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A Revolução Mundial
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E-book66 páginas45 minutos

A Revolução Mundial

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Sobre este e-book

A partir de 1917 o problema da revolução russa se entrelaça com o da revolução mundial. Esse tema esteve presente na discussão política das organizações políticas revolucionárias e progressistas em geral. Os bolcheviques e outros colocam o sucesso da revolução russa na dependência de uma revolução mundial, ou, pelo menos, na Alemanha. Gorter realiza uma análise crítica do significado da revolução russa e mostra o seu caráter burguês, bem como analisa suas condições, os erros dos bolchevistas, bem como suas possibilidades. Gorter apresenta uma análise internacional da situação da revolução russa e coloca a necessidade de uma nova internacional, a Internacional Comunista Operária, em oposição à III Internacional.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento2 de fev. de 2021
ISBN9786588258149
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    A Revolução Mundial - Rubens Vinicius da Silva

    Herman Gorter

    A REVOLUÇÃO MUNDIAL

    Uma imagem contendo desenho Descrição gerada automaticamente

    Edições Enfrentamento

    Goiânia, 2021

    © 2021, Edições Enfrentamento

    Capa: Ediney Vasco

    Tradução: Rubens Vinicius da Silva

    Revisão: Juliano Mendes

    Diagramação: Alice Viana

    Notas: NA (nota do autor); NT (nota do tradutor), NE (nota do editor).

    Conselho Editorial:

    André de Melo Santos/IFG

    Cleito Pereira/UFG

    Jean Isídio/UEG

    Leonardo Proto/FTA

    Lisandro Braga/UFPR

    Maria Angélica Peixoto/IFG

    Mateus Orio/UEG

    Nildo Viana/UFG

    Ricardo Golovaty/IFTM

    Weder David de Freitas/IFG

    Ficha Catalográfica

    GORTER, Herman.

    A Revolução Mundial/Herman Gorter. Goiânia: Edições Enfrentamento, 2021.

    90 p.

    ISBN: 978-65-88258-14-9 (edição digital)

    1. História da Rússia. 2. Revolução Russa. 3. Partidos e Movimentos Políticos. 4. Relações Internacionais. 5. Internacionalismo.

    CDD 947

    CDU 329

    Índices para catálogo sistemático:

    1. Revolução Russa. 2. Bolchevismo. 3. Revolução Social.

    Uma imagem contendo desenho Descrição gerada automaticamente

    http://edicoesenfrentamento.net

    edicoesenfrentamento@gmail.com

    SUMÁRIO

    GORTER E A REVOLUÇÃO MUNDIAL

    INTRODUÇÃO

    O INIMIGO DA REVOLUÇÃO MUNDIAL

    A DUPLICIDADE DA REVOLUÇÃO RUSSA

    A REVOLUÇÃO BURGUESA NA RÚSSIA

    AS CLASSES E O CAPITALISMO RUSSO

    OS PAÍSES ASIÁTICOS

    A RÚSSIA E A III INTERNACIONAL

    A POLÍTICA DE ALIANÇAS BURGUESAS

    QUAL INTERNACIONAL?

    GORTER E A REVOLUÇÃO MUNDIAL

    Rubens Vinicius da Silva

    Herman Gorter (1864-1927) é um ilustre desconhecido do público leitor brasileiro. Salvo a publicação no ano de 1981 de sua Carta aberta ao companheiro Lênin na coletânea Marxismo Heterodoxo organizada por Maurício Tragtenberg¹, bem como de uma versão traduzida de sua segunda e última carta ao dirigente russo² por meios virtuais, não há outras produções deste importante militante revolucionário disponíveis em português. Isso não é novidade: a história do marxismo é permeada pela sua interpretação dominante, a bolchevista, aliada ao ocultamento sistemático dos verdadeiros continuadores da obra de Karl Marx, os quais mantiveram acesa a chama revolucionária e seguiram contribuindo para expressar teoricamente o movimento revolucionário do proletariado.

    Uma vez que o fio condutor da história das sociedades de classes é a luta de classes, com o desenvolvimento da sociedade capitalista tal luta invade todos os aspectos da vida, e também se expressa no plano cultural. Neste sentido, a luta de classes em torno do marxismo (pois este é produto da luta operária e só pode ser compreendido enquanto tal, isto é, expressão autoconsciente da classe revolucionária de nossa época, o proletariado) existe tanto no âmbito do saber complexo, produzido geralmente pela classe intelectual, quanto no das representações cotidianas. Ela é marcada pelas deformações, leituras equivocadas, preconceitos e, acima de tudo, manifestação da perspectiva de outras classes sociais que não a classe proletária.

    Dito de outro modo, o marxismo dominante é o marxismo da classe dominante: isso implica reconhecer que a maioria das produções intelectuais que versam sobre Karl Marx e a teoria marxista o fazem expressando não a perspectiva do proletariado revolucionário, mas são expressões ideológicas da classe dominante (a burguesia) ou de suas classes auxiliares (a burocracia e a intelectualidade). Tal processo de deformação e retirada do conteúdo revolucionário e autêntico do marxismo se inicia quando dos últimos anos de vida de Karl Marx. É justamente por perceber os usos e abusos totalmente equivocados de seus escritos por determinados setores do movimento socialista europeu de sua época que se diziam marxistas a razão pela qual o fundador do marxismo vai dizer: tudo que sei é que não sou marxista.

    Todavia, é com a morte de Marx e o posterior crescimento e consolidação da burocratização dos partidos políticos (primeiramente da social-democracia alemã e posteriormente do bolchevismo, sobretudo após com o golpe de Estado que conduziu à contrarrevolução burocrática na Rússia) e sindicatos que o marxismo começa a ser paulatinamente deformado, tendo seu conteúdo original mesclado com

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