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Oásis para o Capital – Solo Fértil para a "Corrida De Ouro":: A Dinâmica dos Investimentos Produtivos Chineses no Brasil
Oásis para o Capital – Solo Fértil para a "Corrida De Ouro":: A Dinâmica dos Investimentos Produtivos Chineses no Brasil
Oásis para o Capital – Solo Fértil para a "Corrida De Ouro":: A Dinâmica dos Investimentos Produtivos Chineses no Brasil
E-book195 páginas2 horas

Oásis para o Capital – Solo Fértil para a "Corrida De Ouro":: A Dinâmica dos Investimentos Produtivos Chineses no Brasil

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Sobre este e-book

O livro Oásis para o capital - Solo fértil para a corrida de ouro traz um olhar inovador sobre um tema que ganhou nos últimos anos espaço essencial no debate internacional e no Brasil: o espetacular avanço dos investimentos produtivos chineses no âmbito global. Em curto espaço de tempo, o gigante asiático se tornou a segunda maior fonte desses investimentos no planeta, superado apenas pelos EUA. Galgou a este posto com instalações de novas fábricas e abertura de escritórios de corporações chinesas pelo mundo e também por meio de aquisições totais ou parciais de empresas já existentes.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de nov. de 2020
ISBN9786558204220
Oásis para o Capital – Solo Fértil para a "Corrida De Ouro":: A Dinâmica dos Investimentos Produtivos Chineses no Brasil

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    Oásis para o Capital – Solo Fértil para a "Corrida De Ouro": - Giorgio Romano Schutte

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    Aos meus professores do Departamento de Relações Internacionais da Universidade de Amsterdam, que me ensinaram a analisar os fenômenos específicos em seu contexto histórico e internacional.

    Agradecimentos

    Este livro surgiu de muitas discussões e conversas, que estimularam minha curiosidade e vontade de contribuir ao debate sobre a presença da China no Brasil, pensando o papel desta em um contexto global, com foco específico na dinâmica dos investimentos produtivos. Uma fonte de inspiração foram os encontros e debates organizados pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), pela Rede Brasileira de Estudos da China (RBCHINA), pelo Instituto Confúcio da Unesp e o Instituto Sociocultural Brasil/China (Ibrachina). Esses e outros encontros permitiram, ao longo dos últimos anos, um contato direto com pesquisadores, líderes empresariais e funcionários dos governos brasileiro e chinês a respeito da temática abordada.

    Cabe, portanto, um agradecimento aos esforços de Javier Alberto Vadell, Ligia Liu, Luís Antonio Paulino, Marcos Cordeiro Pires e Tulio Cariello, entre outros. Seus trabalhos ajudam a garantir a existência de um debate qualificado no Brasil sobre a presença chinesa.

    Com a Fundação Friedrich Ebert (FES-Brasil), nosso parceiro de longa data, organizamos um workshop para identificar o estado de arte em 4 de setembro de 2018 como título "Investimentos Externos Diretos (IED) Chineses no Brasil: O que eles têm de diferente?" sobre a temática, importante referência a partir da qual a pesquisa se iniciou. Participaram os pesquisadores Camila Moreno, Celio Hiratuka, Diana Aguiar O. Santos, Fábio Morosini, Iderley Colombini Neto, Luis Paulo Bresciani, Marco Antônio Macedo Cintra, Marcos Cordeiro Pires, Michelle Ratton Sanchez Badin, Reinaldo Campos, Renato Coelho Baumann das Neves, Gonzalo Berron.

    Cabe também um agradecimento aos alunos do Doutorado em Economia Política Mundial (EPM) da Universidade Federal do ABC (UFABC), que pesquisam as relações do Brasil com a China, Rafael Almeida, Reinaldo Campos, Rogério Batista e Thomas Costa de Azevedo Marques, e ao GT China do Observatório da Política Externa e da Inserção Internacional do Brasil (OPEB), coordenado pela Prof.ª Ana Tereza Marra.

    Em todos os casos, os agradecimentos são para os acertos. Os eventuais erros são exclusivamente por minha conta.

    O trabalho se deu no âmbito do projeto de pesquisa produtividade CNPq e está ancorado nas minhas atividades no Programa de Pós-Graduação em EPM da UFABC, que conta com apoio da Capes. Fica, portanto, o agradecimento a esses órgãos de fomento à pesquisa do Estado brasileiro.

