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Graham: Clube de Motoqueiros Discípulos do Diabo, #1
Graham: Clube de Motoqueiros Discípulos do Diabo, #1
Graham: Clube de Motoqueiros Discípulos do Diabo, #1
E-book327 páginas3 horas

Graham: Clube de Motoqueiros Discípulos do Diabo, #1

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Sobre este e-book

ANDY – O dia em que o banco onde trabalhava foi roubado por seis mascarados foi o pior dia da minha vida. No dia seguinte, perdi meu emprego por não seguir o protocolo durante o assalto. Eventualmente, encontrei outro emprego. Felizmente, era ao lado do homem mais sexy que eu já conheci. Seu nome era Baker. Ele era um motoqueiro, um durão, e ele era um deus do sexo.

BAKER – Seis meses depois de meu Clube de Motoqueiros ter roubado um banco, um rosto familiar passou pela porta ao lado - a gerente do banco que havíamos roubado. Ela não tinha ideia de quem eu era, mas eu nunca esquecia os rostos das minhas vítimas. Especialmente quando eles eram tão sexys como o ela.

Também da Série DISCÍPULOS DO DIABO (Logo em português)

Volume 2 - Cash

O musculoso do clube é pego de surpresa quando uma noite com a vizinha de outro membro se transforma em um vício que ele não pode resistir.

Volume 3 – Ghost

O homem- chave do clube, Ghost, se apaixona por uma famosa  influencer.

Volume 4 – Goose

Ally Northrop é uma piloto de corridas que anseia entrar no clube como motorista de fuga. Sua outra habilidade é arrombar cofres. Parece uma combinação perfeita...

Volume 5 – Reno

Quando um homem ameaça uma garçonete em um restaurante que Reno está comendo, ele não pode deixar de intervir. Há um problema: o homem trabalha para o chefe do maior cartel do México ...

Volume 6 – Tito

Eu estava me preparando para uma noite com um motoqueiro durão. Enquanto meu pai não descobrisse, tudo ficaria bem. As chances de Taddeo "Tito" Silva estar na mira dele eram ...

IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de nov. de 2019
ISBN9781071514115
Graham: Clube de Motoqueiros Discípulos do Diabo, #1

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    Pré-visualização do livro

    Graham - Scott Hildreth

    ÍNDICE

    Título

    Dedicatória

    Conteúdo

    NOTA DO AUTOR

    Direitos Autorais

    Prólogo

    1. Baker

    2. Andy

    3. Baker

    4. Andy

    5. Baker

    6. Andy

    7. Baker

    8. Andy

    9. Baker

    10. Andy

    11. Baker

    12. Andy

    13. Baker

    14. Andy

    15. Baker

    16. Andy

    17. Baker

    18. Andy

    19. Baker

    20. Andy

    21. Baker

    22. Andy

    23. Baker

    24. Andy

    25. Baker

    26. Andy

    27. Baker

    28. Andy

    29. Baker

    30. Andy

    31. Baker

    32. Andy

    33. Baker

    34. Andy

    35. Baker

    36. Andy

    37. Baker

    38. Andy

    39. Baker

    40. Andy

    41. Baker

    42. Andy

    Epílogo

    Outros livros de Scott Hildreth

    GRAHAM

    DISCÍPULOS DO DIABO - Volume 1

    Scott Hildreth

    traduzido por andrea luri abe

    Dedicatória

    Num mundo cheio de preciso disso para ontem e dá para fazer por menos?, a preocupação com a perfeição está quase esquecida. Poucos dedicam o tempo e o trabalho necessários para tentar alcança-la e menos ainda a alcançam.

    Obrigado a J.R. Nocera, da Supreme Auto Collision, não só por se esforçar para ser o melhor, mas por alcançar esse objetivo com um vigor empregado por poucos.

    NOTA DO AUTOR

    Este livro contém cenas de crimes, alguns são típicos de gangues e clubes de motoqueiros, outros não. O nome fictício do clube, Discípulos do Diabo, não tem nenhuma relação com o clube real, Devils Diciples. Outra ortografia, outro clube. Os atos e ações descritos no presente livro são ficção, assim como os personagens.

    Todos os parceiros sexuais neste livro são maiores de 18 anos. Você deve ter mais de 18 anos para continuar lendo e desfrutar deste livro.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos são produtos da imaginação do autor ou são usados ficticiamente. Qualquer semelhança com eventos, lugares ou pessoas reais, vivas ou falecidas, é mera coincidência.

