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O segredo de um milionário
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O segredo de um milionário
E-book165 páginas2 horas

O segredo de um milionário

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Sobre este e-book

Hugh estava disposto a fazer o que fosse necessário para ficar com ela!
Kathryn acreditava conhecer muito bem Hugh Parkinson, o seu chefe, um homem encantador e libertino, habituado a que as mulheres caíssem rendidas aos seus pés e a ter uma vida muito fácil.
Tinha a certeza de que, para ele, não passava de uma secretária eficiente, até ao dia em que esteve prestes a perder o que de mais valioso tinha na sua vida e Hugh a ajudou, oferecendo-se para se casar com ela!
Porém, tudo tinha um preço e Hugh queria que aquele casamento por conveniência lhe garantisse que Kathryn continuaria a ser sua secretária e sua amante…
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de jan. de 2012
ISBN9788490106570
O segredo de um milionário
Autor

Miranda Lee

After leaving her convent school, Miranda Lee briefly studied the cello before moving to Sydney, where she embraced the emerging world of computers. Her career as a programmer ended after she married, had three daughters and bought a small acreage in a semi-rural community. She yearned to find a creative career from which she could earn money. When her sister suggested writing romances, it seemed like a good idea. She could do it at home, and it might even be fun! She never looked back.

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    O segredo de um milionário - Miranda Lee

    Publidisa

    CAPÍTULO 1

    Várias cabeças se viraram quando os três homens entraram no bar principal do clube. Tanto homens como mulheres olharam para eles, com uma mistura de inveja e admiração.

    Não somente porque os três eram ricos, já que a maioria dos membros do Clube de Golfe de Sidney o eram, mas porque provocavam uma atracção básica que afectava especialmente as mulheres.

    Na Idade da Pedra, as mulheres sentiam-se irremediavelmente atraídas pelos homens que melhor pudessem protegê-las e que tivessem mais dom para a caça, ou seja, pelos machos alfa, cuja genética sobressaísse e fossem os melhores especímenes para garantirem a espécie.

    As mulheres de hoje em dia acham que escolhem os seus parceiros segundo outros critérios, como a bondade ou o sentido de humor, mas pesquisas recentes demonstram que isso não é verdade. Pelos vistos, o que torna um homem mais atraente é a altura.

    Os três homens que estavam a atravessar o bar eram todos altos. Caso isso não fosse suficiente para lhes dar vantagem sobre os outros membros do seu sexo, além disso eram bonitos e, sim, para quê negá-lo, muito ricos.

    Quem ia à frente, directamente para o bar e disposto a oferecer a primeira ronda, era Hugh Parkinson, filho único e herdeiro do império Parkinson Media. De trinta e seis anos e um dos solteiros mais cobiçados da cidade, bem conhecido pela longa lista de namoradas que tinha tido. Surpreendentemente, nenhuma delas falava mal dele. Era um homem encantador, dedicado de corpo e alma ao prazer, ao celibato e a não trabalhar mais do que o estritamente necessário.

    Os outros dois não se pareciam com ele, já que eram viciados no trabalho, casados e as suas vidas tinham sido mais complicadas, o que os tinha tornado mais duros.

    Russell McClain era o proprietário da Imobiliária McClain, o grupo do sector mais importante de Sidney, enquanto James Logan era o dono da Images, a melhor agência de publicidade da cidade.

    Os três eram amigos desde a universidade e conheciam-se muito bem, sabiam quais eram os seus pontos fracos e os seus pontos fortes, e adoravam-se como irmãos.

    No entanto, o jogo de golfe que faziam todas as quintas-feiras de manhã era muito a sério, apostavam dinheiro e todos queriam ganhar.

    – O que se passa hoje com Hugh? – perguntou James a Russell, enquanto se sentavam numa mesa do terraço que dava para o buraco dezoito. – Nunca o tinha visto a jogar tão mal.

    – Pois, eu, sim. Quando esteve de viagem há algumas semanas, justamente antes do teu casamento. Ganhei sem esforço.

    – Que estranho…

    – Ena, obrigado.

    – Sabes ao que me refiro. Jogas bem, mas ele é o melhor.

    – Não é de estranhar. Vive praticamente no campo de golfe.

