A virtude laureada: Drama Recitado no Theatro do Salitre
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A virtude laureada - Manuel Maria Barbosa du Bocage
Manuel Maria Barbosa du Bocage
A virtude laureada
Drama Recitado no Theatro do Salitre
Publicado pela Editora Good Press, 2022
goodpress@okpublishing.info
EAN 4064066406363
Índice de conteúdo
ADVERTENCIA.
*EPISTOLA.*
*ACTORES.*
*ACTO UNICO.*
*SCENA I.*
*SCENA II.*
*SCENA III.*
*SCENA IV.*
*SCENA V.*
*SCENA VI.*
*SCENA ULTIMA.*
*SONETO.*
*SONETO.*
*SONETO.*
*SONETO.*
*SONETO.*
*SONETO.*
*SONETO.*
*ELOGIO AO PUBLICO*
*ODE*
*ODE*
*ODE*
*EPISTOLA*
*EPISTOLA.*
*EPISTOLA.*
*EPISTOLA.*
*SONETO.*
ADVERTENCIA.
Índice de conteúdo
Sería injustiça exigir o desempenho de todos os Preceitos Dramaticaes em huma composição deste genero, cujo merito essencial he aprazer aos olhos por meio do espectáculo, e variedade das Scenas.
Nudo… occurrit, per se pulcherrima, Virtus. Cardos. Cant. de Tripol.
* * * * *
Ao Reverendissimo Padre Mestre e Senhor Fr. José Marianno da Conceição Velloso.
*EPISTOLA.*
Índice de conteúdo
Qual d'entre as rôtas, náufragas cavernas
Do lenho que se abrio, desfez nas rochas,
Colhe affanoso, deploravel Nauta
Reliquias tenues, com que a vida estêe,
Em erma, ignota praia, a que aboiárão,
E onde a custo o remio propicia antenna:
Tal eu, que da Existencia o Pégo, o Abysmo,
(De que assomão, rebentão, rugem, fervem
Rochedos, Escarcéos, Tufões, e Raios)
Tal eu, que da Existencia o Mar sanhudo
Vi romper meu Baixel, e arremessar-me
A inhóspitos montões de estranha arêa,
Triste recolho os míseros sobêjos,
Com que esvaído alento instaure, esforce,
E avive os dias, que amorteço em mágoas.
Em ti, constante, desvelado Amigo,
Demando contra a Sorte asylo, e sombra;
Oh das Musas Fautor, de Flora Alumno!
(Rasgado o véo da Alegoria) estende
Ao Metro, que desvale, a Mão, que presta.
Se azas lhe deres, em suave adêjo
De Lysia ao seio, que a Virtude amima,
Della Cultores, voárão meus Versos,
E o Patrio, doce Amor ser-lhe-ha piedoso.
Bocage.
* * * * *
*ACTORES.*
Índice de conteúdo
A Sciencia.
A Hospitalidade.
A Indigencia.
A Policia.
A Libertinagem.
O Genio Lusitano.
* * * * *
*ACTO UNICO.*
Índice de conteúdo
Praça magnífica sobre as Margens do Téjo.
*SCENA I.*
Índice de conteúdo
A Sciencia por hum lado, e a Indigencia por outro, com a Hospitalidade.
Sciencia.
Eu, que elevo os Mortaes, e os esclarêço,
Que méço a Lua, o Sol, que o Mundo abranjo,
Que da vetusta Idade aclaro as sombras,
Que entro por seus arcanos, e revóco
D'entre o pó, d'entre a cinza, d'entre o Nada
Ao Seculo vivente as Eras mortas;
Que dócil fiz o indómito Oceano,
Abysmo de pavor, de bôjo immenso,
Que só por alta Lei não sorve a Terra;
Eu, do grão Jove, Confidente e Imagem,
Que do Fado os Mysterios desarreigo,
E co'a Moral dos Ceos cultivo o Globo;
Eu, a Sciencia, eu Fonte, eu Mãi