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Diamantes e Mentiras
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Diamantes e Mentiras
E-book201 páginas2 horas

Diamantes e Mentiras

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Sobre este e-book

A carreira publicitária de Mia Sloan esconde um trabalho paralelo no negócio familiar - o negócio é o roubo e a concorrência mata. Em parceria com o seu irmão, Andy, Mia tem de planear um roubo de diamantes, que deve ocorrer no mais curto espaço de tempo possível, para compensar a dupla traição de Andy ao chefe do crime que o contratou para o trabalho anterior. Provocando abertamente o alvo, Mia brinca com a atração que o joalheiro revela sentir por ela, insinuando-se na sua vida, ganhando a sua confiança. Quando o passado de Andy os ameaça a ambos, Mia abandona o assalto e desaparece. O alvo, sob o feitiço de Mia, esconde-a e protege-a do perigo. Ambos estão em perigo à medida que o perseguidor do seu irmão se aproxima deles. Alternando entre o êxtase e o medo, MIa tem de tomar uma decisão fatídica. Estará ela a depositar a sua confiança no homem errado? Pode uma relação construída sobre mentiras tornar-se real?

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento25 de mar. de 2021
ISBN9781071593684
Diamantes e Mentiras

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    Diamantes e Mentiras - Inge-Lise Goss

    Diamantes

    e

    Mentiras

    Inge-Lise Goss

    AGRADECIMENTOS

    A minha gratidão vai para os meus excelentes editores, Jeff LaFerney e Nancy Buford. As suas sugestões, comentários e correções melhoraram muito a minha história. Também quero agradecer de forma especial a C. Michelle McCarty por ter empregado generosamente o seu tempo para me ajudar a melhorar a minha história. Por último, mas não menos importante, gostaria de agradecer a Ashley Fontainne, pela conceção de uma capa tão maravilhosa.

    Prólogo

    Três anos antes

    Dois dias após o seu último assalto, a polícia cercou a casa de Leo Carlyle. Um saco contendo moedas raras roubadas estava poisado na sua mesa, pronto a ser entregue ao comprador. Quando a campainha tocou, Carlyle percebeu que não podia escapar. Embora tivesse havido um problema com aquele trabalho, ele tinha-se assegurado de que não deixara rasto. Perguntando a si mesmo como é que a polícia teria conseguido localizá-lo, rendeu-se sem incidentes.

    Durante o assalto, Carlyle sabia que tinha feito asneira quando um tiro foi disparado pelo terceiro segurança, um homem que ele não tinha tido em consideração na fase de planeamento. Andy e Mia, os seus cúmplices e filhos, tinham seguido sem falhas as tarefas que lhes tinham sido atrabuídas. Andy tinha arrombado o cofre e removido as moedas insubstituíveis. Mia, para além de ajudar Andy a desativar o sistema de alarme, tinha mantido o guarda na entrada principal ocupado. O pai deles, que estava no comando, é que tinha feito asneira.

    Carlyle pensou que o trabalho iria ser fácil – era entrar e sair em dez minutos. Foi ao minuto onze que o primeiro tiro foi disparado. Andy tinha chegado à carrinha. Mia estava a uma curta distância atrás dele. A fim de manter o guarda principal ocupado, usou um disfarce sedutor, um alvo fácil. Se não tivesse sido a ação rápida de Andy, puxando Mia para o chão, ela teria sido alvejada. Agarrando-a pelo braço, Andy arrastou-a para o veículo de fuga. Naquele momento, Carlyle ficou satisfeito por o seu filho se ter lembrado do que lhe tinha dito: «Nunca voltes por mim. Eu fico bem.»

    O procurador tinha todas as provas necessárias para condenar Carlyle, mas nada que levasse a polícia até Andy e Mia. Apesar da recusa de Carlyle em denunciar os seus cúmplices, em troca de se declarar culpado, o seu advogado fez um acordo. Carlyle foi condenado a vinte anos e estaria em liberdade condicional dentro de quinze.

    Só estava na prisão há uma semana quando recebeu um visitante inesperado e indesejado. – Podias ter provocado a morte dela – disse o advogado a um homem que ele temia. – Recorda-se do acordo?