    BAKER 1ª. Edição em português Copyright © 2019 Scott Hildreth

    Todos os direitos são reservados. Conforme o Ato de Direitos Autorais dos Estados Unidos de 1976. O escaneio, upload, ou compartilhamento eletrônico de qualquer parte deste livro sem a autorização do autor ou da editora constituem pirataria ilegal e roubo da propriedade intelectual do autor. Se desejar usar material do livro (com outra finalidade além de resenha), uma permissão prévia por escrito deve ser obtida contatando o autor ao designconceptswichita@gmail.com. Obrigado por apoiar os direitos autorais.

    Modelo da Capa: Justin Forsyth

    Fotografia: Justin Forsyth

    Design da Capa: Jessica www.JessicaHildrethDesigns.com

    Siga-me no Facebook: www.facebook.com/sd.hildreth

    Curta no Facebook: www.facebook.com/ScottDHildreth

    Siga-me no Twitter : @ScottDHildreth

    PrÓlogo

    S

    entei no banco do bar com as pernas balançando. Com medo de fazer qualquer coisa além de ficar sentada sem me mover, observei-o andando de um lado ao outro na minha frente. Segurava a pistola com tanta força que a mão estava branca.  

    − Acha que porque sou quem sou você está salva? – Soltou uma gargalhada sinistra. – Acha que existe alguma ética? Um voto que fiz que me impede de te machucar? É isso que você acha?

    Tinha passado pela minha cabeça, mas eu não tinha a mínima ideia de como responder. A mandíbula tensa e o olhar ardente me avisavam que tentar discutir com ele não era uma opção. 

    Eu queria que Baker chegasse, que visse o que estava acontecendo. O mundo ia desabar, apesar do status de cafajeste dele. Eu tinha certeza. Meus olhos se desviaram para o velho relógio de pêndulo no cômodo contíguo.

    Merda.

    Baker só chegaria em duas horas. Senti uma dor na boca do estômago. Eram duas horas que eu duvidava que o maníaco com a pistola estava disposto a me dar.

    Revisitei cada programa de polícia que tinha visto compulsivamente no Netflix. Eu não queria admitir, mas era uma refém. Precisava controlar a situação. Mostrar-lhe que me machucar não era seria bom para ele. Desenvolveríamos uma falsa relação refém-sequestrador, aí as negociações poderiam começar.

    Primeiro eu tinha que engolir o medo. Poderia ganhar algumas horas −enrolando com a minha conversa −, mas tinha vencer a secura na boca e o nó na garganta que me faziam engasgar quanto tentava falar.

    −Não precisa... não precisa me machucar − gaguejei. − Vou obedecer.

    O gosto amargo do inevitável subiu pela minha garganta. Passei a língua pelo céu da boca e engoli seco.

    − Garanto que não... não vai precisar...

    − Não vou precisar o que? − Cuspiu e colocou o cano da pistola na minha cara. − Faço qualquer coisa para me proteger e proteger os meus irmãos.

    − Eu não... faço ideia... não... não sei do que você está falando − murmurei.

    − Você vai abrir a boca! − disse arreganhando os dentes. – Acredite: você vai falar ou vai se arrepender!

    − O quê? Diz o quê! O que você quer saber? − as palavras travavam na minha garganta, comecei a chorar baixinho. − Vou tentar.

    Ele me encarou. A cada movimento do pêndulo do relógio, as pequenas fendas que eram seus olhos ficavam mais estreitas.

    − Conte o que sabe sobre a operação, cada palavra que tenha escutado, o que sabe e o que pensa que sabe. Conte-me tudo!

    Eu não fazia a menor ideia do que estava falando.

    − Não sei nada − sussurrei. − Eu juro. Ele não me conta nada.

    Chegou tão perto que eu podia sentir o uísque no seu hálito. Levantou a pistola e apontou para a minha cabeça:

    − O que estava fazendo xeretando por aqui?

    Fechei os olhos. Ele claramente não tinha ideia do quão íntimos Baker e eu nos tínhamos tornado. Eu não estava xeretando, tinha me tornado parte da vida de Baker. Nossa relação foi de sexo casual a exclusividade e agora... amor iminente

    Quebrava minha cabeça procurando o que dizer. Revelar muita informação sobre a nossa relação poderia pôr Baker em perigo. Contar muito pouco não seria o suficiente para justificar minha presença na casa dele. Eu não tinha saída.

