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Empreendedorismo, Responsabilidade Social e Tecnologia
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Empreendedorismo, Responsabilidade Social e Tecnologia
E-book310 páginas3 horas

Empreendedorismo, Responsabilidade Social e Tecnologia

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Sobre este e-book

A obra é composta por 15 capítulos que, divididos em três partes, nos proporcionam uma reflexão informada sobre as questões atuais com que nos confrontamos no contexto do empreendedorismo e da responsabilidade social e qual o papel que a tecnologia pode assumir como elemento central no aproveitamento das oportunidades de negócio, com uma consciência coletiva e social. Escrevem nesta obra: Alexandre de Souza Tavares; Ana Margarida Fonseca; Andréa Netto Sala; Andréia Santos; António Cardoso; Atais Maria Oliveira Mota; Gisleise Nogueira de Aguiar; Inácio de Assis Cordeiro; João Lucas de Aguiar Amorin; Joelma da Silva Marques; Jucilene Marques Nogueira; Luis Borges Gouveia; Luis Gouveia; Márcio Carneiro de Mesquita; Maria de Lourdes Ferreira Carvalho; Maria Hozana Braga Palma; Miguel Trigo; Paulo Cardoso; Valeria Pessoa; e Vanderlândia Tomaz de Souza.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de mar. de 2022
ISBN9786553870000
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    Pré-visualização do livro

    Empreendedorismo, Responsabilidade Social e Tecnologia - Conhecimento Livraria e Distribuidora

    PARTE I

    EMPREENDEDORISMO

    A Importância dada à Gestão Estratégica pelas Micro e Pequenas Empresas

    Jucilene Marques Nogueira [1]

    1. Introdução

    A Gestão Estratégica para as micro e pequenas empresas surge como uma organização que corrobora com o processo de cumprimento de metas. O planejamento estratégico, para além de direcionar uma organização, traz para às instituições uma ferramenta que contribui com a competitividade e os bons resultados.

    Neste ínterim, o planejamento auxilia e, ao mesmo tempo, proporciona a uma empresa o seu suporte nas diversas esferas empresariais. Para tanto, o objetivo geral desse capítulo é analisar a importância dada à Gestão Estratégica por parte das micro e pequenas empresas na cidade de Santarém do Pará.

    Ao tratar-se de Gestão Estratégica, o que logo se desenha nas mentes é uma equação, de que, não se deve considerar apenas os objetivos traçados pela empresa e sim, a organização como um todo, levando-se em conta, todos os envolvidos no processo.

    Espera-se que as micro e pequenas empresas permitam de fato conhecer o cenário atual de sua gestão e, desenvolvam um planejamento estratégico que possa contribuir para uma gestão mais eficaz.

    2. Estratégica e Gestão Estratégica

    Estratégica pode-se entender que é desenvolvida num processo de Gestão Estratégica, no qual os gestores escolhem um conjunto de ações para a empresa prosseguir a sua visão (Serra et al., 2012, p.8).

    A Gestão vem sendo a prática de alinhar propósitos, pessoas e processos através de decisões, atividades, recursos, informações, relacionamentos e avaliações, tudo com suporte digital. Neste sentido, uma gestão bem-sucedida leva à diferenciação competitiva de uma empresa (Meirelles e Gonçalves, 2013, p.5).

    Para Freire (1997) uma Gestão Estratégica eficaz, necessita de um desenvolvimento empresarial que possa traçar estratégias que envolvam os produtos, o mercado, a internacionalização e inclusive, a análise e avaliação internas, para avaliar a qualidade de seus serviços. Diante disso, tanto a estratégia dos negócios como a estratégia corporativa de uma empresa podem ser executadas através de desenvolvimento interno ou externo (Freire, 1997, p.405).

    A estratégia dos negócios tem o seu foco no produto de mercado, com o viés vertical que se encontra relacionado ao desenvolvimento interno (Freire, 1997), já a estratégia corporativa, já tem em seu objetivo, a busca pelo melhor desempenho e rendibilidade, apoiando sempre o esforço, a criação e a competitividade (Serra et al., 2010).

    Nesta linha, Freire (1997) nos apresenta como ocorre a estratégia e o desenvolvimento empresarial do ponto de vista da Estratégia de Negócios e na Estratégia Corporativa, como verifica-se na figura 1:

    Figura 1.Estratégia e Desenvolvimento Empresarial

    Fonte: Freire (1997, p.406).

