Todas as mulheres em mim
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Sobre este e-book
"Todas as mulheres em mim" é um recorte humano a partir do feminino em que a escrita assume um papel confidencial de um diálogo interno que transborda para os leitores. O livro traça um roteiro de impressões dividido em três partes: Paisagens Interiores; Paisagens Exteriores e Outras Paisagens. Intimista, dá voz à Ana, Joana, Alice e outras personagens fictícias que funcionam como alter ego da autora.
O leitor desavisado é cooptado pela voz de suas personagens fictícias e levado para um passeio surrealista, num reino algo mágico, algo fantástico, para ser desbravado ali, dentro do seu livro.
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Todas as mulheres em mim - Célia Musilli
Coleção Prato de Cerejas
Copright @2015 by Célia Musilli
Edição: Marisa Sevilha Rodrigues
Capa: José Luiz da Silva
Imagem: Izabel Demarchi
Projeto Gráfico: José Luiz da Silva
Revisão: Marisa Sevilha Rodrigues
Coordenação de edição e projeto gráfico: Marisa Sevilha Rodrigues
Editoração eletrônica: e-galáxia
Taxi Blue Editora Ltda
Rua Prof. José Horácio Meirelles Teixeira, 1129
Conj. 133 – bloco 1
Morumbi – São Paulo – SP - CEP.05630-130
Tel. (011)37432276
www.taxiblue.com.br
Distribuição exclusiva desta obra em formato digital: e-galáxia
www.e-galaxia.com.br
Sumário
Apresentação – Uma mulher no espelho
Paisagens interiores
Paisagens exteriores
Os outros na paisagem
Paisagem final
Biografia
APRESENTAÇÃO
Uma mulher no espelho
E atravessei estas perspectivas expressionistas no meu vestido preto como se fosse eu a criadora de tudo e de mim mesma, vestida de preto, apaixonada, chorando, caminhando pela cidade na terceira pessoa do singular, minha própria heroína...
(Angela Carter / Flesh and the Mirror
)
Célia Musilli nos traz este instigante mergulho no feminino, tanto no que é ontológico quanto no que revela um intimismo avassalador, conseguindo a proeza de encantar com matizes, tanto vigorosos quanto delicados. Usando uma sutil ordenação inicia-se um périplo, que nos convida a flanar na fronteira eu/eu mesma e nos embates com o social e a natureza. Uma lucidez implacável consigo mesma e com os outros perpassa o todo, diante das inevitáveis dicotomias, das máscaras e do balé das energias. Viajamos assim por caminhos que passam dos primórdios da fala à geografia do silêncio, do arrebatamento pela arte ao amor devorador, dos ciclos inexoráveis e destinações cumpridas quando nos apaixonamos.
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Se em Camus, os êxtases estão envenenados pela ideia da morte e em nosso íntimo de Sísifos terminamos de algum modo encontrando motivos para encher nossos corações, em Celia Musilli, as alegrias, tristezas, feridas saradas ou abertas, esperanças, dores, solidões e imponderáveis deságuam num limbo onde tudo se recompõe, onde tudo se recicla. Resta