    – Vá lá. Estou aqui trancado. Não posso corrigir as coisas.

    – E recebeste metade do dinheiro adiantado por essas moedas. Onde está o dinheiro?

    – Estava na minha casa. A polícia confiscou-o.

    O advogado respondeu-lhe em tom de troça. – Vou verificar essa tua afirmação.

    Menos de um mês depois, Leo Carlyle foi encontrado com uma faca cravada no pescoço. Tinha sangrado até à morte na sua cela.

    Capítulo 1

    Mia Sloan consultou o seu relógio, com a ansiedade a crescer como se estivesse a verificar o relógio de uma bomba enquanto tentava desativar o dispositivo explosivo. A chamada de Andy tinha-a despertado cedo, querendo encontrar-se ao pequeno-almoço com a sua querida irmã. Na qualidade de único irmão, Mia conhecia o seu modus operandi quando ele precisava da sua ajuda. Mas hoje em dia, os encontros com Andy tinham de ser rápidos. Pelo facto de ser uma gestora de contas de uma grande agência de publicidade, as suas responsabilidades estavam a aumentar. Mia valorizava a sua carreira, mas não podia ignorar as necessidades do irmão.

    Enquanto caminhava em direção ao restaurante no Upper West Side da cidade de Nova Iorque, Mia temia e, ao mesmo tempo, ansiava por ver o irmão. Quando a mãe deles morrera, o pai voltara a entrar nas suas vidas Depois de não ter estado presente durante dezasseis anos – desde que a Mia nascera – Leo Carlyle tomou conta de todos os aspetos das suas vidas. Antes de ser morto na prisão, ele tinha preparado os seus filhos para se tornarem ladrões habilidosos. Andy localizava os alvos com a ajuda da rede do seu pai, enquanto Mia, três anos mais nova, se encarregava de os entreter. O seu toque sofisticado com homens ricos e insuspeitos nunca falhava Ela distraía o alvo enquanto Andy, um arrombador de cofres hábil, fazia o assalto. Ocasionalmente, ela estava presente no local do roubo para o ajudar.

    Mia chegou ao lugar preferido de Andy, foi diretamente para a cabina de trás do restaurante, e atirou os braços à volta do irmão, dando-lhe um grande abraço.

    – Olá, mana. Mandei vir para nós hamburgur com batats fritas.

    – Andy, sabes que eu não consigo comer tanto.

    – É isso que eu gosto de ouvir. Não me importo nada de terminar o que deixas no prato.

    Assim que a comida chegou, Andy começou a namoriscar a empregada de mesa bonita e baixinha.

    – Como está a Maxine? – Mia interrompeu o irmão para lhe perguntar sobre a sua nova conquista. Andy trocava de namorada mais depressa do que roubava dinheiro. As mulheres pareciam atraídas pelo seu corpo másculo, acentuado pelo cabelo negro ondulado, os olhos escuros e a tez bronzeada. Os traços escuros de Andy por vezes faziam Mia duvidar se eles teriam o mesmo pai, uma vez que ela tinha a pele branca, o cabelo castanho claro e os olhos azuis, o oposto do irmão, do pai e da mãe.

    – Está ótima.

    – As sobrancelhas de Mia ergueram-se. Aposto que sim. – Como está a oficina?

    Andy tinha comprado uma oficina de reparação de automóveis dois anos antes, após um grande trabalho. Restaurar e reparar carros de corrida, a sua paixão, permitia-lhe dar uma volta ocasional à pista. A velocidade e o perigo atraíam-no.

    – Não me posso queixar – respondeu Andy entre mordidas. – O negócio está a aumentar, pelo que contratei outro mecânico.

    Enquanto comiam em silêncio, o estômago de Mia agitava-se. Andy não tinha insistido em vê-la antes de ela ir trabalhar apenas para tomarem o pequeno-almoço juntos. Ela queria que ele deitasse cá para fora de uma vez a razão, mas esse não era o estilo dele. Andy gostava sempre de esperar até ao último minuto antes de deixar cair a bomba. – Tenho de ir. Tenho de me preparar para uma reunião que vou ter às dez horas.

    O Andy olhou para o prato dela. – Mas ainda não acabaste de comer.

