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Empresa Familiar, Problema Anunciado: Família Empresária, Solução Antecipada
Empresa Familiar, Problema Anunciado: Família Empresária, Solução Antecipada
Empresa Familiar, Problema Anunciado: Família Empresária, Solução Antecipada
E-book190 páginas5 horas

Empresa Familiar, Problema Anunciado: Família Empresária, Solução Antecipada

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Sobre este e-book

JOSÉ SALIBI NETO, coautor da tríade da Gestão Exponencial (Gestão do Amanhã, O Novo Código da Cultura e Estratégia Adaptativa) e um dos prefaciadores da obra, assim se manifestou a seu respeito: "Ao proceder à leitura deste livro, pude constatar que a forma e o conteúdo são absolutamente pertinentes com as melhores práticas, no sentido de que as empresas familiares se tornem verdadeiras famílias empresárias, visando preservar a empresa, as relações familiares e o patrimônio familiar. O livro não somente conscientiza o leitor para que evite um problema anunciado e busque uma solução antecipada por meio de uma governança técnica, isenta e apropriada para os três ativos da família empresária – empresa, família e propriedade –, mas também aponta soluções para que isso aconteça.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento21 de set. de 2021
ISBN9786559320981
Empresa Familiar, Problema Anunciado: Família Empresária, Solução Antecipada

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    Empresa Familiar, Problema Anunciado - Manoel Knopfholz

    Ao Leitor

    Muito se fala sobre empresas familiares. E afinal, o que são elas? Seriam aquelas geridas por pessoas que possuem laços familiares entre si? As que foram fundadas por um patriarca e que hoje possuem herdeiros, sucessores e parentes que confundem relações de parentesco com relações empresariais? As que trazem consigo a sensação de que... tudo bem – herdei um irmão, um tio, um pai, um primo, ou outro parente, mas porque tenho que aturá-los como sócios ou como meus pares na gestão da empresa?! Ou ainda será aquela que mistura o patrimônio da família com o patrimônio da empresa? Ou são aquelas cujos membros não fazem a distinção entre os negócios de família e os negócios da família?

    Na realidade, empresas familiares são tudo isso e muito mais. Tecnicamente, são pessoas ou núcleos de pessoas que se comunicam entre si por meio de relações de parentesco, patrimoniais e possuem e/ou comandam uma empresa da qual são proprietários. Portanto, com estas pessoas ou núcleos relacionam-se (ou gravitam sobre elas) três ativos: a empresa, a família e o patrimônio. Ocorre que a experiência e a história têm demonstrado o quanto são confusas e difusas estas relações. Não é incomum conhecermos alguém que já vivenciou ou conheceu situações em que no almoço de domingo irmãos questionam-se reciprocamente quanto às suas respectivas competências técnicas ou à sua disposição ao trabalho, ou à forma como um deles conduz a gestão do patrimônio, ou ainda cobram dos pais a preferência de um irmão em relação aos outros – normalmente fantasiosa. Este clima normalmente transforma o que era para ser um agradável encontro numa indigesta refeição.

    Diante disso, atualmente as empresas familiares estão se transformando em famílias empresárias, que são aquelas que, por meio de regras de governança, estabelecem lógicas de gerenciamento da empresa, da família e do patrimônio de formas distintas e de acordo com as lógicas de cada uma delas. Assim, quando a família empresária elabora um protocolo familiar, institui um conselho de família e torna todos os familiares pertencentes e incluídos de forma transparente no processo de transformação, certamente proclama a mesma relevância para a empresa, para a família e para o patrimônio.

    Este livro poderá sensibilizar os integrantes das empresas familiares – no Brasil são 85% –, no sentido de que ultrapassem o patamar das somente 25% que passam da terceira geração tornando-se famílias empresárias, enquanto for possível tomar providências, evitando que suas empresas sejam um problema anunciado ao anteciparem-se na construção de uma moderna família empresária.

    Aí, quem sabe se o almoço de domingo se torna mais agradável?

    Bom apetite e boa leitura!

    No conteúdo e na forma, as melhores práticas para a empresa familiar

    José Salibi Neto

    Coautor da tríade da Gestão Exponencial (Gestão do amanhã, O novo código da cultura e Estratégia adaptativa)

    Conheci Manoel Knopfholz como herdeiro, sócio e gestor de uma empresa familiar, quando do início da minha empreitada como fundador e Chief Knowledge Officer da HSM, empresa que introduziu no Brasil os principais conceitos de gestão contemporânea, provocando a transformação de milhares de empresas, executivos e empresários do país, muitos dos quais de empresas familiares.

    Dele me tornei amigo, mais do que parceiro de negócios, por nos identificarmos quanto aos valores e princípios pessoais, sinergia profissional e curiosidade intelectual.

    Convivemos em um sem número de seminários, cursos e programas executivos, ocasiões nas quais saboreamos direto da fonte os ensinamentos de Peter Drucker, Phillip Kotler e, entre tantos outros ícones, de John Davis, considerado a maior autoridade no mundo sobre a temática de empresas familiares.

    Acompanho a trajetória de Manoel Knopfholz enquanto advogado, professor e estudioso de há muito sobre a questão das empresas familiares e atesto ser ele uma das maiores referências no Brasil em gestão de empresas familiares.

    Ao proceder à leitura deste livro, pude constatar que a forma e o conteúdo são absolutamente pertinentes com as melhores práticas, no sentido de que as empresas familiares se tornem verdadeiras famílias empresárias, visando preservar a empresa, as relações familiares e o patrimônio familiar.

