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A vingança de um milionário
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A vingança de um milionário
E-book149 páginas1 hora

A vingança de um milionário

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Sobre este e-book

Talvez a sua ânsia de vingança fosse saciada fazendo dela a sua esposa!

Embora fosse milionário e um óptimo partido, Russell McClain nunca se sentira atraído pelo casamento. O atraente milionário de Sidney só estava interessado numa vingança e Nicole Power, a filha do seu inimigo, era fundamental para levar a cabo o seu plano. Ela pagaria pelos pecados do seu pai... Russell ia seduzi-la, iria para a cama com ela e, depois, abandoná-la-ia…
Todavia o seu desejo por Nicole tornou-se muito forte e Russell percebeu que uma noite não seria suficiente…
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de jan. de 2012
ISBN9788490106563
A vingança de um milionário
Autor

Miranda Lee

After leaving her convent school, Miranda Lee briefly studied the cello before moving to Sydney, where she embraced the emerging world of computers. Her career as a programmer ended after she married, had three daughters and bought a small acreage in a semi-rural community. She yearned to find a creative career from which she could earn money. When her sister suggested writing romances, it seemed like a good idea. She could do it at home, and it might even be fun! She never looked back.

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    A vingança de um milionário - Miranda Lee

    ama.

    CAPÍTULO 1

    Dezasseis anos mais tarde…

    Banguecoque era quente e húmida, e, quando Nicole chegou ao orfanato, vinda do seu hotel barato, estava encharcada.

    A Nicole de meses atrás teria protestado continuamente e só teria saído do seu hotel luxuoso com ar condicionado numa limusina.

    Mas essa Nicole tinha desaparecido depois de descobrir que as três pessoas mais importantes da sua vida eram uma fraude. Em primeiro lugar, tinha descoberto o seu noivo a fazer sexo com a secretária no escritório dele. Quando, horrorizada, tinha ido contá-lo à sua mãe, esta tinha-lhe explicado que não podia esperar fidelidade de um homem com dinheiro e sucesso, e que devia ignorar as infidelidades do seu noivo.

    – Eu sempre o fiz com as de Alistair – dissera, com total naturalidade.

    Saber que o seu padrasto tinha tido amantes e que a sua mãe o tinha transigido surpreendeu-a ainda mais do que a deslealdade de David.

    E não conseguira aceitá-lo. Por mais que se tivesse transformado numa princesinha mimada quando a sua mãe se casara com um homem rico, ela tinha princípios.

    No dia seguinte, devolvera o seu anel a David e depois tivera uma conversa desagradável com o seu padrasto, que a acusara de ingénua e tonta.

    – Os vencedores nem sempre cumprem as regras – explicara-lhe, com arrogância. – David é um vencedor. E como sua mulher poderias ter tido tudo. Agora, terei de encontrar outro candidato que possa sustentar o teu estilo de vida.

    A insinuação de que Alistair a «tinha proporcionado» a David repugnara Nicole.

    De um dia para o outro, deixara o seu emprego na Power Mortgages e na mesma tarde aceitara um convite para ir de viagem com uma rapariga, cuja amiga desistira à última hora.

    Uma semana depois, Nicole viajava apenas com o dinheiro que tinha na conta bancária e uma nova ordem de prioridades.

    Quatro meses mais tarde, era uma pessoa radicalmente diferente. Uma pessoa a sério, que vivia no mundo real.

    – Nicoe, Nicoe! – as crianças do orfanato disseram o seu nome em coro ao verem-na a chegar.

    Ela sorriu. Embora não pronunciassem a letra «L», o seu inglês, graças à directora do orfanato, era muito bom.

    Depois dos beijos e abraços da praxe, as crianças suplicaram-lhe que cantasse alguma coisa e ela acedeu. Surpreendia-a sempre como era fácil fazê-los felizes. Sentou-se sob uma árvore rodeada das crianças e começou a cantar a velha canção popular australiana Waltzing Matilda. As crianças ouviram-na em silêncio e só quando acabou se levantaram e aplaudiram, antes de lhe suplicarem que cantasse outra.