    Por último, agradecimento a Vinícius Segalla, pela ajuda no tratamento final do texto, e a Rose, Isadora e Angelo, pela paciência.

    Devemos ter um estatuto legal que discipline a ação do capital estrangeiro, subordinando-o aos objetivos do desenvolvimento econômico e da independência política.

    (Celso Furtado, 1962)

    Prefácio

    Houve um tempo em que se dizia no Brasil que um negócio muito lucrativo para o comprador era um Negócio da China. Penso que isso ingressou no horizonte do senso comum em decorrência dos Tratados Desiguais que foram impostos ao governo chinês por potências imperialistas ocidentais, no século XIX, após as Guerras do Ópio, que lhes garantiam muitos privilégios em detrimento do interesse do povo da China. O imperialismo legou ao país uma grande instabilidade política, guerras, rebeliões, fome e atraso econômico que levou à morte de dezenas de milhões de chineses, ao fim de mais de dois mil anos de Império. Nessa época, em que cachorros e chineses eram proibidos de entrar em parques nas área sob controle de ocidentais, os europeus se referiam pejorativamente ao país como O Homem Doente da Ásia.

    Passados quase 160 anos do término da segunda Guerra do Ópio e superado o período conhecido como a Grande Humilhação, o povo chinês se pôs novamente de pé, tal como declarou Mao Zedong, em 1949, ao criar a República Popular da China. Hoje, ela se transformou numa moderna e dinâmica economia e caminha para se tornar a principal potência econômica do mundo nas próximas décadas. Nesse contexto, o país não só se tornou um grande receptor de investimentos estrangeiros, mas também é um grande investidor no mercado internacional, buscando matérias-primas e alimentos para a manutenção de seu ritmo de crescimento, além de mercados para uma nova geração de grandes empresas industriais e de serviços. O termo Negócio da China hoje em dia tem uma conotação muito diferente daquela de 100 anos atrás.

    Infelizmente, aquela antiga conotação poderia se referir hoje a um Negócio do Brasil, uma vez que, sem estratégia nacional de desenvolvimento, nosso país se tornou uma grande oportunidade de negócios para o investidor estrangeiro. Recursos e patrimônios que poderiam ser mobilizados para a criação de uma estrutura produtiva mais diversificada, para a melhoria o nível de vida das massas e a estruturação de cadeias produtivas com maior valor agregado estão sendo vendidos ao capital estrangeiro. Esses buscam as vantagens comparativas do Brasil, como a grande extensão territorial, um potencial mercado interno, a grande irradiação solar, a abundância de recursos hídricos e um subsolo rico. Esse tipo de abordagem apenas reforça as características históricas do Brasil, principalmente um modelo que concentração da renda, gera atraso tecnológico e mantém a pobreza de maior parte da população.

    Considerando as credenciais acadêmicas, profissionais e políticas do professor Giorgio Romano Schutte, a escolha do título deste livro, Oásis para o capital: o solo fértil para a corrida de ouro, que funde as percepções de um executivo norte-americano e de um acadêmico chinês sobre o nosso país, reflete certo inconformismo do autor acerca das oportunidades perdidas pela elite brasileira em organizar uma estratégia que possa conferir ao país uma inserção internacional que esteja à altura de nossas potencialidades.

    O autor, holandês que adotou o Brasil como sua pátria, possui uma visão privilegiada da realidade brasileira e dos movimentos da estrutura econômica mundial. Sua formação mescla conhecimentos de Relações Internacionais, de Ciência Política, Sociologia e Economia, consubstanciados na disciplina de Economia Política Internacional. Giorgio Romano Schutte, professor da Universidade Federal do ABC e com passagem pela administração pública, tem se afirmado como uma das maiores autoridades nos estudos chineses em nosso país, o que torna este livro uma referência aos estudiosos das relações sino-brasileiras.

    O livro está dividido em quatro capítulos. No primeiro, o autor busca compreender a dinâmica dos investimentos produtivos internacionais (IED) e, para tanto, faz um resgate do debate acadêmico em torno do IED, descreve a trajetória histórica dos fluxos de IED no mundo e situa essa discussão na atual conjuntura internacional marcada pela competição entre Estados Unidos e China.

    No segundo, analisa a internacionalização do capital chinês como parte essencial do modelo de seu desenvolvimento econômico, marcado pela ascensão em cadeias globais de valor, pela escalada tecnológica, pelo crescimento do consumo doméstico e pela criação de marcas internacionais. Nesse sentido, analisa os principais atores desse processo, o fluxo mundial dos investimentos chineses e as suas flutuações.

