Salva pelo meu canalha: ligados através do tempo, #1
De Dawn Brower
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Sobre este e-book
Férias em uma ilha topical deveriam ser um maravilhoso paraíso. Mas se tornam algo totalmente diferente para Paul Dewitt. Uma tempestade chega e transforma toda sua vida em um caos. Ele acorda junto a uma linda estranha, em uma época diferente. Lady Evelyn Beckett está navegando para a Inglaterra para encontrar seu noivo. Quando uma tempestade os atinge, ela é jogada em alto mar. Por extrema força de vontade, e um pouco de sorte, ela consegue chega à praia. Ela encontra um rapaz bonito andando pela praia, e ele é tanto confuso quanto estranho? Juntos, Paul e Evelyn dependem um do outro para sobreviver à tempestade feroz, piratas vilões, e um pouco de choque cultural. Poderão eles superar suas diferenças e aprender a confiar um no outro e encontrar o amor?
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Salva pelo meu canalha - Dawn Brower
Capítulo Um
Nova Iorque, 18 de Agosto de 1987.
Paul Dewitt tamborilava os dedos no braço da cadeira. A rigidez do escritório do médico o deixava cego e ele não conseguia focar em nada. A espera o estava deixando maluco. Enquanto os ponteiros do relógio se moviam, ele podia ouvir o som de sua vida se esvaindo. O que havia de errado com ele? Por que ele havia desmaiado? Ele precisava de respostas e era melhor que o maldito médico chegasse e lhes desse logo. Ele não estava pronto para morrer. Tinha tanto ainda que ele precisava fazer.
O médico entrou às pressas, sentou à mesa e sobre ela colocou uma pasta de papel pardo. Ele olhou para Paul, os dedos das mãos entrelaçados em concentração. Depois de um longo período e silêncio, ele suspirou e abriu a pasta. De dentro dela tirou um papel e entregou-o ao Paul.
Nós fizemos todos os testes necessários e chegamos a uma conclusão.
O médico parou e olhou direto nos olhos de Paul. Você está se matando de trabalhar. Se não começar a diminuir o ritmo agora, não chegará ao seu trigésimo aniversário.
O que há de errado comigo?
Paul olhou para a folha de papel, mas estava tudo escrito em termos médicos. Me diga o que esses números significam.
A resposta mais simples é que você está estressado demais. Seu coração está sobrecarregado e você não dorme o suficiente. Seu corpo está cansado e lutando contra ele mesmo. Ele entrou em colapso quando atingiu o seu limite.
O médico pegou a folha de volta, guardou na pasta e a fechou. Ao contrário do que você acredita, Paul, você tem limites. Você precisa se cuidar mais. O melhor conselho que posso lhe dar é que vá viajar. Pelo que você me disse trabalha 80 horas por semana. Nesse ritmo, não viverá para fazer nada com o dinheiro que você vem acumulando. Como seu médico, é o que eu posso fazer por você.
O bom médico podia enfiar o conselho naquele lugar e torcer como uma navalha. Ele não podia tirar férias. A companhia dele estava próximo de finalizar a grande aquisição de uma empresa de software para computador. Essa empresa de software possuía as patentes que Paul precisava para o lançamento de seus computadores pessoais no mercado. Seus produtos se tornariam mais acessíveis para as famílias e todas as suas pesquisas de campo mostraram que ele esses produtos teriam uma margem de lucro alta. Estar doente não era algo que ele podia ficar numa hora tão crítica para a empresa de sua família. Ele era o único que poderia fazer a aquisição acontecer. Seu irmão era um fracasso nos negócios e preferia curtir festas do que ter qualquer tipo de responsabilidade. Se ele não cuidasse de tudo, quem cuidaria?
Não posso tirar férias.
Ele bufou. A ideia é absurda.
O médico deu de ombros. No final, a decisão é sua. O que é mais importante para você? Sua empresa ou sua saúde? Eu não posso decidir por você. Meu serviço é mostrar para você o que vai acontecer baseado nas decisões que você toma.
