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Topologia dos Principais Transportadores de Açúcares: uma abordagem sobre a estrutura e função dos GLUT's
Topologia dos Principais Transportadores de Açúcares: uma abordagem sobre a estrutura e função dos GLUT's
Topologia dos Principais Transportadores de Açúcares: uma abordagem sobre a estrutura e função dos GLUT's
E-book85 páginas56 minutos

Topologia dos Principais Transportadores de Açúcares: uma abordagem sobre a estrutura e função dos GLUT's

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Sobre este e-book

A glicose é uma fonte de energia primária para a maioria das células e um substrato importante para muitas reações bioquímicas. Em função dessa importância, todas as células expressam proteínas transportadoras de glicose. Nos últimos anos, os desenvolvimentos no campo da genética lançaram uma nova luz sobre os tipos de fisiologia de vários transportadores de glicose, dos quais existem dois tipos principais: transportadores de glicose sódio dependentes (SGLTs) e transportadores de glicose por difusão facilitada (GLUTs), que podem ser divididos em muitas mais subclasses. Os transportadores diferem em termos de especificidade de substrato, distribuição e mecanismos regulatórios. Os transportadores de glicose sódio dependente-1 (SGLT1) foi o primeiro SGLT a ser descoberto e extensivamente estudado. É constituído por 14 hélices transmembrânicas, das quais as porções carboxi e aminoterminais estão voltados para o espaço extracelular. Todos os membros da família SGLT são proteínas de 60 a 80 kDa contendo 580 a 718 resíduos de aminoácidos. Os transportadores de glicose (GLUTs) e suas isoformas regulam a distribuição de glicose pelos diversos tecidos biológicos. Os GLUT´s compões uma família de proteínas com 12 domínios transmembrânicos apolares com peso molecular que varia entre 50-60 kDa. Suas porções amino e carboxiterminais orientam-se para o citosol e seu grande domínio extracelular é glicosilado. Os GLUTs permitem a difusão facilitada da glicose, a favor de seu gradiente de concentração, através da membrana plasmática. Além de sua função no metabolismo energético, a glicose é a molécula central na fisiopatologia do diabetes melito (DM). Concomitante com os avanços na terapêutica do DM, está a busca contínua por abordagens inovadoras para o controle da glicemia. A função dos transportadores de glicose se tornará cada vez mais proeminente à medida que novos medicamentos antidiabéticos forem aprovados e se tornarem disponíveis no ambiente clínico. Drogas direcionadas contra transportadores de glicose também são potenciais agentes na terapia anti câncer.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento24 de ago. de 2021
ISBN9786525201948
Topologia dos Principais Transportadores de Açúcares: uma abordagem sobre a estrutura e função dos GLUT's

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    Pré-visualização do livro

    Topologia dos Principais Transportadores de Açúcares - Wagner de Jesus Pinto

    capaExpedienteRostoCréditos

    "Feliz o homem que adquire conhecimento,

    e que consegue compreender as coisas"

    Provérbio 3:13

    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos a Deus pela vida, e pela oportunidade que Ele nos dá de podermos compreender uma fração da sua criação.