    E ela tê-lo-ia feito se não tivesse sido interrompida por uma chamada do telemóvel.

    – Desculpem-me – disse, enquanto tirava o telemóvel da mochila. – Vão brincar um pouco.

    Imaginava quem poderia ser. A sua mãe telefonava-lhe todas as semanas, como se não soubesse que a filha estava indignada com ela, e Nicole não se sentia capaz de cortar por completo os laços com ela.

    – Sim?

    – Nicole, é a tua mãe.

    Nicole franziu o sobrolho. Passava-se alguma coisa. A sua mãe parecia tensa.

    – Olá, mamã, o que se passa?

    – Tens de voltar para casa – disse, depois de uma hesitação inicial.

    – Porquê? – perguntou Nicole. – Onde estás?

    – Não posso dizer-te.

    – Porquê?

    – O teu pai não quer que ninguém saiba.

    – Alistar Power não é o meu pai – disse Nicole, com frieza.

    – É mais do que o desgraçado que me deixou grávida – replicou a sua mãe. – Não, Alistair! Deixa-me falar com ela.

    Nicole ouviu ruído de fundo.

    – Ouve-me, sua ingrata! – exclamou Alistair, do outro lado da linha. – Se dependesse de mim, não te teria avisado, mas a tua mãe ama-te, embora não perceba porquê. A minha empresa fechou e os meus credores perseguem-me, portanto, deixámos a Austrália. O banco ficou com a casa de Belleview Hill.

    – Mas… as minhas coisas estão todas lá! – protestou Nicole.

    – Foi por isso que a tua mãe te telefonou. Para que voltes antes que mudem as fechaduras e esvaziem a casa.

    – Não podem fazer isso!

    – E quem vai impedi-los?

    Nicole gemeu. Não queria perder as suas lembranças de infância, as fotografias, alguns blocos…

    – Vou passar-te a tua mãe – resmungou Alistair.

    – Não te preocupes com as tuas jóias, querida – disse a sua mãe, num tom meloso. – Trouxe-as comigo.

    – As jóias não me interessam, mamã.

    – Mas valem uma fortuna!

    Tinha razão. Alistair tinha-lhe oferecido ao longo dos anos todo o tipo de pérolas, diamantes e esmeraldas a condizer com os seus olhos, costumava dizer. E Nicole deu-se conta de que, com o que obtivesse da sua venda, poderia contribuir para melhorar as condições do orfanato. Seria uma estupidez desperdiçar aquela oportunidade por puro orgulho.

    – Podes mandar-mas, mamã?

    – Para onde? Cada vez que telefonas, estás num país diferente.

    – Continuo na Tailândia. Embora talvez seja melhor que as mandes para a casa de Kara. Lembras-te da morada?

    – Claro! Levei-te lá imensas vezes. Então, voltarás para a Austrália?

    – Sim, assim que marcar a viagem para Sidney.

    – Fico muito contente. Dava-me muita pena que perdesses a tua linda roupa.

    Nicole suspirou: «Fico contente por manteres as tuas prioridades, mamã».

    – Não posso dizer-te onde estamos, mas não te preocupes – a sua mãe desceu a voz. – Temos dinheiro suficiente. Alistair tinha uma conta num paraíso fiscal. Se precisares de alguma coisa, pede.

    Nicole tremeu. A ideia repugnava-a.

    – Tenho de desligar, mamã.

    – Telefonas-me quando chegares a Sidney?

    – Claro.

    Nicole abanou a cabeça com tristeza, enquanto desligava. A sua mãe não tinha remédio.

    CAPÍTULO 2

    Russell pensava como fora difícil vingar-se, a caminho da mansão do seu inimigo. Durante dezasseis anos, consegui-lo fora o objectivo da sua vida.

    Finalmente, a oportunidade tinha surgido quando o mercado hipotecário caíra. Nessa altura, Russell tinha vendido as acções da Power Mortgages que tinha ido adquirindo em segredo ao longo dos anos e, numa única semana, tinha conseguido arrebatar vários milhões àquele pulha sem princípios.