    Percebe-se na Figura 1, que há dois tipos de desenvolvimento, o interno ligado na estratégia do negócio e o externo, voltado para a estratégia corporativa. Todos os caminhos descritos pelo autor, necessitam da análise dos benefícios, custos e riscos de uma organização.

    Muitas empresas fracassam por falta de gestão empresarial, agregando isso à falta de conhecimento e direcionamento do ponto de partida. Muitos empresários enxergam a empresa como mecanismo financeiro, esquecendo de trabalhar para a saúde e sobrevivência de seu empreendimento. Nesta linha,

    Gestão Estratégica é uma forma de acrescentar novos elementos de reflexão e ação sistemática e continuada, a fim de avaliar a situação, elaborar projetos de mudanças estratégicas, acompanhar e gerenciar os passos de implementação. Como o próprio nome diz, é uma forma de gerir toda uma organização, com foco em ações estratégicas em todas as áreas (Oliveira, 2014, p.17).

    Levando-se em consideração que, se deve inovar e reinventar sempre para viabilizar a manutenção de um mercado tão competitivo. De acordo com Kim e Mauborgne (2005), o importante é voltar para as empresas e desenhar alternativas, de preferência de forma colaborativa com parceiros externos e internos (utilizando inovação aberta), sendo esse um modelo de pensamento que mostra que a melhor forma de superar a concorrência é deixando de tentar superá-la, buscando direcionar o negócio para mercados que oferecem resultados mais eficientes; explorando mercados, onde não exista concorrência, indo além da necessidade de se criar um produto ou serviço.

    3. Passos da Gestão Estratégica

    Para Serra et al. (2010), um líder necessita buscar um foco estratégico que possa garantir o funcionamento e a sustentação de uma cultura organizacional e isso inclui os sistemas de controle, que ajudam a ajustar as acções de modo a conseguir melhor eficiência, qualidade, inovação e adaptação ao cliente (Serra et al., 2010, p.311).

    Figura 2. Passos na Gestão Estratégica

    Fonte: Serra et al. (2010, p.43).

    Os autores trazem na figura acima, os passos de uma Gestão Estratégica de qualidade. Esse planejamento envolve a definição dos objetivos, a visão e a missão de uma empresa, até o seu monitoramento, que envolve a avaliação e a tomada de decisões corretivas e os processos de melhorias que possam contribuir com a manutenção e implementação da estratégia.

    Os passos da Gestão Estratégica dá-se com a junção da Gestão e a Estratégia em uma empresa. Para tanto, torna-se necessário contextualizar sobre a definição dessas palavras que contribuem para o processo de sucesso das empresas. Para Chiavenato (2010), uma gestão busca atingir os objetivos de uma empresa, valorizando seus colaboradores, as habilidades e competência dos sujeitos e a competitividade.

    O conceito de estratégia, segundo Serra et al. (2010, p.5) se encontra no grego antigo em que a palavra estratégia, significa a qualidade e a habilidade do general, ou seja, a capacidade do comandante organizar e levar a cabo, as campanhas militares.

    De acordo com Meirelles e Gonçalves (2013), a Gestão Estratégica tem como missão a de identificar a personalidade do momento atual e no futuro de cada empresa, trata-se como recolher todos os dados de diferentes atividades da empresa, pois faz parte do sistema de valores.

    3.1. Estabelecer uma visão e missão estratégica

    Segundo Lobato (2003), a visão em uma organização pode ser interpretada como o ponto de partida para se planejar toda a estratégia, e isso só é possível quando o empreendedor tem uma visão do futuro que culmina na motivação da empresa.

    Do ponto de vista de Serra et al. (2010), a visão e a missão são utilizadas pelas empresas para transmitir onde se quer chegar, a sua ideologia e os seu valores, tanto ao público interno como externo (Serra et al., 2010, p.68).

    A missão por sua vez, pode ser apresentada de forma ampla ou restrita. A distinção de ambas, são: a missão restrita define o propósito da empresa de modo claro, mas restritivo. É uma declaração de longo prazo quanto aos propósitos da empresa, e deve deixar claro qual o escopo (ou âmbito) da operação (Serra et al., 2010, p.68).

