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Novelas Adultas 2: Coletânea
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Novelas Adultas 2: Coletânea
E-book236 páginas3 horas

Novelas Adultas 2: Coletânea

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Sobre este e-book

Amor, romance e sexo tratados sem preconceito.A MARATONA DO SEXOA MULHER IDEALADIVINHE QUEM VEM PARA TRANSAR
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de mar. de 2022
ISBN9781526053275
Novelas Adultas 2: Coletânea

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    Novelas Adultas 2 - L P Baçan

    A MARATONA DO SEXO

    CAPÍTULO 1

    E, de repente, os acontecimentos de seis meses atrás voltavam á mente de Oliver Bennet. Momentos difíceis de tensão e medo pareciam saltar das linhas daquele papel á sua frente, mesclados ao sabor sensual de uma aventura que se iniciara num clima que Oliver jamais esperava reviver.

    No entanto, ali estava, na cópia daquela carta que Karen Gougal, a loura e suave Karen Dougal, lhe remetera há seis meses atrás.

    Fora logo após a volta dos dois para os Estados Unidos, após viverem juntos aqueles momentos que quase abalaram a um ponto insustentável as relações americanas com o Irã.

    Iniciava-se ali um aventura que passara rapidamente, mas que fora intensamente vivida pelos dois ao longo de uma semana ou duas.

    Oliver já nem se lembrava mais de quantos dias haviam passados juntos naquela praia particular. Podia se lembrar, porém, de modo arrebatado e total com que haviam se amado. A sensualidade podia explodir a qualquer momento entre eles, e se atiravam a ela com a liberdade de dois seres que apenas precisavam viver um para o outro.

    Em momento algum a noção de que cedo ou tarde aquela ligação terminaria os havia incomodado. Não se importavam com o que viria amanhã. Viviam apenas o presente, indo fundo na realização de seus anseios mais íntimos.

    Oliver deixou a cópia da carta sobre a mesa, depois reclinou-se em sua confortável cadeira numa sala de sede do Partido Democrático, no centro de Nova Iorque.

    Era o bastante fechar os olhos para se lembrar de Karen, de seu corpo extremamente sensual e bem cuidado. ele a tivera nua diante dos olhos dia após dia. Aquela imagem estava gravada em suas retinas e, ainda naquele momento, despertava-lhe emoções não de todo satisfeitas.

    Se estendesse uma das mãos, estava seguro de que poderia tocar os cabelos dela. Eram louros e finos, não muito longos e, quando molhados, colavam-se ao seu rosto e a faziam parecer apenas uma adolescente sensual e apaixonada.

    Por momentos, aquele perfume pareceu envolver Oliver, como se a presença de Karen fosse real, terrivelmente real, deliciosamente real.

    Tocá-la, naquele momento, parecia possível. Sentir sua pele de novo, acetinada e morna, percorrer os contornos de seu corpo, beliscar aqueles seios redondos e rijos, de bicos aureolados com uma graça erótica perfeita.

    Tomá-la nos braços, ama-la sobre a areia, dentro da água, no banheiro, no alpendre da casa, no carro, na relva, num barco, tudo lhe parecia apenas uma questão de sugestão. Karen era de uma sensualidade fogosa explosiva. Na realidade era muito diferente daquela garota assustado que ele acabara e beijara numa sala da Embaixada americana no Irã.

    Como começara tudo mesmo? Era difícil ainda determinar. Os ânimos estavam acirrados. Os iranianos queriam a cabeça de Xá a todo custo.

    Pobre homem! Sua peregrinação pelo mundo em busca de paz se assemelhava à fuga desesperada de criminosos nazistas há muitos e muitos anos.

    Onde quer que fosse havia pressões, havia protestos, como se sua figura fosse maldita. Não lutava contra o desejo de um pais que desejava puni-lo. Lutava praticamente contra o mundo que, por sua vez, era pressionado por um argumento poderoso: o petróleo iraniano.

    Mas isso não vinha ao caso. Era apenas um detalhe. Fera apenas um detalhe. Ninguém realmente entendeu o que acontecia, quando aquela turba excitada e furiosa invadiu o prédio da embaixada, até então considerada inviolável.

    Oliver era o assistente do embaixador, e sua atuação naqueles dias de tensão lhe valiam, agora, a indicação para uma cadeira ao Senado, pelo Partido Democrata. Sua campanha estava em andamento. Seu comitê trabalhava febrilmente. Contava com o apoio de pessoas influentes. Recebera doações importantes. Tudo estava em andamento.

    Dizer que aquela carta e, talvez as outras que se seguiram pudessem significar o fim de todos os seus planos...

