Sobre este e-book
Alba e Alexis se apaixonaram ... Mas o Carma continua se intrometendo. Eles serão capazes de superar a prova?
Descubra o desfecho desta história entre a pintora espanhola e o grego dos olhos de mar.
Sentindo na pele é o segundo livro da saga Alexis. Recomendado para maiores de 18.
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Sentindo na pele - Anaïs Wilde
Anaïs Wilde
É proibido qualquer forma de reprodução, distribuição e transformação desta obra sem a autorização do titular da propriedade intelectual.
Copyright © Anaïs Wilde 2016
CAPÍTULO UM
Minha primeira noite com Alexis foi mágica, muito mais do que minha louca imaginação já se atreveu a pensar. Quando, finalmente, nossos corpos se encontraram, tanto ele como eu rompemos aquela barreira que tinha se instalado entre os dois.
Assim é a atração, às vezes faz com que dois adultos se comportem como duas crianças. A química altera os sentidos e a comunicação da pele prevalece sobre a das palavras. Após o nosso primeiro encontro tivemos mais dois. Muito mais doce, mais calmo. Momentos em que gastávamos nosso tempo para olharmos olho a olho, para que nossas mãos se unissem palma com palma enquanto nossos corpos dançavam ao ritmo do mar.
Alexis.
Meu grego, meu homem.
Contra toda lógica, o sentia assim, como parte de mim, como algo muito meu.
– Momento mais vergonhoso? – perguntei.
Tínhamos comido biscoitos para repor as forças, era a única coisa que tinha na dispensa daquela cobertura impressionante. Então, começamos a conversar, deixando que por fim saísse todas aquelas palavras que estavam entaladas, o que queríamos compartilhar desde o início, mas não fizemos. Alexis tinha me contado sobre sua infância e eu sobre a minha. Expliquei o que tinha sido minha vida em Albacete e a maneira como uma espécie de loucura tomou conta de mim me fazendo comprar uma passagem só de ida para Atenas. Ele acariciou meu rosto quando ouviu essa história e me olhou, provavelmente pensando o mesmo que eu, que alguma força oculta tinha se encarregado de nos unir ou porque simplesmente tinha que acontecer.
As horas se passaram, estávamos cansados, mas nenhum de nós dois queria parar de conversar. Sem saber quem dos dois começou, entramos em um jogo de perguntas aleatórias.
– O momento mais vergonhoso da minha vida... – Alexis olhou para o teto enquanto pensava. Estávamos abraçados, deitados na cama, eu estava olhando para ele, usando seu braço como almofada –. Suponho que quando eu tinha oito anos. Sim. Festa da família. Oito anos. Alguma professora sem coração fez com que nos vestíssemos de soldadinhos e saíssemos dançando para todos os pais. Soldadinhos com jaqueta e meias-calças brancas e com um chapéu desses altos com uma borla amarela, consegue imaginar isso?
– Mmmm, posso imaginá-lo perfeitamente. Meu Deus do céu, imagino como você deve ter ficado com esse uniforme.
Alexis sorriu e me beijou.
– Você é incorrigível.
– Não é minha culpa se você está em forma. Com certeza que aos oito já tinha mais de uma louquinha por você.
– Não acredite nisso. Enfim... Estávamos dançando e em uma certa ocasião eu agachei e ouvi como se as costuras da minha meia-calça estivessem rasgando de cima a baixo. Meia rasgada e bunda de fora.
Comecei a rir.
– Sério?
Alexis assentiu ficando um pouco vermelho.
– E o que você fez? – perguntei.
– Continuei dançando, o que eu ia fazer? Esse foi, de longe, o momento mais vergonhoso de toda minha vida. Ok, é a minha vez – Alexis me olhou fixamente, de repente sua feição mudou, era como se o que acontecesse a seguir fosse algo muito sério –. Primeiro amor.
– O que? – Levantei rapidamente a cabeça.
– Sim, me conte sobre o seu primeiro amor.
