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Sem Amarras
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E-book264 páginas3 horas

Sem Amarras

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Sobre este e-book

Ela acha que eu sou country demais. Eu acho que ela é simplesmente perfeita. 


A carreira de Zari não está indo como planejado. Excepcionalmente talentosa e igualmente sem dinheiro, ela aceita uma posição como guitarrista principal da Night and Day, a banda com conceito “Bela e a Fera” liderada por um egocêntrico glam-rocker com uma atitude (e um cabelo) que deveria ter ficado nos anos 80. 

Para piorar, a banda entra em turnê com uma banda de country rock, The Woodcox Brothers. Mas quando as coisas ficam feias com seu chefe, Zari deve recorrer a Ian Woodcox, o homem com quem ela pode ter casado e engravidado acidentalmente, para ajudá-la a salvar o dia e aparecer sob os holofotes.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de jan. de 2020
ISBN9781071525906
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    Sem Amarras - Simone Rivers

    ZARI

    — Nunca imaginei que você fosse uma pessoa que tem medo de palco.

    Nala estava ao meu lado, sorrindo debochada. Ela parecia muito feliz em ver a minha ansiedade repentina.

    Eu não diria que era medo de palco. Muito nervosa com certeza, mas não era medo.

    — Você sabe que eu não me encaixo aqui.

    Quando imaginei a minha primeira grande audição, nunca pensei que seria num auditório de colégio todo acabado. Julgando pela aparência, a escola estava desesperada para alugar por um dinheiro extra.

    — Você é incrivelmente talentosa e o Chance gostou do que ouviu.

    — Bom, ele é seu marido e ele não te irritaria de propósito.

    — Pare com isso.

    — O que?

    — Desconsiderar as pessoas porque você acha que elas têm segundas intenções.

    Resmunguei e me foquei em nossa setlist. Nós só tínhamos tempo para três músicas então, obviamente, nós deveríamos escolher as nossas melhores, certo?

    Se eu pudesse opinar, essa seria a minha estratégia. Em vez disso, nossa chance de brilhar estava nas mãos de um idiota. Olhando os nossos competidores, os outros dois grupos pelo menos se encaixavam no gênero. Todos eles usavam chapéu de cowboy, botas e aquelas camisas brancas decoradas que só as pessoas na música country usam.

    — Da última vez que eu acreditei na palavra de alguém, Nala, eu assinei um contrato que me deixou presa numa banda que eu odeio.

    — Zari, você disse que sua carreira avançou ao assinar para a Day and Night.

    — Eu não sou ingrata de poder viver da música. Só que eu sou uma artista.

    — Hã, você sempre me disse que era uma Artista, com A maiúsculo.

    — É, bom, não recentemente.

    — Você tem a oportunidade de sair em turnê com os The Woodcox Brothers pelos Estados Unidos e Canadá e isso te deixa de mal humor? Achei que você fosse ficar empolgada que eu te arranjei essa audição.

    — Nala, o que os The Woodcox Brothers tocam?

    — Rock sulista e country.

    — E o que a Day and Night toca?

    Ela deu de ombros.

    — Achei que você tinha dito que era fã.

    — Eu gosto da música, eu só não sei como é chamada. Gêneros musicais me confundem.

    — A Day and Night toca música estilo anos 80. Glam rock, Def Leppard, Cheap Trick e esse tipo de coisa. A única diferença entre a gente e uma banda tributo idiota é que nós tocamos músicas autorais. Eu tenho que criar músicas feitas para parecer um truque de merda. 

    Falando no diabo, olhei para o nosso vocalista, Gabriel Day. Ele segurava o microfone tão próximo à boca que poderia engolir. Gabriel estava passando as escalas vestido em couro branco da cabeça aos pés. Dó Ré Mi Falso. Sendo uma cantora, eu entendia completamente ele ter que aquecer as cordas vocais. Era o jeito que ele fazia enquanto ajeitava seus cachos loiros e longos demais. E o que eu não entendia era como alguém com qualquer noção do básico poderia soar tão mal.

    — Você quer dizer toda a coisa do vocalista branco com três mulheres negras cantando ao fundo?

    Acenei com a cabeça.

    — Day and Night. – Fiz aspas com a mão enquanto falava. – Ele acha que você precisa ter um truque para ter sucesso. Já que o sobrenome dele é Day, ele teve a ideia óbvia e literal de Night. Estou surpresa que ele não fez a gente mudar nossos nomes para cumprir o contrato. A gente poderia ser, tipo, Glady Night, Holi Night e Silent Night[1]. O que ele não sabe é que depois que você é notado, você precisa de uma coisa chamada talento. É isso que falta nele. Ele já falhou tantas vezes e não aprendeu nada.