    Simplesmente não entendia. Havia destruído todas as cartas que recebera de Karen. Alguém, antes que ele fizesse aquilo, na certa havia tirado aquelas cópias, usando-as agora para chantageá-lo.

    O pedido era modesto, apenas mil dólares, mas Oliver sabia que era o começo. Se ele pagasse, estaria reconhecendo a culpa e, fatalmente, cedo ou tarde, em algum ponto de sua campanha, aquelas cartas viriam a público e ele estaria simplesmente acabado politicamente.

    Bateram na porta antes de abri-la. Uma garota de olhos grandes, expressivos e meigos, adiantou-se com um bloco de notas em suas mãos.

    — Bom dia, senhor! — disse ela, com certa timidez.

    — Senador? Acho que ainda é cedo para isso, não?

    — Estamos certos de sua eleição, senhor.

    — Não estou certo de termos sido apresentados — falou ele, examinando-a com atenção.

    Vestia-se bem, sem apelas para seus artifícios de mulher, mas, talvez por isso mesmo, fosse atraente. Aquele ar de meiguice em seus olhos, aquele corpo elástico e esbelto, aquela juventude decidida no rosto, tudo isso chamava a atenção.

    — Oh, desculpe-me — pediu ela, ligeiramente encabulada. — Sou Ruth Venturini...

    — Isso quer dizer que tenho o apoio dos Italianos, não?

    — Posso falar por meus parentes todos, senador...

    — Pare de me chamar de senador. Meu primeiro nome é Oliver, está bem? Não sou tão velho assim...

    — Claro que não senhor — disse ela com uma expressão levemente marota nos olhos.

    — Marjorie não pode vir hoje... Estou substituindo-a.

    — O que houve com ela?

    — Problemas com a família. Acho que o irmão adoeceu e...

    — Veja se ela precisa de alguma coisa. Marjorie é uma secretária eficiente e merece todo o meu apoio, está bem?

    — Sim, cuidarei disso.

    — Muito bem, Ruth. Tem a agenda para hoje?

    — Sim, aqui está o rascunho — disse a garota, passando-lhe o bloco de notas.

    Oliver não pode deixar de notar as mãos finas e delicadas. Unhas bem cuidadas e pintadas sem exagero. Tomou o bloco de notas e o depositou sobre a escrivaninha, diante dos olhos.

    Examinou a caligrafia fina e feminina.

    — Sente-se, Ruth. Costumo demorar um pouco — riu ele, procurando ser amável.

    — Obrigado, senhor.

    — Oliver, por favor.

    — Obrigado, Oliver! — corrigiu ela e seu tom de voz revelou uma emoção que Oliver não percebeu, no entanto.

    Seus olhos estavam fixos na caligrafia que o fazia se lembrar de outra, a de Karen. Não esperava vê-la quando voltasse aos Estados Unidos.

    Havia muito a ser feito. Fora entrevistado pelos homens do Pentágono, pela Comissão de Defesa Nacional, pelo próprio Senador, por Jornalistas. Todos queriam saber de sua participação importante nos acontecimentos da Embaixada.

    Aquela carta, ao chegar, caiu-lhe como uma sugestão do céu, uma espécie de trégua naquele mundo atribulado em que se metera.

    Karen Dougal, pesquisadora política da Universidade do Estado de Nova Iorque, uma mulher inteligente, ardente, sedutora, livre, principalmente.

    Lembrar-se dela, durante aqueles dias na praia, era reviver a hesitação constante. Sim, ela se mostrara bem diferente daquela garota assustada que conhecera numa sala da Embaixada, quando os dois trancados ali, elaboravam um documento de apoio às reivindicações dos estudantes iranianos.

    Fora uma questão de diplomacia. Uma diplomacia muito bem pensada que salvara as relações Estados Unidos-Irã. Em momento algum Oliver se simpatizava com aqueles estudantes nem com o gesto fanático e agressivo ímpetrado por eles.

    Pensou, porém, friamente. Os petróleo Iraniano era importante para os Estados Unidos e... Ora, não era preciso lembrar isso. Sua atuação fora acertada. a prova era sua popularidade crescente e sua quase certa eleição para o Senado.

    A questão se resumia agora em Karen e na carta que ele tinha diante de si, ao lado do bloco de notas de Ruth Venturini.

    Algo, então, veio-lhe à mente. Se recebera uma cópia da carta, se lhe faziam pressão agora, possivelmente Karen estivesse vivendo o mesmo tipo de coisas.

