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Alice no país das maravilhas
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Alice no país das maravilhas
E-book135 páginas1 hora

Alice no país das maravilhas

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Sobre este e-book

Alice no País das Maravilhas foi publicado em 1965 e é um clássico da literatura nonsense. Além da história da menina entediada que persegue um coelho branco, há várias passagens no livro que abordam física, filosofia e lógica. A continuação dessa história aparece em outra obra do autor, Alice através do espelho.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de set. de 2020
ISBN9786555004465
Autor

Lewis Carroll

Lewis Carroll (1832 - 1898) is the pseudonym of English author, mathematician, logician, and photographer Charles Lutwidge Dodgson. His most famous writings are Alice's Adventures in Wonderland and its sequel, Through the Looking-Glass, but he is also well known for his poems “The Hunting of the Snark” and “Jabberwocky,” which, like his novels, are examples of literary nonsense. A beloved children’s author, he is noted for his facility at word play, logic, and fantasy.

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    Pré-visualização do livro

    Alice no país das maravilhas - Lewis Carroll

    © 2019 Ciranda Cultural Editora e Distribuidora Ltda.

    Título original

    Alice’s adventures in wonderland

    Texto

    Lewis Carroll

    Tradução

    BR75 | João Sette Camara

    Revisão

    BR75 | Clarisse Cintra, Fernanda Silveira e Silvia Rebello

    Ilustração de capa

    Beatriz Mayumi

    Projeto Grafico e Miolo

    BR75 | Laura Arbex e Luiza Aché

    Produção

    Ciranda Cultural

    Ebook

    Jarbas C. Cerino

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD

    C319a Carroll, Lewis, 1832-1898

    Alice no País das Maravilhas [recurso eletrônico] / Lewis Carroll ; traduzido por João Sette Camara ; ilustrado por Beatriz Mayumi. - Jandira, SP : Ciranda Cultural, 2020.

    112 p. ; ePUB ; 2,7 MB. – (Ciranda Jovem)

    Tradução de: Alice’s adventures in wonderland

    Inclui índice. ISBN: 978-65-5500-446-5 (Ebook)

    1. Literatura inglesa. 2. Romance. I. Camara, João Sette. II. Mayumi, Beatriz. III. Título. IV. Série.

    Elaborado por Odilio Hilario Moreira Junior - CRB-8/9949

    Índice para catálogo sistemático:

    1. Literatura inglesa : Romance 823

    2. Literatura inglesa : Romance 821.111-31

    1a edição em 2020

    www.cirandacultural.com.br

    Todos os direitos reservados.

    Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada em sistema de busca ou transmitida por qualquer meio, seja ele eletrônico, fotocópia, gravação ou outros, sem prévia autorização do detentor dos direitos, e não pode circular encadernada ou encapada de maneira distinta daquela em que foi publicada, ou sem que as mesmas condições sejam impostas aos compradores subsequentes.

    CAPÍTULO 1

    Madrigueira abaixo

    Alice estava começando a se cansar de ficar sentada ao lado da irmã na ribanceira e de não ter nada para fazer: ela havia espiado algumas vezes o livro que a irmã estava lendo, mas ele não tinha nem figuras nem diálogos, e para que serve um livro – pensou Alice – se ele não tem figuras ou diálogos?.

    Então, ela estava avaliando mentalmente (da melhor maneira possível, pois o dia quente fazia com que se sentisse com muito sono e burra) se o prazer de fazer uma guirlanda de margaridas valeria o trabalho de se levantar e colher as flores quando, de repente, um Coelho Branco com olhos vermelhos correu perto dela.

    Não havia nada de muito extraordinário naquilo; e Alice não achou muito inusitado ouvir o Coelho dizer para si mesmo: Minha nossa! Minha nossa! Vou me atrasar demais! (quando ela voltou a pensar nisso mais tarde, lhe ocorreu que deveria ter ficado espantada com aquilo, mas na hora tudo pareceu muito natural); mas quando o Coelho de fato tirou um relógio do bolso do colete, olhou para ele e depois saiu apressado, Alice começou a se levantar, pois ela de repente percebeu que jamais havia visto um coelho vestindo um colete com bolsos, ou que tivesse um relógio para retirar deles, e, morrendo de curiosidade, correu pelo campo atrás dele, bem a tempo de vê-lo descer por uma enorme toca de coelho embaixo de um conjunto de arbustos.

    Em um instante, Alice desceu atrás dele, sem sequer considerar de que maneira iria sair dali.

    A toca seguia em linha reta como um túnel por um bom trecho; depois, fazia uma descida repentina, tão repentina que Alice não teve a chance de pensar em parar antes de se ver despencando pelo que parecia ser um poço bem fundo.

