Gerência de Projetos aplicada à Gestão do Conhecimento

De Nihad Faissal Bassis

Este livro tem como base a aplicação dos padrões de projeto em iniciativas de Gestão do Conhecimento voltadas para a formação de Culturas de Inteligência Organizacional como fator diferencial de competitividade. É uma ponte que une estrategicamente GP e GC. É ferramenta de apoio para ações de planejamento em projetos de Gestão do Conhecimento (educação corporativa e educação a distância). Também poderá ser utilizado nas disciplinas de graduação e pós-graduação: Gestão do Conhecimento, Capital Intelectual, Planejamento Educacional, Inteligência Competitiva, Gestão de Ativos Intangíveis, Gestão de Projetos e Planejamento de Projetos. Veremos a Gestão do Conhecimento como um conjunto de boas práticas aplicadas cada qual a seu tempo, em harmonia com as necessidades educacionais sob o enfoque da formação de Culturas de Inteligência Organizacional. Serão utilizadas como referências de padrões de boas práticas: o PMBOK do PMI (4ª edição) para Gestão de Projetos, a norma NBR 10015 para Qualidade em Treinamentos e o "Guia de Boas Práticas de Gestão do Conhecimento", também conhecido como "CEN Workshop Agreement - CWA 14924" do Comitê Europeu de normatização, o CEN.

• Idioma: Português
• Editora: BRASPORT
• Data de lançamento: 7 de nov. de 2009
• ISBN: 9788574526546

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Editor: Sergio Martins de Oliveira

Diretora Editorial: Rosa Maria Oliveira de Queiroz

Assistente de Produção: Marina dos Anjos Martins de Oliveira

Editoração Eletrônica: Abreu’s System Ltda.

Capa: Use Design

Produção de ebook: S2 Books

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Aos meus lindos e amados filhos Amyr Bassis e Sami Bassis que me alegram e inspiram todos os dias de minha vida.

À minha esposa Lucrécia Maciel pelo apoio, dedicação, paciência e amor sempre presentes em nossos dias.

A Faissal Bassis, pai amado, Sebastiana Maria Bassis, mãe amada, Nahida F. Bassis, Iyad F.Bassis e Samed F.Bassis, irmã e irmãos amados.

À minha amada vó Raimunda, tios, primos e sobrinhos.

A Deus, com amor, sobre todas as coisas.

...as únicas vantagens competitivas que uma empresa tem são o que ela coletivamente sabe, a eficiência com que ela usa o que sabe e a prontidão com que ela adquire e usa novos conhecimentos.

Davenport e Prusak – Gurus da Administração

Agradecimentos

Meus agradecimentos de grande respeito e admiração são dedicados a pessoas que fizeram e fazem parte do meu amadurecimento profissional para que fosse possível chegar a esta obra. Estas pessoas e profissionais jamais serão esquecidos:

Professor Dr. Marcelo Gonçalves do Valle, que revisou esta obra tantas vezes quanto necessário, Dr. José C. Cyrineu Terra, por permitir a citação de seu modelo das sete dimensões nesta obra; Prof. MsC. Rogerio Guths, em nossos projetos educacionais na ULBRA, Prof. MsC Cristiano Ricardo Vaz de Melo e Profa. Anelise Pereira Sihler do Unicesp/SOEBRAS por me oportunizarem a vivência acadêmica cheia de desafios, Prof. MsC Eli Valter Gil Filho, que me ensinou a arte da construção e uso de metodologias em projetos, PMP Bianca Pedroso pelo apoio e profissionalismo nos Projetos do Escritório da Nações Unidas sobre Drogas e Crime, André Nonato, em nossos desafios de reengenharia organizacional na Poliedro/Webaula, Terezinha Panobianco, em nosso projeto de EAD da ANEEL, Hilda Sena, Bethe e Alessandro Bacchieri, por disponibilizar-me oportunidades de ensino e aprendizagem desafiadoras no SENAC-RS, Prof. MsC. Jacob Berwanger da Feevale e a Psicopedagoga Elsia Bernardes, eternos amigos e mentores que me ensinaram a pensar além dos padrões sociais, Joel Solon Farias de Azevedo por suas reflexões sempre inovadoras e ricas de estratégia, Jean Marc Georges Mutzig, Camile Sahb Mesquita, Rita de Cassia Antunes e Aloísio Nonato, pelo apoio nos trabalhos do Ministério de Desenvolvimento Social, Maria Heldaiva B. Pinheiro da FUBRA da Universidade de Brasília, que me oportunizou iniciar meus desafios em Brasília trabalhando em projetos da UnB e finalmente aos meus líderes (e também amigos) Ricardo Henrique Pereira, Ildefonso Martins Jr, Mateus Pereira Batista e Delegado Anísio Soares Vieira pelos projetos desafiadores da atualidade na Policia Federal. O berço desta obra foi um riquíssimo MBA em Inovação e Tecnologia cursado na Unieuro, assim, minha gratidão se estende aos meus ­mestres: Dr.Marcelo Gonçalvez do Vale, Dr.Edmilson de Jesus Costa Filho, Dr.Luis Guilherme de Oliveira, Dra.Denise Werneck de Paiva, MsC.Paulo Márcio de Melo, MsC.Frederico Antônio Turra, MsC.Eli Siqueira, MsC.Maria Leila Rezende do Vale, MsC.Paulo Roberto Correia Leão e MsC.Nelson G. de Souza. Todos são amigos e profissionais de elevado caráter crítico nas questões relacionadas a ensinar e aprender no contexto do trabalho nas organizações.

Outras pessoas, não menos importantes, também fizeram e fazem parte do meu crescimento e jamais poderia esquecê-los: Heloisa Helena, Carlos Wengrover, José Ernani Lena Comis, Ricardo Mesquita de Oliveira, Newton Linchen, Iberê Lopes, Samara Silvia, Valquíria Heerdt, Paulo Queiroz, Livia Pontes Santos, Livia Zaparolli, Laura e José Francisco Szücs, Evandro Lepletier, Carlos Augusto Riella de Melo, Ibere Lopes de Araujo e Laura Surita, e Romeu Marcial. Dedicações in memorian para: Zarria Bassis, Noel Alves Maciel, Ruy Telechea, Bruno Hermann, Luiz Fernando e Abu Hachem.

Em meus agradecimentos jamais poderia esquecer minha gratidão às agências da ONU: UNESCO, PNUD e UNODC, onde desenvolvi e participei de projetos, tendo a oportunidade de aprender e amadurecer muito sobre gerenciamento de projetos e planejamento educacional.

Uma especial lembrança de gratidão ao meu editor Sérgio Martins de Oliveira, que em uma chuvosa manhã de novembro em Brasília me ligou dando a notícia de que esta obra se tornaria um livro, uma realidade. Minha eterna gratidão.

Agradeço aos meus alunos por garantirem minha contínua reflexão e ação sobre o ensino, a aprendizagem, as diferenças e as verdades da vida.

Perdoem-me se esqueci alguém.

Por fim, agradeço a Deus por uma vida rica em experiências e oportunidades de crescimento.

Nihad Faissal Bassis

Prefácio

A maior integração da economia mundial, decorrente do processo de ampliação e liberalização dos mercados, juntamente à emergência e célere difusão das tecnologias da informação e comunicação (TICs), revelaram uma nova e auspiciosa dinâmica na construção e sustentação da competitividade de nações, empresas e instituições e conferiram um caráter mais denso e complexo ao mundo corporativo e à vida social. Depara-se na atualidade com uma transição algo instigante, em que um paradigma caracterizado pelo desenvolvimento de tecnologias intensivas em capital e uso de recursos energéticos é gradualmente preterido por novo paradigma, por sua vez demarcado pela emergência de tecnologias intensivas em informação e criação de novos conhecimentos.