    — Vocês estão prontos pra arrasar nessa reunião de colégio? – A voz animada de Ciara nos chamou, enquanto ela se aproximava de mim e de Nala. Ao seu lado estava Lela, que era mais alta e parecia que não sobrevivia só de refrigerante e cocaína.

    — Nós deveríamos ter chamado nossos pais para assistirem o recital? – Lela disse, parecendo tão mal quanto eu me sentia, apesar de ser por um motivo diferente. Ela ficava ansiosa perto de pessoas que não conhecia. Ao contrário de mim, que sempre tive a sensação bizarra de que não me encaixava.

    — Meninas, – eu disse – nós estamos onde eles querem que a gente esteja. Temos amplificadores, temos os instrumentos, nós podemos tocar nossa música. Nós temos tudo o que precisamos.

    Exceto as músicas que mostram o que a gente realmente pode fazer.

    Ciara e Lela eram minhas duas companheiras negras de banda na Day and Night. A Ciara era um pequeno aglomerado de energia, o que a tornava perfeita para a bateria. Ela adorava a ideia de uma carreira em que pudesse batucar nas coisas e ser paga. Ela dava um ritmo sólido para a banda em que eu podia me apoiar, uma vez que Gabriel, nosso vocalista, era mais um amador do que músico.

    Lela tocava guitarra. Olhando para ela, roqueira não seria a primeira coisa que você diria. Ela era uma mulher grande e linda na sua própria maneira. Você notaria principalmente que Lela era única. Muitas vezes eu tinha que lembrá-la disso, já que a ideia que Gabriel tinha de quem deveríamos ser nunca incluiu o conceito ou a realidade de quem realmente éramos. Ele basicamente nos usava para se destacar e nunca perdia a chance de dizer que a Lela deveria tentar se encaixar mais.

    — É... – Ciara respondeu. Ela esticou o pescoço para olhar nosso público. – Nós não estamos só fazendo uma audição num triste ginásio de escola, mas também vamos tocar para meia dúzia de homens brancos que cantam ou gostam de escutar músicas românticas sobre dirigir caminhonetes. Tenho certeza que eles vão adorar a gente.

    — Vou me surpreender durarmos o suficiente para tocar o set todo, para falar a verdade. – Lela disse e suspirou fortemente.

    — A gente vai tocar alguma música country? Sempre quis tentar algo do tipo. – Ciara comentou.

    — Não. Pelo que eu vi, nós vamos tocar os nossos grandes sucessos.

    — Achei que para ter grandes sucessos tinha que se lançar um álbum? Ou pelo menos um single?

    — Fala isso para o nosso querido líder. – Li o que estava na folha de papel. – Nossa setlist é The Morning Finally Comes, A Love of Darkness e The Midnight Sun.

    — Sabe, – Nala me interrompeu. — Eu nunca tinha percebido até agora como os títulos das suas músicas são clichês.

    — Nala, eu só escrevi as músicas, não dei os nomes. Elas foram a pedido do Gabriel. – Eu não teria produzido essas baladas cafonas se eu estivesse no controle, mas eu não estava. Eu tinha que seguir a visão dele. Se ele quisesse uma música romântica, eu produzia.

    Dei uma espiada e olhei o nosso público. As outras bandas estavam lá, mas era como Ciara tinha dito. Caras brancos nos assentos do meio e bem na frente. Pranchetas nas mãos de uns, laptops nos outros. Como a gente tocava mais em tabernas e ocasionalmente em bares locais, eles não eram exatamente o nosso público de sempre.

    Tinha uma pessoa bem ao fundo, perto do corredor. Ele se espreguiçou. Era completamente diferente de todos ali. Cabelos escuros desgrenhados, olhos tão azuis que eu podia enxergar de longe e músculos. Ah, quantos músculos. Eu podia vê-los nos seus braços e até mesmo no seu rosto.

    Não parecia como os outros que estavam assistindo.

    Ele era bonito.

    IAN

    — Por que eles estão aqui? – Murmurei enquanto empresários do nosso patrocinador, Winding Path, passavam por mim e Chance.

    — Ei, foi você que adiou encontrar uma banda de abertura até a última hora. – Meu irmão mais velho, Chance, disse. Eu já estava me sentindo sobrecarregado, não precisava da sua impaciência e sua altura física ameaçadora para cima de mim.  Ele era o vocalista do The Woodcox Brothers e normalmente não se envolvia nos detalhes da produção dos shows. Chance não estava aqui como membro da banda, mas sendo recém-casado, ele ficava feliz de estar em qualquer lugar com a Nala. Uma das bandas estava fazendo audição a pedido dela, então eu agradecia o esforço.

    Chance estava amarrado. E eu digo isso da melhor forma possível.

    — A turnê só começa amanhã, Chance. Ainda temos tempo.

    — É mas se você não escolher uma banda, os executivos vão escolher uma que com certeza a gente vai odiar.

