Noites Obscuras
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Sobre este e-book
Quando a noite chega, aquilo que estava oculto sob a luz se revela.
Samuel Cardeal, Natália Mussato , Mike Brandish , Isabelle Neves e Alec Silva apresentam histórias sobre horrores e monstros que se escondem em casas abandonadas, estradas desertas e aparências ilusórias, inclusive a humana.
Tranque bem as portas e janelas, pegue uma lanterna ou um lampião e esteja ciente de que as "Noites Obscuras" chegaram com sede de sangue, medo e morte.
Natália Mussato
Curitibana da pinha, Natália Mussato começou escrevendo fanfics sobre o universo ninja. Com a incrível capacidade de salpicar drama e tragédia em suas histórias desde o começo dessa caminhada na escrita, garante preferir romance e felicidade na vida real. Gosta de gatos, chocolates, filmes de terror do tipo slash, céu cinzento com pancadas de chuva e post-its coloridos, inclusive aceita eles como presente de aniversário. Platônico é sua terceira publicação independente, embora tenha sido providenciada em 2014. Ela tem muito orgulho desse filho que demorou tanto para nascer.
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Noites Obscuras - Natália Mussato
FICHA TÉCNICA
Copyright 2016 © by EX! Grupo Artístico e Editora
Copyright 2016 © by Alec Silva, Isabelle Neves, Mike Brandish, Natália Mussato e Samuel Cardeal
Capa e editoração digital
Samuel Cardeal
Ilustração da capa
Evandro Menezes
Revisão e copidesque
Alec Silva e Samuel Cardeal
Organização
Natália Mussato
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP:
●●●
B869.8
M989n Mussato, Natália (org.)
Noites obscuras / Natália Mussato (organizadora); Alec Silva, Isabelle Neves [et al.]. – Curitiba: EX! Grupo Artístico e Editora, 2015
1. Antologia. 2. Contos Brasileiros 3. Horror
CDD B869.3
CDU 821.134.3(81)-82
●●●
Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização prévia dos autores.
SUMÁRIO
Ficha Técnica
Prefácio
Estrada de Ferro - Mike Brandish
Molduras - Isabelle Neves
Galateia - Alec Silva
O Lobo - Natália Mussato
Volte a Dormir - Samuel Cardeal
Sobre os autores
PREFÁCIO
Somos fascinados pelo terror e não adianta dizer o contrário. A maioria de nós é tão encantado pelo tema que continua, mesmo em filmes de qualidade duvidosa e falta de desenvolvimento, enchendo os bolsos dos produtores dessa que é uma das mais lucrativas iniciativas do cinema internacional: o horror. O mesmo vale para a literatura, que consagra nomes e eleva palhaços, telepatas, machados e nevoeiros. E nós adoramos, e como!
Nosso apreço por fantasmas, assassinos e demônios faz com que paremos em frente à televisão, tendo noticiários de crimes como entretenimento, tragédias acompanhadas com curiosidade mórbida e um interesse pelo místico que rende pontos turísticos até os dias de hoje — que o diga Edifício Martinelli. Até mesmo de alienígenas estamos falando, mas, por enquanto, eles permanecem escondidos, seja em Varginha, seja pelo governo. Aliás, teoria da conspiração é outra coisa que amamos, porém não cabe aqui agora.
Dividido em várias facetas, da mais misteriosa à escrachada tingida de vermelho, gostamos tanto do gênero horror, que todos os anos tentamos fazer de um festejo importado, o nosso próprio, chutando o Saci para longe e dando seu lugar ao Halloween — a data e a série cinematográfica.
E assim, atentos aos clichês que nos fazem saltar na cadeira do cinema ou no sofá de casa, procuramos por quadros amaldiçoados e adornados por Molduras malditas, Estradas de Ferro com destino ao inferno, um Lobo em pele de cordeiro que cerca mentes fracas para induzi-las a criarem sua própria Galateia praguejada, espreitando no escuro, ou mesmo no claro; a dúvida em suas aparições nos apavora e fascina. Não conseguimos nos livrar desse tormento de formato mutante, que silenciosa e pacientemente aguarda embaixo da sua cama, contando os segundos até que você Volte a Dormir.
Sonhos transformados em pesadelos, somos tragados em uma espiral desesperadora, despertando apavorados e aliviados por estarmos enfim livres desse delírio horroroso, o narrando para terceiros com orgulho e receio, aquela velha história sobre nossa devoção ao incerto… Sem saber que o monstro embaixo da cama ainda aguarda a próxima oportunidade de nos arrastar para mais Noites Obscuras.
Natália Mussato
Autora de Diabólicos, fangirl de Freddy Krueger e fascinada pela trilha sonora de Halloween
ESTRADA DE FERRO
Mike Brandish
Existe uma força que dirige as vidas humanas, mantendo-nos aquecidos em nossos momentos de fraqueza, certos de que se continuarmos mais um pouco; se aguentarmos nosso suplício como bons cordeiros, seremos recompensados com o que mais desejamos. Somos levados a crer que nem ao menos sabemos o quão bom será, mas que, tendo uma crença real, conseguiremos alcançar a vida eterna. Nunca acreditei em tal poder maior, até me deparar com ele. Com certeza, minha reação não foi a de deleite e sim do mais puro e racional horror criatura aberrativa que se mostrou a mim. Tivesse eu uma mente inferior, a mera visão estilhaçaria minha sanidade, embora não possa lhe dar certeza de que não ocorreu. Ainda sinto sua presença no fundo da minha mente, a inquietante sombra no canto do olho que se afasta quando tento focá-la. De certo, se existe uma alma, a minha está marcada pela abominação dos meus atos naqueles dias sobre a influência da criatura.
Quanto tempo se passou, é difícil dizer. Minhas lembranças parecem mais sonho do que memórias, se tornando mais fugidias quanto mais tento agarrá-las, como gotas de chuva escorrendo pelo meu rosto. Mas o início, se não crês em destino, foi no ano do Senhor
1897.
Finalmente eu assumiria o meu novo cargo, engenheiro-chefe da estação ferroviária. Cargo que, exceto pelo nome, era até mais prestigioso do que prefeito. Eu teria o maior salário da cidade, e as pessoas implorariam pra trabalhar pra mim, afinal, é uma honra servir o engenheiro chefe, além da casa. Uma mansão de 3 andares construída há mais de cem