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A Lenda 3: Sobre as Nuvens
A Lenda 3: Sobre as Nuvens
A Lenda 3: Sobre as Nuvens
E-book208 páginas2 horas

A Lenda 3: Sobre as Nuvens

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Sobre este e-book

Achar que o acaso não existe é para Edward uma tolice. Depois de desaparecer por um dia e causar susto no irmão, ele reaparece para, junto com ele, embarcarem numa viagem que beira o impossível mesmo para os menos céticos que não enxergam magia como folclore. E tudo isso logo quando aparece Olímpio Ferreira mais de 10 anos depois nas ruínas do seu antigo lar!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de jul. de 2022
ISBN9781526015242
A Lenda 3: Sobre as Nuvens

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    A Lenda 3 - Hélder Felix

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    PRÓLOGO

    – Oh, droga! Mas que…! – Pragueja alguém.

    Alguém tropeça em algo que se estendia no chão. Muito estranho por se tratar de um saguão enorme o lugar por onde passava. Pela altura da voz, era um rapaz.

    – Ahn? Ludwig, é você? – Edward começa a despertar.

    – Quem é você, o que faz…, de onde… – O mesmo que pragueja coloca a luz da lanterna que segurava no rosto de Edward. Ele começa a se assombrar com o que estava testemunhando. Pelas roupas que Edward usava, até um chinelo de couro, bem diferentes das que ele usava, o fez cogitar algo que começa a deixá-lo assombrado.

    – Quem é você, que lugar é este e… o que é isso aí na tua mão? – Edward não conseguia pensar que havia fogo dentro daquilo. – E que frio miserável faz aqui!

    – Não consigo imaginar que eu estava certo… Poderoso Valentino, como o portal pôde estar aqui bem diante de mim? – O garoto que falava olhava para o nada com os olhos brilhando de satisfação.

    – Ei, você, com quem está falando? Como te chamam? Eu sou Edward.

    – Cara, você vale uma fortuna. Eu sou Wendel, venha comigo. Ah, é mesmo, quando a gente chegar eu te dou um casaco.

    Era inverno. Tudo bem até aí. Alguns dias de sol para muitos de chuva. Normal para aquela época do ano. Entretanto, o frio que fazia ali era talvez capaz de estremecer a alma. Edward certamente não estava acostumado com isso.

    Eles começam a andar e Edward pensa no que havia visto. Só poderia estar sonhando. Afinal, é o único estado em que se lembra de estar antes desse episódio inusitado.

    – Ei, espere um pouco! Para onde vai me levar? Quero voltar a dormir.

    – Por favor, venha, daqui a pouco você dorme. Você vai custar caro pra galera.

    – O que pensa que vai fazer comigo, pra onde quer me levar? Custar caro?

    Pelo menos ele não tem a cara feia de um sequestrador… Nem o aspecto de um., Pensa Edward consigo mesmo.

    – Relaxe, você não tem como voltar mesmo… eu acho.

    – Mas voltar pra onde?

    Wendel fita Edward por alguns segundos e pergunta:

    – Onde você acha que está?

    – Acho que eu deveria estar no meu quarto… – Edward olha lentamente para cima, abrindo a boca, atônito. – Ah, mas como é real esse sonho! Olha a beleza desse lugar!

    Era, de fato, quase milagroso. O teto era uma abóbada com uma riqueza majestosa de detalhes. O piso, nem se fala. Este possuía um círculo muito distinto e várias imagens ao redor dele, três delas se sobressaíam entre as demais.

    Wendel olha por uns instantes Edward e solta uma prazerosa gargalhada.

    – Cara, eu gostei de você. Você é muito hilário.

    – Co… como assim? Nunca sonhei com ninguém perdido antes… Achei que seria mais engraçado….

    – Você está em Valência do Sul e se me acompanhar terá todas as suas perguntas respondidas.

    Edward começa a segui-lo, mas fica se perguntando se isso era mesmo um sonho, porque ele estava mesmo dormindo. E, se por acaso fosse, quando acordaria, porque estava começando a ficar com medo.

    Depois de passar por um enorme arco, entraram e seguiram por diversos corredores depois de uma escadaria, passando por diversas portas dispostas em intervalos regulares.

    – O que são todas essas portas? – Edward simplesmente não sabia como agir.

    – Quartos. E este, – ele para à frente da porta. Nela estava o número 207 – o nosso.

    Dá um suspiro e entra. Acende a lâmpada do teto.

