Storytelling: As narrativas da memória na estratégia da Comunicação
De Rodrigo Cogo
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Sobre este e-book
São 174 páginas organizadas em três capítulos – "A confiança na comunicação sob impacto do multiprotagonismo", "História e memória organizacionais como lastro comunicativo" e "A elaboração discursiva da memória organizacional: o storytelling como paradigma narrativo" – organizando o raciocínio em torno da inserção do storytelling na estratégia comunicativa, buscando detectar formatos que podem funcionar melhor para contar histórias no ambiente de trabalho. Como tema de crescente interesse e debate, a ideia é consolidar o conceito de storytelling na perspectiva brasileira e diferenciar visões correntes, desenvolvendo a capacidade analítica do contexto de implantação de processos de storytelling e aprendendo e despertando os leitores a captar histórias circulantes no ambiente organizacional
O autor propõe o paradigma narrativo e o storytelling nas organizações e operacionaliza sua ideia com o uso da tecnologia social da memória como método de captação e registro do storytelling. É defendido o uso da contação de histórias no ambiente de trabalho como fator atrativo e democrático na escuta das diversas correntes de pensamento. O material inclui a proposta de uma matriz de elementos estruturantes de storytelling para facilitar a produção de materiais comunicativos mais assertivos.
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Pré-visualização do livro
Storytelling - Rodrigo Cogo
Todos os sofrimentos podem ser suportados se os convertermos numa história, ou se contarmos uma história sobre eles. Ser uma pessoa é ter uma história para contar
ISAK DINESEN, ESCRITORA
Dedico este livro
a Marcelo da Silva,
aos filhos-buldogues ingleses Francisca e Frederico
e a todos os meus alunos do curso de Storytelling e do MBA Aberje desde 2009.
Cada um a sua especial maneira,
vocês foram fundamentais.
sumário
PREFÁCIO
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
capítulo 1
A CONFIANÇA NA COMUNICAÇÃO SOB IMPACTO DO MULTIPROTAGONISMO
O cidadão multitarefa na sociedade da atenção
A comunicação organizacional como linguagem e diálogo
A fragmentação pós-moderna e os interlocutores sociais na comunicação integrada colaborativa
A organização humanizada como ambiente de histórias
Confiança como âncora da polifonia organizacional
O processo narrativo da estratégia e da transcendência na responsabilidade histórica
capítulo 2
HISTÓRIA E MEMÓRIA ORGANIZACIONAIS COMO LASTRO COMUNICATIVO
Entre o desejo de fruição do presente e a moda da memória
Memória organizacional e a seleção da história
capítulo 3
A ELABORAÇÃO DISCURSIVA DA MEMÓRIA ORGANIZACIONAL: O STORYTELLING COMO PARADIGMA NARRATIVO
A (re)valorização dos testemunhos
A narrativa da experiência e o sentido aberto
Espaço e conceitos de contação de histórias
Os interagentes ou usuários em experiências singulares
Metáforas, mitos, ritos, rituais, arquétipos e heróis na contação de histórias
O paradigma narrativo e o storytelling nas organizações
Tecnologia social da memória como método de captação e registro do storytelling
Uma proposta de matriz estruturante de elementos de storytelling
Embasamento metodológico
Afinamento de foco e aplicação de método
Coleta e enquadramento de dados e inferências
Proposta da matriz estruturante de elementos de storytelling
PARA REFLETIR
REFERÊNCIAS
prefácio
Um artífice da narrativa
por Paulo Nassar
Determinadas pessoas têm profundas ligações com aquilo que fazem. O ceramista, por exemplo, marca com as suas digitais a argila de suas obras. O jardineiro traz embaixo de suas unhas vestígios da terra revolvida por suas mãos e ferramentas. Quando olhamos o mundo do trabalho, intuímos que a longevidade profissional de alguém pode transcender a luta pelo pão e pelo abrigo cotidianos e significar amor e dedicação pelos objetivos da vida. Sabemos, também, que é possível estabelecer em um arco que abarca todas as carreiras vínculos entre a dedicação humana e o fazer bem. Assim tem sido a relação visceral que Rodrigo Cogo estabeleceu nos últimos dez anos com a matéria milenar que nos fez humanidade e civilização: a linguagem. Cogo é um amante das palavras.
Ele é uma das principais referências brasileiras no tema do storytelling no contexto da comunicação empresarial e das relações públicas. Esse status simbólico foi conquistado, também, a partir de sua dedicação à pesquisa acadêmica, em 2008, que eu tive o privilégio de orientar, no ambiente de minha pesquisa que vem sendo realizada dentro da interface entre Narrativa, Memória e História, dentro do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (PPGCOM ECA-USP), na Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo, que resultou em sua dissertação de Mestrado, base deste livro. À pesquisa acadêmica soma-se a sua atuação docente e profissional na Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE), instituição que desde o final dos anos 1990 tem se destacado no estudo das narrativas, promovendo esse tema por meio de congressos, fóruns e eventos nacionais e internacionais; nos seus veículos de comunicação; na edição do livro Memória de empresa: história e comunicação de mãos dadas, a construir o futuro das organizações (2004); e no apoio a grupos de pesquisas de inúmeras universidades, dentre eles o Grupo de Estudos de Novas Narrativas (GENN ECA-USP).
