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E-book180 páginas2 horas

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Sobre este e-book

Quem nunca sonhou em ser autor e fez de tudo para conseguir uma boa história?
Robin Watson tem um sonho: escrever uma épica aventura de fantasia com todos os seres fantásticos – anjos, zumbis, elfos, vampiros – e também com humanos. No entanto, sua falta de criatividade para criar esta história o obriga a seguir o único caminho possível; Robin terá de encontrar cada um desses seres pessoalmente para reuni-los na mais ousada aventura interdimensional criada.
É aí que surge Mario. Funcionário de uma empresa que faz pesquisas inúteis e com uma vida nada emocionante. Bom, pelo menos era assim até que ele se vê transportado para dentro das páginas do livro de Robin. Mario, então, libera seu potencial e descobre que pode se tornar um herói. Desde que não morra, é claro. Afinal, o livro tem um autor e, aparentemente, ele não é lá dos melhores...
Junto com esses novos e totalmente inesperados companheiros de aventura, Mario vai descobrir que talvez pertença a esse novo lugar, onde tudo pode acontecer, desde que o autor queira que aconteça.
IdiomaPortuguês
EditoraGalera
Data de lançamento28 de set. de 2018
ISBN9788501113986
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    Radioativo!!! - Gabriel Pozzi

    1ª edição

    Rio de Janeiro | 2018

    CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO

    SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

    Pozzi, Gabriel

    P899r

    Radioativo!!! [recurso eletrônico] / Gabriel Pozzi. – 1ª ed. – Rio de Janeiro: Galera, 2018.

    recurso digital

    Formato: epub

    Requisitos do sistema: adobe digital editions

    Modo de acesso: world wide web

    ISBN 978-85-01-11398-6 (recurso eletrônico)

    1. Ficção brasileira. 2. Livros eletrônicos. I. Título.

    18-52223

    CDD: 869.3

    CDU: 82-3(81)

    Vanessa Mafra Xavier Salgado – Bibliotecária – CRB-7/6644

    Copyright © 2018 Gabriel Mariano Pozzi

    Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, no todo ou em parte, através de quaisquer meios.

    Texto revisado segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

    Direitos exclusivos desta edição reservados pela

    EDITORA RECORD LTDA.

    Rua Argentina, 171 – Rio de Janeiro, RJ – 20921-380 – Tel.: (21) 2585-2000.

    Produzido no Brasil

    ISBN 978-85-01-11398-6

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    mdireto@record.com.br ou (21) 2585-2002.

    Sumário

    Capítulo I

    Capítulo II

    Capítulo III

    Capítulo IV

    Capítulo V

    Capítulo VI

    Capítulo VII

    Capítulo VIII

    Capítulo IX

    Capítulo X

    Capítulo XI

    Capítulo XII

    Capítulo XIII

    Capítulo XIV

    Capítulo XV

    Capítulo XVI

    Capítulo XVII

    Capítulo XVIII

    Capítulo XIX

    Capítulo XX

    Capítulo XXI

    Capítulo XXII

    Capítulo XXIII

    Capítulo I

    O Sequest...

    Quando acordou naquela manhã de quarta-feira, Mario foi surpreendido por um estranho distúrbio, uma voz em sua cabeça lhe dizendo que a partir daquele momento ele fazia parte do enredo de um livro. Pensou que estivesse se lembrando de algum sonho e resolveu ignorar a sensação. Mal sabia ele que, sim, a voz estava correta.

    Mario Mario, um jovem rapaz de pele morena e sorriso simpático. Já posso adiantar: ele vai aparecer bastante nessa história, por isso, dou a você, caro leitor, o direito de imaginar o restante de suas feições, assim terá a liberdade de usar a imaginação e eu escapo das longas e chatas descrições de personagem da primeira página.

    É um dos poucos humanos desse livro e sempre foi apaixonado por Victoria, a melhor, o amor de sua vida.

    Mario vestiu sua calça jeans favorita (por sorte), uma bonita camiseta verde-água (que estaria rasgada no fim do dia) e saiu para trabalhar. Dedicava a vida ao seu excêntrico emprego: pesquisador primário da PEI.

    A adorada e ignorada PEI. Um lugar que quase ninguém sabe que existe, quem sabe que existe não sabe o que significa, e quem sabe o que significa prefere pensar que o lugar não existe, fechando um ciclo de ignorância que mantém os guerreiros pesquisadores da PEI no eterno anonimato.

    É o Centro de Pesquisas Extremamente Inúteis. A sigla original era CPEI, mas os fundadores descobriram que empresas iniciadas pela letra C tinham o triplo de chances de falir do que uma iniciada por P. Foi a primeira pesquisa extremamente inútil da história da equipe.

