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O Esperançoso: O Esperançoso
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O Esperançoso: O Esperançoso
E-book233 páginas3 horas

O Esperançoso: O Esperançoso

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Sobre este e-book

A história de Lambert. Um homem que tenta ajudar pessoas rejeitadas pela sociedade. Criando uma cooperativa social para dar-lhes trabalho e salário. Lambert recusa-se a aceitar que a realidade é o que vemos. É um fascinante fresco sobre o poder da esperança. No final, há uma derrota visível, combinada com uma vitória invisível. Para os actos insondáveis de Deus nas milhares de combinações das nossas vidas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento19 de jan. de 2021
ISBN9781071563489
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    O Esperançoso - Leonardo Bruni

    E

    LEONARDO BRUNI

    O ESPERANÇOSO

    ROMANCE

    LITERATURA TEOLÓGICA E ESPIRITUAL

    Colar «Investigadores da alma humana»

    Pelo mesmo autor:

    • O inocente e o culpado

    • O pequeno Cristo

    • A Anunciação florescerá?

    • Encontro com o destino

    • Anime [Almas]

    • O imperfeito

    • Fortes pensamentos de um cristão fraco. Vol. I - Vol. II

    • Histórias cristãs. Vol. I - Vol. II - Vol. III

    • Uma missa com o Padre Pio

    • Um dia com o Padre Pio

    • Via Casello 78 Via Verdi 3

    Série Ensaios sobre o homem

    • A dupla ilusão: Sísifo e Prometeu

    • A primeira vez: de sexo feliz a sexo porco

    LEONARDO  BRUNI

    O ESPERANÇOSO

    ROMANCE

    Esta obra literária é fruto da imaginação.

    Qualquer referência a pessoas, fatos ou instituições

    deve ser considerada absolutamente causal.

    Leonardo Bruni © 2008

    Reprodução total ou parcial proibida

    qualquer meio mecânico ou electrónico, sem

    o consentimento prévio do autor.

    CAPÍTULO UM

    Em que ele descreve como o nosso Senhor está a espera em vão para o viciado em serviço, provavelmente foi para tratar a velha mãe.

    O sol, estava a pôr-se, suavemente e através da sua pequena mão cintilante estava a dizer olá. O homem de Deus, O Esperançoso, respondeu com o seu olá àquela criatura divina, a levantar a mão e a movimentar os dedos rapidamente, como se estivesse a tocar um piano vertical invisível. A essa altura, o claro-escuro do pôr-do-sol envolvia tudo no seu crepúsculo aveludado. Eu pergunto-me porque é que ele sempre se sentiu feliz naquela época. O seu coração quase se derreteu e, como a água, ele rodeou o seu corpo, definhando-o languidamente. Certamente era uma água açucarada, adoçada com mel, porque todo o seu corpo participava de uma paz inalterável, que fluía do coração para irradiar todas as centenas de milhares de bilhões de células do seu organismo.

    - Cem mil bilhões: mesmo por um centavo cada uma sempre fez um trilião de euros em dívidas com o Senhor do Universo.

    Ao pensar no Eterno Vivente que lhe dera cem mil bilhões de células, antes dele, como um mendigo com um chapéu na mão pudesse dizer-lhe Obrigado, foi tomado por um afrouxamento tão poderoso que sentiu-se a derreter todo por dentro, como quando se preparava para fazer amor com a esposa. Assim meditou, em uma paz quieta e profunda, muito maravilhosa; até atingir um estado de felicidade natural, insensível à tristeza opaca deste mundo. Certamente não se tratava do prazer da visão beatífica, digamos que fosse um aperitivo, uma espécie de felicidade natural, um nirvana da memória budista, a alegria de uma graça carismática.

    Deve saber-se, de fato, que O Esperançoso era um diácono, um para o qual, do alto, através da imposição de mãos de um descendente dos apóstolos, o Espírito Santo fez o coração do fogo do amor divino transbordar. Como aqueles raios de luz brilhante chegaram até ele, através dos caminhos tortuosos da sua vida, e como eles continuamente o alcançaram, as hipóteses divergiram.