Fechei os olhos para pensar.
Pânico. Não encontrava sequer nenhum garoto na minha vida do qual eu tivesse me apaixonado. Tinha saído com vários, mas amor? Ninguém, exceto...
– Vamos – insistiu, cutucando minhas costelas com o dedo, de forma brincalhona –, me diga quem foi seu primeiro amor.
– Próxima pergunta – propus.
– Por que?
– Porque eu não posso responder.
– Isso é uma trapaça – disse com um sorriso.
– Não é, não combinamos que seria obrigatório responder.
– Obrigatório, obrigatório... Se eu soubesse, não teria te contado sobre minha calça rasgada.
Sorri para esconder o que começava a me preocupar. Estava apaixonada por Alexis? Tão rápido? Minha cabecinha louca dizia que sim, tinha me apaixonado muito antes do momento em que nos encontrávamos agora. Provavelmente, desde aquela noite em que seu carro apareceu da maneira mais oportuna naquela estrada onde minha moto Rosa tinha me deixado no chão. Escondi o rosto contra seu peito.
Estava ferrada, tinha me apaixonado. E sim, ele era o primeiro. Alexis era meu primeiro amor de verdade.
– Então? – insistiu –. Primeiro amor?
– Qual é o nome da sua namorada? – contra-ataquei. Você já sabe, a menina loira, essa tão espetacular – as palavras saíram da minha boca sem pedir permissão ao meu cérebro. Quando eu percebi, já tinha pronunciado.
Alexis sentou na cama e me olhou com a testa franzida.
– Namorada? Fala sério?
Assenti. A rigidez do meu rosto deixava bem claro que para mim o jogo tinha acabado. Falava totalmente sério.
– Não sei por que você pergunta isso. Eu não estou com ninguém. Ou melhor, eu estou com você... se você quiser. Eu sei que é um pouco cedo para...
– A loira, sim. A loira, essa perfeita – insisti, interrompendo-o.
Você precisa entender que ninguém faz a minha cabeça. Nem teimoso, nem paranoico.
– Que loira? – Alexis encolheu os ombros enquanto falava. Realmente pareceu que não existia nenhuma loira na sua vida.
Mas eu persisti.
– Eu vi vocês no Pireu. Faz alguns meses. Estava esperando a balsa para retornar à Egina. Você estava andando a alguns metros de distância. Estava de terno e gravata. Tinha uma loira com um vestido colado e salto alto. Você entrou no carro em que...
– Marion!
Alexis começou a rir como se eu estivesse acabado de contar a melhor piada do mundo. Na verdade, eu não entendia o que tinha sido tão engraçado. Meu coração estava em jogo. Fiquei abalada durante meses pensando na maldita loira. Inclusive, ao entrar na cobertura na qual estamos agora, meu olhar buscou sinais de que ela morava ali, com meu grego. E agora ele ria sem parar. Os músculos de seu abdômen não paravam de se mover.
– Não vejo graça. – Disse, por fim.
Alexis pegou meu rosto entre suas mãos e me beijou com uma ternura que teria derretido toooda camada de gelo do Polo Norte.
– Então você me viu com a Marion – seus dentes brancos ainda mostravam a diversão do assunto –. Por isso você estava tão diferente comigo?
– Você acha pouco que você tenha namorada e eu esteja aqui?
– Você não poderia ser mais adorável – disse, mordendo o lábio inferior e balançando a cabeça, ainda olhando para mim –. Marion é minha assistente pessoal. É inglesa, mas faz muitos anos que mora aqui em Atenas, com seu marido e seus dois filhos. Seu marido é grego.
Marido e dois filhos? Dois?
Querido Carma: lembra-me de aprender a esculpir para fazer de você um monumento.
– É tão bonita... – me justifiquei.
– Sim, Marion é bonita. Mas nunca gostei dela. Faz uns dez anos que ela é minha assistente pessoal. Eu tenho confiança total nela para os negócios. Que fique claro: para os negócios. Eu digo isso porque começamos a nos conhecer e parece que você tem uma imaginação muito viva.