    SUMÁRIO

    Capa

    Folha de Rosto

    Créditos

    1. INTRODUÇÃO

    2 SGLT1 (SODIUM GLUCOSE COTRANSPORTER)

    3. SGLT-2 COMO ALVO DA INIBIÇÃO FARMACOLÓGICA DA ABSORÇÃO DE GLICOSE

    4. OS GLICOTRANSPORTADORES GLUT´S

    5. CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DOS GLUTS DAS CLASSES I, II E III

    6. O MECANISMO DE TRANSPORTE DE SUBSTRATOS DE GLICOSE POR PARTE DOS GLUTS

    7. O GLUT-1

    8. O GLUT-2

    8.1 SÍNDROME FANCONI–BICKEL

    9. O GLUT- 3

    9.1 DEFICIÊNCIA DE GLUT-3

    10. O GLUT-4

    11. GLUT-4 E EXERCÍCIOS FÍSICOS

    11.1 REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO DE GLUT-4 POR PARTE DO MÚSCULO ESQUELÉTICO

    11.2 DEFICIÊNCIA DO TRANSPORTADOR DE GLICOSE TIPO 4

    11.3 GLUT-4 E RESISTÊNCIA À INSULINA

    12. O GLUT- 5

    13. GLUT´S CUJO PAPEL FISIOLÓGICO PERMANECE OBSCURO

    14. DEFICIÊNCIA DE GLUT-8

    15. DEFICIÊNCIA DE GLUT-10

    16. O TRANSPORTE DE GLICOSE EM TECIDOS TUMORAIS

    17. INIBIDORES NATURAIS DE GLUTS

    18. INIBIDORES NÃO NATURAIS DE GLUTS

    CONCLUSÕES

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    Landmarks

    Capa

    Folha de Rosto

    Página de Créditos

    Sumário

    Bibliografia

    1. INTRODUÇÃO

    A glicose é, sem dúvida, uma das moléculas biológicas mais abundantes na terra, existindo principalmente em várias formas, como monossacarídeos, dissacarídeos (Sacarose) ou polimerizadas, como amido e celulose (Thorens & Mueckler, 2010). A glicose é o principal produto da fixação de carbono decorrente do processo fotossintético e os organismos dos três reinos evoluíram para utilizar a glicose como um importante substrato em seus processos metabólicos. Atualmente conhece-se duas famílias distintas de transportadores de glicose em células de mamíferos, a primeira são os transportadores de sódio/glicose (SGLT’s), os quais são transportadores ativos secundários, ou seja utilizam a energia decorrente do gradiente de sódio para translocar glicose ou galactose através da membrana plasmática (Long & Cheeseman, 2015). Em contraste com os SGLT’s os GLUT´s são transportadores passivos que utilizam tanto a energia química quanto o gradiente eletroquímico para transportar hexoses e outros substratos (Saier & Goffeau, 1999). Atualmente existem 14 GLUT´s conhecidos (Tabela 1) e são codificados pela família de genes pertencentes à subfamília A, SLC2A (Long & Cheeseman, 2015). Eles são subdivididos em três classes de acordo com suas seqüências de resíduos de aminoácidos e suas similaridades estruturais: Classe I - GLUT1, GLUT2, GLUT3, GLUT4, e GLUT14; Classe II - GLUT5, GLUT7, GLUT9, e GLUT11; Classe III - GLUT6, GLUT8, GLUT10, GLUT12, e GLUT13 (Tabela 1). Os GLUT’s da classe 1 apresentam um único sítio N-glicado na alça número 1 a qual conecta a hélice transmembrânica (TM) 1 à 2 (Long & Cheeseman, 2015). Um resíduo de glutamina em TM5 está presente em todos os GLUT´s da classe I e tem sido fortemente relacionado ao reconhecimento da molécula de glicose (Mueckler et al, 1994). Os GLUT´s da classe II apresentam um único resíduo apolar de isoleucina em TM7 associado com a seletividade frutose/glicose (Manolescu et al., 2007). Uma importante diferença estrutural entre os GLUT´s da I e II é que os da classe II não apresentam o motivo ASL. Esses resíduos de aminoácidos estão presentes em TM7 dos GLUT´s 1, 2, 3 e 4 pertencentes à classe I os quais carreiam glicose mas não frutose, desse modo tem-se sugerido que esse motivo esteja relacionado à seletividade para a molécula de glicose (Manolescu et al., 2007). Já os GLUT´s da classe III tem topologia similar aos da classe I e II e muitos motivos tais como PESPR em TM6 (GLUT6 e GLUT8), GRR na alça 8 e 9, PETKGR em TM12, arginina e glutamato na alça 4 e 10 (Rogers et al., 2003). Além disso, os GLUT´s da classe III não apresentam um resíduo N-glicado entre TN1 e TM2 (Rogers et al., 2003).

    2 SGLT1 (SODIUM GLUCOSE COTRANSPORTER)

    A glicose é a principal fonte energética para humanos e através de sua metabolização a energia necessária aos processos biológicos é obtida (Bell et al., 1990). Os carboidratos são extensivamente absorvidos no duodeno e jejuno proximal e em muito menor proporção no íleo distal e jejuno. Em função de sua natureza polar a glicose e a galactose não são capazes de se difundir livremente através da membrana plasmática sendo, portanto, necessário um sistema transportador. Os transportadores de glicose são divididos em duas famílias: os transportadores de glicose por meio de difusão facilitada

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