrões, Giovanna!

    - Não é o que os meus professores dizem...

    A mãe a beijava e ele olhava aquela cena. As duas se entendiam tão bem.

    - Será que eles também estão loucos?

    - Papa, cada pessoa expressa a sua arte da maneira que a sente.

    - E você sente as árvores da forma que pinta? Eu juro que via tudo ali, menos uma árvore. Seria a última coisa que imaginaria.

    Ela teria 16 anos naquela época? Não. Um pouco mais, já passava dos 17.

    Pensou em como o tempo passa depressa. Ela já estava com mais de 22 anos.

    Como estava linda! O longo vestido azul-turquesa com debruns em prata combinava perfeitamente com os cabelos que ela clareara mais do que já o eram ao natural. Não conseguia entender porque a filha precisava clareá-los ainda mais. Os olhos se enchiam de lágrimas e ela sorria a maior parte do tempo.

    Deus! Ela conseguira. Era arte mesmo jogar toda aquela tinta sobre as telas daquela forma. Ele estivem pintando animais a vida inteira e não conseguia entender a pintura abstrata da filha. Julgava-se um analfabeto em artes, mas seus animais eram tão bonitos.

    - Papa, você é um retratista. Copia tão exatamente igual cada animal. Por que não experimenta pintar um corvo a sorrir?

    - Ah! Filha! Não zombe de seu velho pai.

    Recordou a conversa que tiveram naquele último domingo que ela o visitara. Lembrou como ela se sentara tão quietinha em seu ateliê.

    - Gosto de estar aqui. Gosto tanto de seus animais.

    - Eu não gosto do seu modo de pintar.

    - Mas eu adoro os meus quadros, e no fundo sei que você me admira. Ou não? Diga a verdade.

    O falcão imóvel o fez pensar.

    Precisava entregar uma águia para Angelino Piccoli em menos de duas semanas e ele a queria pousando levemente.

    Guardou o binóculo. Escurecia depressa naquela época do ano.

    O que faria quando chegasse em casa?

    Precisava trabalhar um pouco mais no urso que estava pintando.

    - O que tem feito de bom?

    - Estou pintando um urso...

    - Você foi até lá?

    - Fiquei horas no zoológico.

    Os dois sorriram.

    Ela estava mesmo uma beleza com o vestido azul.

    - Papa, sabe que proposta recebi hoje?

    - Nem imagino.

    - Me convidaram para expor meus trabalhos em Paris.

    - E você vai?

    - Claro que sim. Por que não iria?

    - Giovanna Del Santo Marconi expondo em Paris! Quem diria, hein?

    Estreitando-a ao peito, ele depositara um beijo em sua testa arredondada.

    - Por que não abandona tudo e vem morar comigo, papa?

    - Eu não deixaria Spercenigo por nada do mundo e você sabe disso

    - A mamãe se foi e você vive tão sozinho. Venha morar aqui.

    - No apartamento onde vive? Eu morreria sufocado.

    - Prefere se esconder naquela mansão de vinte quartos? Naquelas terras que não se acabam?

    - Sabe que é herança de família. Não sente falta da vida lá?

    - Confesso que nenhuma, nenhuma mesmo.

    - Não a entendo.

    Pegou a piteira, acendeu um cigarro e ficou em pé admirando o vale que mergulhava na escuridão.

    De volta à caminhonete, pisou um pouco mais.

    A filha o deixara com o peito cheio de orgulho. Ela estava cada vez mais bonita e todos a elogiavam.

    Engraçado! Ela nunca lhe contara de um namorado. Contava à mãe dos namoricos de menina e depois

    Teresa lhe contava tudo. A mãe se preocupava tanto com ela. Adorava-a...

    Onde falhara? Ela deixara a casa paterna tão cedo.

    Por que uma moça deixa o conforto que os pais lhe oferecem e vai tentar a vida sozinha? Queria entendê-la e não conseguia.

    Ela fora trabalhar com o antiquário Luigi Moretti em Treviso. Auxiliando-o na loja, custeou seus cursos e recusou sua ajuda. Pintou nas horas de folga e conseguiu com o próprio esforço expor seus quadros.

    Não era para se orgulhar de uma filha dessa?

    Mas ele queria entender a razão dela ter procurado vencer sozinha, já que era rica e não precisava de nada daquilo. Nos primeiros tempos pensara que era normal uma moça de 18 anos agir daquela forma. Pura rebeldia, imaginara na época, mas os anos passavam e não entendia a excentricidade daquela moça encantadora.

    CAPÍTULO 2

    Chegando em casa, foi recebido por Filomena, a fiel governanta de tantos anos. Ela perguntou como havia sido a exposição da menina e Francesco Marconi contou que fora uma beleza. Filo enxugou uma lágrima.

    - A dona Teresa ficaria tão orgulhosa da filha. A Giovanna era a menina dos olhos da mãe. Ela estava bonita?

    - Linda demais.

    Ele fez menção de se afastar e a governanta lhe perguntou se não queria comer alguma coisa.

    - Digo a Santa que traga o jantar para o senhor?

    - Não, obrigada. Estou sem fome e já vou para o meu quarto.

    - Precisa se acostumar com a comida da Rosa, porque a dona Teresa não está mais entre nós.

    - Eu sei. Mas como ela sabia cozinhar!

    - E o fazia só por prazer.

    - Só para o meu prazer...

    Pigarreando, ele desejou-lhe uma boa noite.

    A governanta o viu caminhando curvado. O peso dos anos, a falta da mulher e a menina que queria ser independente. Ela sentiu pena do pobre homem. Tanto dinheiro servia para quê?

    A empregada sabia que ele vinha de uma geração de homens endinheirados e que os bens de família não se acabariam em quatro gerações ou mais. A filha não parecia dar importância ao fato. Quem podia entender uma coisa dessa? Fora trabalhar numa loja de antigüidades...

    Procurou por Santa na cozinha e disse que o patrão não iria jantar. Que já podiam dormir, ela e Romeo também. Não precisavam mais de seus serviços.

    No silêncio do casarão, 30 minutos depois todos já haviam se recolhido. No seu

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