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O Pequeno Príncipe
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O Pequeno Príncipe
E-book107 páginas1 hora

O Pequeno Príncipe

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Sobre este e-book

"O essencial é invisível para os olhos."
Há algumas histórias que transformam o mundo de seus leitores para sempre. O pequeno príncipe é uma delas.
Um piloto isolado no deserto do Saara acorda e se depara com um garotinho loiro dizendo: "Por favor, desenhe uma ovelha para mim". Nesse momento, o piloto se dá conta de que, quando a realidade parece inexplicável, não há outra escolha a não ser sucumbir a seus mistérios... E, justamente, um dos grandes mistérios deste livro é encantar gerações e gerações de leitores há mais de setenta anos, tanto adultos como crianças, que a cada leitura descobrem novos significados para as sábias palavras do principezinho.
As belas aquarelas de Saint-Exupéry, aqui reproduzidas como na primeira edição do livro, em 1943, permitem viajar por planetas desconhecidos e se encantar com esta fábula mais do que poética.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de jan. de 2015
ISBN9788525432193
Autor

Antoine de Saint-Exupéry

Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), born in Lyons, France, is one of the world’s best loved and widest read writers. His timeless fable, The Little Prince, has sold more than 100 million copies and has been translated into nearly every language. His pilot’s memoir, Wind, Sand and Stars, won the National Book Award and was named the #1 adventure book of all time by Outside magazine and was ranked #3 on National Geographic Adventure’s list of all-time-best exploration books. His other books include Night Flight; Southern Mail; and Airman's Odyssey. A pilot at twenty-six, he was a pioneer of commercial aviation and flew in the Spanish Civil War and World War II. In 1944, while flying a reconnaissance mission for his French air squadron, he disappeared over the Mediterranean.  Stacy Schiff is the Pulitzer Prize–winning author of several bestselling biographies and historical works including, most recently, The Witches: Salem, 1692. In 2018 she was named a Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres by the French Ministry of Culture. Awarded a 2006 Academy Award in Literature from the American Academy of Arts and Letters, she was inducted into the Academy in 2019. Schiff has written for The New Yorker, The New York Times, The Washington Post, The New York Review of Books, The Times Literary Supplement, and The Los Angeles Times, among many other publications. She lives in New York City.

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    O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry

    A Léon Werth.

    Peço perdão às crianças por ter dedicado este livro a um adulto. Tenho uma boa desculpa: esse adulto é o meu melhor amigo no mundo. Tenho outra desculpa: esse adulto pode entender tudo, até livros para crianças. Tenho uma terceira desculpa: esse adulto mora na França, onde sente fome e frio. Também precisa ser consolado. Se todas essas desculpas não bastarem, então quero dedicar este livro à criança que esse adulto foi um dia. Todos os adultos primeiro foram crianças. (Mas poucos se lembram disso.) Portanto, corrijo minha dedicatória:

    A Léon Werth quando era pequeno.

    I

    Uma vez, quando eu tinha seis anos, vi uma figura magnífica num livro sobre a floresta virgem, chamado Histórias vividas. Representava uma jiboia engolindo uma fera. Esta é a cópia do desenho.

    O livro dizia: As jiboias engolem a presa inteira, sem mastigar. Depois, não conseguem se mexer e ficam dormindo durante os seis meses da digestão.

    Então pensei muito nas aventuras da selva e, com um lápis de cor, consegui traçar meu primeiro desenho. Meu desenho número 1. Era deste jeito:

    Mostrei minha obra-prima à gente grande, perguntando se meu desenho lhes dava medo.

    Responderam:

    – Por que um chapéu daria medo?

    Meu desenho não representava nenhum chapéu. Representava uma jiboia digerindo um elefante. Então desenhei a jiboia por dentro, para que a gente grande pudesse entender. Gente grande sempre precisa de explicações. Meu desenho número 2 era assim:

    A gente grande me aconselhou a deixar de lado os desenhos de jiboias abertas ou fechadas e a me interessar mais por geografia, história, aritmética e gramática. Foi assim que, com a idade de seis anos, abandonei uma fabulosa carreira de pintor. Fui desencorajado pelo insucesso de meu desenho número 1 e de meu desenho número 2. Gente grande nunca entende nada sozinha, e é cansativo para as crianças ficar o tempo todo dando explicações...

    Por isso, precisei escolher outra profissão e aprendi a pilotar aviões. Voei praticamente o mundo inteiro. E a geografia, é verdade, me serviu muito. Num relance eu sabia distinguir a China do Arizona. É muito útil para quem fica perdido de noite.

    Assim, durante a vida toda, entrei em contato com uma quantidade enorme de gente séria. Convivi muito com gente grande. Pude vê-la bem de perto. Isso não melhorou muito minha opinião a seu respeito.

    Quando conhecia alguma pessoa adulta que me parecesse um pouco lúcida, fazia com ela o teste do meu desenho número 1, que eu ainda guardava. Queria saber se ela era de fato inteligente. Mas sempre me respondiam:

    – É um chapéu.

    Então eu não lhe falava de jiboias, nem de florestas virgens, nem de estrelas. Punha-me onde ela pudesse me alcançar. Falava de bridge, golfe, política e gravatas. E a pessoa adulta ficava bem contente por conhecer um homem tão sensato...

    II

    Assim, vivi sozinho, sem ninguém para conversar de verdade, até que me ocorreu uma pane no deserto do Saara, há seis anos. Alguma coisa se avariou no motor do meu avião. E, como eu não tinha comigo nem mecânico nem passageiros, preparei-me para tentar, sozinho, fazer um conserto difícil. Para mim, era questão de vida ou morte. Minha água potável mal dava para oito dias.

    Na primeira noite, portanto, adormeci na areia a mil milhas de qualquer terra habitada. Estava muito mais isolado que um náufrago numa jangada em pleno oceano. Então imaginem minha surpresa quando, ao alvorecer, uma vozinha esquisita me acordou. Dizia:

    – Por favor... desenhe uma ovelha para mim!

    – O quê?!

    – Desenhe uma ovelha para mim...

    Fiquei em pé num pulo, como se tivesse sido atingido por um raio. Esfreguei bem os olhos. Olhei direito. E vi um garotinho absolutamente extraordinário, me observando com cara séria. Vejam aí o melhor retrato que consegui fazer dele, depois. Mas meu desenho, claro, é muito menos encantador que o modelo. A culpa não é minha. Fui desencorajado pela gente grande de seguir carreira de pintor quando estava com seis anos e não tinha aprendido a desenhar nada, a não ser jiboias fechadas e jiboias abertas.

    Portanto, fiquei olhando para aquela aparição com olhos arregalados de espanto. Não esqueçam que

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