Paul odiava admitir que o médico estava certo. Exaustão simplesmente o drenou. Ele esfregou os olhos, na esperança de que isso o ajudaria a ficar focado. Se ele sobrevivesse pelo próximo mês, até que a negociação estivesse terminada… Eles teriam que comprar ações aos poucos, usando corporações fictícias antes de assumir o controle da empresa de software. Seria terrível ter a Comissão de Títulos e Câmbio atrás deles. Ele poderia trabalhar de casa, se fosse necessário. O escritório e negócios do dia a dia podiam correr sozinhos. É para isso que ele tinha uma assistente administrativa. E ela era muito boa no que fazia.
Quanto tempo?
Como?
O médico ergueu uma sobrancelha. Quanto tempo para o quê?
Quanto tempo de férias você recomenda que eu tire?
Um mês---
É muito tempo,
Paul o interrompeu. Não tem como eu tirar um mês de férias da minha própria empresa. Eu acabaria sendo destituído se saísse por tanto tempo.
O médico balançou a cabeça e suspirou. Eu duvido que chegaria a tanto. Uma semana então. Você consegue tirar uma semana de férias?
Paul inclinou a cabeça enquanto pensava na possibilidade. Ele poderia tirar uma semana. Poderia deixar instruções detalhadas para a Christy. Ela sabia como ele gostava que as coisas fossem feitas e podia contar com que ela deixasse tudo correr direito enquanto ele brincava na praia. Ele quase riu do absurdo de pensar em si deitado na areia enquanto as ondas quebravam na praia. Não demoraria muito mais que um dia para que ele morresse de tédio. Talvez o médico estivesse certo e ele precisava diminuir o ritmo, mas não fazer nada? Isso era pior do que a morte. Ele não sabia viver despreocupadamente. Não estava no DNA dele.
Talvez eu consiga uma semana, se eu tiver uma semana para preparar a empresa para a minha saída.
O médico franziu o cenho, e disse. Isso pode não ajudar. Você precisa de uma semana inteira para se preparar?
Sim,
ele respondeu, enfaticamente. Eu lido com muitos dos detalhes da companhia todos os dias. Eu preciso de tempo para prepará-la para minha ausência. Eu sei que senhor acredita que preciso dessas férias, e o senhor sabe que eu descordo. Eu não posso, em sã consciência, deixar tudo o que me é de responsabilidade como CEO.
Certo, mas eu quero que passe em meu consultório daqui alguns dias para um teste de estresse. Tenho medo de que você se esforce demais e tenha um infarto antes do final da semana.
Será que seu coração estava tão sobrecarregado? Ele estava cansado, mas o médico estava exagerando. Ele só desmaiou uma vez…
Pedirei que minha assistente marque uma consulta. Eu não sei ao certo quando eu tenho um tempo livre.
O médico concordou com a cabeça. É o melhor à fazer. Quando você voltar de suas férias eu sugiro que reduza as suas horas de trabalho para, pelo menos, um terço. Encontre outra coisa para preencher o seu tempo.
E o que mais eu faria senão trabalhar?
Paul revirou os olhos. Eu não gosto de gente e não tenho hobbies. Só sei trabalhar.
Não sei… tente namorar, achar alguém para amar. Se casar, ter uma família.
Paul quase riu das palavras do médico. Ele pode ter sido seu médico desde que ele era criança, mas isso não significava que ele seguiria conselhos amorosos. Mulheres eram boas para apenas uma coisa e ele não precisava de uma em tempo integral para ter o que ele queria. Ele não tinha a menor intenção de encontrar o amor. Não estava nos seus planos e ele estava contente com isso. E filhos, a irmã dele tinha duas crianças que poderiam herdar a empresa. Ele não precisava de progenitores para passar a empresa pra frente.
Obrigado, mas não preciso desse tipo de conselho. Família é a última coisa que eu preciso. Você já disse que estou estressado, o que você acha que família e filhos fariam comigo?
Então só diminua o ritmo. O resto da sua vida se encaixará assim que você o fizer. Aproveite suas férias.
Aproveitar? De alguma forma ele acreditava que era a última coisa que ele faria. E isso não importava. Se ele tinha que dormir até tarde e ser preguiçoso por uma semana para ajudar seu coração, ele o