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Submetida ao xeque
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E-book156 páginas1 hora

Submetida ao xeque

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Sobre este e-book

Como rainha, deve obedecer às normas impostas pelo xeque!

Quando Jesslyn estava com ele em Londres, o príncipe Sharif Fehr era muito distinto e a sua relação amorosa era livre e independente.
Anos mais tarde, Jesslyn vai ao país do deserto governado pelo xeque Sharif. Os anos transcorridos foram duros e Sharif acostumou-se a que a sua palavra fosse lei. Ninguém se atreve a desafiá-lo, à excepção de Jesslyn. Mas, apesar da encantadora insolência dela, Sharif está certo de uma coisa: Jesslyn obedecerá às suas ordens e aceitará converter-se em sua esposa.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de jul. de 2011
ISBN9788490005903
Submetida ao xeque
Autor

Jane Porter

Jane Porter loves central California's golden foothills and miles of farmland, rich with the sweet and heady fragrance of orange blossoms. Her parents fed her imagination by taking Jane to Europe for a year where she became passionate about Italy and those gorgeous Italian men! Jane never minds a rainy day – that's when she sits at her desk and writes stories about far-away places, fascinating people, and most important of all, love. Visit her website at: www.janeporter.com

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    Submetida ao xeque - Jane Porter

    CAPÍTULO 1

    Os saltos baixos dos sapatos discretos de Jesslyn Heaton ecoaram na calçada ao sair dos escritórios administrativos da escola.

    Era o último dia de escola e, graças a Deus, os alunos, finalmente, iam para as suas casas depois de se terem enchido de doces e de um ponche de uma cor extraordinariamente vermelha. Agora, a única coisa que restava fazer era fechar a sua sala de aula, que permaneceria assim durante o Verão.

    – Vai a algum lugar divertido de férias, menina Heaton? – perguntou-lhe um aluno, num tom fraco.

    Jesslyn levantou o olhar dos papéis que tirara da sua caixa de correio.

    – Aaron, ainda não te foste embora? As aulas acabaram há horas.

    O adolescente sardento corou.

    – Tinha-me esquecido de uma coisa – respondeu o rapaz e o seu rubor aumentou enquanto rebuscava na mochila até tirar um pequeno pacote embrulhado em papel branco com um laço de seda arroxeado. – É para si. A minha mãe comprou-o, mas fui eu que escolhi.

    – Um presente... – Jesslyn sorriu enquanto agarrava no presente. – Obrigada, Aaron, embora não devessem ter-se incomodado. Ver-te-ei no próximo ano...

    – Não vou voltar – o rapaz encolheu os ombros antes de voltar a pôr a mochila às costas. – Vamo-nos embora este Verão. O meu pai foi destacado para os Estados unidos. Penso que para Anchorage.

    Tendo trabalhado durante seis anos numa pequena escola privada nos Emirados Árabes unidos, Jesslyn estava habituada a ver os filhos dos estrangeiros a ir e vir com frequência.

    – Lamento, Aaron. Lamento a sério.

    O adolescente pôs as mãos nos bolsos.

    – Importar-se-ia de dizer aos meus colegas? Podia dizer-lhes para me enviarem mensagens pela Internet?

    A voz do rapaz perdeu a força ao mesmo tempo que baixava a cabeça e Jesslyn sentiu um aperto no coração. Aqueles rapazes sofriam muito: casa no estrangeiro, vidas no estrangeiro e transferências constantes.

    – Sim, claro que o farei.

    Depois de assentir, Aaron virou-se e afastou-se pelos corredores vazios da escola.

    Suspirando, Jesslyn observou a sua saída rápida antes de abrir a porta da sua sala de aula. Custava-lhe a acreditar que acabara outro ano lectivo. Parecia-lhe que fora ontem que distribuíra livros de texto e imprimira os nomes dos alunos da sua turma. Mas agora já se tinham ido embora e ela tinha os dois próximos meses livres.

    Ou estaria livre quando fechasse a sua sala de aula e isso não aconteceria até fazer a tarefa que mais lhe custava: lavar os quadros.

    Vinte minutos mais tarde, tinha o vestido azul-marinho colado às costas e o suor banhava-lhe o cabelo escuro. «Que trabalho!», pensou ela, franzindo o nariz enquanto enxaguava a esponja suja no lavatório.

