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Amor ou Traição
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E-book86 páginas1 hora

Amor ou Traição

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Sobre este e-book

Oliver já nem se lembrava mais de quantos dias haviam passados juntos naquela praia particular. Podia se lembrar, porém, do modo arrebatado e total com que haviam se amado. A sensualidade explodia a qualquer momento entre eles e se atiravam a ela com a liberdade de dois seres que apenas precisavam viver um para o outro.Em momento algum a noção de que cedo ou tarde aquela ligação terminaria os havia incomodado. Não se importavam com o que viria amanhã. Viviam apenas o presente, indo fundo na realização de seus anseios mais íntimos.Poderia o que fora um sonho apaixonante se transformar em um pesadelo de traição?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de mar. de 2022
ISBN9781526055736
Amor ou Traição

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    Amor ou Traição - L P Baçan

    Capítulo 1

         E, de repente, os acontecimentos de seis meses atrás voltavam à mente de Oliver Bennet. Momentos difíceis de tensão e medo pareciam saltar das linhas daquele papel a sua frente, mesclados ao sabor sensual de uma aventura que se iniciara num clima que Oliver jamais esperava reviver.

         No entanto, ali estava, na cópia daquela carta que Karen Dougal, a loura e suave Karen Dougal, lhe remetera há seis meses.

         Fora logo após a volta dos dois para os Estados Unidos, após viverem juntos aqueles momentos que quase abalaram a um ponto insustentável as relações americanas com o Irã.

         Iniciava-se ali uma aventura que passara rapidamente, mas que fora intensamente vivida pelos dois ao longo de uma semana ou duas.

         Oliver já nem se lembrava mais de quantos dias haviam passados juntos naquela praia particular. Podia se lembrar, porém, do modo arrebatador e total com que haviam se amado. A sensualidade explodia a qualquer momento entre eles e se atiravam a ela com a liberdade de dois seres que apenas precisavam viver um para o outro.

         Em momento algum a noção de que cedo ou tarde aquela ligação terminaria os havia incomodado. Não se importavam com o que viria amanhã. Viviam apenas o presente, indo fundo na realização de seus anseios mais íntimos.

         Oliver deixou a cópia da carta sobre a mesa, depois reclinou-se em sua confortável cadeira numa sala de sede do Partido Democrático, no centro de Nova Iorque.

         Era o bastante fechar os olhos para se lembrar de Karen, de seu corpo extremamente sensual e bem cuidado. Ele a tivera nua diante dos olhos dia após dia. Aquela imagem estava gravada em suas retinas e, ainda naquele momento, despertava-lhe emoções não de todo satisfeitas.

         Se estendesse uma das mãos, estava seguro de que poderia tocar os cabelos dela. Eram louros e finos, não muito longos e, quando molhados, colavam-se ao seu rosto e a faziam parecer apenas uma adolescente sensual e apaixonada.

         Por momentos, aquele perfume pareceu envolver Oliver, como se a presença de Karen fosse real, terrivelmente real, deliciosamente real.

         Tocá-la, naquele momento, parecia possível. Sentir sua pele de novo, acetinada e morna, percorrer os contornos de seu corpo, beliscar aqueles seios redondos e rijos, de bicos aureolados com uma graça erótica perfeita.

         Tomá-la nos braços, amá-la sobre a areia, dentro da água, no banheiro, no alpendre da casa, no carro, na relva, num barco, tudo lhe parecia apenas uma questão de sugestão. Karen era de uma sensualidade fogosa e explosiva. Na realidade era muito diferente daquela garota assustado que ele achara e beijara numa sala da Embaixada americana no Irã.

         Como começara tudo mesmo? Era difícil ainda determinar. Os ânimos estavam acirrados. Os iranianos queriam a cabeça do Xá a todo custo.

         Pobre homem! Sua peregrinação pelo mundo em busca de paz se assemelhava à fuga desesperada de criminosos nazistas há muitos e muitos anos.

         Onde quer que fosse havia pressões, havia protestos, como se sua figura fosse maldita. Não lutava contra o desejo de um país que desejava puni-lo. Lutava praticamente contra o mundo que, por sua vez, era pressionado por um argumento poderoso: o petróleo iraniano.

         Mas isso não vinha ao caso. Era apenas um detalhe. Fora apenas um detalhe. Ninguém realmente entendeu o que acontecia, quando aquela turba excitada e furiosa invadiu o prédio da embaixada, até então considerada inviolável.

         Oliver era o assistente do embaixador e sua atuação naqueles dias de tensão lhe valiam, agora, a indicação para uma cadeira no Senado pelo Partido Democrata. Sua campanha estava em andamento. Seu comitê trabalhava febrilmente. Contava com o apoio de pessoas influentes. Recebera doações importantes. Tudo estava em andamento.

    Aquela carta e, talvez as outras que se seguiram poderiam significar o fim de todos os seus planos.

         Simplesmente não entendia. Havia destruído todas as cartas que recebera de Karen. Alguém, antes que ele fizesse aquilo, na certa havia tirado aquelas cópias, usando-as agora para chantageá-lo.

         O pedido era modesto, apenas mil dólares, mas Oliver sabia que era o começo. Se ele pagasse, estaria reconhecendo a culpa e, fatalmente, cedo ou tarde, em algum ponto de sua campanha, aquelas cartas viriam a público e ele estaria simplesmente acabado politicamente.

         Bateram na porta antes de abri-la. Uma garota de olhos grandes, expressivos e meigos, adiantou-se com um bloco de notas em suas mãos.

         — Bom dia, senador! — disse ela, com certa timidez.

         — Senador? Acho que ainda é cedo para isso, não?

         — Estamos certos de sua eleição, senhor.

         — Não estou certo de termos sido apresentados — falou ele, examinando-a com atenção.

         Vestia-se bem, sem apelas para seus artifícios de mulher, mas, talvez por isso mesmo, fosse atraente. Aquele ar de meiguice em seus olhos, aquele corpo elástico e esbelto, aquela juventude decidida no rosto, tudo isso chamava a atenção.

         — Oh, desculpe-me! — pediu ela, ligeiramente encabulada. — Sou Ruth Venturini.

         — Isso quer dizer que tenho o apoio dos italianos, não?

         — Posso falar por meus parentes todos, senador.

         — Pare de me chamar de senador. Meu primeiro nome é Oliver, está bem? Não sou tão velho assim.

         — Claro que não, senhor — disse ela com uma expressão levemente marota nos olhos.

         — Marjorie não pode vir hoje. Eu a estou substituindo.

         — O que houve com ela?

         — Problemas com a família. Acho que o irmão adoeceu e...

         — Veja se ela precisa de alguma coisa. Marjorie é uma secretária eficiente e merece todo o meu apoio,

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