Complicações inflamatórias sistêmicas associadas ao pé diabético: cuidados holísticos do pé diabético na atenção primária de saúde
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Complicações inflamatórias sistêmicas associadas ao pé diabético - Antonio Vivaldo Pantoja
LISTA DE ABREVIAÇÕES
SUMÁRIO
Capa
Folha de Rosto
Créditos
1. INTRODUÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
3.1. GERAL
3.2. ESPECÍFICOS
4. REFERENCIAL TEÓRICO
4.1. DIABETES MELLITUS
4.2. DIAGNÓSTICO DA DIABETES MELLITUS
4.3. COMPLICAÇÕES DA DIABETES MELLITUS
4.4. PÉ DIABÉTICO
4.5. CLASSIFICAÇÃO DA ÚLCERAS DO PÉ DIABÉTICO
4.6. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO PÉ DIABÉTICO
5. METODOLOGIA
5.1. TIPO DE ESTUDO
5.2. LOCAL E POPULAÇÃO DE REFERÊNCIA
5.3. PROCESSO E CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE AMOSTRA
5.4. COLETA DE DADOS
5.5. ANÁLISE DE DADOS
5.6. ASPECTOS ÉTICOS
5.7. PRODUTO DA PESQUISA
5.7.1. OBJETIVOS DO PRODUTO DA PESQUISA
5.7.2. RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS RESULTADO DO PRODUTO DA PESQUISA INTERESSADO AOS GESTORES DE SAÚDE E PREFEITOS DA REGIÃO DO XINGU-PA
5.7.2.1. RECOMENDAÇÕES AOS GESTORES DO NÍVEL PRIMÁRIO EM SAÚDE
5.7.2.2. RECOMENDAÇÕES AOS GESTORES DO NÍVEL SECUNDÁRIO EM SAÚDE
5.7.2.3. RECOMENDAÇÕES AOS GESTORES EXECUTIVOS MUNICIPAIS DA REGIÃO DO XINGU-PA
6. RESULTADOS
6.1. DESCRIÇÃO DOS CASOS
6.1.1. PACIENTE A
6.1.2. PACIENTE B
6.1.3. PACIENTE C
6.1.4. PACIENTE D
6.1.5. PACIENTE E
6.1.6. PACIENTE F
6.1.7. PACIENTE G
6.1.8. PACIENTE H
6.1.9. PACIENTE I
6.1.10. PACIENTE J
6.1.11. PACIENTE K
6.1.12. PACIENTE L
6.1.13. PACIENTE M
6.1.14. PACIENTE N
6.1.15. PACIENTE O
6.2. PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO, CLÍNICO, FISIOPATOLOGIA, ÁREA DA ÚLCERA E TESTE DE SENSIBILIDADE DO PÉ DIABÉTICO
6.3. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS, METABÓLICAS, INFLAMATÓRIAS E TEMPO DE EVOLUÇÃO DA ÚLCERA DO PÉ DIABÉTICO
6.4. PARECER TÉCNICO: RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS DE MANEJO CLÍNICO-ASSISTENCIAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA PARA O ATENDIMENTO DO PACIENTE COM PÉ DIABÉTICO NA REGIÃO DO XINGU-PA
7. DISCUSSÃO
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APÊNDICE A – PARECER TÉCNICO
APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Landmarks
Capa
Folha de Rosto
Página de Créditos
Sumário
Bibliografia
1. INTRODUÇÃO
A diabetes mellitus (DM) é uma doença metabólica caracter izada por hiperglicemia e alterações do metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas, sendo decorrente de defeito na ação e/ou secreção da insulina. Esta doença apresenta altas taxas de morbimortalidade relacionada às complicações agudas, bem como risco para doenças cardíacas e cerebrovasculares, sendo, portanto, prioridade em saúde pública (LUCOVEIS et al., 2018).
Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2017) e Lucoveis et al (2018) cerca de 415 milhões de pessoas têm DM com prevalência mundial de 8,8%. Segundo os autores, existe uma previsão de que aproximadamente 642 milhões de pessoas desenvolverão a doença em 2040.
A DM, quando não tratada corretamente ou quando diagnosticada tardiamente, poderá ocasionar uma hiperglicemia crônica, levando a uma degeneração progressiva das fibras nervosas e afetando a integridade dos nervos sensitivos, motores e/ou autonômicos, causando redução na atividade neurológica, ou ainda a destruição desses nervos (LUCOVEIS et al., 2018; SBD, 2019).
Estudos revelam que a DM pode gerar diversas complicações ao paciente acometido por ela, dentre as quais podemos destacar distúrbios microvasculares e macrovasculares, que resultam: em retinopatia, neuropatia, doença coronariana, cerebrovascular, arterial periférica e polineuropatia diabética (PND). Essa última, uma vez instalada, é responsável por alterações na sensibilidade protetora dos pés, podendo torná-los insensíveis a estímulos de ordem: dolorosa, pressórica, térmica e tátil, sendo considerada a precursora no desenvolvimento de ulcerações nos pés em pessoas com DM (DSBD, 2017; DUARTE & GONCALVES, 2011; LUCOVEIS et al., 2018; SBD, 2019).
Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019) revelam que pessoas com DM e PND apresentam grande potencial para o surgimento de úlceras nos pés, as quais podem anteceder a amputação de membros ou de parte de algum membro. Cerca de 70% de amputações de membros inferiores não traumáticas são decorrentes do diabetes, sendo 85% dessas precedidas de úlcera que não foi prevenida ou tratada.
O pé diabético é uma condição clínica de origem neuropática, podendo (ou não) estar associada à doença arterial periférica, podendo apresentar complicações como as úlceras, desencadeadas principalmente por um processo traumático que surge por conta dos seguintes fatores: insensibilidade do membro, infecção da ferida e dificuldade de cicatrização, levando uma ameaça ao membro e à vida (APELQVIST et al.,1993, 2000, 2008).
Estudos revelam que o paciente com pé diabético apresenta um maior número de hospitalizações, aumentando, assim, os gastos públicos para o tratamento desta patologia, além de piorar a qualidade de vida desses pacientes (OLIVEIRA et al., 2014).
2. JUSTIFICATIVA
O impacto das complicações decorrentes do pé diabético vem aumentando progressivamente no esteio das proporções epidêmicas assumidas pelo DM nas últimas década s. Há informação que a cada trinta segundos ocorre uma amputação de membros inferiores em decorrência de complicação relacionada ao DM. Ao mesmo tempo, a grande maioria destas amputações é precedida por úlcera e feridas nos pés dos pacientes (APELQVIST et al.,1993, 2000, 2008).
Entre o ônus resultante de amputações e úlceras nos pés, encontramos: diminuição da frequência de atividades relacionadas à vida social, perda da capacidade laborativa, dependência progressiva para executar atividades pessoais do cotidiano e depressão. Adicionalmente, os custos dessa complicação para a sociedade são imensos e existe uma elevadíssima mortalidade pós-amputação para o portador da úlcera, uma vez que 70% dos pacientes amputados evoluem, após cinco anos, para óbito (APELQVIST et al., 1993; BOULTON et al., 2005; PECORARO et al., 1990; REIBER et al., 1998).
Estudos revelam que 85% das amputações em pé diabético poderiam ser evitadas por meio da aplicação de protocolos de atendimento em unidades básicas de saúde com abordagem multidisciplinar na prevenção e acompanhamento