    Nesse momento, ouviram-se umas pancadinhas na porta e a doutora Maddox, a directora, espreitou.

    – Menina Heaton, tem uma visita.

    Jesslyn pensou que devia tratar-se do pai de um aluno preocupado com as notas do seu filho, mas não era assim. Com o coração acelerado no peito, ficou a olhar, espantada, para Sharif Fehr. O príncipe Sharif Fehr.

    Nervosa, espremeu a esponja que tinha na mão e a água escorreu-lhe entre os dedos trémulos.

    Sharif. Sharif, ali?

    Impossível! Mas ali estava. Era, sem dúvida, o príncipe Fehr que ocupava a soleira da porta: alto, imponente, aristocrático. Ficou a olhar fixamente, absorvendo-o com os olhos enquanto a adrenalina lhe corria pelas veias, demasiado quente, demasiado fria, demasiado intensa.

    A doutora Maddox pigarreou.

    – Menina Heaton, é um prazer apresentar-lhe o nosso mais generoso benfeitor, Sua Alteza Real...

    – Sharif – sussurrou Jesslyn, incapaz de se conter.

    – Jesslyn – disse Sharif, com uma ligeira inclinação de cabeça.

    E, simplesmente isso, o seu nome pronunciado num tom de voz profundo, fez desaparecer os anos decorridos.

    Da última vez que o vira, eram muito jovens. Ela conseguira o seu primeiro trabalho como professora numa escola americana em Londres e ele era um príncipe árabe atraente e rebelde que usava calças de ganga, ténis e t-shirts.

    Agora o seu aspecto era totalmente diferente. As suas antigas roupas tinham sido substituídas por um dishdashah ou thoub, como era conhecido no Golfo. Era uma vestimenta fresca, comprida e branca de uma peça. Acompanhava-o com a tradicional gutra, uma peça para cobrir a cabeça, segura pelo ogal, uma faixa preta circular.

    A sua aparência era muito diferente da que recordava dele e, no entanto, continuava quase igual, desde os olhos penetrantes até ao queixo pronunciado e ao cabelo escuro e brilhante.

    Confusa, a doutora Maddox olhou para ambos.

    – Conhecem-se?

    Se se conheciam? Ela pertencera-lhe e ele a ela. As suas vidas tinham estado tão unidas que, quando a relação acabara, ela ficara com o coração partido.

    – Estudámos juntos – balbuciou Jesslyn, com as faces coradas, enquanto evitava olhar para ele nos olhos.

    Mas os olhos dele encontraram os dela e os seus lábios curvaram-se dissimuladamente, desafiando-a.

    Não tinham estudado juntos.

    Nem sequer tinham ido à escola ao mesmo tempo. Ele tinha mais seis anos do que ela e trabalhava como analista financeiro em Londres quando se tinham conhecido.

    Tinham saído juntos durante vários anos e, quando ela acabara a relação, fora-se embora, pensando que nunca mais voltaria a vê-lo.

    O que não significava que não tivesse albergado a esperança de se enganar.

    E agora voltava a vê-lo. Mas... porquê? O que queria? Porque era evidente que queria alguma coisa. Sharif Fehr não estaria na sua sala de aula se não tivesse um bom motivo.

    – Conhecemo-nos numa escola em Inglaterra – acrescentou Jesslyn, tentando esconder como se sentia afectada por voltar a vê-lo. Na vida de uma mulher, havia namorados de quem esta se afastava amigavelmente e outros que lhe mudavam a vida para sempre.

    Sharif mudara-a e, agora, apesar dos anos decorridos, a sua presença deixava-a a tremer face ao perigo que via nele.

    – O mundo é pequeno – comentou a doutora Maddox, olhando para ambos.

    – Certamente – respondeu Sharif, com uma ligeira inclinação de cabeça.

    Jesslyn voltou a espremer a esponja enquanto voltava a perguntar-se o que estava ele a fazer ali. O que queria?

    O que quereria dela?

    Continuava a ser professora. Continuava a ter uma vida simples. Continuava a ter o seu cabelo castanho cortado à altura dos ombros, tal como há nove anos. E, ao contrário dele, não se casara, apesar de o homem com quem saíra há dois anos lho ter pedido. Mas não aceitara a proposta de casamento porque sabia que não o amava o suficiente, não o amava como amara Sharif.

    Na verdade, nunca amara ninguém como amara Sharif.

