Acolhimento Institucional: desafios para a reinserção social dos jovens
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Acolhimento Institucional - Marcella Marques de Carvalho
1. A CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS PARA A INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA NO BRASIL
A análise da documentação histórica sobre a assistência à infância e juventude nos séculos XIX e XX denota uma jornada marcada pela institucionalização de crianças nascidas no seio de famílias em situação de pobreza e vulnerabilidade, ou até mesmo nas famílias de classe alta, as quais enfrentavam certas limitações para criarem seus filhos. Ocorre que, ao buscar o apoio do Estado, era certo que estas crianças passariam a ser criadas longe de seus pais, lares e comunidades, sendo encaminhadas para instituições, como se fossem órfãs ou abandonadas. Desde o período colonial, colégios internos, seminários, asilos de menores, escolas de aprendizes, educandários, reformatórios, dentre outras modalidades institucionais foram surgindo, de acordo com as necessidades de cada época (RIZZINI, 2015).
Logo, o recolhimento de crianças às instituições de reclusão, privativas da liberdade do indivíduo, foi o principal instrumento utilizado na assistência à infância no país, modalidade em que a criança ou adolescente são geridos no tempo e espaço por normas, sob relações de poder visivelmente desiguais, sendo este modelo mantido até os dias atuais, principalmente para os jovens pobres, abandonados e considerados marginais
aos olhos da sociedade. Com outras palavras, segundo Rizzini (2004), a reclusão, na sua modalidade mais perversa e autoritária, continua vigente até hoje para as categorias consideradas ameaçadoras à sociedade, ou seja, aos adolescentes autores do ato infracional.
No que tange aos jovens infratores, atenta-se ao índice excessivo de decisões judiciais pela aplicação das medidas socioeducativas de internação e semiliberdade, mesmo para atos com baixa gravidade, o que desponta para a manutenção e aumento dos quadros de superlotação. O problema está na persistência de uma prática repressiva e no descumprimento das garantias e prerrogativas legais. No imaginário social, ou seja, na educação cultural da sociedade, ainda prevalece a ideia do confinamento e violência como freio social, refletindo nas decisões judiciais e andando na contramão do norte constitucional do Melhor Interesse da Criança e do Adolescente (Tatiana Galdino,