Rejuvenescer Com O Plasma Sanguíneo Dos Jovens

De Carlos Herrero Carcedo

Desde os tempos antigos, o sangue tem sido considerado um método de rejuvenescimento. Estudos recentes identificaram no sangue de animais e pessoas jovens a presença de certos fatores solúveis responsáveis pelos efeitos rejuvenescedores.
A transfusão de plasma consiste na transferência, somente, da fração líquida do sangue uma vez que todas as células tenham sido eliminadas. Esta técnica permite a administração dos fatores circulantes no sangue de um corpo jovem num velho com o objetivo de alcançar uma maior capacidade regenerativa dos tecidos envelhecidos.

• Idioma: Português
• Editora: Carlos Herrero Carcedo
• Data de lançamento: 27 de mai. de 2020

Carlos Herrero Carcedo

Autor de dos Libros con tapa: Manual Básico de Farmacología y 200 Ideas para Mejorar la Rentabilidad de tu Farmacia, una publicación en la revista Alimentación, Equipos y Tecnología: La histamina en las distintas etapas de fabricación de conservas de atún y seis Ebooks: Disruptores Endocrinos, La Salud no es un Negocio, Obesidad Infantil. Rista. Respuesta Insuficientemente Adecuada, Vivir sin Cáncer, Ser Mayor sin Edad y Predisposición a Ser Homosexual.Posee tres licenciaturas (Farmacia, Ciencias Químicas, Ciencia y Tecnología de los Alimentos) y experiencia en los departamentos de Calidad, Producción y Ventas.

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1. REGENERAÇÃO TECIDUAL

Desde os tempos antigos, o sangue tem sido considerado um método de rejuvenescimento. Estudos recentes identificaram no sangue de animais e pessoas jovens a presença de certos fatores solúveis responsáveis pelos efeitos rejuvenescedores.

O envelhecimento representa o último estágio de um processo programado do desenvolvimento controlado geneticamente e epigeneticamente através de fatores sistêmicos capazes de ativar vias de sinalização molecular. Essa programação celular conduz inevitavelmente à senescência e à morte celular, mas é muito flexível e impressionável pelo meio ambiente graças às modificações epigenéticas, isto é, através das variações que afetam a expressão gênica, mas que não implicam modificações na seqüência do DNA.

A coordenação global que um ser vivo apresenta em relação ao fenótipo da idade celular que lhe corresponde nas sucessivas fases do desenvolvimento existentes no ciclo de sua vida é regulada por um intricado sistema de comunicação habilitado entre as diferentes partes do corpo e ocorre por mediação da corrente sanguínea. O sangue é o sistema transportador dos fatores que sincronizam todas as células do organismo para que ellas envelheçam ao mesmo tempo.

Durante o envelhecimento, as células diferenciadas acumulam danos que podem levar à deterioração funcional, embora não percam a informação que permite a sua reparação. Da mesma forma, a capacidade de regeneração tecidual das células-tronco, diminuída pelos sinais bioquímicos que circulam durante a velhice, também persiste ao longo de seu ciclo de vida. Dessa forma, a incorporação de fatores exógenos pertencentes a ambientes sistêmicos jovens pode restabelecer o fenótipo da idade jovem de alguns tipos celulares e órgãos envelhecidos de animais e pessoas.

A transfusão de plasma (plasmaférese) consiste na transferência, somente, da fração líquida do sangue uma vez que todas as células tenham sido eliminadas. Esta técnica permite a administração dos fatores circulantes no sangue de um corpo jovem num velho com o objetivo de alcançar uma maior capacidade regenerativa dos tecidos envelhecidos.

Na Califórnia, os primeiros ensaios clínicos baseados na incorporação de plasma de pessoas jovens em pacientes com Alzheimer estão sendo realizados a fim de verificar se o impacto positivo encontrado nos estudos pré-clínicos sobre a neurogênese e a plasticidade sináptica nos cérebros envelhecidos de camundongos velhos depois da exposição ao plasma jovem de roedores jovens também aparece em humanos.

No entanto, o envelhecimento é um processo no qual muitos mecanismos participam e a solução rejuvenescedora não consiste na transfusão de pequenos volumes de plasma jovem ou na síntese e introdução de certos fatores protéicos com capacidade regenerativa tecidual. Novos estudos terão que decifrar uma série de problemas que ainda permanecem sem solução:

a. Os tratamentos crônicos com plasma jovem ou com certos fatores sintéticos do sangue poderiam chegar a provocar que a superativação das células-tronco durante um período prolongado induza uma maior incidência de câncer em certos tecidos.

b. A exposição ao plasma jovem não funciona eficazmente na regeneração do tecido velho se não se não for feita em conjunto com a neutralização ou eliminação dos componentes inibitórios da regeneração tecidual presentes no ambiente sistêmico da pessoa idosa.

c. Os níveis dos fatores solúveis no plasma necessários para a atividade pró-regenerativa das células-tronco dos tecidos antigos não estão claramente definidos.

d. Os níveis elevados de certos fatores protéicos achados na correta homeostase celular dos órgãos jovens podem, no entanto, exercer uma atividade inibitória nos mesmos sistemas teciduais envelhecidos.

e. Em certos tecidos, o processo regenerativo geralmente consiste de duas fases, onde inicialmente é necessário o concurso de níveis baixos de certos fatores para que as células-tronco ingressem no ciclo celular e se diferenciem em células progenitoras intermediárias e posteriormente se requer uma regulação positiva dos mesmos fatores protéicos para a diferenciação produtiva desses progenitores intermediários.

f. Os períodos de duração do efeito rejuvenescedor do plasma jovem nos diferentes órgãos envelhecidos de animais e pessoas idosas