– Sim – admiti –, começamos a nos conhecer. Mas não é uma questão de imaginação. Tinha sua lógica, não? – Alexis inclinou o rosto pensativo –. Pelo menos eu tinha uma justificativa para querer me manter longe de você. Pensava que estava comprometido ou casado ou algo do tipo.
– Ou algo... – Alexis não parava de sorrir.
Agora ou nunca, este era o momento para acabar com todos os mistérios.
– E você, porque me evitava? Qual foi dessa tolice de que você não podia me dar tudo?
O sorriso sumiu do seu rosto e eu temi o pior. Talvez minha intuição fosse como uma espingarda de tiro ao alvo, mas com a mira muito, mais muito torta. Comecei a suspeitar que uma possível namorada teria sido muito melhor do que o sombrio motivo que Alexis escondia. Ele permaneceu em silêncio. Logo se levantou, vestiu a cueca e abriu a porta do terraço. Quando eu vi que ele estava saindo, coloquei a camiseta que tinha me emprestado e o segui.
Do lado de fora, a Acrópole nos olhava de cima, com a iluminação noturna ainda acesa, embora a cor do céu já estivesse começado a mudar. Já estava amanhecendo. Engoli em seco, mas o nó que tinha se formado na garganta não desaparecia. E se eu tivesse perdido o Alexis? E se nunca o tive?
Tinha uma rede tecida em um canto, pendurada em uma armação de madeira em formato de meia lua.
Alexis olhou para trás e esticou o braço para oferecer-me a mão. Eu senti como se minha mão fosse minúscula dentro da dele. Ele deitou na rede e eu me deitei ao seu lado, entre seus braços. Alexis esticou aquele tecido de fios entrecruzados para que nos envolvêssemos. Soprava um vento ligeiramente fresco, que me fez estremecer. Os braços de Alexis e aquele algodão que nos separavam do mundo serviram de refúgio enquanto o sol começava a aparecer.
CAPÍTULO DOIS
– Não pense que eu sou louco, ok? – Alexis disse antes de começar a falar.
Eu colei no seu corpo, preparada para escutá-lo sem fazer qualquer julgamento. Alexis parecia disposto a me contar o estranho segredo que nos manteve separados e eu não me atreveria a pronunciar nenhuma palavra que pudesse conter sua boa disposição.
– Lembra do quadro que eu te dei? – perguntou.
Como não lembraria?! Pensei, como se eu mesma tivesse pintado! O que me levou a lembrar que eu ainda não tinha contado a Alexis o mais importante sobre mim, a forma como eu ganhava a vida, de onde estava vindo o dinheiro para as reformas na casa que eu tinha comprado e o mais importante (e na realidade o que mais me dava medo), que eu pintava exclusivamente para seu odiado primo.
– Mhhm – me limitei a fazer um ruído para indicar que sabia de que quadro estava falando.
– É o companheiro de outro que eu tenho em casa. – Se instaurou um silêncio insuportável –. Esses quadros são de uma pintora que eu gosto muito. – Alexis deixou escapar um suspiro pesado e eu senti o movimento súbito de seu peito –. É isso mesmo, já disse, eu gosto muito dessa pintora. Não do seu trabalho, dela. Ou melhor, seu trabalho e ela. Ou ela, devido a seu trabalho... Parece que eu estou confuso, de fato, estava, mas não mais. Não fique assustada, nunca a vi, nem sequer sei o seu nome porque ela assina os quadros de maneira estranha em vez de com o seu nome. – Alexis fez uma pausa –. Estou pisando na bola com esse assunto e você fica mais assustada escutando isso. Não sei, nem eu mesmo entendo o que aconteceu com essa pintora ou com esses quadros. Ou com tudo.
Permaneci calada, eletrizada ao saber que a pessoa de quem Alexis estava falando era eu.