    – É verdade – respondeu James, que também jogava bastante, embora não tanto como gostaria desde que se casara no ano anterior. – Agora que penso nisso, na semana passada também não esteve muito bem. Ganhou por pouco. A que achas que se deve a sua perda de forma?

    – Não tenho a certeza, mas em Novembro tinha problemas com uma mulher – respondeu Russell.

    James ficou realmente surpreendido, porque Hugh nunca tinha problemas com as mulheres. De facto, costumavam atirar-se aos seus pés e ele escolhia a que queria.

    – Que tipo de problema? – quis saber.

    – Deu-me a sensação de que gostava de uma rapariga que não fazia caso dele.

    – Ena, seria a primeira vez na sua vida! De quem se trata?

    – Não me disse e eu também não quis perguntar-lhe.

    – Pois… – James suspirou, franzindo o sobrolho e olhando para Hugh, que se dirigia para eles com três canecas de cerveja nas mãos.

    Porque é que uma mulher estaria a resistir a Hugh, que ia sempre para a cama com quem queria? Talvez por a sua reputação de Don Juan o preceder?

    Não, isso nunca fora um problema para ele. De facto, ser um Don Juan tornava-o ainda mais apetecível e atraente.

    – Se calhar, não jogou bem hoje porque ontem à noite se deitou tarde e acompanhado – comentou Russell. – Ambos sabemos que não há rapariga que resista àqueles olhos azuis. Excepto a minha Nicole e a tua Megan, é claro!

    – Vá lá, não é assim tão irresistível… – respondeu James, embora soubesse que o seu amigo era um íman para as mulheres.

    – Espero que te tenhas lembrado de me pedir uma sem álcool – comentou Russell a Hugh, quando ele deixou as três canecas sobre a mesa. – Tenho de trabalhar esta tarde.

    – Eu também – comentou James.

    – Pois, já somos três – respondeu Hugh, sentando-se junto dos seus amigos.

    – Estás a brincar? Tens de ir trabalhar? Tu? O que se passa? Morreu alguém?

    – Não, mas quase – respondeu Hugh, dando um gole na cerveja. – O meu pai foi de segunda lua-de-mel com a sua quinta esposa e eu fiquei no comando de tudo.

    – Estás a dizer-nos isso para que comecemos a vender as acções que temos da Parkinson Media? – brincou James.

    Hugh encolheu os ombros.

    – Não acho que seja para tanto. As piores decisões de negócios que já vi a tomarem na vida foram tomadas pelo meu pai quando está possuído pela luxúria. Quem sabe? Quando descer das nuvens, se calhar, consegui recuperar alguns dos milhões que tem desperdiçado por aí em nome do amor. Se calhar, já te esqueceste, querido Jimmy, mas eu era um dos melhores alunos na universidade. Recordo-te que acabei Economia e Direito Empresarial com notas excelentes. Não sou somente um rapaz bonito.

    – Agora, já sabemos porque jogaste tão mal hoje –comentou Russell. – Quando aconteceu isso?

    – No fim-de-semana passado.

    – Agora que o dizes, pareces bastante cansado. Certamente, há muito tempo que não trabalhavas um dia inteiro.

    – É verdade – admitiu Hugh, sem querer confessar que, durante algumas semanas antes do Natal, tinha ido ao escritório quase todos os dias e tinha trabalhado de sol a sol.

    A razão daquele episódio tão estranho nele fora a sua secretária, que tinha contratado alguns meses antes.

    Kathryn Hart não lhe tinha parecido muito sexy. Não era bonita e não possuía uma beleza clássica, já que os seus traços faciais eram demasiado grandes. Tinha as maçãs do rosto demasiado salientes e os lábios, demasiado grossos. Naquele momento, não se tinha dado conta de que tinha um corpo voluptuoso. Na verdade, na entrevista Hugh concentrara-se única e exclusivamente no seu currículo magnífico.

    Aquilo explicava-se com o facto de o seu pai lhe ter dito de repente que o deixava a cargo do departamento editorial da Parkinson e que tinha alguma pressa em encontrar uma boa secretária. Não tinha contado encarregar-se de nada da empresa até que o seu pai morresse, pois, embora fosse verdade que Richard Parkinson, Dickie para os amigos, costumava dizer que o seu filho e único herdeiro tinha muita experiência em todos os departamentos da sua empresa, não era um homem que delegasse facilmente.

