O ESCARAVELHO DE OURO: e outros contos
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Sobre este e-book
Edgar Allan Poe
New York Times bestselling author Dan Ariely is the James B. Duke Professor of Behavioral Economics at Duke University, with appointments at the Fuqua School of Business, the Center for Cognitive Neuroscience, and the Department of Economics. He has also held a visiting professorship at MIT’s Media Lab. He has appeared on CNN and CNBC, and is a regular commentator on National Public Radio’s Marketplace. He lives in Durham, North Carolina, with his wife and two children.
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O ESCARAVELHO DE OURO - Edgar Allan Poe
Edgar Alan Poe
O ESCARAVELHO DE OURO
e outros contos
Título original:
The Gold Bug and other stories
1a edição
img1.jpgIsbn: 9786558942252
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Prefácio
Prezado Leitor
Edgar Allan Poe (1809-1849) foi um poeta, escritor, crítico literário e editor norte-americano. Extraordinário contista e poeta, Alan Poe escreveu obras memoráveis com seu estilo único e pioneiro. Possuidor de grande capacidade analítica, Poe caracterizava como ninguém os tormentos vividos pelos personagens de suas obras; talvez inspirado pelos seus próprios tormentos interiores.
Nesta edição o leitor terá o privilégio de conhecer três do melhores contos de Edgar Allan Poe que representam, respectivamente, o gênero Policial, Filosófico e Suspense. São eles: O Escaravelho de Ouro; O Homem na Multidão e O Enterro Prematuro. Juntos, esses contos compõem uma preciosa amostra do talento deste que é considerado um dos maiores contistas de todos os tempos.
Uma excelente leitura
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Sumário
APRESENTAÇÃO
Sobre o autor e obra
O ESCARAVELHO DE OURO (1843)
O HOMEM NA MULTIDÃO (1840)
O ENTERRO PREMATURO (1844)
APRESENTAÇÃO
Sobre o autor e obra
img2.jpgTalvez toda aquela multidão caminhando, cada um com seus próprios interesses e com seus destinos individuais, possa criar em nós um sentimento de solidão.
Edgar Allan Poe. – O Homem na Multidão
Edgar AIlan Poe (1809-1849) era filho de um casal de pobres atores, David Poe e Isabel Arnold, que sem muito êxito percorriam as cidades norte-americanas. O pai, não se sabe se abandonou a mãe ou se faleceu pouco depois do nascimento de Edgar; sabe-se apenas que ela morreu no mais completo abandono quando o filho andava pelos dois anos. Recolhido caridosamente na casa do rico negociante escocês John AIlan (cujo nome de família Poe acrescentaria ao próprio nome) e de sua esposa, Frances Allan. A criança recebeu muito carinho e atenção, particularmente da mãe adotiva e frequentou boas escolas.
Desde cedo o jovem Edgar deu sinais de uma inteligência e de um talento poético singulares, mas também de um temperamento indisciplinado e altivo, que o levou a desavenças com o sr. John AIlan, transformadas em conflito quando, em Virgínia, onde cursava a universidade, o jovem começou a viver desregradamente e a contrair dívidas. Assim, viu-se forçado a abandonar os estudos e alistou-se no Exército. Havendo servido dois anos, reconciliou-se com o sr. John AIlan e entrou na Academia Militar de West- Point, de onde se fez expulsar de propósito, por não suportar a rígida disciplina.
A partir desse momento, definitivamente renegado pelo sr. AIlan — a sra. AIlan, que tanto gostava do seu menino
, havia falecido —, a vida de Poe torna-se difícil, sem nenhuma estabilidade. Colabora em numerosos jornais e revistas, a alguns dos quais assegura a prosperidade, sem poder permanecer muito tempo em nenhum deles; vem a ser conhecido e até famoso, mas nem por isso consegue meios para garantir uma vida pelo menos decente a si mesmo e às duas abnegadas criaturas cuja afeição o acompanha nos transes mais dolorosos: sua prima e esposa Virgínia Clemm, e a mãe desta.