    Assim que o sector imobiliário soubera que Power estava arruinado e que o seu banco tinha embargado a sua mansão luxuosa, Russell fizera uma oferta irrecusável.

    E, naquele momento, dirigia-se para lá. No entanto, não sentia a satisfação que tinha esperado sentir quando chegasse aquele momento. A razão era que o seu inimigo tinha conseguido abandonar o país e devia estar a aproveitar os milhões que teria guardado em algum paraíso fiscal.

    Imaginar Alistair Power nas Bahamas indignava-o. Os homens como ele não mereciam viver. Mas, pelo menos, tinha a satisfação de saber que tinha arruinado a reputação dele e que já não apareceria com o seu sorriso esplêndido na televisão, nem nas revistas cor-de-rosa.

    A casa que tinha visto pela primeira vez há dezasseis anos apareceu no seu campo de visão. Apenas uma hora antes, tinha ouvido uma descrição detalhada do local: os terraços que se abriam para as vistas magníficas da cidade e do porto, os tectos altos, as salas enormes. Mas nada podia comparar-se ao impacto provocado pelo edifício magnífico, de paredes brancas e venezianas azuis.

    Russell parou o carro à frente do portão, um portão inexistente no passado e que não o tinha impedido de chegar à porta daquela casa.

    Suspirou. No fundo, arrependia-se de não se ter deixado levar pelos seus impulsos assassinos. Mas, se o tivesse feito, estaria na prisão, em vez de sentado num carro de luxo e vestido com um fato de homem rico.

    Carregou no comando e esperou que o portão se abrisse. Depois, conduziu lentamente. Contornando uma fonte de mármore magnífica, passou junto da garagem de seis lugares, até chegar ao pé da escada do alpendre. Com as chaves na mão, subiu para o patamar e virou-se para contemplar a vista.

    O terreno era espectacular, de uma magnificência própria de um palácio, com sebes bem cortadas, relva imaculada e árvores estrategicamente situadas para darem a sombra adequada. De acordo com a descrição, o jardim traseiro era ainda mais impressionante. Contava com um grande terraço, campo de ténis e piscina climatizada.

    – Junto da piscina, há uma casinha com cozinha, sala e dois quartos, maior do que muitos apartamentos – fora a descrição do gerente do banco.

    E, possivelmente, maior do que o seu apartamento. Apesar de ser um agente imobiliário bem-sucedido, continuava a viver num apartamento modesto, que só usava para dormir.

    Em contraste, a mansão de Power era uma casa construída para glorificar o seu proprietário. E, a partir daquele momento, pertencia-lhe.

    Mas Russell continuava sem sentir o prazer que tinha imaginado experimentar com aquele triunfo. Teria sido mais importante o percurso do que o objectivo? Sentiria a falta de o partilhar com alguém?

    A sua mãe nunca tinha acumulado o rancor que o tinha consumido depois da morte do seu pai. Não tinha culpado a Power Mortgages e tinha contado a Russell que o seu pai sofria de uma depressão há anos, a qual atribuía às más decisões económicas que tinha tomado.

    Depois de dois anos de luto pelo seu querido marido, Frieda McClain voltara a casar-se com um agricultor.

    Russell nunca tinha compreendido a atitude dela. Ele tinha estado prestes a morrer de dor depois do suicídio do seu pai, do qual se culpava parcialmente.

    Espantava-o saber que uma das razões para que pedisse dinheiro fora conseguir que o filho tivesse a educação que lhe tinha faltado e que fosse para a universidade. Inclusive, tinha pagado o seu alojamento e tinha-lhe comprado um carro velho.

    Russell enfurecia-se consigo mesmo por não se ter dado conta de que o seu pai não podia permitir-se fazê-lo, por não ter reconhecido a verdade depois das mentiras piedosas dele. Por isso, no dia em que o enterrara, ele mesmo estivera à beira do suicídio.

    Só o desejo de vingança o tinha mantido vivo. Depois da cena com Power, deixara o seu curso de Direito

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