– Há alguns meses atrás eu decidi que trabalharia o tanto que pudesse em minha casa de Egina. Estou mais tranquilo lá do que aqui em Atenas. Eu tenho uma clientela estável e já consigo controlar tudo, já que não exigem minha presença constante. Posso desenhar de onde eu quero e me reunir com as pessoas para ver os projetos e os planos. Marion é a eficiência em pessoa... Mas bem, essa não é a questão. O assunto é que, pensei que passaria mais tempo em Egina então quis decorar um pouco minha casa. Conheço um rapaz que conhecia uma nova pintora, ele me falou muito bem dela e eu encomendei um quadro bem grande para uma das paredes da sala. Eu não estava em casa quando o quadro chegou, é algo que me arrependi muito, embora agora esteja aqui com você, acho que talvez tenha sido melhor assim. Como eu já te disse, estou muito confuso com esse assunto. Pensei, muitas vezes, que talvez se eu estivesse ali, teria visto que a pintora é uma pessoa de carne e osso e não a teria idealizado. Mas bem, eu não estava. Eu tinha ido tomar um banho na praia, conheci a Dafni e você, ficamos conversando naquele bar, você se lembra? E quando voltei me deparei com o quadro apoiado em um sofá.
Não conseguia tirar meus olhos daquela pintura durante muito, muito tempo. Eu gosto de arte, já sabe, mas aquele quadro tem algo a mais, algo que vai além do material e conecta comigo. Fui à Paris para atender um cliente e, durante todos os dias que estive fora não pude deixar de pensar naquele quadro... Liberdade. Era curioso, porque apesar de efetivamente, a tela revelar liberdade, eu conseguia imaginar a pintora perfeitamente, sem ataduras, com as asas estendidas sobre sua vida, mas em relação a mim, o quadro me amarrou. Liberdade para a pintora, prisão consensual para mim. Com o passar dos dias, acabei pendurando-o no meu quarto, queria que fosse a última coisa que eu visse no dia e a primeira ao acordar. Comecei a sentir sua presença como se fosse a de um ser vivo. Cheguei a me perguntar se eu estava ficando louco. Mas, de alguma forma, aquele quadro me conectava com sua criadora. Isso era a única coisa que eu sabia da artista. Na verdade, a única coisa que eu sei até hoje é que é uma mulher e que é estrangeira. Ninguém sabe nada, não há nada na internet.
– E se a pintora tivesse setenta anos? – perguntei.
– Pensei, acredito que não. Mas isso não mudaria em nada o que o quadro me transmite. Não é que eu tenha criado uma fantasia de que a pintora é uma mulher sexy, espetacular, jovem e com um belo corpo.
– Por que não? – perguntei achando divertido.
– Mulher... – Alexis olhou para mim e me esforcei para esconder meu sorriso. O assunto era sério.
No fundo, se a pintora que estávamos falando não fosse eu, não sei o que pensaria dele. Talvez teria saído correndo.
– Você quer conhecer a pintora? – perguntei.
Alexis permaneceu calado alguns segundos.
– Não mais. Foi uma tortura, Alba, não pode nem imaginar. O quadro e você apareceram na minha vida no mesmo dia. Você, com seu sorriso doce, com sua forma de ser que me conquistava cada vez que nos encontrávamos. Com esse mistério, porque você era um mistério, não vai negar. Esse mistério que aguçava minha curiosidade. Era diferente de todas, morando naquela casa sem luz, falava comigo sem me dizer nada, na realidade. E então, esse seu corpinho... – deixou o ar sair pela boca pouco a pouco –. Caramba! Naquela noite em que eu toquei em você no mar...
– Naquela noite, o que?
– O que? Você ainda me pergunta?
O lindo rosto de Alexis, seus olhos da cor do mar, me olhava fixamente e com total transparência. Via em seu rosto o quanto eu gostava dele e isso desencadeava as borboletas furiosas que passaram a morar no meu estômago desde o dia