    Mia levou o guardanapo aos lábios e depois poisou-o ao lado do prato. – Não conseguia comer nem mais uma garfada.

    Andy agarrou no prato dela e empurrou para o lado o seu, que já estava vazio. – Bem, eu cá consigo. – Ele pegou num garfo cheio de panquecas.

    – Até logo – disse-lhe Mia pondo-se de pé.

    Andy levantou a mão no ar fazendo sinal para que ela esperasse enquanto engolia o que tinha na boca. – Tenho um problemazinho para o qual preciso da tua ajuda.

    – Um problemazinho?

    – Está bem, talvez não seja assim tão pequenino, mas preciso de mais privacidade para te explicar. – Ele pegou no prato contendo a comida que Mia deixara. – Vamos para o escritório de Rick.

    O proprietário era um amigo de Andy, por isso ninguém o impediu de passar pela porta de «Reservado aos funcionários». Seguindo Andy até ao escritório do proprietário, Mia esperava que o trabalho não fosse tão grande ou complicado como o mais recente.

    Andy sentou-se na cadeira de Rick, poisou o prato sobre a secretária e começou a dar mais algumas dentadas na comida.

    Mia fechou a porta atrás dela e tomou um lugar do outro lado da secretária.

    – Mana, estou ligeiramente em apuros. Eu sei que prometi que seria o último trabalho, mas as coisas descontrolaram-se um pouco.

    – Um pouco? – Os olhos azuis de Mia não estavam a sorrir.

    – Bem... – Andy coçou a cabeça. – Bem... os diamantes... eram poucos.

    – Poucos? O rapaz que te contratou avaliou mal a quantidade?

    – Bem. – Os olhos de Andy evitaram os de Mia. – Ele sabia quantos deviam lá estar. Alguns nunca chegaram à mão dele.

    Mia semicerrou os olhos. – Alguns? O que fizeste com eles, Andy?

    – Queria pagar a hipoteca da minha loja. Pensei que podia ganhar uns trocos extra à parte e que ele nunca viria a saber.

    – Que hipoteca da tua loja? Tu pagaste-a em dinheiro!

    – Pensei que estava numa maré de sorte.

    – Jogo? Andy, juraste que isso fazia parte do passado quando te dei o resto do dinheiro para comprares a loja.

    – Os diamantes em falta precisam de ser substituídos, ou estou lixado.

    – Andy, fomos bem pagos por aquele assalto. A minha parte do dinheiro está escondida. Podemos pagar pelos diamantes em falta?

    – Cinco milhões?

    – Cinco milhões? Exatamente quantos diamantes não entregaste?

    – Não foram muitos. Ele está a subir o preço de substituição para me dar uma lição.

    – Se ao menos soubéssemos onde o pai guardou a sua parte. Ele nunca te deu nenhuma pista?

    – Não. Nunca o levei sequer a insinuar onde tinha escondido a sua fortuna. Se ele me tivesse apresentado a alguns dos seus compradores, podíamos ser pagos pelo produto em vez do trabalho. Podíamos obter mais dólares dessa forma e este problema não existiria.

    – Talvez pudéssemos voltar a roubar os diamantes que perdeste ao jogo. Quem é que os tem?

    – O último tipo com quem o pai me arranjou um trabalho. Ele quer que eu arranje mais.

    – Deixa-me ver se percebi bem. Queres que roubemos diamantes para a mesma pessoa que ganhou os diamantes anteriores num jogo de azar? Isso cheira-me a uma armadilha.

    – Eu sabia de antemão que o tipo queria diamantes. Ele até os examinou antes de jogarmos.

    – Continua a cheirar-me a armadilha. Provavelmente ele descobriu onde arranjaste os diamantes antes mesmo da primeira jogada. Parece ser um verdadeiro vigarista. Não que os outros tipos para quem trabalhámos não o sejam, mas eles contratam-te antes do trabalho. Não fingem vir ajudar-nos. Mais algum dos teus outros contactos precisa de um assalto?

    – Estou numa espécie de tempo limitado.

    – Quanto tempo tens?

    – Uma semana.

    Mia exalou. – Não há tempo suficiente para planear e muito menos executar uma operação delicada.