    Se a tivessem deixado em paz, isso não queria dizer que ela estava a salvo e todas as conseqüências da publicação daquilo.

    Soubera que Karen se casara há pouco mais de três meses.

    Seu marido era um alto, funcionário da Universidade. Se aquelas cartas fossem publicadas, haveria problemas para ela e o esposo, e isso seria terrivelmente embaraçoso.

    — Ruth, quero que faça algo para mim. Procure o telefone da Sra. Karen Dougal... Não, espere. Este era o nome de solteira. Ela se chama Karen Klinski. Trabalha na Universidade, seu esposo é o diretor de compras e contratações, se não me engano...

    — Farei isso agora mesmo, enquanto termina a leitura da agenda, está bem? Se observar, verá que seu primeiro compromisso é dentro de meia hora.

    — Sim, claro — confirmou ele.

    Ruth deixou a sala. Oliver abandonou a leitura da agenda e desviou os olhos para a cópia da carta. Seus pensamentos se voltaram para aquela tarde, há seis meses mais ou menos...

    Os estudantes armados haviam trancado os dois naquela sala, ordenando-lhes que preparassem um documento onde se mostrassem simpáticos às reivindicações deles.

    Oliver não sabia por que ele e Karen haviam sido escolhidos para aquilo, mas isso nunca importou realmente. Na época chegou a agradecer aquilo.

    — Sou Oliver Bennet — apresentara-se.

    — Karen Dougal, pesquisadora política, de passagem — respondera ela, com a voz trêmula e o rosto assustado. — O que acha que vão fazer conosco.

    — Tudo vai acabar bem, você verá — dissera ele, procurando tranquilizá-la, já que percebia nela a iminência de uma explosão emocional.

    — Eu estou com tanto medo — balbuciara ela, toda nervosa.

    Oliver não sabia por que havia estendido os braços para ela. Talvez por desejar encorajá-la, talvez por estar assustada também e desejar coragem.

    O fato foi que ela se atirou nos braços dele, quase histérica, apertando-se a ele, inquieta e fora de controle. Oliver a apertou em seus braços.

    — Hei, fique calma, tudo vai acabar bem...

    — O que eles querem afinal? — indagara ela levantando os olhos para ele.

    Havia lágrimas escorrendo pelas faces da garota. Seu corpo trêmulo, a sugestão daquele abraço, o isolamento forçado, a tensão que viviam, tudo pareceu contribuir para que ele, num gesto que considerou depois impetuoso, a beijasse.

    Aquele beijo teve o poder de desencadear toda a tensão nervosa da garota, que se esfregou a ele, histérica e fogosa, entre soluços e suspiros.

    As mãos de Oliver haviam percorrido todo o corpo dela, acariciando os contornos, fazendo crescer uma excitação que esteve a ponto de se tornar irreversível entre os dois.

    Ele a beijara no rosto, no pescoço. Suas mãos haviam soltado o zíper do vestido dela e puxando as alças pelos seus ombros, semi descobrindo-lhe os seios.

    Ali Oliver havia depositado seus lábios...

    — Não, por favor! — dissera ela, trêmula, afastando-o, para ir se refugiar junto à janela.

    A multidão lá embaixo gritava seu apoio aos estudantes exigiam a entrega de Xá e criticava os Estados Unidos por acolhê-lo.

    Com movimentos nervosos ela havia se recomposto, mas deixara o zíper do vestido aberto às costas. Oliver foi até ela e suas mãos penetraram pela abertura, enlaçando-a pela cintura delgada e sexy.

    Ela suspirou e seu corpo sobressaltou-se.

    — Não, por favor! — pediu ela, debilmente.

    As mãos dele se retraíram lentamente, até tocarem o zíper e levá-los para cima.

    — Temos um trabalho, Karen.

    — eu sei, mas não devíamos participar disso...

    — Acho que tudo agora é uma questão de diplomacia. O que eles fizeram é imperdoável, mas não podemos deixar que a situação se agrave ainda mais.

    — Tem alguma idéia?

    — Em resumo, temos que concordar com eles, não há outra saída. O modo como fazer isso é importante. Venha, precisamos começar — dissera ele, com suavidade, aspirando aquele perfume envolvente que vinha dela.

    O mesmo perfume que, mais tarde após sua volta aos Estados Unidos, tivera oportunidade de aspirar intensamente, loucamente, apaixonadamente.

    A porta se abriu, sobressaltando-o. Ruth entrou com uma nota em suas mãos.

    — Aqui está o telefone dela. É professora na Universidade ainda. Quer que ligue para lá?

    — Não, deixe. eu mesmo farei isso — decidiu ele.