    – Galera, acorda! Ei, acordem, perdedores.

    Edward estava encantado com a lâmpada no teto, os dois beliches que via, tudo.

    – Ah, o seu casaco. – Wendel o entrega a Edward.

    – Que droga, Wendel, três horas de internet proibida não é o suficiente pra você? – Era o garoto que estava dormindo na cama adiante deles. Tinha estatura média, cabelos ruivos e curtos.

    – É bom se preparar porque acho que você não vai conseguir voltar a dormir. Nem você, nem vocês. Vamos, levantem!

    – Se não for uma coisa muito especial, amanhã você vai precisar de uma cadeira de rodas. – Este que falava era moreno, forte, um pouco alto e de cabelos curtos também. Estava na cama de baixo, à esquerda.

    – É, espero que não seja mais uma daquelas viagens dos portais e do SEU novo mundo. Uma terra de borboletas e fadinhas onde todos são felizes. – Era o jovem mais alto da turma, a voz muito grave e usava um alargador preto na orelha esquerda. Parecia ser o mais divertido.

    – É, z, você vai engolir tudo o que disse porque eu trouxe aqui a prova de que estou certo. Aliás, de que sempre estive.

    – Corra, Wendel, corra o mais rápido que puder, porque quando eu te alcançar…

    – Calminha aí, densidade. Levanta, pão, levanta, Valentim.

    Quando todos estavam olhando para os dois:

    – Quero apresentar a vocês o mais novo integrante da turma e, enfim, a condenação de vocês, o fim de todos os seus anos de poupança de crédito.

    – Como é que é? Quer dizer que esse menino… – Este era o menor. Agora Edward sabia que se chamava Valentim. Moreninho, cabelo enrolado e curto e parecia usar óculos, como o ruivo.

    – Isso mesmo, Valentim, ele atravessou o portal e veio parar aqui. E adivinha onde ele estava? No centro da Universidade, bem aqui pertinho, debaixo dos nossos pés e eu não conseguia perceber. – Ele se referia, na verdade, ao portal.

    – É, agora ele acha que é especial porque, possivelmente, descobriu o que deve ser um portal. – Falava o último da turma e o mais gordo de todos. Era só mais baixo que Wendel e o outro mais alto entre eles. Tinha cabelos dourados e pouca barba já.

    – Especial mesmo, precisando de uma clínica. – O mais alto novamente.

    – É, travestiu o menino pra nos extorquir, que astuto, companheiro. – O gordo concluía.

    Parecia que estavam falando um dialeto somente parecido com a língua que Edward falava, pois era pouco o que entendia.

    – ‘Tá, ‘tá. Edward, estes são: Zênite, – enquanto Wendel apontava, vinha imediatamente a característica mais marcante da pessoa na mente de Edward. Neste caso o alto – Beto, – o forte – ou densidade, se não lembrar o nome, Hugo, – o ruivo – Jullian, – o gordo – ou pão, se preferir e Valentim – o baixinho. Pessoal, este é Edward, de novo. – As últimas palavras apenas para Edward.

    – Seja bem-vindo. – Hugo.

    – É, bem-vindo ao grupo. – Valentim.

    – Sério, acho que vocês não entenderam, eu não pretendo ficar, aliás, quero voltar assim que possível.

    Todos param por um instante. Metade deles faz uma cara de riso. Wendel não aguenta e dá uma gargalhada.

    – Cara, seu sotaque é uma graça. Mas, voltando, é aí onde mora o problema. Você veio, mas não sabe como voltar. Nós nunca fomos e isso ERA – o tom enfático foi dito com o intuito de lembrar novamente que ele, Wendel, enfim, estava certo – tratado até hoje como contos de fada.

    – Mas e meu pai, e Ludwig? – Ele mesclava uma expressão de assustado com uma porção de tristeza.

    – 'Pera um pouco. Você não está assustado não?

    – Mais ou menos. Já vi coisas que vocês duvidariam se eu contasse…

    Todos ficam curiosos.

    – Eu imagino… E acredito. Mas, quem é Ludwig?

    – É meu irmão.

    – É… deve ser fogo… Mas ele deve estar ocupado trabalhando e…

    – Mas ele é da minha idade…

    A turma toda expressa dúvida, espanto, na verdade..

    – Qual o problema? – Mais uma vez, Edward não entende a reação deles.

    – É que nossos pais só devem ter outro filho quando o primeiro completar vinte anos. Salvo os gêmeos. Ele deve ser igual a você, então.