    O livro não somente conscientiza o leitor para que evite um problema anunciado e busque uma solução antecipada por meio de uma governança técnica, isenta e apropriada para os três ativos da família empresária – empresa, família e propriedade –, mas também aponta soluções para que isso aconteça.

    Tenho convicção de que a sua leitura contribuirá muito para que os índices de perenidade das empresas familiares se tornem mais otimistas, que a sua importante participação na economia brasileira continue tendo a relevância que merecem e que os familiares identifiquem na empresa familiar vínculos de união e respeito ao legado do fundador.

    Assim, a empresa familiar deixará de ser um problema anunciado, mas sim uma família empresária sólida e edificante.

    Desfrutem e boa leitura!

    A certeza de que tem as pessoas certas ao seu lado

    Miguel Krigsner

    Presidente do Conselho – Grupo Boticário

    Quando fui convidado pelo professor Manoel Knopfholz para contribuir com o prefácio dessa obra, a primeira coisa em que pensei foi: com o que eu poderia contribuir para uma reflexão tão importante quanto essa, da sucessão e governança em empresas familiares. Muita coisa se passou na minha cabeça, mas, no fim, todas elas com um mesmo lugar de conexão – o papel e a importância da família.

    Quando você opta por ter, desenvolver e tocar um negócio familiar, é muito importante que você tenha sempre a capacidade de separar o que é trabalho e o que é a relação entre as pessoas da família. Esses dois temas não podem nunca se misturar, para que ambos tenham sucesso e longevidade. Os temas familiares devem ser tratados, contemplados e vividos dentro de nossas casas e não levados ao escritório, enquanto as decisões corporativas devem ser pensadas e discutidas com o viés de olhar de futuro.

    A empresa familiar precisa tornar-se uma família empresária, que compartilhe os objetivos e necessidades do negócio, sempre pensando em sua longevidade. Não tem como isso acontecer sem esse alinhamento e sem os valores traduzidos na forma de conduzir os negócios.

    A temática deste livro contempla exatamente este fato.

    Ao longo de nossa trajetória no Grupo Boticário, fizemos em duas ocasiões mudanças na governança e transição da liderança da empresa. O processo das duas tem algumas coisas em comum, mas a principal é a necessidade de você ter a certeza de que tem as pessoas certas ao seu lado para tomar as melhores decisões. Na primeira evolução organizacional do grupo, a gestão do dia a dia do negócio continuou na família e trabalhamos muito para garantir que os temas que eram assuntos do almoço aos domingos ficassem por lá e que as discussões corporativas tivessem o momento e o tom adequados. Foram dez anos de organização a partir desse momento, todos de crescimento saudável e conquistas muito importantes em busca de nosso propósito. Agora, fazemos o segundo movimento e pela primeira vez o Grupo Boticário tem como principal executivo uma pessoa de fora da família, mas que vive e respira os nossos valores e sonhos.

    A família continua envolvida no negócio com muita presença, como sempre esteve, mas a solidez de nossa governança, bem como as pessoas que trabalham conosco, permite que esse movimento aconteça e que sonhemos com dias de mais evoluções e contribuições para nossos consumidores e para o país.

    Desejo a vocês uma ótima leitura!

    Introdução

    Este livro tem por objetivo esclarecer aos interessados na temática das empresas familiares – fundadores, herdeiros, sucessores, sócios, executivos e leitores em geral – como se faz a transição das empresas familiares que são um problema anunciado para as modernas famílias empresárias como uma solução antecipada.

    Efetivamente, a distinção não somente conceitual e técnica, mas também fática, manifesta-se a partir do momento em que os integrantes de uma família que mantém entre si vínculos comuns com a empresa, com o patrimônio e de parentesco, percebem que se trata de uma malha de relações e relacionamentos confusos e difusos em torno da compreensão, vivência e objetivos distintos destes três ativos – empresa, família e patrimônio.

    A partir do entendimento de que uma família é considerada, tanto sob a ótica antropológica como sociológica, como uma organização natural de pessoas e não artificial – abstraindo-se a perspectiva jurídica –, temas como relações de parentesco, fraternidade, paternidade, afinidades, filiação, patrimônio e empresa gravitam na convivência familiar entre seus membros tanto na perspectiva do passado comum, como nos tempos presentes, quanto na perspectiva futura.

    Tais vínculos são permeados por emoções, afetividades, sentimentos de ordem pessoal entre si ou outras inquietações que, se não forem bem elaboradas e equacionadas entre os integrantes de um núcleo familiar, sem dúvida, migram para outras relações que a família tem em comum, como as relações patrimoniais e empresariais, estas quantificáveis e não emocionais.

    Neste ponto, surge a necessidade de separar os negócios de família dos negócios da família.

    Afinal, não se medem afetos e desafetos, ressentimentos e outras questões, muitas vezes arraigadas, especialmente se não houver uma revisita às causas mais profundas do sistema emocional e psicológico dos familiares.

    A partir do momento em que elas se impregnam ao longo de uma vida inteira – ainda mais no convívio sistêmico de uma família –, geram consequências custosas para a harmonia e união dos familiares quando migradas para questões patrimoniais e empresariais.

    Por isso, não é incomum a afirmativa de que se transfere para a mesa de reuniões da empresa o ringue de casa, onde se disputam, na verdade, ganhos afetivos, de forma explícita e, na maioria das vezes, subjacente e implícita.

    Por essas razões, entre outras, a empresa e o patrimônio familiar são penalizados, uma vez que suas performances quantitativas são altamente prejudicadas por

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