    3.2. Definir objetivos

    No que se refere aos objetivos em uma Gestão Estratégica, esses se resultam na sua classificação que pode ser segundo a sua natureza, o prazo e a forma que são considerados os objetivos quantitativos e os qualitativos, conforme seu parâmetro de mensuração (Lobato, 2003).

    E ao traçar os objetivos e metas, a empresa determina onde quer chegar, definindo os caminhos a serem percorridos, assim como onde não quer estar, evitando esses caminhos, assegurando que todos remem para a mesma direção, definindo o ponto de chegada, contribuindo assim, para uma organização e um plano de ação mais assertivo (Lobato, 2003).

    Para Duarte et al. (2016), os objetivos são estabelecidos na fase de planejamento, os quais devem ser desafiadores, porém, realistas e com condições de serem alcançados. Para isso, há a necessidade de que sejam estabelecidos objetivos bem definidos, comunicados a todos os envolvidos com clareza, precisão, objetividade e simplicidade.

    3.3. Moldar a estratégia aos objetivos

    Moldar a estratégia aos objetivos envolve a visão sistêmica da organização, as dificuldades de implementar as estratégias, o conhecimento da cultura organizacional. Para tanto, os objetivos são alcançados através de estratégias, que podem ser genéricas ou específicas (Serra et al., 2010, p.85).

    As estratégias gerenciais moldam a maneira de condução dos negócios da empresa, além de proporcionar um meio de ligar as ações que podem decidir uma deteminada rota. E sem estratégia, um gerente não tem um rumo previamente considerado para seguir e nem um programa de ação unificado para produzir os resultados desejados.

    3.4. Implementar e executar a estratégia

    Para Serra et al. (2010), a implementação de uma estratégia requer a visão sistemática da organização, o conhecimento acerca das dificuldades que ela passa, o conhecimento da cultura organizacional e os sistemas de controle e estrutura organizacional.

    A implementação da estratégia é fundamental para o sucesso da empresa, pois se a estratégia geral não funcionar com a estrutura atual do negócio, uma nova estrutura deve ser instalada no início dessa etapa. Todos dentro da organização devem ter clareza sobre suas responsabilidades e deveres e como isso, se ajusta ao objetivo geral. Além disso, todos os recursos para a empresa devem ser garantidos neste momento.

    A implementação é o último passo para uma Gestão Estratégica. O resultado conduz todo o processo que envolve as ações e a concretização das mudanças, como verifica-se abaixo:

    Figura 3. Elementos a considerar na implementação da estratégia

    (Serra et al., 2010, p.308) cit. in Raps, A. (2004) Implementing strategy. Strategic Finance. June, pp.49-53 e Hill, C e Jones, G. (2005) Strategic management: An integrated approach, Houghton Mifflin.

    É possível perceber que os elementos que constituem a estratégia organizacional têm como ponto de partida, a coordenação e motivação dos trabalhadores. Embora o foco esteja centralizado nas quatro dimensões apresentadas: 1. Estrutura Organizacional; 2. Cultura Organizacional; 3. Sistemas de Controle e 4 Pessoas, essas se encontram interligadas a eficiência, inovação e qualidade dos produtos e serviços.

    Em uma Gestão Estratégica é necessário conhecer dois conceitos, o de Estratégia e o de Planejamento Estratégico. Segundo Santos et al. (2012), a estratégia é uma busca deliberada de um plano de ação para desenvolver e ajustar a vantagem competitiva de uma empresa, sendo esta uma vantagem que deve ser significativa em relação às empresas que exploram o mercado, buscando-se com isso, criar valores que diferenciem a organização de seus concorrentes e, assim, gerando uma vantagem competitiva. De acordo ainda com o autor, a formação das estratégias ocorre em duas direções: uma deliberada e outra emergente. A diferença fundamental entre a estratégia deliberada e a emergente é que, enquanto a primeira enfatiza o planejamento, a direção e o controle, fazendo com que se realizem intenções, a última, permite a noção de aprendizado estratégico, ou seja, as empresas se desenvolvem à medida que o ambiente competitivo gera novos cenários de atuação.

    Segundo Santos et al. (2012), um dos grandes problemas da pequena empresa é a falta de competência para dominar todas as etapas da cadeia de valor, além da própria capacidade de gestão de todas as suas etapas. O autor afirma ainda que, a literatura sobre estratégias em pequenas empresas é influenciada por uma abordagem de natureza empreendedora que reconhece a influência do comportamento individual do dirigente sobre o processo de formulação e implementação da estratégia.