    – Na verdade nem temos os mesmos pais…

    A surpresa foi maior em Wendel que no resto da turma.

    – Como assim? E por que ele é seu irmão?

    – É uma longa história…

    – Bom, é que aqui existe o controle de população. Já imaginou como seria se o limite de pessoas fosse excedido?

    – Na verdade nunca imaginei que haveria sequer um lugar como esse pra começar…

    – O que sugerem, então, pessoal? – Wendel fala para a turma dessa vez.

    – Como assim? Vai falar com o magnífico, agora você tem um motivo de verdade. – Beto apela.

    – É, vai lá e pergunta o que ELE sugere, não nós. – Jullian apoia Beto, ambos já deitados.

    – Faz isso, mas amanhã. Agora deixa a gente dormir. – De todos, Valentim era o que parecia estar com mais sono.

    – E ele?

    – Ah, forra alguns lençóis aí que ele dorme. – Jullian era prático demais.

    – É, isso se ele tivesse uma camada tão grossa de gordura quanto você. – Zênite não deixava a oportunidade escapar.

    – Ah, seu…!

    – Se puder, os mais quentes que tiver, por favor. – Edward quase suplicava a Wendel. Era incrível o frio que sentia.

    E acaba como sempre a conversa civilizada da turma. E Edward, bem, ele vai se enturmar. O problema é: Ludwig e Augusto, como ficarão diante das circunstâncias?

    Wendel forra o espacinho de chão que ainda restava com um edredom de reserva e dorme no chão ao lado de Edward. Todos já estavam acomodados nas camas.

    Sobre as Nuvens

    Amanhecia mais um dia normal. Não para Ludwig, que tinha em mente sair para explorar a floresta onde achava que o pai de Edward estava, mesmo sendo contrário à vontade dele. Além do mais, o fato de ter sido realmente alguém que o fizera boiar deixa Ludwig intensamente curioso. Vai se banhar e tomar o café da manhã. Achava que Edward já estaria à mesa, mas apenas Augusto estava.

    – Viu Edward, papai?

    – Não. Ele ainda dorme? – Augusto contempla o nada por um instante como geralmente fazia e franze um pouco a fronte.

    – Acho que sim. Vou ver.

    – Termine, primeiro.

    Acaba de comer e vai até o quarto dele. A surpresa: ele não estava lá! Provavelmente fora isso que causou estranheza em Augusto. Será que ele foi primeiro que eu, mais cedo, pensava consigo. Sai do castelo e vai até a casa de Reeza.

    – Muito trabalho esses dias, não foi?

    – É, mas agora, você sabe, aqui vai virar um deserto. – Reeza lamentava.

    – Edward passou por aqui?

    – Quando, agora? – Ludwig confirma com a cabeça. – Não. Será que ele foi até o circo de novo?

    – Pode ser… Vou tentar.

    – Até mais.

    Ele sabia que não poderia sequer se aproximar daquelas pessoas. Não sabia o porquê, mas que teve a ver com Sina ele tinha certeza. Se não lá, onde? Não era possível que tivesse ido ao lago novamente em tão pouco tempo. Não depois de tudo o que aconteceu…

    Todos acordam quase ao mesmo tempo, exceto Wendel e Edward. Zênite, como muito brincalhão que era, reúne todos os outros para pregar uma peça com os dois. Graças a Beto, Jullian e Valentim, Edward escapa do pior. Zênite vai até o banheiro e de lá traz um recipiente com água e a pasta de dente que era usada pelos seis. Espera o momento certo e aplica a pasta nas sobrancelhas e nas maçãs do rosto de Wendel. Logo em seguida, sem perder tempo, pinga água no rosto dele e de Edward, não aguenta a tentação.

    – Não! – Todos os outros.

    – Ah, ‘pera aí, é só uma aguinha.

    Edward se levanta assustado e limpa o rosto. Quando Zênite derrama mais água no rosto de Wendel, faz com que ele acorde. Imediatamente, como um movimento involuntário, Wendel passa as mãos no rosto, de cima para baixo, melando todo o resto com a pasta e proporcionando a si uma hilária explosão de raiva. Olha freneticamente para os lados procurando o culpado que, a esta altura, já estava saindo correndo dali dando ótimas gargalhadas. Zênite corre em direção ao banheiro, mas Wendel consegue pegá-lo. Todos os outros já vinham correndo para ver o curioso desfecho daquilo tudo.

    Quando todos entram no banheiro, veem a cena magnífica de

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