Selecção: O Mal Humano - Temporada 0, #1

De Joel G. Gomes

O mundo está cheio de monstros horríveis que não olham a meios para atingir os seus fins. Monstros que violam as leis do Homem, as leis de Deus e as próprias leis do Universo. Monstros iguais a nós, que espelham a maldade que se esconde no coração humano.

 

***

 

NESTE EPISÓDIO:

 

ELE QUERIA SEGUIR O SEU PRÓPRIO CAMINHO

 

Embora seja considerado um dos melhores agentes da Polícia de Investigação Nacional, André Lopes parece condenado a viver à sombra do legado do pai, figura lendária da investigação criminal de quem herdou o talento para a investigação criminal, mas não a sua tendência para contornar as regras.

 

COMETER OS SEUS PRÓPRIOS ERROS

 

Chamado ao Barreiro para investigar um possível duplo homicídio, André é confrontado com fenómenos inexplicáveis que põem em causa o que ele julga saber sobre o que é real ou não.

 

MAS HÁ TRAJECTOS IMPOSSÍVEIS DE EVITAR

 

À medida que a sua investigação continua, André é forçado a aceitar que o cumprimento das regras e a busca da verdade por vezes podem entrar em conflito e que os erros do pai podem muito bem vir a ser os erros do filho.

• Idioma: Português
• Editora: Joel G. Gomes
• Data de lançamento: 12 de abr. de 2017
• ISBN: 9781386992813

Joel G. Gomes

Joel G. Gomes é o autor da espectacular série literária O MAL HUMANO, dos fantásticos romances UM CAPPUCCINO VERMELHO e A IMAGEM, bem como de outras incríveis histórias. (É também quem escreveu o parágrafo anterior, logo pode ter havido um ou outro exagero.) Vive na companhia da sua querida esposa e três adoráveis gatos. Junte-se à sua mailing-list (via https://tinyletter.com/joelggomes) para ter acesso a conteúdos exclusivos, cupões de desconto e outras benesses. Também assina como Ricardo L. Neves e João Dias Martins.

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Joel G. Gomes

O MAL HUMANO

TEMPORADA 0 - EPISÓDIO 1

SELECÇÃO

UMA NOVELETA  DE SUSPENSE E TERROR SOBRE AS FRONTEIRAS ENTRE A VIDA E A MORTE E O LEGADO QUE UM PAI DEIXA PARA O SEU FILHO

Edição Ilustrada

Draft2Digital

2020

O mundo está cheio de monstros horríveis que não olham a meios para atingir os seus fins. Monstros que violam as leis do Homem, as leis de Deus e as próprias leis do Universo. Monstros iguais a nós, que espelham a maldade que se esconde no coração humano.

NESTE EPISÓDIO:

ELE QUERIA SEGUIR O SEU PRÓPRIO CAMINHO

Embora seja considerado um dos melhores agentes da Polícia de Investigação Nacional, André Lopes parece condenado a viver à sombra do legado do pai, figura lendária da investigação criminal de quem herdou o talento para a investigação criminal, mas não a sua tendência para contornar as regras.

COMETER OS SEUS PRÓPRIOS ERROS

Chamado ao Barreiro para investigar um possível duplo homicídio, André é confrontado com fenómenos inexplicáveis que põem em causa o que ele julga saber sobre o que é real ou não.

MAS HÁ TRAJECTOS IMPOSSÍVEIS DE EVITAR

À medida que a sua investigação continua, André é forçado a aceitar que o cumprimento das regras e a busca da verdade por vezes podem entrar em conflito e que os erros do pai podem muito bem vir a ser os erros do filho.

JOEL G. GOMES É ALGUÉM que se refere a si mesmo na terceira pessoa quando tem de escrever notas biográficas como esta. Quando não está a inventar factos sobre a sua pessoa, escreve histórias sobre coisas que podiam muito bem ter acontecido, vê séries com a esposa, brinca com os seus três gatos e faz outras coisas.