O trabalho teórico de Rodrigo Cogo tem tido uma influência abrangente e importante no cotidiano de empresas e instituições brasileiras na forma de cursos, produção de artigos em revistas científicas e profissionais. Sua tese central passa pela constatação de que a comunicação empresarial e as relações públicas produzidas no contexto da sociedade industrial estão em uma crise essencial, que se expressa principalmente por uma narrativa mecânica, interesseira, padronizada e descompromissada com o que de melhor a sociedade tem produzido nos campos da técnica, ética e estética.
Nesta obra, Cogo, a partir de seus estudos em diferentes interfaces da Comunicação – dentre elas, a História e a Memória, a Filosofia, a Antropologia, a Literatura e a Psicologia – selecionou, interpretou e expressou a sua opinião sobre mais de 200 autores brasileiros, franceses, norte-americanos, portugueses e hispânicos, estudiosos das questões que influenciam a criação, a produção e a circulação de narrativas e suas relações com os temas do pertencimento, do engajamento, da identidade pessoal e organizacional, em um período de tempo que se iniciou na tradição grega da retórica até o ambiente narrativo contemporâneo. Em um ambiente profissional que parcialmente naturalizou preconceitos, estereótipos e clichês demeritórios acerca da atividade acadêmica, Cogo tem mostrado a importância do pensamento de autores clássicos do campo das narrativas como norteador da boa comunicação. Tal reflexão me faz resgatar um aforismo do crítico austríaco Karl Kraus: junto a uma boa prática sempre existe uma boa teoria. Na minha perspectiva, incluem-se nisso pessoas boas. Rodrigo Cogo, além de um grande pesquisador, é um homem bom, cuidadoso de seus cães, que têm nome de gente, e especialmente amoroso com os seus amigos, conhecidos e mestres. A forma como fala e escreve é a de um artífice das palavras, de novas narrativas e de um novo tempo.
Paulo Nassar é Diretor Presidente da
Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE),
professor livre-docente da ECA-USP
e Coordenador do Grupo de Estudos de Novas Narrativas (GENN ECA-USP)
apresentação
O contar e as histórias
por Suzana Lopes Salgado Ribeiro
Contar histórias é essencial. Histórias fazem com que todos nós nos sintamos mais humanos e nos conectemos com as nossas raízes e ancestralidades. E, assim, elas nos ensinam, remetendo-nos a memórias e a identidades. Desde crianças, gostamos de histórias; quando adultos, contamos histórias para reforçar argumentos, moralidades, amores. As histórias nos envolvem.
Contudo, por que empresas devem contar histórias? Rodrigo Cogo responde a esta questão neste livro. Nele, o formato narrativo do storytelling é analisado e uma matriz estruturante é apresentada para que possa ser usada pelas instituições – posto que é uma nova forma de comunicação, que faz sentido, assim como as histórias que povoam as nossas mentes, que nos afetam e nos fazem sentir pertencer. Além disso, ao selecionar narradores, reconhece contribuições e protagonismos. As histórias são contadas por pessoas comuns, usando palavras comuns. Esta linguagem sensibiliza e humaniza, fazendo com que as pessoas parem para escutar e compreendam a mensagem.
Este caminho alternativo de uma nova forma de produção de conhecimento vem sendo trilhado há algumas décadas nos estudos de narrativas orais. Estes estudos ganharam campo em pesquisas dentro e fora da universidade, mas inicialmente não conquistaram a comunicação das empresas. Nos últimos anos, isso tem mudado e a interdisciplinaridade (proveniente da troca do saber entre humanidades e comunicação) vem marcando a constituição de um novo campo.
Este encontro firmou a possibilidade de trabalhar com as memórias que, narradas, poderiam se tornar histórias ou peças de comunicação das empresas. Estas novas narrativas foram sendo criadas, e as reflexões fomentadas pelo campo da história oral foram bastante úteis.
Tanto a história oral quanto o storytelling são produções de narrativas baseadas em experiências – vividas ou narradas – que possibilitam a produção de um conhecimento específico. As práticas de trabalho com ambas as produções têm a potência de promover a interação entre diferentes sujeitos e a compreensão de demandas diversas, dentro ou fora das instituições.
Tal conhecimento é novo, mas enraizado, pois mantém elos de pertencimento com as instituições, na medida em que se relaciona com memórias de colaboradores antigos e recentes, revive rituais e reflete sobre permanências e mudanças. Este pertencimento se traduz em um reconhecimento de seu lugar de enunciação, de enraizamento, e se desdobra em um processo de identificação. Esta identidade pode ser definida como sentidos de pertencimento a grupos, de continuidade no tempo e no espaço construídos na vivência humana. Nessa direção, as organizações podem assumir um sentido comunitário; significados subjetivos plenos de credibilidade podem ser atribuídos pelos sujeitos a este grupo ao qual pertencem.