    Proteger Baker era minha prioridade agora. Decidi mentir. Eu tinha que improvisar. Era o único jeito de proteger Baker do desconhecido.

    − Responde! – ele esbravejou. – Ou vou espalhar seus miolos por toda a cozinha.

    Abri os olhos.

    − Venho fazer faxina todo domingo. Estava pronta para ir embora quando você chegou.

    − Faxineira? – sua mão começou a tremer. – No domingo?

    − É. – Engoli seco. – Às vezes também cozinho.

    − Conversa fiada! Você vem aqui todo dia. Você entra de mansinho à noite, já te vi. – Inclinou a cabeça para a sala. – Numa noite deu bandeira. Você está transando com ele. – Deslizou o dedo em direção ao gatilho. – Maldita mentirosa!

    − Eu... hmm...

    A porta se abriu atrás de mim. Minha cabeça girou em direção ao som.

    Baker!

    Ao ver-nos, ele parou de repente. Olhou ao redor do cômodo e depois nos encarou.

    − Que merda está acontecendo aqui? – perguntou autoritário.

    Mantive meus olhos fixos nele. Eu me perguntava como ele iria me salvar. Com certeza, ele me daria um sinal, alguma coisa.

    Senti o cano da arma contra a parte de trás da minha cabeça.

    − Eu vou matar essa puta. Eu juro, porra! Não dê outro passo, Baker.

    − Ela? − Baker levantou as mãos ao lado da cabeça. −Eu não dou a mínima. Mata ela! Ela não significa nada para mim.

    Ela não significa nada para mim?

    Cada uma dessas seis palavras foi uma punhalada no meu coração. Como ele poderia dizer uma coisa dessas?

    Meu agressor passou o braço em volta do meu pescoço e me puxou do banco com tanta força que eu bati contra seu peito. Lutando para respirar e agora encarando Baker, procurei respostas em sua cara. Seus olhos estavam fixos no homem muito mais alto que eu, mas não ofereceu nada para aliviar a dor do que ele disse.

    O maníaco de olhos arregalados deu um passo para trás, arrastando-me com ele.

    − Não estou de brincadeira, Baker. Vou colocar uma bala na cabeça desta puta.

    Lentamente, Baker baixou as mãos.

    A pistola pressionava com força contra a base do meu crânio.

    − Fica com as mãos onde eu possa vê-las, Baker.

    Ela não significa nada para mim. As palavras ecoavam na minha cabeça. Então, caiu a ficha. Esse era o sinal. Ele tinha um plano, eu só não sabia qual seria o próximo passo dele. Fosse o que fosse, teria que ser preciso. Um movimento em falso, e eu não seria nada mais que uma lembrança.

    Fechei os olhos.

    Por favor. Guie-me. Ajude-me a entender o que é que eu preciso...

    O estrondo da arma me fez engolir o que seguramente seria meu último suspiro.

    Sangue quente rolou pelo meu rosto em cascata e seguiu para o meu peito.

    Então, tudo ficou escuro.

    1

    Baker

    S

    eis meses atrás. 

    Cash andava pela sala com os olhos fixos no chão.

    Eu acariciava a minha barba enquanto esperava que ele respondesse. Depois de gastar as solas de suas botas e encher o chão recém-encerado de arranhões, ele parou e olhou para cima.

    − Não matamos mulheres, crianças ou idosos − disse ele em voz baixa.

    Suas ações eram inaceitáveis. Como presidente do CM∗ dos Discípulos do Diabo, eu tinha muitas responsabilidades. Manter meus homens fora da prisão era um delas. Ser sua babá não. Eu exigia que todos seguissem as regras descritas nos estatutos do clube. Se eles não conseguissem − ou não quisessem − não havia lugar para eles no CM.

    Dava para contar as regras com uma mão. Segui-las era fundamental para o sucesso do clube.

    Eu o estudei cuidadosamente. Um homem intimidador para os de fora. Era magro e musculoso com uma cabeleira desgrenhada que obscurecia seus olhos quando ele não o afastava do rosto. Mandíbula escassamente coberta de penugem e pele bronzeada estava cheia de tatuagens. Seu olhar era autoritário, difícil de desviar.

    − Você entende a importância dessa regra, não entende? − perguntei.

