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Chiara aos Gen 1966-1969
Chiara aos Gen 1966-1969
Chiara aos Gen 1966-1969
E-book162 páginas2 horas

Chiara aos Gen 1966-1969

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Sobre este e-book

Chiara aos gen é uma coletânea de discursos, mensagens e artigos de Chiara Lubich aos jovens do Movimento dos Focolares. Jovens que encontraram no carisma da unidade de Chiara Lubich um ideal de vida radical, completo e autêntico, cujo objetivo pode ser sintetizado na frase: "Jovens do mundo todo, unam-se". Nessas páginas o jovem encontra a possibilidade de estabelecer um diálogo pessoal com Chiara, compreendendo com ela como cada um pode fazer a sua parte na edificação de um mundo unido. Esta nova edição, revista e ampliada, contém discursos e escritos de Chiara Lubich aos Gen, desde a fundação do Movimento Gen até 2001. Este volume, o primeiro desta série, abrange os anos 1966-1969.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de abr. de 2020
ISBN9786599023521
Chiara aos Gen 1966-1969

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    Chiara aos Gen 1966-1969 - Chiara Lubich

    COISA

    Prefácio

    Chiara aos gen. O título já explica e define o conteúdo destas páginas. Chiara Lubich se dirige a rapazes e moças do mundo inteiro, fascinados por um ideal de vida que atende às suas exigências mais autênticas, cujo objetivo se pode sintetizar na frase: Jovens do mundo todo, unam-se. De fato, hoje, os gen são os promotores do mais vasto movimento em larga escala Jovens por um mundo unido.

    O estilo com que Chiara fala ou escreve manifesta toda a espontaneidade, a identificação rápida, o calor de quem conhece bem o seu ouvinte e sabe ser compreendido integralmente.

    Espiritualidade Gen e Aos Gen¹. Assim se chamavam os livros, no Brasil, que acompanharam gerações inteiras de gen. Foram as primeiras coletâneas do rico patrimônio de participações diretas e pessoais, orais e escritas com que Chiara delineou a fisionomia do gen e a aventura multiforme de uma juventude que faz de Deus o seu Ideal. A última edição daqueles volumes, hoje esgotados, remonta a 1979. Portanto, grande era a expectativa e a exigência de preparar uma nova coletânea revista e ampliada desses diálogos genuínos de Chiara com os gen.

    O presente volume se insere nesse projeto editorial. É o primeiro de uma pequena série e abarca os anos de 1966 a 1969. Estamos diante do primeiro volume de uma espécie de obras completas de Chiara, dedicada à geração nova do Movimento dos Focolares, que ela sempre viu como o futuro, aquilo que de mais caro e de mais precioso o Movimento pode ter.

    O EDITOR


    1. Originalmente publicados na Itália com o título Colloqui con i gen.

    A FUNDAÇÃO

    Trechos do discurso às popetas ²

    Rocca di Papa, 6 de julho de 1966

    É uma data histórica, pois foi a primeira vez que o Santo Padre recebeu as meninas do Movimento dos Focolares.

    Precisamente hoje, eu tinha intenção de dar origem oficialmente tanto ao setor das meninas – todas aquelas que vivem o Ideal até os quatorze anos –, quanto ao setor das moças – as que vivem o Ideal dos quatorze anos em diante.

    Sei que vocês desejavam isso […] e acho que o Santo Padre, recebendo e citando vocês, como que confirmou o nascimento desses dois setores.

    Em razão disso, vamos programar um congresso anual tanto para as meninas, quanto para as moças. Manteremos também congressos especiais e distintos nas regiões³ e congressos nas cidades. Vocês formarão núcleos de meninas e de moças.

    Portanto, começa uma vida nova, em que vocês devem se lançar com todo o amor e com todo o ardor.

    Mas, tudo isso é válido também para os meninos e para os rapazes, pois eles ouvirão igualmente em suas regiões a gravação em áudio desse acontecimento.