    — Eu realmente não quero outra situação tipo a da Nomen Muta. – estremeci.

    — Porra, se eles pelo menos tivessem talento. Eu poderia ter lidado com a merda deles se eles tivessem personalidades amigáveis. Você tem que ter um ou outro, cara. Não ter nenhum dos dois é demais.

    Nomen Muta foi a banda de abertura da nossa última turnê. Eles tentavam misturar música country com death metal e se vestiam como a banda KISS. O resultado era um bando de idiotas com a cara pintada e violões que cantavam músicas sobre bebês mortos e que queriam jogar sangue no público enquanto faziam sons que dificilmente poderiam ser chamados de música.

    — Tenho certeza que eles eram um caso isolado. Dessa vez não vou correr riscos, só vou escolher a banda menos pior das que estiverem aqui hoje.

    — Amo suas expectativas altas.

    — Esse é o meu problema.

    The Woodcox Brothers eram a banda do momento. Nosso sucesso era estrondoso e nós ainda tínhamos décadas pela frente, já que estávamos todos por volta dos 30 anos. Nosso estilo era rock sulista e country, mas eu não queria ser previsível. Nunca quis me acomodar com a fama, produzir porcaria ou coisa do tipo. Eu me importava. Queria que nossa banda fosse mencionada como arte de verdade mesmo após nossos corpos terem apodrecido nos túmulos daqui a centenas de anos. Como falamos hoje de Mozart e Bach. Mesmo que a gente não chegasse nesse nível, eu me recusava a ficar com uma carreira só pelo dinheiro. Meus irmãos concordavam com isso, mesmo eles não sendo tão apaixonados por música quanto eu. Não que eles não fossem apaixonados, mas era relativo. Minha obsessão era música e eu não tinha outras distrações.

    Com uma carreira em ascensão, vem a oportunidade de fazer a carreira de outras pessoas. Nossa banda de abertura ficaria, de repente, exposta aos nossos milhares de fãs. Esse trabalho poderia ser o caminho deles até a fama.

    Eu queria passar isso para alguém que merecia. E para os nossos fãs também. Eles tinham que assistir ao show de uma outra banda antes de nos verem. Era justo que eu me certificasse que a banda de abertura não era uma merda.

    Abri a porta do auditório e fui até um assento no fundo. The Woodcox Brothers tinham um vocalista e um guitarrista que recebiam as atenções. Qualquer fã da banda iria me reconhecer, mas eu preferia manter um perfil discreto mesmo assim.

    Os executivos estavam sentados nas primeiras fileiras. Nosso contrato permitia que controlássemos os nossos shows, mas precisávamos de uma banda de abertura. Se eu não encontrasse alguém, eles encontrariam. Só de olhar, você poderia dizer que esses caras não estavam ali pela música, eles só ligavam para aumentar o mercado e seus lucros. Questionei sobre como a Nomen Muta era comercializável, mas o que eu sabia? Eu não era nenhum executivo de gravadora.

    Chance chegou e sentou do meu lado quando a primeira banda subiu no palco.

    — Você poderia ter escolhido a banda da amiga da Nala.

    — Isso não seria justo.

    — E desde quando alguma coisa sobre música é justa?

    — Se eu escolhesse uma banda baseado neles serem amigos, isso seria nepotismo. Não, espera, eu não sou da família deles. Então seria favoritismo. Eu não quero fazer turnê enquanto estou mentalmente fazendo uma lista de favores, Chance.

    — Não é você que é específico?

    A primeira banda subiu ao palco. Eles eram tão genéricos. Se você procurasse banda genérica de country no dicionário, você encontraria esses caras. O vocalista carregava um violão, usava um chapéu de cowboy e botas de pele de cobra. Eles até tinham uma pessoa que soprava moringa.

    Uma moringa. Com quatro X’s desenhados nela.

    A única coisa que estava faltando era alguém mastigando uma palha de trigo e alguém descalça usando shortinhos jeans.

    — Nós somos o Country Taboo – o vocalista disse com um sotaque forte. – Nós somos grandes fãs. Nossa primeira música se chama Jesus, Biscuits and Gravy. E um..."

    Eles começaram a tocar e eu me encolhi.

    A banda era o estereótipo de um estereótipo, se é que dava para acreditar nisso. Eles eram péssimos e clichê. O visual e o som pareciam uma paródia de uma banda country. Quase procurei por uma câmera escondida. Não tive tanta sorte. Os caras eram de verdade.

    Eles terminaram e eu aplaudi mais por educação. Já o Chance? Ele parecia um pouco traumatizado. Inclinei-me e toquei seu ombro.

    — Está tudo bem, já passou. A música ruim não pode te machucar.

    — Ian, você acha que eu conseguiria ser um baterista funcional se eu me fizesse ficar surdo?