Frente a este quadro, vimos e vemos um crescente número de trabalhos voltados para a questão da memória e da identidade e, particularmente, à demanda de se fazer o registro das narrativas de pessoas que construíram e constroem a história de suas organizações.
A história oral e o storytelling são importantes possibilidades de produção de conhecimento, versáteis o suficiente para o uso em diferentes áreas do saber; contudo, cada uma guarda especificidades. É evidente que, quando se trata de realizar projetos de storytelling e de história oral, metodologias distintas são utilizadas para os registros das narrativas (e este livro detalha tais diferenças).
A história oral, por ser história, tem preocupações com a constituição da memória dos sujeitos, e seus teóricos debatem os limites de sua ficcionalidade. Já o storytelling abrange um diálogo mais amplo e mais criativo. Por ser story, não se apega à produção de uma narrativa supostamente não-ficcional, respondendo melhor, enfim, às ansiedades da produção aplicada de conhecimentos da comunicação e da comunicação organizacional.
Essas diferenças iniciais não permitem que façamos a leitura simplista de imaginar que não estão ambas as práticas presentes no universo empresarial. Muitas empresas organizaram bancos de histórias orais de seus funcionários e fundadores, organizando acervos de histórias, mostrando-as de maneira multifacetada, como manifestações de argumentos e experiências dos mais diversos segmentos de suas empresas. Nesses projetos, as memórias individuais ativam a memória coletiva. E é nesta articulação com a memória coletiva que ganha expressividade o storytelling. Os trabalhos nesta área são baseados na expressão coletiva de condutas e tradições.
Para usar uma metáfora conhecida: se a história oral é filha da História, é também herdeira da musa Clio (musa da história), filha dos deuses Zeus e Mnemósine (memória); por outro lado, o storytelling – sem dúvida, também pertencente ao clã – não é descendente direto de Clio, mas talvez de uma de suas irmãs, Polímnia (musa da retórica), tendo como função a narração de histórias.
Fazer tal diferenciação é marcar que, mesmo com origens semelhantes, pois ambas as práticas são tecnologias sociais da memória
, história oral e storytelling não são a mesma coisa. E cada uma tem contribuições importantes, porque diferentes, para a comunicação organizacional.
Por fim, importa dizer que ambas são novas narrativas, narrativas líquidas, pós-modernas. Isso pode ser comprovado tanto pelo uso das ferramentas digitais da contemporaneidade para os seus registros e divulgações quanto pela possibilidade de articulação de um discurso complexo, plural e profundamente subjetivo sobre as instituições. Ao mesmo tempo, respondem a uma demanda do presente, que vive um movimento pendular entre a amnésia e o medo de tudo esquecer. Assim, registrar narrativas de memória e articular processos de identificação passaram a ser ações fundamentais.
Para a comunicação organizacional, disparar este processo de identificação pode ser uma maneira eficiente de fazer com que mensagens importantes sejam entendidas, de afetar – tanto no sentido do interesse quanto no da afetividade – o interlocutor. Tais projetos são uma importante ferramenta para a comunicação nas organizações, proporcionando uma aproximação, de forma que a mensagem escolhida seja selecionada e afetivamente compreendida.
O processo do storytelling (construir, organizar e socializar histórias) permite que a narrativa seja organizada e organize sentidos, fabrique e seja fabricada, para expressar novos pensamentos em diálogo com antigos pensamentos. Assim, num duplo movimento, o storytelling atribui significado e sentido para o fazer das empresas.
Suzana Lopes Salgado Ribeiro é professora-doutora
do curso de História -DCSL dos Programas de Pós-graduação/MDH e
MPE da Universidade de Taubaté/SP e diretora da Fala Escrita,
empresa de pesquisa em memória empresarial.
introdução
Constatações cotidianas no fazer comunicação apontam para uma lacuna impressionante entre as intenções dos profissionais e de suas organizações e a efetiva atração, retenção e transformação de públicos de interesse. Mesmo com a crescente parafernália tecnológica dos últimos tempos – que, aliás, facilita de fato uma série de contatos, embora não precise ter a atual centralidade entre os comunicadores –, há uma distância considerável entre a projeção da identidade e a percepção gerada. O que hoje gera o conteúdo desse livro antes também foi o motivador de uma dissertação de mestrado, aqui exposta em seus pontos principais.
Defendi e tive aprovada a dissertação "Da memória ao storytelling: em busca de novas narrativas organizacionais" no mês de setembro de 2012, junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, na linha de pesquisa Políticas e Estratégias de Comunicação. O trabalho teve orientação do professor-doutor Paulo Roberto Nassar de Oliveira, tendo ainda na banca final as