    Ou o poço era fundo demais ou ela caía muito lentamente, pois teve tempo o bastante, enquanto caía, para olhar à sua volta e se perguntar o que aconteceria em seguida. Primeiro, ela tentou olhar para baixo e distinguir o que a aguardava, mas estava escuro demais para que ela visse qualquer coisa; depois, olhou para as laterais do poço e percebeu que elas eram repletas de guarda-louças e de estantes de livros: aqui e ali ela viu mapas e quadros presos com cavilhas. Ela retirou um jarro de uma das prateleiras enquanto passava; o rótulo dizia "geleia de laranja", mas, para sua decepção, ele estava vazio; ela não queria jogar o jarro fora com medo de matar alguém abaixo dela; então, conseguiu depositá-lo em um dos guarda-louças enquanto passava caindo por ele.

    – Ora, ora! – pensou Alice. – Depois de uma queda dessas, nunca mais vou reclamar de cair das escadas! Lá em casa todos vão pensar que eu sou muito corajosa! Eu não reclamaria nem se caísse de cima da casa. (O que muito provavelmente era verdade.)

    Para baixo, para baixo, para baixo. Será que a queda jamais terminaria?

    – Quantos quilômetros será que eu já caí até agora? – perguntou-se em voz alta. – Devo estar chegando em algum lugar perto do centro da Terra. Deixe-me ver: isso daria uma queda de quase 6.500 quilômetros. Eu acho… – (pois, como você pode ver, Alice havia aprendido muitas coisas desse tipo nas lições da escola, e apesar de aquela não ser uma oportunidade muito boa de exibir seus conhecimentos, já que não havia ninguém para escutá-la, ainda assim, repassar a lição era um bom hábito) – ... sim, essa é mais ou menos a distância correta... mas, então, a que Latitude ou Longitude eu cheguei? – (Alice não fazia ideia de o que era Latitude, nem Longitude, mas achou que eram palavras bonitas e grandiosas de se dizer.)

    Logo ela recomeçou.

    – Será que vou atravessar toda a Terra de uma ponta a outra? Vai ser curioso demais sair e estar em meio às pessoas que andam de cabeça para baixo! Os Antipatias, eu acho... – (ela estava muito contente de não haver ninguém escutando desta vez, pois aquela não parecia ser a palavra correta) – ... mas vou ter de perguntar a eles qual é o nome do país, sabe. Com licença, senhora, aqui é a Nova Zelândia ou a Austrália? – (e ela tentou fazer uma mesura enquanto falava... mesuras sofisticadas enquanto se despenca pelos ares! Você acha que conseguiria fazer isso?) – E que garota ignorante ela vai pensar que eu sou! Não, é melhor não perguntar: talvez eu veja o nome escrito em algum lugar.

    Para baixo, para baixo, para baixo. Não havia nada mais a fazer, então Alice logo voltou a falar.

    – A Dinah vai sentir muito a minha falta hoje, acho que vai, sim! – (Dinah era a gata.) – Espero que eles se lembrem de encher o pires de leite dela na hora do chá da tarde. Dinah, minha querida, queria que você estivesse aqui embaixo comigo! Receio que não haja camundongos nos ares, mas você poderia caçar um morcego, e morcegos são muito parecidos com camundongos, sabe. Mas será que gatos comem morcegos? – E neste momento Alice começou a ficar muito sonolenta, e continuou falando para si mesma, de um modo um tanto sonhador: Será que gatos comem morcegos? Será que gatos comem morcegos?, e, às vezes, Será que morcegos comem gatos?, pois, sabe, como ela não tinha a resposta para nenhuma das perguntas, não fazia muita diferença como ordenava as palavras. Ela sentiu que estava caindo no sono, e havia acabado de começar a sonhar que estava andando de mãos dadas com Dinah, e dizendo a ela muito francamente: Agora, Dinah, diga-me a verdade: você alguma vez já comeu um morcego?, quando, de repente, tum! tum!, ela caiu sobre um monte de gravetos e folhas secas, e a queda terminou.

    Alice não se machucou nem um pouco e em um instante já estava de pé: olhou para o alto, mas tudo acima da sua cabeça estava escuro; diante dela havia outra longa passagem, e o Coelho Branco ainda estava à vista, disparando por lá. Não havia um momento a perder: Alice foi atrás dele correndo como o vento, bem a tempo de ouvi-lo dizer, enquanto dobrava uma esquina:

    – Por minhas orelhas e meus bigodes, como está ficando tarde!

    A garota estava bem atrás dele quando dobrou a esquina, mas o Coelho já não podia ser visto: e ela viu-se em um salão baixo e comprido, iluminado por uma série de lampiões que pendiam do teto.

    Havia portas ao longo do salão, mas todas estavam trancadas; e depois que já o havia percorrido de um lado até o outro e de volta, testando todas as portas, Alice ficou caminhando cabisbaixa por ele, se perguntando como ia fazer para sair dali.

    Subitamente, ela notou uma mesinha de três pernas, toda feita em

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