Água de coco
De obelô
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Água de coco - obelô
coco.
1
TOC! — Tira o fundo — TOC! TOC! TOC!
— Oh, Pernambuco! Esse coco está verde! Quase não tem água!
— Esquenta não, patrão! Aqui tem outro! Vegano e gourmet!
A gente ria feito mula, mas o que tinha era raiva daquela mauriçada, sempre fazendo desfeita. O tempo ensina. Mostrava os dentes com feita de estar sorrindo, mas o que queria mesmo era rosnar para aquele zé buceta¹. Metade do valor que vendia era custo, não ia ter o lucro do próximo coco porque esse marmanjo baitola estava de pavulagem² e não queria um coco verde. Essa zanga já me cobrou muito na vida, prefiro ficar com meu fastio. Em Eirunepé, engracei com a mulher do João Pernambuco, um dos graúdos da cidade, ele ficou sabendo do enrosco e mandou o bando dele me pegar. Gostava de sinuca e pinga. Mirei a bola branca. Do outro lado da mesa, um dos homens do Pernambuco vinha pra cima de mim, bati com o taco na cabeça dele. O taco quebrou. A parte que ficou na minha mão enfiei no corpo do homem. Não olhei para trás. Não podia continuar ali.
Peguei o primeiro barco. O dinheiro acabou em Rio Branco, gastei tudo em corote para esquecer da fome. Peguei carona com os caminhoneiros, doía o estômago, não perdi minha honra na beira da estrada, nos postos de gasolina, revirava as lixeiras, espantava os cães e ratos da comida. Andei aos emboléu³, acordei todo sujo cheio de ceroto⁴ na ceasa de São Paulo, descarregaram junto com uma encomenda de cebola. Vi que os caminhões todos iam para aquele lugar. Fiquei andando por ali. Comida não faltava, dormia debaixo da marquise. Fui estivador na minha terra, aqui era a mesma coisa, levava no lombo as mercadorias de um lado para o outro. Era verão. Estava quente, quente. Um homem vendia cocos, tirou um bolo de dinheiro na hora de dar o troco, aquilo atiçou minha curiosidade. Cheguei mais perto para olhar o pomba lesa⁵. Me falou quem era o fornecedor e como fazia para vender. Comi menos para juntar o dinheiro para comprar a mercadoria, arrumei um carro de mercado