    2. No dialeto trentino, significa meninas. Mais tarde, Chiara lhes dará o nome de minigen e, finalmente, gen 3.

    3. Assim é denominado o Movimento dos Focolares num determinado território.

    A REVISTA GEN

    SE APRESENTA

    In Gen, março de 1967

    Prezados amigos,

    Eu sou Gen, uma revista muito pequena, que aparece pela primeira vez.

    A bem da verdade, se não soubesse que vocês são compreensíveis, morreria de vergonha. De fato, estou dando os meus primeiros passos, ou melhor, o meu primeiro passo.

    Meu nome quer dizer geração nova.

    Fui criada por uma equipe de redação composta por alguns rapazes e moças, que já sabem o que quero expressar com minhas palavras, meus desenhos e minhas fotos.

    Embora seja bem pequena de formato e talvez nem me caiba o nome de revista, mesmo assim acho que tenho uma grande missão.

    Explico.

    Como vocês sabem, em toda parte se insiste, atualmente, na obrigação de trabalhar pela paz.

    Por quê? Porque os homens, em diversas situações, não conseguem entrar num acordo. Eles têm muitos problemas e não querem dar o braço a torcer. Sendo assim, pode explodir uma guerra tremenda, de um momento para o outro.

    Pois bem, acredito que, em geral, nós, jovens, não temos todas essas dificuldades. Para nós, trabalhar e estudar ao lado de jovens franceses, alemães, africanos, americanos, chineses, australianos, hindus enriquece a nossa personalidade com muitos elementos positivos que as pessoas de diferentes civilizações, culturas e raças podem oferecer.

    Desse modo, se alguém é rico, não causa estranheza divertir-se com os pobres e vice-versa.

    Naturalmente, tudo isso acontece se não tivermos sido contaminados pelo modo de pensar de uma sociedade antiquada que ainda quer que o mundo seja desunido, quando todos os homens são irmãos porque filhos de Deus, os países são irmãos, e a humanidade é uma grande família.

    Aí está, portanto, a incumbência de Gen, a revista de vocês: reunir o maior número possível de jovens do mundo e lançar uma revolução grandiosa ao grito de Unamo-nos!

    Afinal, o mundo de amanhã estará sobre os nossos ombros e desde já somos responsáveis por ele. Trabalhemos para construí-lo como nos agrada. Assim poderemos dar a nossa contribuição também à sociedade de hoje.

    Além do mais, eu, Gen, sei que não estou falando com poucas pessoas: em mais de cem países, contarei com a colaboração de vocês que vão me ajudar e que vão traduzir os meus artigos em outras línguas, a partir de agora.

    Confio na minha missão e estou certa de que vocês têm muito a ver com ela.

    POR ONDE COMEÇAR?

    Grande entusiasmo suscitou entre os jovens o primeiro número da revista Gen.

    Além disso, o nome Gen teve uma enorme repercussão. Agradou e foi usado para definir o movimento já existente de jovens que partilham de nossas ideias e de nosso programa: Movimento Gen.

    Os diversos grupos de jovens espalhados pelo mundo, alicerçados por esses ideais, assumiram o nome de Unidade gen⁴. Até mesmo dois pequenos conjuntos com guitarras e baterias foram denominados Conjuntos Gen. Enfim, um nome que fez sucesso e é um estímulo para alcançarmos os objetivos a que nos propusemos.

    Que objetivos são esses?

    Os objetivos de também nós colaborarmos para criar a paz (pois a paz não deve só ser defendida, mas também criada), para reunir o maior número possível de jovens do mundo e lançar uma revolução grandiosa com o grito de ‘Unamo-nos!’. Mas, qual a essência da revolução que estamos para desencadear com firmeza e decisão?

    É uma revolução de amor.

    Que sentido tem o nosso apelo ao gritarmos Unamo-nos!?

    Há, nesse unamo-nos, o eco de uma voz longínqua que nos chegou através dos séculos, a voz do maior Mestre que o mundo conhece, do Rei de um Reino que viu desaparecer todos os outros reinos, exceto o Dele; há o eco do imperativo divino de Jesus: Que todos sejam um! (cf. Jo 17,11).

    É assim mesmo.

