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A casa das onze portas: Algumas portas nunca devem ser abertas
A casa das onze portas: Algumas portas nunca devem ser abertas
A casa das onze portas: Algumas portas nunca devem ser abertas
E-book138 páginas1 hora

A casa das onze portas: Algumas portas nunca devem ser abertas

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Sobre este e-book

Uma trama de romance e terror, cravada em meio às fabulosas serras mineiras. Diante de um turbilhão de acontecimentos, o amor desperta no coração de um jovem ao mesmo tempo que seu maior pesadelo vem à tona.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento11 de mai. de 2018
ISBN9781526004222
A casa das onze portas: Algumas portas nunca devem ser abertas

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    A casa das onze portas - André Luis Joaquim Cerasi

    Capítulo 01 – Espírito Aventureiro

    Um novo amanhecer em Nova Esmeraldina, como de costume, mais uma linda alvorada com o sol nascendo por trás de imponentes montanhas cobertas por um manto verde esmeralda fascinante, os galos cantando anunciavam que já passava da hora de estar de pé.

    O riacho seguindo seu curso, serpenteando por entre as margens ainda preservadas com sua mata cheia de vida.

    Este é o cenário cotidiano de Jean, um jovem tranquilo, como geralmente são os rapazes do interior, mas cheio de planos e anseios como geralmente são todos os jovens.

    Vindo de uma família muito humilde e perseverante, ele cumpria suas obrigações sempre sem dar dor de cabeça aos pais. Que aliás tinham na educação de Jean sua única preocupação, já que o filho mais velho era o Pároco da matriz, Jean e o mano, como ele chamava carinhosamente o irmão Leonel, sempre conversavam muito e o jovem sempre acolhia os conselhos dados pelo irmão mais velho, o rapaz tinha muito respeito e admiração pela vocação do irmão.

    O senão na vida de Jean era seu espírito aventureiro, e isso às vezes colocava a vila de pernas pro ar. Ele adorava organizar torneios de pesca pelos lagos e rios da localidade e tinha na grande caça ao tesouro seu maior divertimento, ele se embrenhava pela mata e escondia um determinado objeto, passava dicas aos participantes que ficavam feito loucos revirando tudo atrás do prêmio, era uma farra geral.

    Capítulo 02 – Mano

    Jean tinha o costume de toda manhã, bem cedo, pegar o leite ordenhado pelo pai e levar para o irmão na casa paroquial e não tinha um dia sequer que ele ao fazer o trajeto ficasse hipnotizado com uma construção antiga no alto de uma colina que existia ao final da rua principal do vilarejo, a igreja estava localizada de frente para uma linda praça, bem típica de cidade do interior, com seus bancos pintados de branco, jardins muito bem cuidados e um vistoso coreto central.

    Padre Leonel já havia terminado suas orações quando o irmão bateu em sua porta e o chamou:

    - Mano, sou eu, você está aí?

    Padre Leonel abriu a porta com um fraternal sorriso no rosto e respondeu:

    - Claro meu irmão, estou aqui.

    E completou:

    - O que me trás de gostoso nesta linda manhã?

    - A mãe mandou uma sopa de quiabo e de sobremesa um delicioso mousse de jiló.

    E o Padre falou fazendo uma careta engraçada:

    - Que delícia.

    - Sério, a mãe mandou bolo de milho e frango ensopado e um litro de leite fresquinho.

    - Que Deus abençoe aquelas mãos, e o pai, está bem?

    - Sim, está ótimo, toma logo seu café que eu preciso levar as vasilhas pra mãe.

    - Você me acompanha?

    - Não obrigado, já tomei café, vou ficar ali na janela, tá?

    - Fique à vontade Jean.

    Então enquanto o Padre quebrava seu jejum, Jean ficou debruçado na janela olhando para aquele envelhecido casarão na colina, o sacerdote reparou a fixação do irmão pelo velho prédio e perguntou:

    - Você ainda pensa naquela casa?

    - Todos os dias, me dá até calafrios, mas não consigo parar de olhar para ela.

    - Pronto, já acabei, pode levar os potes da mãe agradeça a ela por mim.

    - Está bem mano.

    - Se você quiser passo lá na casa do papai mais tarde para conversarmos sobre este seu trauma.

    - Não se preocupe mano, qualquer coisa te procuro agora me deixe ir andando, tchau, fica com Deus, sua benção.

    - Deus te abençoe, vai direitinho para casa rapazinho.

    - Pode deixar.

    Então Jean já com os potinhos da mãe na bolsa foi embora da casa paroquial, e seguiu direto para a casa dos pais, viajando em seus pensamentos.

    Ao sair meio cabisbaixo Jean deixou o irmão preocupado, que não se conteve e foi conversar com o pai.

    - Sua benção meu pai.

    - Oh meu filho, Deus te abençoe, que bom te ver aqui, sua mãe também vai ficar muito feliz.

    - Me alegro com sua felicidade, mas venho conversar sobre um assunto um pouco chato sobre o Jean.

    - Ai meu Deus do céu, o que aconteceu?

    - Nada de mais pai, mas hoje quando estive com ele reparei que aquela casa ainda aflige muito o coração dele.

    - Eu sei fio, também já percebi essa agonia dele.

    - Eu me ofereci para conversarmos sobre o assunto, só que ele desconversou e saiu à francesa.

    - Quem diaxo é essa tar francesa?

    Rindo muito Pe. Leonel explicou carinhosamente ao pai:

    - Não pai, não tem nenhuma francesa, sair à francesa é quando a pessoa sai de fininho, sem chamar a atenção, entendeu?

    Capítulo 3 – Grande Força

    Alheio a preocupação dos dois, Jean continuava a levar a vida sempre na boa, como estava para concluir o ensino médio e faculdade não fazia parte de seus planos por hora, até porque teria que se mudar, ele já começara a procurar emprego, e estava disposto a aceitar qualquer coisa, só não aceitava a ideia de ter que afastar dos pais, de suas pescarias, passeios pela mata e caçadas.

    Outro hobby que adquiriu junto a seu pai, exímio caçador, conhecido por ser um dos melhores mateiros da região, sua fama de grande conhecedor das trilhas e atalhos das florestas das redondezas lhe renderam o apelido de Chico Mateiro.

    Jean havia aprendido muito sobre como se guiar pelo sol, que frutas e plantas são venenosas ou não, como analisar se uma fonte de água é segura ou se está contaminada, entre outras atitudes que podem determinar a vida ou a morte em uma situação de risco.

    Batendo de porta em porta pelas poucas lojas que funcionavam por alí e sempre recebendo uma resposta negativa, e ele já estava ficando desanimado quando lhe apareceu uma oportunidade incrível, um emprego de meio expediente, em que poderia conciliar com os estudos, justamente em algo que ele dominava ser super, guia turístico de um hotel fazenda na saída da cidade, com uma localização impar.

    Entre o pé da serra e a curva mais larga e bonita do rio, um visual incrível, o hotel tinha uma espécie de convênio com um haras de cavalos Campolina, que agregava passeios maravilhosos pelas trilhas sobre animais espetaculares.

    Ele estava numa empolgação sem tamanho, mas os pais se sentiam apreensivos por saberem que Jean poderia deixar sua alegria extrapolar e ele se meter em confusão, o que não seria nenhuma novidade.

    Ainda mais que seus melhores amigos já trabalhavam lá desde o inverno passado e deram uma grande força para sua contratação, Fernando, que estudava com Jean há

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