    — Já terminou a leitura da agenda? Seus assessores para a campanha estão ai fora. Há alguma coisa que pretenda discutir com eles?

    — Sim, claro. Vou vê-los daqui a pouco. Agora diga-me: meu advogado não deixou nenhum recado?

    — Não, nenhum.

    — Diabos! Isso é importante. Os jornais andam tocando no caso e não vão demorar para se aprofundar nele.

    — Refere-se a...

    — Ao meu divórcio. É preciso um acordo com minha esposa. Nosso casamento está falido, arruinado, acabado, mas o pedido de divórcio tem de ser retirado...

    — Manobra política — comentou ela, com certa decepção no tom de voz.

    — Sim, você sabe como essas coisas são importantes. Um homem que não sabe dirigir um casamento não sabe dirigir suas ações políticas... É o dito popular, não?

    — Eu sinto muito!

    — Eu sinto mais ainda, Ruth. A Sra. Mae Bennet não é uma pessoa agradável de se conviver... Incrivelmente preciso dela e ela vai tirar partido disso, estou certo.

    Ruth pensou em dizer algo, mas calou-se. Seus olhos se fixaram com enorme pena na figura do candidato a senado. A meiguice de seu olhar se acentuou, revelando uma ternura imensa.

    — Onde você trabalhava antes, Ruth? — indagou ele, dobrando a cópia da carta e guardando-a no bolso, junto com a nota onde estava o telefone de Karen.

    — No comitê estudantil...

    — Juventude politizada, não?

    — Sim.

    — Posso lhe perguntar sua idade?

    — Vinte e dois — disse ela, com um sorriso espontâneo nos lábios...

    Depois, aquele sorriso se transformou, ganhando ares atrevidos.

    — Posso agora perguntar a sua idade, Oliver?

    Ele a olhou curioso e surpreso, sorrindo em seguida. Parecia uma troca justa.

    — Trinta e oito. Isso quer dizer que, quando eu era um adolescente, você estava nascendo...

    — O que, afinal, não quer dizer nada, não? — respondeu ela, com uma seriedade que Oliver não entendeu.

    Muito bem, Ruth — disse ele, após ligeira hesitação, quando examinou com atenção o brilho meigo daquele olhar. — Mande entrar meus assessores. Além disso, veja se localiza meu advogado. É importante que eu fale com ele hoje mesmo, está bem?

    CAPÍTULO 2

    Robert Wolff era o elemento-chave na equipe de Oliver. Havia participado nas eleições de todos os membros da família Kennedy que se lançaram na política, de John a Edward. Conhecia os bastidores de uma eleição, seus segredos seus truques, suas jogada escusas, a melhor maneira de tirar partido de uma situação.

    Era um homem experiente, de olhos vivos e sagazes, uma aparente calma em seu rosto inexpressivo que, nos momentos de ação, ganhavam o ar resoluto de um jogador de futebol que se lançassem numa corrida certa na direção do gol.

    Após a saida dos outros membros da equipe, cada qual com uma missão definida para aquele dia, Oliver pediu-lhe que ficasse por instantes.

    Robert acendeu um cigarro, foi até a janela e, de costas para Oliver, comentou:

    — Deve ser sério, não?

    — Como? — indagou Oliver, sem entender.

    — O problema que tem a me contar.

    — Você percebeu, não? — disse Oliver, com um suspiro cansado e desolado.

    — Sim, não podia deixar de perceber. Estava escrito em seu rosto. Agora vamos ver de que se trata. Coisas assim me fascinam. Gosto de problemas insolúveis — riu Robert, indo sentar-se diante do amigo.

    — Tudo começou em Teerã. Naquela oportunidade... — continuou Oliver, pondo Robert a par de tudo que acontecia e, finalmente, exibindo-lhe a carta.

    — Cópia xerográfica... Você ainda tem o original?

    — Não, eu a destrui, assim como as outras...

    — Há mais?

    — Sim após o período que passamos juntos, Karen me mandou outras cartas... mais comprometedoras ainda.

    — O velho truque da chantagem... quanto pediram mesmo?

    — Mil dólares! Em cheque!

    — Cheque? Faz e não faz sentido — comentou Robert, olhando Oliver com apreessão.

    — como assim?

    — Temos muitas explicações. Ou seu chantagista é um inexperiente ou se trata de uma jogada para comprometê-lo politicamente.

    — Posso entender as duas, mas qual delas seria.

    — Talvez as duas.

    — Quando terá que fazer o pagamento?

    — Segundo o bilhete que acompanhou a cópia da carta, amanhã.

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