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O AUTOR AUTORIZA A publicação desta obra neste sítio e demais plataformas associadas.

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© 2020, JOEL G. GOMES

Capa & fotos (C) produzidas pelo autor ou obtidas com permissão em www.pexels.com

OBRAS PUBLICADAS

- A INTERSECÇÃO

UM CAPPUCCINO VERMELHO

A IMAGEM

O ATRASO

- O MAL HUMANO TEMPORADA ZERO

EPISÓDIO 0 - A ARCA

EPISÓDIO 1 - SELECÇÃO

EPISÓDIO 2 - APREENSÃO

EPISÓDIO 3 - CONTENÇÃO

EPISÓDIO 4 - ACEITAÇÃO

EPISÓDIO 5 - DEFLAGRAÇÃO

- CONTOS

À HÓME!

A PRIMEIRA MIÇSSÃO

A SOPA

A narrativa que vai ler e as pessoas nela presentes são um produto da imaginação do autor e não um relato de eventos ocorridos em mundos paralelos ao nosso.

ASSIM CREIO EU

1

MH-BRR 2017-06 (VidH) #2 (304)

SEDE DA POLÍCIA DE Investigação Nacional, Setúbal

3 de Julho de 2009, 17h50

ANDRÉ LOPES VOLTOU a olhar para o relógio, apesar de terem passado só alguns segundos desde a última vez que o fizera, na esperança de que o tempo tivesse acelerado de repente. Foi com alguma frustração que percebeu que continuavam a faltar dez minutos para terminar o seu turno. Depois da semana que tivera, só queria ir para casa e estar com a esposa e ouvi-la resmungar.

Encostou a cabeça para trás e fechou os olhos, tentando não pensar no culminar de horrores que tinham sido aqueles últimos dias. Sentia-se derreado, não tanto a nível físico, mas sobretudo a nível psicológico.

O telefone começou a tocar. André abriu os olhos, leu a extensão no identificador e viu que era o seu supervisor. Olhou para o relógio. Faltavam oito minutos. Podia esperar que o telefone parasse de tocar, mas sabia que isso não iria acontecer. Atendeu.

Diga, chefe.

Lopes, preciso que vá até ao Barreiro. Foram encontrados dois corpos numa casa e...

Ó chefe, não é por nada, mas está quase na minha hora.

Não me interrompa, por favor. É uma ordem directa da Sra. Directora. Tinha de ser. "Ela pediu que o caso fosse entregue a si. A informação foi enviada para a sua caixa de correio. Confirme."

André olhou para o computador desligado e teve vontade de lhe dar um murro. Ao computador, mas também ao supervisor.

Sim, está aqui, mentiu.

Muito bem. Ah! Antes que me esqueça, a Directora não tem por hábito selecionar agentes para casos específicos. Se ela fez isso, não é só porque o caso é importante, é também por confiar nas suas capacidades. Devia ficar honrado.

Preferia chegar a casa a horas de jantar.

Pare de se queixar e tente aproveitar a oportunidade. Mais tarde irá agradecer.

André deu a chamada por terminada e ligou o computador só para poder anotar a morada do local do crime.

◙◙◙

MINUTOS DEPOIS, ESTAVA no elevador, descendo até ao parque de estacionamento subterrâneo. Uma vez lá, dirigiu-se para o seu carro pessoal em vez da viatura de serviço que lhe estava atribuída. Não era assim que a norma ditava, mas a última coisa que lhe apetecia era perder ainda mais tempo a ir até ao Barreiro visitar a cena do crime, voltar para Setúbal, trocar de carro, e só então seguir para Almada.

O relatório enviado por correio electrónico era tão vago que quase se tornava inútil. Segundo este, a Polícia Urbana do Barreiro tinha recebido uma denúncia anónima de invasão de propriedade privada e encontrara