    E Hugh não tinha gostado absolutamente que o fizesse de repente.

    A verdade era que, ao princípio, não se tinha dado conta de que a Menina Eficiência iria obrigá-lo a fazer o trabalho que o seu pai lhe tinha confiado ou que iria consumir-se com o desejo que sentia por ela.

    E o mais perverso de toda aquela situação era que não podia fazer nada, porque, quando se dera conta de como gostava daquela mulher, ela estava prestes a casar-se com outro.

    Embora todos o considerassem um playboy sem escrúpulos, a verdade era que nunca roubaria a namorada a outro homem. Para ele, o sexo era uma das necessidades mais básicas da vida, mas somente quando era fácil e não tinha complicações ou consequências.

    Se Kathryn não tivesse um companheiro, tê-la-ia seduzido e ir ao escritório não se teria transformado numa tortura, mas num prazer. No entanto, agora tinha de conter o desejo, algo a que não estava habituado. Aquilo tinha-o levado inclusive a perder o interesse noutras mulheres, que, de repente, achava extremamente chatas.

    Naquele momento da sua vida, só queria estar com uma.

    Pela primeira vez na sua vida, não podia tê-la.

    – Mudaste-te para as águas-furtadas do teu pai? –perguntou-lhe James.

    – Não, disse-me que o fizesse enquanto ele estivesse fora, mas prefiro ficar na minha casa de Bondi.

    Tratava-se de uma casa que comprara há alguns anos com o dinheiro que tinha ganhado na Bolsa, ou seja, tinha-a comprado sem a ajuda financeira do seu pai. Tinha investido o dinheiro que tinha ganhado durante vários Verões a apanhar fruta, quando os seus amigos da universidade iam esquiar na Europa, Verões que tinha aproveitado para percorrer a Austrália e provar a si mesmo que não precisava do dinheiro do seu pai para sobreviver, e que era capaz de trabalhar como todos.

    Tinha-o feito por orgulho.

    Aquele apartamento que tinha redecorado há pouco dava para a praia de Bondi e para a piscina natural onde ia nadar todas as manhãs, chovesse ou fizesse sol. Era um lugar perfeito para um solteiro, nem muito grande nem muito pequeno e tinha tudo o que um homem podia desejar.

    A ideia de viver nas águas-furtadas enormes do seu pai, que para o seu gosto era uma casa demasiado luxuosa e sem alma, não lhe agradava absolutamente, embora ficasse no mesmo arranha-céus que a empresa familiar.

    – De tivesses ficado em casa do teu pai, ter-te-ias poupado a um engarrafamento todos os dias – comentou James. – Nunca chegarias tarde. Assim, essa tua secretária estaria contente. Refiro-me àquela que não pára de te telefonar. Como se chama?

    – Kathryn – respondeu Hugh, tremendo perante a ideia de não voltar a chegar tarde, porque chegar tarde era o único poder que tinha sobre aquela feiticeira.

    Kathryn não conseguia suportar a falta de pontualidade e Hugh tinha consciência de que ficava muito nervosa quando chegava tarde, o que o fez olhar para o relógio e lembrar-se de que tinha uma reunião dentro de duas horas no escritório, à qual não devia chegar tarde porque os outros directores pensariam que era mal-educado e não causaria boa imagem que o presidente executivo fizesse algo do género.

    Embora fosse o presidente executivo da empresa apenas de forma temporária, Hugh tinha muito claro que queria causar boa impressão à sua equipa.

    Felizmente, tinha tido a boa ideia de deixar roupa sua em casa do seu pai. Assim, poderia tomar banho e mudar de roupa lá. Também era importante a indumentária. Não achava que causasse boa impressão com umas calças informais e uma camisa de manga curta.

    – Lamento, rapazes, mas não posso ficar mais tempo. Tenho uma reunião muito importante esta tarde – despediu-se dos seus amigos, acabando a cerveja de um gole.

    A cara que James e Russell fizeram fê-lo sorrir, mas o sorriso apagou-se assim que se sentou ao volante do seu carro.

    Num quarto de hora estaria no distrito empresarial da cidade e, em menos de vinte minutos, estaria de volta ao covil do leão.

    Hugh colocou a primeira mudança no seu lindo Ferrari e acelerou. Por um lado,

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