    Virando-se bruscamente, Jesslyn deixou a esponja no lavatório, lavou as mãos e secou-as com uma toalha de papel.

    – O que posso fazer por ti, Sharif?

    – Bom, suponho que não precisam de mim – disse a doutora Maddox, com um suspiro de desilusão. – Voltarei para o meu escritório. Boa tarde, Alteza!

    E, com uma inclinação de cabeça respeitosa, a directora da escola deixou-os, fechando a porta suavemente atrás dela.

    Jesslyn emitiu um leve suspiro ao perceber que estavam sozinhos.

    Estava sozinha com Sharif. Depois de tantos anos.

    – Senta-te, por favor – disse Sharif, indicando-lhe a cadeira da secretária dela. – Não há razão para ficares de pé.

    Jesslyn olhou para a sua cadeira, mas não acreditava que as pernas conseguissem segurá-la enquanto atravessava a sala de aula. Pelo menos, ainda não.

    – Queres uma cadeira para te sentares? – perguntou-lhe ela.

    – Estou bem, não te incomodes – respondeu ele.

    – Nesse caso, eu também ficarei de pé. A expressão de Sharif não mudou.

    – Preferiria que te sentasses. Por favor.

    Não foi um pedido, mas uma ordem, e Jesslyn olhou para ele com uma mistura de curiosidade e surpresa. No passado, ele nunca teria utilizado um tom tão autoritário com ela. Sempre se mostrara seguro de si próprio, mas nunca se dirigira a ela com formalidade nem autoritariamente. No entanto era o que fazia naquele momento.

    Ao fixar-se nele, Jesslyn apercebeu-se de que o rosto de Sharif mudara mais do que notara ao princípio. O seu semblante era diferente. Os anos tinham esculpido subtilmente os seus traços. Agora tinha o queixo mais pronunciado, mais largo e mais forte. O seu queixo e o sobrolho estavam mais definidos.

    Já não era um jovem, mas um homem.

    E não era um simples homem, mas um dos líderes mais poderosos do Médio Oriente.

    – Está bem – disse ela, num tom de voz repentinamente rouco, traindo o seu nervosismo. – Deixa-me acabar isto primeiro.

    Jesslyn virou-se para o lavatório e deixou rapidamente o balde e a esponja por baixo.

    – Lavas os quadros sozinha? – perguntou Sharif, enquanto ela se aproximava da sua secretária, dando a volta a umas caixas com equipamento desportivo e a uma pilha de livros que faltava guardar no armário.

    – Os professores são responsáveis pelos seus quadros.

    – Eu pensava que os empregados de limpeza tratavam disso.

    – Fazemos o que podemos para poupar dinheiro – respondeu Jesslyn, baixando-se para apanhar um livro do chão.

    Há quatro anos que trabalhava como professora naquela pequena escola privada de Sharjah e, durante esse tempo, sempre estivera um calor terrível nos meses de Maio, Junho e Setembro.

    Sharif semicerrou os olhos.

    – É por isso que está tanto calor aqui? Sharif reparara, pensou ela.

    – O ar condicionado está ligado. Infelizmente, não parece funcionar muito bem – Jesslyn sentou-se atrás da sua secretária. – Foi para isso que vieste? Para fazer uma lista do que a escola precisa com o fim de doares dinheiro?

    – Se me ajudares, será um prazer doar dinheiro.

    Finalmente, ia dizer-lhe porque estava ali. Sharif queria que o ajudasse. De repente, sentiu uma grande pressão no peito e apercebeu-se de que não estava a respirar.

    Jesslyn expirou e voltou a inalar numa tentativa de controlar o seu estado de pânico. Não havia motivo para estar assustada. Não lhe devia nada. A sua relação acabara há quase dez anos.

    A sua tentativa de se acalmar chegou ao seu fim quando viu a expressão dele. Sharif estava a observá-la com intensidade, a examiná-la dos pés à cabeça.

    Corada, Jesslyn mexeu nos papéis que deixara na secretária.

    – A que tipo de ajuda te referes?

    – O tipo de ajuda que podes dar-me – Sharif estava a aproximar-se dela, muito devagar.

    Jesslyn tentou concentrar-se no que ele acabara de dizer, não na sua aproximação, mas estava demasiado perto, mexera-se com demasiada rapidez.

    – Sou professora, Sharif.

    – Exactamente – Sharif parou ao

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