A Bicicleta

De Roberto Fideli e Stephanie Marino

No seu décimo segundo aniversário, Bruno ganha uma bicicleta. Mas não uma bicicleta de criança, ou pior, com rodinhas, e sim uma bicicleta de adulto. O mundo se abre para ele com promessas de novas aventuras, mas quando ele sofre um acidente começa a ter visões misteriosas no caminho para o hospital, envolvendo naves espaciais, pessoas desconhecidas e outros mundos.

• Idioma: Português
• Editora: Magh
• Data de lançamento: 8 de abr. de 2020
• ISBN: 9786599001413

Pré-visualização do livro

A bicicletaA bicicleta, de Roberto Fideli

Copyright © 2020 Roberto Fideli

Todos os direitos desta edição reservados à Agência Magh.

Edição

Gabriela Colicigno

Revisão

Sol Coelho

Capa

Stephanie Marino

Produção do e-book

André Caniato

A Agência Magh é uma agência literária que trabalha com autores brasileiros de fantasia, ficção científica e terror. Nosso trabalho é encontrar as melhores histórias e ajudar seus autores a mostrá-las para todo mundo. Magh vem do Proto Indo-Europeu e significa ter poder, ser capaz. Além disso, também deu origem às palavras magia e máquina.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Angélica Ilacqua CRB-8/7057

Fideli, Roberto

A bicicleta / Roberto Fideli. -– São Paulo : Agência Magh, 2020.

317 kb

ISBN 978-65-99001-41-3

1. Contos brasileiros. 2. Ficção Científica. I. Título

CDD B869.3

20-1753

Índice para catálogo sistemático:

1- Contos brasileiros- 869.9301

SUMÁRIO

Créditos

A bicicleta

Nota do autor e agradecimentos

Sobre o autor

Landmarks

Table of Contents

Cover

Daniel sabia que aquela batalha contra os Allakianos estava perdida muito antes de começar, mas foi assim mesmo, como os outros cinquenta mil homens e mulheres. De algum modo, pensou que pelo simples ato de sentar na cabine da nave já estaria conformado com a morte. Como piloto de caça estelar, sempre tinha consciência de que a próxima missão poderia ser a última. Todo piloto tem consciência disso, mas ninguém pensa muito a respeito. Havia nele e em seus colegas a arrogância e um certo estoicismo que permitiam a eles fazer aquele tipo de trabalho de modo que, quando um camarada partia, desejavam-no sorte, e quando morria, lamentavam sua morte por pouco tempo, antes de voltarem suas atenções para o cumprimento do dever. Aquele era o acordo tácito que tinham com a morte: admitir sua inevitabilidade, ignorá-la sempre que o cockpit se fechava e a porta do hangar se abria, e dizer a si mesmo, toda vez que um colega era abatido, aquele não serei eu.

Todo esse conhecimento evaporou no instante em que foi ejetado para fora da cabine de seu caça estelar, arremessado em direção ao escuro vácuo do