    — Cara, não fure seus tímpanos. Não deixa a porcaria vencer.

    O Country Taboo foi embora. Desejei nunca mais vê-los ou ouvir falar deles. Mais ainda, desejei nunca mais escutá-los. Não os escutar novamente seria uma benção. O próximo grupo subiu ao palco. Pelo menos eles não pareciam que tinham acabado de sair do Grand Ol’ Opry.

    — Nós somos a Rusty Pickup e esperamos ser a próxima grande atração da música country.

    Eles começaram a tocar. Não eram tão ruins.

    Não eram muito bons também.

    Apenas entediantes.

    Eles tinham todos os itens para serem o Nickelback do country. Músicas que ficam na cabeça, ocupam espaço, mas que não tem muita integridade artística. Serem ridicularizados e odiados não impedia que o Nickelback vendesse milhões de álbuns.

    — Vai escolher esses caras, Ian?

    — Acho que posso tolerar se eles não forem uns babacas.

    — O nível de exigência está alto, não é?

    — Eu preciso ter uma escolha. Prefiro fazer uma escolha ruim do que deixar os engomadinhos decidirem.

    Olhei para os empresários e claro, eles estavam concordando entre si. Boa aparência, música genérica. A banda iria agradar os investidores.

    A Rusty Pickup acabou o set e falhou em ser interessante até o final. Pegaram suas coisas, recebendo aplausos por não serem terríveis e o mais importante, por serem melhores que a primeira banda.

    O último grupo subiu ao palco. Uma pequena mulher negra foi para a bateria e começou a tocar como um furacão para aquecer. Uma mulher negra maior passou uma guitarra sobre os ombros. Mulheres negras, por mais que tenham entrado na minha vida pelos meus irmãos, ainda eram aparições incomuns na música country e no rock and roll.

    Quando uma outra mulher subiu ao palco e se equipou com outra guitarra, meu Deus.

    Eu nunca pensei em mim como uma pessoa que pode se apaixonar só de ver um rosto bonito, mas essa garota com certeza estava me abrindo para novas experiências. Havia algo em seus olhos que me atraíam como uma mariposa até a luz. O jeito que ela segurava a guitarra mostrava que ela sabia o que estava fazendo. E mesmo assim? Ela parecia estar irritada de estar aqui.

    Pensei que essa era a banda da amiga da Nala. Ela era mulher, então não era sobre a cor. E eu não conseguia imaginar a Nala sendo amiga de ninguém das outras duas bandas. Essas mulheres tinham presença, mesmo que não quisessem chamar atenção.

    É claro que a última pessoa a entrar no palco basicamente exigia atenção. Não posso dizer que isso era uma coisa boa. Ele ficou atrás do microfone principal e balançou a cabeça para jogar o seu cabelo muito loiro e muito longo para trás. Era magro, mas não tão magro a ponto de evitar ter uma barriga. A roupa branca não complementava as suas feições. Parecia que ele nunca tinha pegado sol.

    Estava claro que ele era o cantor principal e o líder da banda, mas não importava sua insistência, eu sabia que meus olhos não seriam persuadidos a olhar outra coisa senão aquela garota fascinante. Ela também tinha um microfone, mas estava mais afastado para o lado. Muito mais sutil.

    Por mais que o cara fosse de doer os olhos, eu não conseguia parar de olhar para ela.

    Tentei o meu máximo ficar imparcial. Um rosto bonito não significa nada quando se trata de talento. O homem vaidoso de branco falou no microfone:

    — Senhoras e senhores, meninas e meninos, crianças de todas as idades.... Por favor, juntem-se e deem uma salva de palmas para a sua surpresa especial, a atração que vocês vão querer mais do que a atração principal.... Day and Night!

    Eles começaram a música logo depois da introdução desagradável. Um espetáculo sólido, pelo menos.

    Imediatamente ficou óbvio que a música deles não tinha nada a ver com a que as outras duas bandas tinham tocado antes. Não era rock sulista, não era country. Diabos, vinha de outra época e outro lugar. Foi uma distorção do tempo arrancada direto dos anos 80.

    O homem começou a cantar. Não era tão ruim quanto a Country Taboo, mas também não era exatamente bom. Era o som de milhares de dólares investidos em treinamento aplicados a nenhum talento natural. Era difícil de determinar se o problema estava na sua voz ou no seu estilo.

    Apesar da entrega horrível dele, meus olhos ficaram fixados nela. Eu tinha que saber mais sobre ela, não importava o que acontecesse.

    Seria grosseiro se eu pedisse o telefone dela logo depois de acabar com seus sonhos? Logo antes de sair em uma turnê pelo continente?

    ZARI

    E daí que tinha um cara gato no público? Isso chegava a ser um público ou era só um grupo de pessoas? Acho que uma dúzia de pessoas não conta exatamente como público.

    De

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