    Diante dos conceitos sobre Gestão Estratégica, pode-se afirmar que a aplicação do planejamento estratégico nas empresas de pequeno porte, alienado a um plano de negócios com suportes administrativos e profissionais competentes, podem viabilizar a prosperidade e manutenção do negócio. Teixeira e Chaves (2019) ainda salientam que:

    As pequenas empresas possuem como preocupação a falta de conhecimento por parte de seus gestores de métodos e instrumentos relacionados a este tipo de planejamento quando comparados às grandes empresas, que possuem um acesso maior e mais facilitado às informações gerenciais, e ainda contam com setores e profissionais mais bem preparados e bem estruturados, que podem elaborar e apoiar o planejamento estratégico (Teixeira e Chaves, 2019, p.5).

    Observa-se que a falta de conhecimento tem sido um dos maiores problemas enfrentados pelas MPE, onde os empreendedores na sua maior parte, se preocupam apenas em vender e faturar, deixando de lado aspectos como investimento em tecnologia, treinamento e capacitação de pessoal, departamentalização dos setores, delegação de tarefas, acompanhamento dos resultados, em função de suas limitações, muitas empresas acabam fechando as portas sem mensurar o real motivo.

    3.5. Monitorizar, avaliar e tomar medidas corretivas

    A utilização de recursos de uma empresa de forma mais eficiente e eficaz faz com que haja a valorização do monitoramento, da avaliação e das medidas corretivas, a fim de garantir o controle mais eficaz de uma organização (Lobato, 2003).

    De acordo com Souto (2017), o monitoramento consiste no acompanhamento contínuo do desenvolvimento dos serviços, programas, projetos, benefícios e transferência de renda, a fim de disponibilizar informações e possibilitar a verificação sobre os objetivos e metas atingidos, possibilitando assim, o acesso às informações sobre a execução das ações planejadas às dificuldades encontradas e os resultados alcançados, favorecendo a revisão e a tomada de decisões pelo gestor.

    Neste sentido, uma das formas de realizar o controle estratégico é por meio dos indicadores de desempenho, sendo esses, ferramentas capazes de oferecer subsídios para avaliação do atingimento dos objetivos organizacionais, sendo possível com isso, mensurar como e se a organização está rumo ao cumprimento do seu planejamento estratégico (Borges, 2014).

    Segundo Fay (2011, p.3):

    A fase de avaliação é o processo pelo qual examina-se como e se a empresa está indo para a situação almejada. Em sentido amplo, está função abrange processos de avaliação de desempenho, comparação do desempenho real como os objetivos, desafios, metas e projetos estabelecidos, análise dos desvios dos objetivos, metas dos projetos e tomada de ação corretiva provocada pelas análises efetuadas, acompanhamento para avaliar a eficiência da ação de natureza corretiva e adição de informações ao processo de planejamento para desenvolver os ciclos futuros da atividade administrativa.

    Ainda de acordo com o autor, monitorar e avaliar significa melhorar as diversas atividades que ocorrem dentro da organização, identificando assim, problemas, falhas e avaliando se os resultados estão dentro do que foi planejado.

    Esse processo contribui para que seja tomada decisões preventivas, avaliando se há desvio do planejado, tendo a finalidade de corrigir ou evitar a sua reincidência.

    O monitoramento assegura que o controle interno continua a operar continuamente, sendo esse um processo que envolve a avaliação sobre o desenho e funcionamento dos processos a serem feitos por pessoas de forma gabaritada e dentro de uma periodicidade adequada, a fim de que ações necessárias possam ser tomadas (Fay, 2013).

    De acordo com Borges (2014), as medidas corretivas são atuações da organização que visa a manutenção do desempenho dentro dos padrões previamente traçados, garantindo que os resultados estejam de acordo com o que se pretendia alcançar. As ações corretivas são ferramentas que podem ajudar a melhorar o desempenho de uma empresa.

    Monitorar, avaliar e tomar medidas corretivas, serve de base para detectar erros, desperdícios ou irregularidades, possibilitando aos gestores julgar e avaliar tomadas de decisões mais assertivas.

