No mundo da Luna: a entrevista

De Carina Rissi

Sucesso de público, No mundo da Luna acaba de ganhar um conto exclusivo no formato digital. Este eBook é dado de presente a todos os leitores que procuram saber um pouquinho mais sobre a vida de Luna Braga. Ela já tinha um emprego quando sua história começa. Mas como foi que conseguiu entrar na tão sonhada revista Fatos? Sua divertida entrevista de emprego é uma das cenas favoritas da Carina Rissi.
"Assim como bons autores do gênero, a exemplo de Helen Fielding (da saga Bridget Jones), Marian Keyes (Melancia) e Cecelia Ahern (P.S. Eu te amo), Carina Rissi consegue equilibrar romance, humor e uma boa dose de pesquisa nos seus livros." — Raquel Lima, Diário de Pernambuco

• Idioma: Português
• Editora: Verus
• Data de lançamento: 16 de dez. de 2015
• ISBN: 9788576865018

Pré-visualização do livro

Querido leitor,

Uma das tarefas mais difíceis do escritor é decidir o que vai ou não entrar no livro. Cortar uma cena é sempre doloroso, mas necessário para o bom andamento da trama, para que a história flua sem tropeções.

Outras vezes, o corte se faz necessário para que o livro não fique muito extenso. Foi o que aconteceu com No mundo da Luna. Ele estava imenso e eu precisava deixá-lo mais ágil. Quando começamos a acompanhar a vida de Luna, ela tem muitos problemas a resolver, porém já tem um emprego.

Mas e o antes? Como foi que ela conseguiu entrar na tão sonhada revista Fatos&Furos?

É isso que você vai ler aqui.

A entrevista de emprego é uma das minhas cenas favoritas — uma das mais divertidas! —, e é com imenso prazer que agora eu a divido com você.

Divirta-se!

Beijos,

CARINA RISSI

O vento vindo do Atlântico soprava meus cabelos, e, mesmo com toda aquela maresia, meus cachos continuavam anelados e sem frizz. Tomei um gole de minha margarita geladinha e me recostei na espreguiçadeira, pronta para encharcar minha pele de vitamina D. Aquilo era o paraíso.

— Quer mais uma, baby? — Lenny Kravitz perguntou.

— Não, obrigada. Estou bem assim.

— Tem certeza? Não existe nada que eu possa fazer para que se sinta ainda melhor, minha preciosa Luna? — Ele sorriu daquele jeito absurdamente sexy, as longas tranças dançando pelos ombros largos nus, a tatuagem pouco acima do mamilo direito brilhando por causa do suor. Humm...

Corrigindo: aquilo era o paraíso.

— Bem, talvez tenha, afinal. — Baixei os óculos escuros até a pontinha do nariz.

— É mesmo? — Ele se sentou na minha espreguiçadeira, que, com o peso, afundou de leve na areia.

Lenny começou a se aproximar. Eu me ergui sobre os cotovelos para apressar as coisas. Sua mão grande se enroscou em meus cachos, sua boca em direção à minha. Eu podia sentir seu hálito em meu rosto, por isso fechei os olhos, inclinei a cabeça e...

— Ai! — gritei quando ele me acertou um soco. — Para com isso!

Ele me atingiu na barriga e me empurrou da espreguiçadeira...

Caí da cama, e do sonho, sobre os escarpins da Sabrina. Droga, aquilo doeu! E não sei o que me irritou mais. Se o fato de minha amiga lutar judô enquanto dormia, ou se ter me