    Hoje à noite, por exemplo, a alegria chegara até ele através dos raios de sol, que ele recebeu antes de ir dormir. Assim, o raio partira de Deus, acima do universo, centrava-se no sol fazendo-o brilhar, depois dirigira-se à terra, inclusive à Itália. Depois, tão rápido quanto a luz, como era a luz, ao percorrer 300 mil quilómetros por segundo, percorrera todas as cidades, chegando a Prato, e depois de ziguezaguear por todas as ruas, virando à esquerda da avenida da República, iluminara o caminho da cidade, o cidadão e a garagem onde ele estava.

    A segunda hipótese, por outro lado, sustentava que o Senhor Todo Poderoso, criador do céu e da terra, criara não apenas coisas visíveis, mas também invisíveis. Como as ondas sonoras dos telemóveis. Depois, ao examinar ainda e imóvel de cima, ele agia nem mais nem menos como um satélite, que envia a sua mensagem directamente ao navegador por satélite. Dirigindo a sua graça sobre O Esperançoso como um raio laser: imediato e preciso, sem desvios: até a garagem onde ele estava.

    A nossa terceira hipótese foi ainda mais poderosa, naturalmente do ponto de vista de considerar o Infinito Divino. Já que o universo é do Senhor e o que ele contém. Também Prato e aquela garagem eram como dizer permeados por aquela Presença. Estando Ele presente em todos os lugares, mesmo que nenhum lugar pudesse contê-lo, e sendo aquele que é, quem foi e quem vem, em quem o tempo não tem poder, ele não teve que enviar nenhum impulso dos céus, nem qualquer raio laser. Ele não precisava disso. Porque era, simples e silenciosamente, já presente e íntimo no coração do Esperançoso, de um modo mais profundo do que ele poderia ser para si mesmo. Garagem ou palácio não faziam diferença.

    O motivo da garagem é explicado rapidamente.

    O Esperançoso era um operador anti-drogas, membro da Associação Rápida Anti-droga, cujo lema era Quem usa drogas, cede. A garagem pertencia à esposa do presidente, que a alugou por compaixão pela associação. Compaixão que correspondia mensalmente ao valor das taxas pagas por todos os membros. Uma grande compaixão. O Homem de Deus esteve lá durante três horas, a espera, nesse estado de felicidade natural, pelo historiador de drogas Melani Alberto, que tinha reivindicado por quinze anos o último dia em que usaria substâncias, e teve uma reunião importante com ele. Era uma questão de decidir entrar ou não em uma comunidade terapêutica, como em San Patrignano, com a qual eles tinham um acordo, e existiam alguns lugares disponíveis.

    O chilrear de um passarinho fez fluir o nosso fluxo de louvor ao Criador, fazendo-o entrar no fato de que, no início da primavera, aquele pardal com as suas espreitadelas agradeceu ao Senhor como pôde, enquanto o homem não queria saber. Imerso em tais pensamentos sobre a ingratidão da criatura mais sublime ao seu Criador, mais do que um submarino no fundo do oceano, ele teria estado lá, quem sabe o quanto, se um raio de luz brilhante não tivesse atingido a sua pupila. A esta altura já estava completamente escuro e o manto da escuridão espalhara-se por toda a terra. Em frente à porta de vidro da garagem, ele viu os carros a acelerar, antes de darem meia-volta, enviaram golpes de luz de iodo que encheu a garagem por um segundo e depois fugiu, junto com o carro. Mesmo que o nosso tentasse ser insensível ao tempo, mesmo que ele tivesse o coração no céu, ele olhou para os pés e viu que eles descansavam na terra. A terra velha e lamacenta.

    A esta altura, estava claro que Alberto não viria. Por que ele acabou de faltar a entrevista de hoje? O mais importante de todos esses meses? Certamente devido a algum compromisso inesperado. Ah, já, pensou o Homem de Deus, a velha mãe, até agora completamente inválida, terá sido pior.

    Parecia certo para ele, depois de rezar os louvores da manhã, implorar a Santíssima Trindade também pela noite. Enquanto esperamos pela sabedoria, amor e luz do dia que não morre, podemos também usar o esplendor divino no dia em que ele declinava. Depois ele começou a orar, certo de que Alberto estava a tratar da sua mãe doente.

