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Lembranças de Aninha
Lembranças de Aninha
Lembranças de Aninha
E-book68 páginas20 minutos

Lembranças de Aninha

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Sobre este e-book

Lembranças de Aninha traz doze textos de Cora Coralina, que levam o leitor a sua infância no interior de Goiás. Por meio da poesia, apresentando um universo rural delineado por lavouras, colheitas, animais, celeiros, árvores, currais, paióis, engenhos, hábitos, costumes. O livro inédito, lançado pela Global Editora, está previsto para chegar em maio. Delicada e afetiva, que envolve as pessoas numa linguagem própria da autora e lirismo com versos humanos, sábios e fortes ao mesmo tempo, a obra aborda o universo infantil povoado por amigos imaginários, brincadeiras, medos e punições, além da influência do seio familiar marcado pela tradição dos tempos antigos. As ilustrações e projeto gráfico de Claudia Furnari transportam o leitor a esse ambiente rústico e poético, auxiliado pelas linhas e cores atribuídas às imagens. É um livro que recupera e apresenta aos mais jovens um tempo distante e uma forte presença de aspectos regionais, em forma de vivências poéticas de um Brasil do interior, central e do coração.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de jul. de 2021
ISBN9786556121437
Lembranças de Aninha

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    Lembranças de Aninha - Cora Coralina

    LEMBRANÇAS DE ANINHA

    Cora Coralina

    Ilustrações

    Claudia Furnari

    ***

    1a edição digital

    São Paulo

    2021

    Sumário

    Bem-te-vi... Bem-te-vi...

    A menina, as formigas e o boi

    Ô de casa!

    Sequências

    Dona Otília

    Os gatos da minha cidade

    O mandrião

    Imaginários de Aninha (A roda)

    Antiguidades

    A fala de Aninha (É abril…)

    Lembranças de Aninha (Os urubus)

    O boi de guia

    Sobre a autora

    Sobre a ilustradora

    Bem-te-vi... Bem-te-vi...

    Que terás visto?

    Há quanto tempo tu avisas, bem-te-vi...

    Bem-te-vi da minha infância, sempre a gritar,

    sempre a contar, fuxiqueiro,

    e não viste nada.

    Meu amiguinho, preto-amarelo.

    Em que ninho nasceste, de que ovinho vieste,

    e quem te ensinou a dizer: Bem-te-vi?...

    Bem te vejo, queria eu também cantar e repetir

    para ti: Bom dia, bem te vejo, te escuto.

    Bem-te-vi sobrevivente

    de tantos que já não voam sobre o rio,

    nem pousam nas palmas dos coqueiros altos...

    Mostra para mim, meu velho companheiro de uma infância ultrapassada,

    tua casa, tua roça, teu celeiro, teu trabalho, tua mesa de comer,

    tuas penas de trocar,

    leva-me à tua morada de amor e procriar.

    Vamos ao altar de Deus agradecer ao criador

    não desaparecerem de todo os bem-te-vis

    dos Reinos de Goiás.

    Canta para mim, tão antiga como tu,

    as estorinhas do passado.

    Bem-te-vi inzoneiro, malicioso e vigilante.

    Conta logo o que viste, fuxiqueiro do espaço,

    sempre nas folhas dos coqueiros altos,

    que também vão morrendo devagar como morrem os coqueiros,

    comidos de velhice e de lagartas.

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