    As ações de avaliação e controle de estratégias incluem medidas de desempenho, revisão consistente de questões internas e externas e ações corretivas, quando necessário. Qualquer avaliação bem-sucedida da estratégia começa com a definição dos parâmetros a serem medidos (Duarte et al., 2016).

    Sendo esta etapa, portanto, um tipo especial de controle organizacional que foca na monitorização e avaliação do processo de Gestão Estratégica em ordem para assegurar que tudo funcione adequadamente. Isto posto, tornando-se imprescindível para comparar os resultados alcançados com os resultados previstos, ou seja, se a estratégia adotada é mesmo a mais indicada e se está dando o retorno esperado. Visando com isso, tornar seguro as estratégias, fazendo com que tudo saia conforme o planejado.

    4. Modelo de Gestão Estratégica

    Um modelo de Gestão Estratégica constitui num planejamento estratégico das organizações, a definição de sua organização - visão, missão, valores e objetivos, a análise do ambiente interno e externo, a formulação da estratégia e a implementação, e controle da estratégia (Serra et al., 2010).

    Para Freire (1997) a longevidade de um empreendimento se encontra no seu plano estratégico, como verifica-se no modelo proposto pelo autor, na Figura 4:

    Figura 4. Modelo de Estratégia Empresarial

    Fonte: Freire (1997, p.44).

    A formulação da estratégia que envolve o meio e a análise da empresa, contribuem para uma visão mais ampla da empresa. Há por meio do fluxograma, uma sintonia da formulação da estratégia, com a missão/objetivos/estratégias que trazem por consequência, a estrutura organizacional de uma empresa. Para Freire (1997):

    À semelhança da abordagem tradicional, a atual visão da Gestão Estratégica continua a assentar na análise do meio envolvente e da empresa, na formulação da missão, objetivos e estratégia, na organização da estrutura e, por último, na implementação das orientações definidas. Em função do nível de desempenho alcançado, a estratégia é revista e a competitividade da empresa é gradualmente reforçada. A principal diferença de abordagem reside pois, não no conteúdo da Gestão Estratégica, mas no processo simultaneamente planificado e contingencial que lhe está subjacente (Freire, 1997, p.43).

    5. A estratégia e o planejamento estratégico

    O processo de uma Gestão Estratégica envolve o compromisso, as decisões e as ações que uma organização busca para ter ao final, o seu lucro. Para Serra et al. (2010, p.42) os lucros anormais ocorrem quando a empresa desenvolve uma estratégia que os competidores não estão a implementar, nesse sentido, há a necessidade de pensar os passos para esse sucesso.

    No que concerne o Planejamento Estratégico, para Teixeira e Chaves (2019), ele enfoca as medidas positivas que uma empresa pode tomar em relação ao ambiente em que ela esteja inserida, através da análise interna e externa deste ambiente, a fim de identificar seus pontos fortes e fracos de um lado, e por outro, identificar as ameaças e oportunidades.

    É de suma importância que, o empreendedor tenha a capacidade de analisar o ambiente o qual está inserido, tomando isso como medidas preventivas, para se manter diante dos concorrentes e adotando processos de melhorias diante de suas falhas.

    De acordo ainda com Teixeira e Chaves (2019), várias são as razões da crescente atenção que as empresas vêm dando a estratégia empresarial. Dentre elas, as causas mais relevantes que podem ser destacadas para o aumento do Planejamento Estratégico nas empresas, além de mudanças rápidas que ocorrem tanto nos ambientes econômicos, sociais, políticos e tecnológicos. Sendo assim, a empresa somente conseguirá se desenvolver se conseguir ajustar-se rapidamente a essa conjuntura, e o planejamento estratégico é uma técnica para que tais ajustes sejam feitos com inteligência.

    Para Freire (1997), o planejamento estratégico perpassa pela análise estratégica, na qual envolve o empreendedor, a sua ação e a ação da empresa, conforme a figura abaixo:

    Figura 5. Análise Estratégica

    Fonte: Freire (1997, p.312).

    A análise estratégica que é proposto no fluxograma de Freire (1997) traz uma reflexão sobre a natureza da estratégia de internacionalização, a integração, o pensamento estratégico e o mercado interno e externo.

    O Planejamento Estratégico deve ainda focar os recursos e principais ações para a consecução dos objetivos e metas da organização, isto para as pequenas empresas pode significar o diferencial entre se manter prosperando ou enfrentar uma série de problemas

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