    − Acho que sim − disse ele em um tom monótono.

    Eu afastei a cadeira da minha mesa e me levantei.

    − Você acha que sim?

    − Acho.

    − Você acha?− Fui a sua direção. − Você sabe como eu odeio achismos.

    − Que porra é essa, Baker? Foi um acidente.

    − Você quer que eu acredite que você atirou por acidente? − estreitei meu olhar. − Você deixou uma bala encravada no armário ao lado do ombro da gerente do banco.

    − Eu não me importo se você acredita ou não − ele retrucou. Foi o que aconteceu. Foi um acidente.

    − Se você é do tipo que descarrega sua arma por acidente, talvez este clube não seja o melhor lugar para você. Eu não posso colocar o resto dos homens em risco, Cash.

    Ele me olhou como se estivesse me medindo.

    − O que você está dizendo?

    − Isso mesmo que você escutou. Eu não posso colocar os homens em risco. Você conhece as regras. Só mire onde você pretende atirar, e só atire em quem você pretende matar. Nada de mulher, criança ou idoso a menos que seja legítima defesa. É um conjunto bastante simples de regras. Você tem sorte de não tê-la matado. Se você tivesse, todos nós estaríamos enfrentando acusações de homicídio.

    − Foi um maldito acidente − ele insistiu. − Não vai acontecer de novo.

    ∗ Clube de Motoqueiros

    Nosso clube era um grupo muito unido de homens que eram amigos muito antes de escolhermos provar nossa lealdade um ao outro vestindo jaquetas de couro e fazendo tatuagens iguais. Minha amizade com Cash começou no jardim de infância. Ele cometeu o erro de me desafiar no playground. Apanhou na bunda, mas só tanto quanto uma criança do jardim de infância podia aguentar.

    Nós ficamos amigos desde então. A amizade não lhe dava permissão para colocar o clube em perigo. Tínhamos um conjunto estrito de regras que seguíamos, uma das quais era treinar mensalmente como um grupo no campo de tiro. Isso garantia que nos mantivéssemos rápidos − ou mais rápidos – para reagir caso enfrentássemos uma ameaça.

    Outra regra era indexar nossas armas quando estávamos no trabalho. Indexar − ou carregar a arma com o dedo indicador fora do guarda gatilho − era um passo crucial na prevenção de acidentes relacionados com armas.

    Eu apontei para a mão direita dele.

    − Se você estivesse indexando sua arma, não estaríamos tendo essa conversa.

    − Acidente, filho da puta. Foi um maldito a-ci-den-te. Fim da conversa − Ele cruzou os braços sobre o peito. − De qualquer forma, ela era uma cadela linguaruda.

    − Estava fazendo o trabalho dela.

    − Era uma linguaruda.

    − Ela estava protegendo os interesses do banco.

    − Ela que se foda − ele resmungou. – Estava tudo no seguro.

    − Parece que ela te irritou mesmo.

    − Eu estava de saco cheio de ouvi-la.

    − Não foi um acidente, foi?

    − Se eu quisesse atirar nela, eu teria acertado bem naquela boca de merda.

    − Não foi um acidente, foi? − perguntei ironicamente.

    Ele soltou uma risada seca e depois parou:

    − Sim, foi.

    Virei para a janela. Três andares abaixo, a rua estava cheia de carros estacionados, a maioria desaparecia às cinco quando o horário comercial terminava. Eu examinava o quarteirão enquanto Burn One Down de Ben Harper tocava. Quando a música acabou, me virei para encará-lo.

    Ele não tentou muito me convencer de que foi um acidente. A gerente do banco em questão tinha dirigido algumas ameaças muito diretas para Cash, e suspeito que seu temperamento o atrapalhou.

    − Esse acidente terá consequência na sua parte − eu disse em um tom seco. − Erro. Mau julgamento. Birra. Como quer que queira chamar.

    Ele tirou o cabelo dos olhos e me lançou um olhar.

    − Você está de brincadeira comigo?

    − De jeito nenhum.

    − Quanto você vai me descontar?

    − O suficiente para que não termos essa conversa novamente. Independente de quanto alguém te irrite.

    − Pro diabo essa cadela − ele disse entre os dentes. − Ela estava tentando me dar o dinheiro marcado. E falava muita merda. Nós votamos, Baker.

    Eu olhei para ele de lado.

    − Se fosse o contrário, o que você teria feito?