    * * *

    Com as mãos trémulas, Alberto Melani nascido em 1970, acendeu o último cigarro. Sem dúvida este foi um dia mau. Um dia horrível. Ele andara a vaguear durante todo o dia, depois de tomar metadona de manhã na SERT, nas ruas do centro da cidade, mas em vão. Ele não tinha conseguido concluir nada: nem assaltos nem encontros interessantes, até a entrevista com Alessio, que não queria dar-lhe as coisas a crédito. Agora até os negociantes faziam o precioso. Mas quem eles achavam que eram: um joalheiro? Ele não vendeu diamantes, só vendeu heroína.

    A coisa feia era que ele sentiu a besta dentro dele começar a gritar: ele sentiu o tremor aumentar e a sua respiração a ficar perturbada. A cada poucos dias esse sentimento maldito, que explodiu dentro dele da crise de retirada. Mas como funcionou esse mecanismo maligno que desatou aquele cachorro mordedor? Aquele cachorro que o espancou e o rasgou em pedaços? Ele não sabia. Só sabia que, se em poucas horas não tivesse feito uma dose, começaria a tremer, a suar, com a cabeça virada como um balão inchado prestes a explodir. Ele olhou para as mãos. Elas estavam a dançar, nem mesmo um velho com a doença de Parkinson. No entanto, qualquer um que o conhecesse e lhe desse um olhar superficial teria visto um homem jovem e bonito com um rosto de anjo: nada mais. Porque o homem é assim: ele vê apenas a aparência e não percebe a realidade, pelo contrário, isso equivoca-a. É como uma broca brusca: ela contenta-se em arranhar a parede, mas não cava, não fura de um lado para o outro.

    O poder da falta de ciência infundida morreu prematuramente no jardim do Éden!

    Em vez disso, por trás desse aspecto angélico, havia uma espuma lamacenta: não há paz para os intoxicados. Percebeu o aviso de tremores musculares, de espasmos de abstinência, que, como cãibras titânicas, que logo o invadiriam da cabeça aos pés. A torre do sino da igreja de São Domingos soou cinco fortes badaladas. Cinco badaladas lentas que o enorme badalo fez soar por toda a praça e pelas ruas ao redor. A olhar para cima e a olhar para o enorme relógio, lembrou-se da consulta, às quatro horas, com o operador anti-drogas. A soprar com as bochechas inchadas, ele perguntou-se como é que ele tinha suportado um cretino desses durante três meses. Ou melhor, tinha mais de um motivo. Em primeiro lugar, a possibilidade de poder encontrar uma casa pelos serviços sociais do município de Prato. Ele precisava disso: de uma casa. Uma base estável na qual pudesse substituir um bocado do material e assim levar o fixo que Alessio deu àqueles que mantiveram o material oculto deles / delas: 100 Euros por dia, não amendoins.

    Troque-os de graça.

    Então a história com a Teresa:

    - Se tu não fizeres entrevistas sérias e não entrares na comunidade terapêutica, eu desisto.

    Ele sempre a via a frente dele com o seu belo rosto carrancudo. Por isso ele decidiu levar a lata para o quintal. Além disso, porque a Teresa era um bom bocado. Mas foi difícil. Três meses com o merdas do Lamberto foram um sacrifício pesado para valer. Três meses com esses discursos, como ele disse, de sabedoria. A última vez, durante a entrevista, ele não aguentou mais e teve vontade de gritar com todo o ar que tinha nos pulmões:

    - Mas o que é que tu sabes sobre heroína? Mas tu sabes como é bom? Mas tu sabes que isso faz-me gostar mais da Teresa?

    Porque o primeiro problema existencial foi: curtir, sentir-se bem, ser feliz. E isso foi garantido pela droga. Cem por cento. Nas primeiras três semanas. Depois apareceu o lado negativo.

    Os dias de inferno, depois da hora do paraíso.

    Por isso ele viu uma rapariga a sair de um Mini Cooper e entrar na loja da Borsetti. Ele viu-a das janelas a conversar com os assistentes de vendas. No mínimo teria tentado vender duas ou três peças e teriam passado dez minutos. Ele só precisou de um olhar para estimar o MP3 estéreo equivalente a 10 doses de heroína. Se a sorte o ajudasse, em três minutos ele teria uma fortuna. O ferretino foi gentilmente tocado no bolso para abrir as portas. Ele puxou para fora e começou a brincar com a porta do carro. Ele olhou a frente dele, indiferente, para um ponto indeterminado do espaço, como um monge a meditar com a intenção de olhar para algo indefinido. Abriu a porta, e num instante ele entrou no carro, e retirou o painel frontal, retirou o aparelho do painel. Exultantemente, ele saiu devagar do carro e gentilmente fechou a porta. Agora era uma questão de sair com elegância. Ele virou-se e começou a andar. Ou melhor, ele começou a querer andar. Porque tudo estava esgotado com a intenção. O braço forte e o aperto forte do polícia de trânsito detiveram-no e congelaram-no ao mesmo tempo.