    Entre outros exemplos de seus trabalhos, a PEI registrou que 98% dos jovens que marcam trabalhos escolares com três meses de antecedência resolvem fazê-los faltando um dia para o prazo se encerrar, que apenas uma a cada 29 milhões de pessoas já conseguiu pegar um ursinho em uma máquina de shopping e que apoiar o cotovelo na mesa e a cabeça na mão enquanto olha para a tela do computador é a doença que mais afeta pessoas entre zero e 97 anos no século XXI.

    Mauricio, um dos mais antigos pesquisadores da PEI, era o melhor amigo de Mario no trabalho. Eles eram o tipo de amigos que saem juntos para tomar um café no meio do expediente, e que vão ao bar na sexta à tarde, abençoando o fim de semana. Mauricio não é importante para essa história, é desses personagens que só aparecem na introdução do livro, talvez tenha outra pontinha no final, portanto não precisa de descrição detalhada. Digamos que ele é loiro.

    — Cara... — disse Mauricio, diante de seu computador, que ficava a poucos metros do de Mario. — Eu estava analisando o Índice de Bom Humor mundial, e criei uma teoria.

    Agora uma pausa para falar do tal índice: a PEI não era apenas líder internacional no mercado de pesquisas inúteis, mas também era a maior desenvolvedora de aparelhos que mediam, em porcentagem, dados igualmente inúteis sobre a população mundial. O IBH (Índice de Bom Humor), por exemplo, trazia algumas estatísticas singulares, como o fato de que nas segundas-feiras a porcentagem predominante de pessoas felizes é de 0,001%.

    — Manda! — disse Mario, largando seus fones de ouvido e virando sua cadeira para o amigo.

    — Não vou te atrapalhar?

    — Não, o computador só tá processando o resultado de uma pesquisa sobre livros que eu fiz...

    — Ótimo! — exclamou Mauricio, ajeitando-se em sua poltrona. — Eu concluí que, se a China for campeã em alguma Copa do Mundo, alcançaremos o incrível número de vinte por cento de pessoas felizes no mundo.

    Mario olhou para Mauricio com uma indisfarçável irritação. Como se dissesse Foi pra isso que você me chamou?. Não satisfeito em só pensar, disse:

    — Foi pra isso que você me chamou?

    — Não é incrível? Nosso recorde atual de pessoas felizes no mundo é de dois por cento!

    — Ah, sim. Incrível — respondeu Mario, já prestando pouca atenção. Mas quando percebeu que estava matando a conversa de seu amigo, completou: — Aliás, falando em China e Copa do Mundo, você sabia que apenas um em cada 193 países do mundo tem narradores de futebol aptos a pronunciar corretamente os nomes dos jogadores da seleção chinesa de futebol?

    — Só um? — perguntou Mauricio e, sacando a brincadeira, completou com um sorriso: — A China, não é? Ótima piada!

    — Na verdade... — disse Mario. — Não era uma piada, foi a pesquisa que eu entreguei para nossa diretora na semana passada.

    Mauricio olhou nos olhos do colega com intensidade e, com um suspiro, indagou:

    — Por que a gente ainda trabalha aqui?

    Mario trabalhava no centro de uma cidade grande chamada São Paulo, no Brasil. Todo dia pegava o trem lotado para voltar para o seu canto, um apartamento pequeno em um bairro distante da empresa. Pegar trem e metrô lotados em São Paulo é uma experiência que, segundo relatos, assemelha-se ao estresse das trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Exceto pela parte das granadas, talvez.

    Até aquela quarta-feira Mario nunca tinha sofrido qualquer tipo de violência nessa cidade (além de ser ejetado dos trens contra a própria vontade nos horários de pico). Mal sabia ele que logo no dia que acordara sentindo estar em um livro seria vítima de um crime pela primeira vez em sua vida: um sequest... Não. Não contarei o resto da palavra para manter uma surpresa sobre o que acontecerá a seguir.

    Eram aproximadamente 20h30. Mario caminhava tranquilamente pelas ruas próximas de seu apartamento depois de um dia exaustivo de trabalho inútil. Sonhava com seu banho frio para aliviar o calor que lhe perseguira por toda a jornada. Aparentemente seu dia não guardava nenhuma surpresa, quando avistou um bonito, porém misterioso, carro preto se aproximando. As janelas eram todas escurecidas, de forma que ele não enxergava quem estava dentro. Não havia muitas pessoas na rua e o carro começou a diminuir a velocidade, aproximando-se de Mario.

