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Elétrico: A história de um garotinho com TDAH
Elétrico: A história de um garotinho com TDAH
Elétrico: A história de um garotinho com TDAH
E-book63 páginas26 minutos

Elétrico: A história de um garotinho com TDAH

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Sobre este e-book

Seu filho não para quieto, pula de um lado para o outro o tempo todo.

Ansioso, não consegue esperar pela sua vez ou se concentrar por muito tempo em qualquer atividade. E tem sempre algum adulto, um parente ou um amigo, olhando para você como se esse excesso de energia fosse culpa sua – o pai ou a mãe que não sabe como colocar limites numa criança.

"Que menino elétrico!" é a frase que você e seu filho mais escutam? A agitação é uma das características conhecidas do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), mas a verdade é que a desinformação sobre o transtorno ainda alimenta muito preconceito na sociedade.

De acordo com as estatísticas da Organização Mundial de Saúde, mais de 4% da população adulta mundial sofre com o transtorno.

Só no Brasil, o TDAH atinge 2 milhões de pessoas adultas. E a maior parte delas simplesmente passou toda a infância e adolescência sem diagnóstico, vítimas da incompreensão dos colegas e até da família.

Hoje, a medicina sabe que a herança genética é um dos fatores associados ao TDAH.

Por isso não é raro que o diagnóstico de uma criança leve a família a descobrir outro portador do transtorno dentro de casa – ou o pai ou a mãe. Foi o que aconteceu com o escritor mineiro Eduardo Ferrari.

"Quando consultamos especialistas buscando um diagnóstico para meu filho caçula, ficou claro que eu tinha mais do que semelhanças físicas com ele", conta o autor.

"A infância do meu filho é, de muitas formas, a repetição das dificuldades que eu mesmo tive ao longo da vida sem ter um diagnóstico."
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de mar. de 2020
ISBN9786599029431
Elétrico: A história de um garotinho com TDAH

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    Elétrico - Eduardo Ferrari

    gude".

    Capítulo 1

    Bernardo tem sete anos e vive num bairro cheio de prédios. Ele é um menino como você, leitor. Apenas não consegue parar de pular. Isso ajuda a explicar por que é tão difícil para ele ficar quieto esperando que algo aconteça.

    Se ele tem que ir do quarto até a sala, vai pulando. Se entra no carro para ir à escola, enquanto o carro estiver em movimento, ele está pulando.

    Ficar numa cadeira dura como pedra enquanto a professora fala um monte de coisas que ele não entende? Só se for pulando.

    Como resistir a duas horas de sessão no escuro com uma parede brilhante? Ou como deitar na cama esperando o sono chegar? Isso tudo sem dar um pulinho sequer?

    Não dá, diz Bernardo para si mesmo.

    Os prédios também não ajudam. Em qualquer lugar que ele vá, lá estão eles. Alguns altos, outros baixos, uns tocando o céu e outros bem nanicos.

    É tanto prédio que não tem mais como ver a linha do horizonte. Bernardo pula para tentar ver onde a cidade começa ou termina. Não consegue e não desiste.

    Capítulo 2

    Na festa de aniversário de sete anos de Bernardo veio tanta gente – primos, tios, colegas de escola, crianças e adultos de todas as idades e tons – que ele não reconhecia a maior parte daquelas pessoas. Foi uma comemoração cheia de doces, refrigerantes, pipoca e brinquedos.

    No dia seguinte, Bernardo se sentia outro. Parecia que ele tinha resolvido todos os desafios da vida e que, a partir dali, tudo seria moleza. Mas então ele foi surpreendido com uma conversa de sua mãe com sua tia, a irmã mais velha dela.

    – A festa foi ótima! A decoração estava linda! Todo mundo gostou. Mas foi uma pena que Bernardo tenha se comportado tão mal – disse a tia. – Você precisa educá-lo melhor!

    O rosto da mãe de Bernardo na mesma hora perdeu a cor e ficou que nem papel. Ela depois rebateu:

    – Você acha que ele é desse jeito porque eu o educo mal? Porque eu simplesmente quero?

    O que será

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