    − Se eu fosse ela?

    -se você fosse ela. O que você teria feito?

    Seus olhos ficaram fixos no chão por um momento.

    − Eu teria dado o dinheiro marcado. − Ele inclinou a cabeça para o lado e levantou ambas as sobrancelhas. − Mas eu teria disfarçado melhor.

    Caí na gargalhada. Seus olhos se estreitaram.

    − O quê?

    − Você seguiria as regras do banco, mas não as segue com o clube?

    −Ela era uma cadela irritante.

    − Não foi um acidente, foi?

    − Sim. − Ele deu um sorrisinho malicioso. – Foi, sim.

    Não foi um acidente, e eu sabia.

    − Seja como for, vai lhe custar cerca de cinquenta e três mil dólares. Depois de pagar o clube, isso representa setenta e cinco por cento de sua parte.

    − Caralho, Baker − ele fervia de raiva.

    − Não é negociável. Vou anunciar ao clube quarta-feira à tarde.

    − Beleza. Mas espero nunca ver essa cadela na rua.

    O trabalho tinha sido em Índio. As chances de ele voltar a vê-la eram nulas na melhor das hipóteses.

    − Ela está a trezentos quilômetros daqui, não temos que nos preocupar com isso, temos?

    − Sorte dela. − Bateu a ponta do dedo indicador na testa. − Porque o próximo vai ser entre os olhos.

    2

    Andy

    A

    tualmente.

    − Receio que tenha havido um engano. − Ele balançou a cabeça tão levemente que parecia não intencional. − Sinto dizer isso, mas eu acho que você foi chamada por engano.

    Meu coração apertou.

    − Engano?

    − Você não tem experiência em gestão de propriedades, tem?

    − Sim, senhor. Quer dizer, não, senhor − gaguejei. −Não tenho experiência, mas acho que sou mais do que qualificada. Na verdade, estou convencida de que posso me desempenhar neste cargo melhor do que qualquer outra pessoa que o senhor entrevistar. Tenho certeza.

    Era a entrevista de emprego mais importante da minha vida. Um trabalho para o qual eu não tinha experiência. A carta de demissão que eu tinha sido recentemente forçada a assinar era toda a motivação que eu precisava para convencer o velho do outro lado da mesa a me contratar.

    Ele esticou o braço para ler o meu currículo. Sua testa se enrugou.

    − Não sei por que ela imprime essas coisas assim. Eu preciso de uma lupa para ler.

    Pegou uns óculos de armação de arame e encaixou as hastes curvadas atrás de cada orelha. Durante quase uma eternidade, estudou minha esparsa história profissional através das lentes grossas. Quando terminou, colocou o currículo de lado sobre sua mesa e pôs os óculos em cima dele.

    − Você é Andy Winslow, certo?

    −Sim, senhor.

    − Eu vou ser honesto, Andy: quando pedi a Nadine para te chamar para uma entrevista, pensei que você fosse um homem.

    −Eu sou cem por cento mulher. Cada grama dos meus 60 quilos − eu disse brincando.

    Ele pareceu não achar graça.

    − Ser mulher me impede de ser considerada?

    − Suponho que não. É que não consigo ver como um diploma em administração de empresas e alguns anos de experiência como bartender enquanto você estava na faculdade podem prepara-la para administrar duas propriedades cheias de inquilinos exigentes. − Ele apontou com desdém para o meu currículo. − Essa é toda a sua experiência profissional?

    Na melhor das hipóteses, minhas qualificações eram desinteressantes. Com medo de manchar o meu currículo, eu preferi não listar o emprego do qual eu tinha sido demitida recentemente. Fora esta, todas as experiências da minha vida − em relação ao trabalho – estavam listadas.

    − Sim, senhor. Mas esse pedaço de papel não reflete minhas habilidades. − Levantei e tirei um elástico de cabelo da minha bolsa. – Dê-me sua melhor representação de um inquilino exigente.

    − Como? − Seus olhos se estreitaram.

    − O senhor é um inquilino irritado. Eu sou a gerente da propriedade. Vamos!

    − Eu não acho que isso... − Ele olhou para mim como se eu fosse louca.

    − É sério. – Prendi o cabelo. – O senhor não acha que eu estou qualificada, eu acho que sim. Faça um teste!

    Ele cruzou os braços, me olhou e disse:

    − Meu ar condicionado pifou, e você tem que arranjar alguém para

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