Fazem-se cada vez mais frequentes os acessos de doença, as crises de alcoolismo, as polêmicas desenfreadas e os conflitos pessoais de Poe. Em 1847, Virgínia morre tuberculosa. Em 1849, Edgar AIlan Poe é recolhido alcolizado em estado inconsciente numa das ruas de Baltimore. Logo depois morreu, apenas dez dias antes da data fixada para seu segundo casamento, com uma viúva rica.
Além de poemas de estranha beleza, entre os quais O corvo
, tão célebre, de um romance. As aventuras de Artur Gordon Pym, e numerosos artigos de crítica e de teoria literária. Poe escreveu muitos contos, e pode ser considerado um dos criadores do conto moderno. Sobre essas obras, afirma Baudelaire:
— "a entrada é sempre atraente sem violência, como num turbilhão. Sua solenidade surpreende e mantém o espírito alerta. Sente-se logo que se trata de algo grave. E devagar, aos poucos, desenrola-se uma história cujo interesse repousa todo num imperceptível desvio do intelecto, numa hipótese audaciosa, numa dosagem imprudente da natureza no amálgama das faculdades.
O leitor, presa de vertigem, vê-se forçado a seguir o autor em suas envolventes deduções. Ninguém, repito, contou com maior magia as exceções da vida humana e da natureza; os ardores de curiosidade da convalescença; os fins de estação carregados de enervantes esplendores, quentes, úmidos e brumosos, em que os olhos se enchem de lágrimas que não vêm do coração; a alucinação, deixando a princípio lugar à dúvida, e logo após convicta a raciocinadora como um livro; o absurdo instalando-se na inteligência e governando-a com espantosa lógica; a histeria usurpando o lugar da vontade, a contradição estabelecida entre os nervos e o espírito, e o homem desarmonizado ao ponto de exprimir a dor pelo riso"
Essa maravilhosa definição de Baudelaire, que divulgou Edgar Alan Poe aos leitores europeus, refere-se, sobretudo, aos contos fantásticos e terríficos, como O Caso do sr. Valdemar
em que, durante sete meses, um cadáver é impedido de se dissolver por influência hipnótica; O gato preto
, caso de um gato morto por um sádico, a quem outro gato denuncia como assassino da própria mulher; A queda da Casa de Usher
história do irmão neurótico que enterra a irmã antes de morta; apenas para citar alguns."
Outro estilo de contos explorado por Allan Poe são os Contos Filosóficos, sendo que O homem da multidão", talvez seja o mais impressionante de todos, justamente porque não tem verdadeira ação e o assustador se concentra por inteiro no ambiente e no personagem.
Um terceiro grupo é formado pelos chamados contos de raciocínio
, que deram origem ao conto policial moderno. A ele pertencem o famoso O escaravelho de ouro
; baseado todo na decifração de um criptograma; Os Crimes da Rua Morgue
, com seu surpreendente desfecho e os três casos de Dupin, o detetive amador, predecessor de Sherlock Holmes, Lupin e tantos outros; em que a solução do problema é sempre alcançada pela aplicação de uma lógica rigorosa.
Nesta edição o leitor terá o privilégio de conhecer três do melhores contos de Edgar Allan Poe que representam, respectivamente o gênero Policial, o Filosófico e o Suspense. São eles:
O Escaravelho de Ouro
O protagonista do conto (cujo nome não é mencionado) tem um amigo, William Legrand, que mora isolado - acompanhado apenas de seu fiel servo, o negro Júpiter, na ilha Sullivan. Juntos, os três personagens viverão uma aventura curiosa, atrás de um suposto tesouro, cujas evidências são trazidas à tona pelo surgimento de um besouro dourado.
Trata-se de um conto policial de agradável leitura do mestre do suspense e do gótico, Edgar Allan Poe, no qual ele põe em