Puta que pariu, o revisor não viu?

De Márcio Paiva

Puta que pariu, o revisor não viu? leva a donos de agências publicitárias e profissionais da área orientações para a consolidação de um processo de revisão eficaz, capaz de reduzir ao máximo os erros em peças publicitárias, o que na prática significa evitar prejuízos e desgastes na relação agência-cliente.

• Idioma: Português
• Editora: Bibliomundi
• Data de lançamento: 9 de mar. de 2022
• ISBN: 9781526051509

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Revisor, o mordomo da história.

Não adianta, se tem erro em peça publicitária, a culpa é sempre do revisor. É ele o cara para quem os dedos em riste são apontados quando há sinal de cagada. Puta que pariu, o revisor não viu? é o brado retumbante que se ouve, não do Ipiranga nem de suas margens plácidas, mas de norte a sul da agência.

Este livreto tem como objetivo mostrar alguns dos fatores que estão na origem dos erros em material publicitário. Fatores que nem sempre estão sob o controle do revisor e que transformam o trabalho de revisão num verdadeiro campo minado, com armadilhas de tudo que é lado e tudo que é tipo. E se o revisor não puder contar com a colaboração de todos na agência, muito provavelmente os prejuízos e aborrecimentos serão muitos.

Um erro, embora tenha sempre um pai, nunca é obra de um cavaleiro solitário. Há vários envolvidos: o que plantou o erro (pai da criança) e os que não detectaram o erro (todos aqueles que se envolveram diretamente na execução do trabalho). Por isso, todos que estão envolvidos no processo de idealização e criação de uma peça publicitária podem e precisam dar sua contribuição no sentido de se prevenir cagadas. Afinal, o erro joga no lixo o trabalho de todo mundo, da menina da recepção ao produtor gráfico.

É possível chegar a uma situação de erro zero? Acredito que não. Afinal, errar é humano, diz a máxima. Mas este é um ideal que se deve buscar, e espero que os exemplos aqui apresentados possam servir de referência para a elaboração de um plano anticagadas eficiente, auxiliando profissionais e agências no seu esforço de evitar erros e refação de trabalhos. Trocando em miúdos, evitar prejuízos.

Plagiando os três mosqueteiros, o revisor por todos, todos pelo revisor! Esse é o esquema.

Márcio Paiva

Cagadas e quase cagadas

Folheto educativo de uma Prefeitura direcionado a motoristas

Erro que passou na revisão:

"Seja tolerante, haja com cordialidade e obedeça à sinalização. Fazer uma cidade melhor para todos também depende de você."

Obs.: O correto seria aja com cordialidade. Aja (do verbo agir) e não haja (do verbo haver). É o tipo de erro que pode ser evitado numa primeira revisão feita pelo próprio redator.