Com efeito, esta transição tem persuadido um grande número de pesquisadores a conjecturar a gênese de uma sociedade do conhecimento, caracterizada pela crença que a habilidade em se engendrar condições para um contínuo aprendizado, com vistas à criação e difusão de conhecimentos, é premissa que se revela, como em nenhum outro período, crítica para a orquestração e sustentação de parâmetros superiores de competitividade. Dito de outra forma, depreende-se que o padrão de concorrência vigente se vincula de forma mais estreita à capacidade de detenção do saber e da conformação de modelos organizacionais efetivos para a gestão e exercício de atividades inovativas.

Nesta conjuntura não apenas o conhecimento, mas também sua gestão ­(knowledge management), converte-se em um ativo diferencial para indivíduos e organizações. A conformação de estruturas que possibilitem a identificação, o armazenamento e o gerenciamento da informação são condição inequívoca para o enfrentamento da concorrência nos dias atuais.

Algumas abordagens evolucionistas e institucionalistas contemporâneas, tais como Douglas North, Oliver Williamson e David Teece, argumentam que as instituições devem ser compreendidas como organismos vivos, dotados de sistemas próprios de aprendizagem, que evoluem e aprendem com suas experiências pretéritas. Junto a isso, a gestão do conhecimento fundamenta-se na teoria de que o conhecimento presente na organização, seja em relatórios técnicos, seja na experiência tácita das pessoas, pertence e deve ser explorado pela mesma.

Assim, a gestão do conhecimento seria uma forma de estruturação das atividades da organização fundamentada em marcadores derivados do monitoramento constante do ambiente interno (a própria organização) e externo (fornecedores, concorrentes, distribuidores, agentes logísticos e até o consumidor final) ou, em suma, um mecanismo de gerencialmente corporativo. Consiste pois em um arranjo voltado à organização e sistematização da capacidade organizacional na captação, geração, criação, análise, modelagem e uso estratégico das informações disponíveis e/ou a serem adquiridas. Esta informação se resume em um ativo da empresa e, como tal, passa a auxiliar o processo de tomada de decisão.

É salutar a observação de que em meio à busca incessante por novas informações, parece haver consenso, para empresas e empresários de organizações que alavancaram níveis superiores de gestão do conhecimento, de que informações e o saber críticos para o sucesso empresarial já se encontram, via de regra, no escopo da empresa, indisponível para uso em virtude de sua não codificação, dispersão, ausência de mecanismos de registro e difusão, insulada em inúmeros nós corporativos. Tal percepção sugere que mais importante do que a geração do conhecimento é a gestão daquilo que ora se encontra em posse da organização.

É por essa razão que os executivos destacam, dentre a principal ferramenta para gestão do conhecimento, a criação de sistemas de informações gerenciais, fortemente amparadas pelo uso de tecnologias da informação e seus serviços. Assim, a TI se revela a força motriz para a gestão do conhecimento, contribuindo para identificação, desenvolvimento e tecnologias de sistema de informação de suporte ao armazenamento, organização de informações, bem como harmonizar a comunicação empresarial e a troca de informações e experiências, contribuindo para a união, formação de grupos, redução de divergências, compartilhamento de problemas e soluções e, finalmente, conformando um ambiente de trabalho corporativo sob a forma de redes.

Em simultâneo à gestão do conhecimento e às TICs emerge a importância da gestão ou gerência de projetos, que consiste na aplicação de informações, habilidades e conhecimentos na conformação de atividades relacionadas com o intuito de lograr êxito na consecução de um conjunto de metas preestabelecidas. A gestão usualmente se desenrola em meio a etapas distintas: iniciação, planejamento, execução, controle e encerramento. Pretende-se com ela a minimização dos riscos de fracasso durante a execução de um projeto, reduzindo incertezas e otimizando a utilização de recursos escassos, tais como tempo, competências, recursos humanos, etc.

A gestão de projetos e de conhecimento constituem-se vantagens comparativas dinâmicas em meio ao vultuoso crescimento qualitativo e quantitativo