    Apesar de ser algo muito suspeito, ele não teve medo. Não se desesperava com a possibilidade de ser assaltado. Deveria ter dito na parte da descrição do personagem algo como: Mario raramente se desesperava com algo. As más línguas diziam que se um vulcão próximo a ele entrasse em erupção, Mario pegaria seu celular e tiraria uma selfie. Na invasão extraterrestre chamaria o alien pra tomar uma cerveja na piscina. Em caso de furacão, abriria a janela de seu apartamento pra tomar um ventinho. O que seria um simples assalto perto disso tudo?

    O carro parou do lado dele e baixou o vidro.

    — Por favor, amigo. Poderia me dar uma informação...?

    — Puxa! — respondeu Mario sorrindo. — Por um momento achei que você ia me assaltar.

    — Sim, eu vou! — brincou o senhor que estava ao volante, também sorrindo. — A gente começa pedindo uma informação pra quebrar o gelo, sabe como é.

    Mario recuou desconfiado. Olhou direito para a figura solitária dentro do carro. Era, sem dúvida, mais velho. Tinha sobrancelhas grossas e uma expressão simpática enquanto sorria. Exibia uma careca e vestia um sobretudo. Poderia se dizer que era um homem excêntrico.

    Num gesto inesperado, Mario se apoiou no vidro do carro e disse:

    — Sabe, eu estou bem cansado. O dia no trabalho foi meio estressante, acho que fiz a pesquisa mais inútil da história da minha empresa, o resultado era sobre um livro que ninguém conhece, a diretora não ficou nada feliz, agora vem você com essa de quebrar o gelo antes de assaltar, pra que isso? Por que não otimizar o tempo? Só leva o meu celular logo, ele é velho, trava quando abro qualquer aplicativo e...

    — Opa, opa! Calma lá, calma lá! — respondeu o senhor, claramente assustado com o falatório repentino de Mario. — Eu tinha lido na sua ficha que você era bem-humorado, então pensei em usar um diálogo divertido, mas tudo bem, vamos recomeçar.

    Mario estava começando a perder a paciência. Só conseguia pensar no banho gelado que tanto desejava. Mal sabia que seu próximo banho seria o mais gelado de sua vida.

    — Recomeçar o quê?

    — Isso não é um assalto — disse o senhor, seriamente, para depois abrir um sorriso e completar: — Isso é um sequestro!

    Eis a palavra secreta que tive que ocultar anteriormente para destacar o choque da descoberta desse momento. Mistérios são importantes para um livro.

    — Sequestro? Cara! — Mario olhou para os lados procurando apoio. Não de pessoas que pudessem salvá-lo, mas, sim, daquelas que pudessem compartilhar sua indignação. — Você está desarmado, meio tiozão, sozinho, e eu tô do lado de fora do carro...

    — Tem certeza disso?

    E então surgiu o primeiro acontecimento sobrenatural na vida de Mario. O homem de sobretudo ergueu as mãos. Estava, de fato, sem uma arma, porém com um movimento dos dedos (que não foi exatamente um estalo) Mario sentiu que foi deslocado, como mágica, para o banco de trás do carro.

    — MAS... O QUE... MAS...

    — Meu nome é Robin, espero que você me perdoe por esse começo ruim daquilo que espero que se torne uma bonita amizade — disse o homem, acelerando o carro. — Mario Mario, a sua jornada do herói começa agora, alguma pergunta?

    — Robin? Tipo o do Batman?

    O carro do sequestrador entrou em vias estreitas e sem iluminação. Robin ergueu a mão direita e fez o mesmo movimento que minutos atrás havia deslocado misteriosamente Mario para dentro do carro. Mas dessa vez era o cenário ao redor que havia se transfigurado e Mario poderia jurar que, por alguns segundos, o carro parecia flutuar no espaço. Bobagem, era só uma simples viagem interdimensional.

    Mal sabia Mario que Robin falava sério e sua vida jamais seria a mesma após aquela noite. Mal sabia também o autor deste livro que a última pesquisa de Mario comprovava que o livro com o maior índice de uso da expressão mal sabia no primeiro capítulo se chamava Radioativo!!!

    Capítulo II

    Alada

    Céu. Um lugar de paz. Um lugar de amor. Anjos simpáticos e bondosos, espalhando boas maneiras e tocando instrumentos musicais inofensivos por todos os cantos possíveis. Um tédio.

    Lyanna não entendia muito bem o que significava ser um anjo. Tinha belas asas, grandes, que se compactavam muito bem em suas costas quando precisava caminhar pelas feiras do céu pra comprar suco natural para sua família (refrigerante, jamais). Estudava respeito na faculdade, no mesmo campus dos cursos amor ao próximo, generosidade e licenciatura em compaixão.

    Certo dia, na aula da disciplina comportamento em restaurantes I, perguntou ao professor:

    — O que nós, anjos, temos de especial, além de carregar essas asas?

    — Ora, senhorita Lyanna, nós

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