    Estamos orgulhosos de oferecer nossas energias e nossos esforços para seguir Cristo, o Homem-Deus no seio do seu povo, a Igreja e pelos objetivos de sua missão, a unidade universal.

    E então, convictos disso, nos perguntamos: Por onde começar? De quem se aproximar primeiro dentre rapazes e moças do mundo? Podemos ter preferências nessa revolução mundial? A resposta nos é dada pelo livro mais belo do mundo, o Evangelho, na passagem em que Jesus, falando do Pai celeste, diz: Ele me ungiu para evangelizar os pobres (cf. Lc 4,18).

    Sim, procuremos também nós, os jovens pobres, os últimos, aqueles que o mundo nem considera, procuremos aqueles que pouco conhecem a alegria, mas conhecem as lágrimas, ou a fome.

    Os primeiros cristãos, que afirmavam nascemos ontem e invadimos o mundo inteiro⁵, eram na maioria pessoas de origem humilde, embora não faltassem ricos entre eles.

    Será um bom começo e teremos a confirmação disso por meio da vida que surgir ao nosso redor.


    4. Célula fundamental da vida gen.

    5. Cf. Tertuliano, Apologético, 37,7.

    O PACTO

    In Gen, abril de 1967

    Como a primavera que chegou, e já está adiantada, trazendo de volta o calor, suave no começo e depois cada vez mais intenso, revestindo toda a natureza de verde e de flores das mais variadas cores, assim foi com o nosso Movimento Gen.

    Qual sopro impetuoso vindo do céu, o Amor, que é Deus, convocou nas diversas partes do mundo rapazes e moças da nova geração para que despertassem, para que intuíssem uma ideia nova, mais profunda do que o mar, e dela se compenetrassem, se unissem para segui-la e quisessem realizá-la.

    Três meses atrás, ninguém conhecia sequer a sigla Gen, como quando as montanhas se cobrem de neve e as flores só são vistas em estufas.

    Agora, Gen é uma grande realidade, na qual não podemos deixar de ver uma bênção especial do Altíssimo.

    Grupos grandes ou pequenos, compostos de garotos e rapazes, garotas e moças, encontraram-se reunidos, como por encanto, na Ásia, na África, na América do Norte, na América do Sul e em quase todos os países da Europa. Grupos reunidos nas faculdades, nos bairros, nas escolas fundamentais e médias, nas famílias, nas universidades, nas associações de toda espécie, em toda parte.

    Grupos que, às vezes, poderíamos comparar a frágeis flores de inverno nascidas milagrosamente dos tufos verdes no meio da neve, ou a flores viçosas em meio aos campos, ou até mesmo a canteiros coloridos dos maravilhosos jardins das cidades grandes.

    Falam diversas línguas, provêm de todas as raças, esses jovens. Muitos e muitos filhos de Deus, irmanados pelo grande empenho que o Movimento comporta e que já conhecemos: unir a juventude do mundo, a fim de preparar os povos de toda a terra para se sentirem uma única e grande família: Que todos sejam um! (cf. Jo 17,11).

    Agora, é espontâneo perguntar: diante do incrível desenvolvimento que o Movimento Gen teve, que passo dar para sermos, dentro do possível, instrumentos dóceis nas mãos de Deus para que seus planos se realizem?

    É verdade: o entusiasmo já fez alguma coisa, os primeiros esforços já deram resultados; já sentimos que alguma coisa em nós mudou, como se Alguém nos chamasse para uma vida, não de meias medidas, mas de heroísmo…

    Sendo assim, é preciso então fazer mais!

    É preciso um ponto de partida bem sólido. É necessária uma conversão completa e uma ação exterior, que a testemunhe perante Deus e os homens.

    Como faremos?

    Maio é o mês de Maria Santíssima, a Mãe de todos nós, filhos seus, Aquela que conhece todos os meios para nos fraternizarmos. Vamos até Ela grupo por grupo.

    Procuremos um santuário dedicado a ela, ou ao menos um altar. E, do mesmo modo que Inácio de Loyola, vestido ainda de

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