    - Melani, eu não sabia que tu tinhas um novo Mini Cooper.

    Chegou a tempo de ver outro polícia municipal que lhe deu outro abraço, e viu-se no seu carro em direção à esquadra.

    Além disso, ele não queria uma casa? Ele logo teria. Pela sétima ou oitava vez, já não se lembrava de quanto, a Penitenciária Distrital do Ministério da Justiça de Maliseti lhes abria as portas, muito largas para entrar, muito estreitas para sair.

    * * *

    CAPÍTULO DOIS

    Ou como o Nosso foi louvado e estimado pelo presidente da Associação.

    A Dra. Annalisa Franchi, presidente da Associação Rápida Anti-droga, estava a beber um uísque com gelo e refrigerante, magistralmente preparado pelo marido, o famoso advogado Amedeo Giovannetti. Famoso por duas razões: primeiro porque pertencia aos príncipes do Fórum de Florença, segundo porque ajudava a todas as dezenas e dezenas de viciados em drogas que a sua mulher lhe enviava, quando se metiam em problemas com a lei. Desde que esse mecanismo, devido à droga, na prática automático, o referido encontrou-se com um terço dos casos assinados pelas famílias dos dependentes químicos.

    Ao contrário da primeira impressão, é bom dizer imediatamente que uma coisa é o viciado, outra a família dele. As pessoas dizem normal, o significado deste adjectivo pessoas honestas, de acordo com o espírito do mundo. Isso quer dizer pessoas que, mais cedo ou mais tarde, roubaram impostos ou um homem; ele tentou fazer uma carreira a lixar os seus colegas de trabalho; foi apanhado por uma relação extra conjugal com a secretária de serviço, ou com a nova funcionária, mas só isso. Pessoas, em resumo, que faziam coisas normais. Mas isso manteve a veia do braço bem longe da agulha da seringa, excepto pelas inevitáveis ​​análises médicas: mentes sãs em corpos sãos.

    Com um olhar mais atento, O Esperançoso poderia discordar. Isso quer dizer que eles também tinham um paraíso ilusório e artificial se o procurassem. Mesmo que tivessem dinheiro, venderiam a mãe no mercado. Enquanto lideravam e dominavam os outros, o que é o mesmo que estar em primeiro lugar, pense no primeiro e não no segundo, como é notoriamente equivalente ao último, eles teriam vendido as suas esposas no mercado.

    Embora tivessem novos prazeres, não tiveram escrúpulos em vender a fidelidade conjugal no mercado na primeira oportunidade. Mas como essa busca pela felicidade ilusória é de 99% das pessoas e cai sob a chamada norma, dizemos que as famílias dos viciados em drogas eram boas. Na verdade, elas pagaram as taxas do advogado. Giovannetti pontualmente.

    O sol agonizante, antes de ir para a cama, enchia o grande sótão do topo da Piazzale Michelangelo de calor, de onde se podia, com um olhar, admirar Florença. Na atmosfera suave e dourada do salão, a Dra. Annalisa Franchi estava a aproveitar o intenso prazer espiritual do estúdio de Chopin. 10 N ° 3 em Mi bemol maior ou menor. As notas gotejavam no ar, como as férteis chuvas da primavera. Agora tristes e melancólicas, agora apaixonadas e cheias de desejos reprimidos, fizeram a alma interior do presidente lamentar nada menos que os abraços, nos últimos tempos um pouco mais cansadas, do que o seu marido. Enquanto do disco, rigorosamente Deutsche Grammophone, Maurizio Pollini continuou a espalhar uma cascata de notas componentes da melancolia pungente, um gemido, uma mistura de prazer e tristeza saiu da boca de Annalisa.

    - Ahhh... Se ele tivesse a oportunidade de ver aquele calor, aqueles momentos e permanecer

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