    No terceiro capítulo, o autor faz uma análise abrangente da lógica e dos fluxos de IED para o Brasil, valendo-se de uma ampla base de dados estatísticos disponibilizada por organismos locais e internacionais. Por fim, faz um levantamento detalhado do fluxo de IED da China no Brasil, que se espalha pelos setores financeiro, agronegócio e energia, no caso abrangendo os segmentos de petróleo, hidroeletricidade e energias renováveis.

    Concluindo, o leitor encontrará neste livro não apenas um levantamento cuidadoso dos fluxos de investimentos externos diretos da China no Brasil, mas também a oportunidade de refletir sobre a sua conveniência e ainda acerca da necessidade de nosso país formular uma estratégia para que o IED seja um instrumento do desenvolvimento nacional e não apenas um ótimo negócio para aqueles que veem o Brasil como um oásis para seus interesses e um solo fértil para uma nova corrida do ouro.

    Dr. Marcos Cordeiro Pires

    Professor associado. Docente do curso de Relações Internacionais da Unesp de Marília. Pesquisador dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Sociais (Unesp) e Relações Internacionais San Tiago Dantas (Unesp - Unicamp - PUC-SP). Membro-fundador da Rede Brasileira de Estudos da China (RBChina).

    Lista de Tabelas, Quadros e Gráficos

    Tabela 1 - IED global 1980-2018, em US$ (constantes de 2019)

    Tabelas 2 – Comparação: exportação global versus vendas subsidiárias de transnacionais (em US$, constante 2016)

    Tabela 3 - Distribuição geográfica dos fluxos globais de IED, em US$; nominal e % do total

    Tabela 4 – Distribuição geográfica IED chinês no período 2005-2008

    Tabela 5 – Trajetória dos IED chinês no período 2016-2018

    Tabela 6 - Estoque de IED em países selecionados da América Latina por origem no período 2012-2017, em % do total

    Tabela 7 – Participação chinesa no total de aquisições na ALC (2000-2018)

    Tabela 8 - Volume de aquisições chinesas na ALC no período 2014-2018, em bilhões de US$, e sua participação no total das F&A chinesas no mundo

    Tabela 9 - Composição da renda de IED (em bilhões de US$)

    Tabela 10 - Fluxo de IED na forma de operações intercompanhia líquida no Brasil, em bilhões de US$

    Tabela 11 - Evolução setorial IED no Brasil 2010-2016, em % do total

    Tabela 12 - Investimentos anuais de empresas chinesas no Brasil, em bilhões de US$ (2007-2018)

    Tabela 13- Estoque dos investimentos produtivos chineses no Brasil 2010-2017, em bilhões de US$

    Tabela 14 - Fluxos líquidos de IED chinês para o Brasil 2014-2017, em bilhões de US$

    Tabela 15 - Comparação entre números do Bacen e do CEBC referentes ao fluxo de IED chinês no período 2014-2017

    Tabela 16 - Investimentos e grandes contratos chineses no Brasil em US$ e % do total no período 2005 - setembro 2019

    Quadro 1– Distribuição setorial de IED e financiamentos chineses (em US$)

    Quadro 2 - Estoque de IED do Brasil em números absolutos (em bilhões de US$) e em percentagem do PIB. Anos selecionados: 2001, 2012, 2015 e 2018

    Quadro 3 - Percentagem referente ao Brasil do total de IED inflows mundial (2009-2018)

    Quadro 4 - Percentagem do Brasil no total de IED inflows na ALC

    Quadro 5 - Modalidades de fluxos de IED no Brasil entre 2007 e 2018 e transferência de lucro, em bilhões de US$

    Quadro 6 - Comparação dos lucros transferidos do Brasil para Alemanha e Luxemburgo em anos selecionados entre 2001 e 2018, em milhões de US$

    Quadro 7- Maiores aquisições no território brasileiro em 2018, em US$

    Quadro 8 – Participação chinesa nas importações e exportações globais do Brasil. Anos selecionados: 2000, 2010 e 2018

    Quadro 9 Bancos chineses operando no Brasil

    Quadro 10 - Aquisições por parte de empresas chinesas no setor de agroalimentação no Brasil no período 2016-2017

    Quadro 11 - Empresas chinesas vencedoras das Rodadas de Partilha de Produção – Pré-Sal (2013-2019)

    Quadro

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