    – J.D., o tipo para quem fizemos o trabalho, já vendeu as pedras não lapidadas, tudo o que roubámos. O comprador vem à cidade para os ir buscar na quarta-feira, uma semana a partir de amanhã. J.D. queria o dinheiro ou os substitutos até domingo, mas eu convenci-o a dar-me mais uns dias.

    – Ele concordou com isso?

    – Não ficou muito feliz, mas os mortos não podem pagar, e ele preferiria ter os cinco milhões do que o meu couro.

    Mia olhou para Andy. Se ele não está muito preocupado, é porque deve conhecer bem o J.D. Mas cinco milhões podem acabar com uma amizade. Ela nunca conhecia nenhum dos homens que contratavam Andy. Tudo o que ela sabia acerca deles era que tinham ligações poderosas e usavam fatos Armani. – Já fizemos outros trabalhos para o J.D.?

    – Sim. Bastantes. Acho que é por isso que ele me dá um passe parcial. Ele sugeriu o alvo. O pai nunca quis que conhecesses os seus contactos, por isso não vou dizer mais nada. É para tua proteção.

    Os amigos do pai deles sabiam que Andy era seu filho e acreditavam que ele tinha contratado uma mulher para o ajudar em alguns dos assaltos, mas nenhum deles suspeitava que a mulher fosse filha de Leo Carlyle. O pai de Mia tinha-lhe dado uma nova identidade. Como a mãe deles adorava o nome Mia, ele não o alterou, apenas o apelido. A certidão de nascimento forjada de Mia Sloan mostrava que ela nascera quatro meses antes de Mia Carlyle, em Los Angeles e não em Nova Iorque.

    Mia olhou para o relógio. – Tenho de ir. Vou trabalhar apenas meio dia.

    – Vem ter comigo ao nosso sítio. – Um grande sorriso surgiu no rosto de Andy. – A propósito, o novo chefe vai pagar ao meu assistente uma nota preta. Vou investigar o alvo.

    Devolvendo-lhe um meio sorriso, Mia levantou-se e saiu pela porta. Quando entrou para o táxi, não experimentou a antiga sensação de emoção. A excitação de aceitar trabalhos tinha desaparecido depois do desaparecimento do pai. Em tempos tinha acreditado que os Carlyle eram invencíveis e não podiam ser apanhados. Cada movimento era cuidadosamente calculado com todas as contingências tomadas em consideração, à exceção do último trabalho com ele. Essa fora a primeira e única vez que haviam sido disparados tiros durante um dos seus assaltos. Até hoje, Mia ainda não sabia o que tinha corrido mal. A polícia apareceu em casa do pai dois dias depois desse trabalho, no mesmo dia em que ele tencionava entregar a mercadoria ao comprador.

    Às 9h35, Mia saiu do elevador no décimo segundo andar, ocupado pela agência de publicidade para a qual trabalhava, Feinstein & Dawson. Caminhou em direção ao seu gabinete e viu o seu patrão, Blaine Feinstein, de pé perto da porta do seu gabinete.

    – Estava a começar a pensar que não virias hoje. – O homem de cabelos brancos nos seus sessenta anos aguardou pela resposta dela.

    – A minha tia está outra vez doente. Passei por lá para ver como ela estava. Gostaria de levá-la ao médico esta tarde. Acha que posso sair mais cedo?

    – Podes ir assim que terminarmos a apresentação do cliente desta manhã. – Ele olhou-a de cima abaixo. – Pareces ótima, como sempre.

    Mia estava habituada aos olhares avaliadores de Feinstein sempre que um cliente importante ou potencial cliente era esperado na agência. Nunca se sentia ofendida com isso porque ele sempre a tratou com gentileza. Uma vez que ele e a sua mulher não tinham filhos, viam o pessoal como família. – Obrigada. Quer que eu faça alguma coisa para a apresentação?

    – Basta que feches o negócio! O potencial cliente solicitou especificamente que tu liderasses a equipa da agência que trataria da sua conta. Se Lewis se engasgar, dá-lhe uma ajuda.

    – Com certeza.

    O sobrinho de Feinstein, Lewis, atrapalhava-se frequentemente a meio de uma apresentação. Uma vez que Feinstein dava sempre essa tarefa ao sobrinho, Mia achava que

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