Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

CASAMENTO POR CONTRATO: FOGO DO AMOR
CASAMENTO POR CONTRATO: FOGO DO AMOR
CASAMENTO POR CONTRATO: FOGO DO AMOR
E-book320 páginas6 horas

CASAMENTO POR CONTRATO: FOGO DO AMOR

Nota: 5 de 5 estrelas

5/5

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Diogo foi criado pelo seu avô banqueiro, ele não acreditava no amor, devido as traições de sua mãe. Teve todas as mulheres que quis e não se importava de ser classificado como,'o putão'. Mas seu avô faleceu e deixou uma clausula em seu testamento, seu neto deveria casar construir família se quisesse herdar seu Banco. Júlia uma moça que sofreu uma tentativa de estupro, mas que sempre procurou superar isso, tinha dificuldades em relacionamentos. Seus pais contraíram uma grande dívida, a pandemia deixou a situação deles mais difícil. Júlia se encontra sendo arrastada para um casamento para que seus pais tivessem um teto. Poderá o amor vencer os traumas de duas pessoas marcadas pela vida? No primeiro encontro entre eles o coração bate forte afirmando que sim, mas os dois são teimosos!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento9 de mar. de 2022
ISBN9781526032812
CASAMENTO POR CONTRATO: FOGO DO AMOR

Leia mais títulos de Maria Aparecida Dias Frreira

Autores relacionados

Relacionado a CASAMENTO POR CONTRATO

Ebooks relacionados

Romance dos Bilionários para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de CASAMENTO POR CONTRATO

Nota: 4.857142857142857 de 5 estrelas
5/5

14 avaliações3 avaliações

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

  • Nota: 5 de 5 estrelas
    5/5
    Muito bom! Recomendo a ler o livro, não se vão arrepender.
  • Nota: 5 de 5 estrelas
    5/5
    Ótimo estou adorando ler este romance parabéns pra escritora !!!!

    1 pessoa achou esta opinião útil

  • Nota: 5 de 5 estrelas
    5/5
    Muito bom! Gostei demais do romance, prende a atenção e esti.ula a curiosidade e a leitura!

    1 pessoa achou esta opinião útil

Pré-visualização do livro

CASAMENTO POR CONTRATO - Maria Aparecida Dias Frreira

CASAMENTO POR CONTRATO

__Júlia, levanta desta cama minha filha! Você sabe que não adianta fazer pirraça, você vai casar sim com o milionário, e não adianta teimosia.

__Você acha certo eu me sacrificar em um casamento que não quero para você ter dinheiro?

__Acho, acho certo sim. Com esta pandemia você sabe que perdemos nosso negócio, vendemos o carro e daqui a pouco vamos ter que vender a casa e morar debaixo da ponte. Você acha isto justo?

__Que exagero mãe, vocês venderam o carro porque inventaram a viagem pela Europa e gastaram tudo que tinham, pensando em recuperar depois e agora com a pandemia não deu e está sem dinheiro. Deveria cuidar melhor da economia, gastar só o que pode e não ficar contando com vendas posteriores. Agora está numa pior e querem que eu me sacrifique pelo bem da família!__ Júlia não estava reconhecendo sua mãe, sempre boa, uma pessoa generosa e agora a forçando num casamento arranjado.

__Não somos videntes. Como saber que teríamos uma pandemia, que a economia iria fracassar assim? Não tinha como saber, mas eu sei que Diogo é nossa solução, e você vai casar com ele sim.__ Celina não queria falar assim com sua única filha, mas a situação não permitia ser diferente.

__Eu não quero me casar, ainda mais com ele.

__Por que não? Já viu como ele é bonito, pega seu celular e faz uma pesquisa sobre ele.

__Já fiz. É um loiro mulherengo que acha que tem o rei na barriga só por ser rico.

__Mas que agora vai deixar desta vida casar e assumir a presidência do banco da família e outros negócios, ele será um homem honrado.

__Eu não quero casar com um loiro!

__ Por que não? Ele é lindo, seu pai é loiro também!

__Eu amo meu pai, mas não quero um marido loiro.

__Já falamos muito sobre isto, não adianta discutir, o assunto já foi resolvido por seu pai e por mim. Aceitamos a proposta e já acertamos tudo.

__Odeio isso, vocês não tinham este direito!__ Júlia estava com os olhos vermelhos de tanto que chorou.

__Prefere morar debaixo da ponte com a gente, pedindo comida ou procurando no lixo? Moramos em um país pobre minha filha, onde a economia fica nas mãos de poucos e a maioria das pessoas luta para sobreviver. E neste momento nossa situação está precária.

Júlia ficou calada, não queria sua família passando necessidades e muito menos passando fome. O jeito era encarar este casamento e ajudar sua família. Não deveriam ter ido a Europa, mas foram e foi tão bom, se não fosse esta pandemia eles teriam recuperado e não estariam nesta situação em que se encontravam agora. Todo o povo da Terra passou e estão passando por esta pandemia com temor e os mais fracos financeiramente estão sofrendo mais, e ainda existiu o perigo de se contaminar.

Seu pai está no grupo de risco, cirurgia recente do coração, pressão alta, e diabetes, além da idade, ele já está com sessenta e três anos e sua mãe com cinquenta e oito. Ela é a única filha, sua mãe tinha dificuldades em engravidar, ela nasceu quando eles já não tinham mais esperanças. Precisava os ajudar, agora que estão em dificuldade.

Mas fizeram a loucura de viajar. Eles viajaram depois da formatura dela pela Universidade Federal, era um orgulho para eles, e agora isto, ela não conseguia emprego e seus pais só estavam acumulando dívidas. Faria o que eles queriam, mas só ela sabia o sacrifício que estaria fazendo. Para começar teriam um jantar com o advogado e o noivo para se conhecerem e acertar os detalhes do casamento.

Júlia levantou tomou banho enxugou o corpo com uma toalha e enrolou a outra em seus cabelos, pegou seu creme favorito na fragrância de melissa com alecrim e espalhou em todo corpo. Secou seus cabelos, vestiu lingerie sexy, mesmo que ninguém veja gosta deste tipo de lingerie, vestiu um vestido longo de um ombro só, amarelo, fez uma maquiagem leve calçou uma sandália nude de salto alto e pegou sua bolsa saindo do quarto e indo procurar seus pais.

Sua mãe estava sentada no sofá com seu pai, ela levantou e ficou olhando sua filha e não poderia deixar de admirar a beleza dela. Sua filha era dona de uma beleza estonteante, sendo uma mestiça de rosto oval boca grande e carnuda, pele morena, cabelos pretos ondulados quase lisos um tipo que as mulheres ficam horas no salão para conseguir ela tem, olhos azuis acinzentados, e não muito alta, de um metro e sessenta e cinco, mas bem distribuídos com pernas longas cintura fina, quadris largos e um bumbum redondo, ela muita linda. Sua mãe tinha orgulho de sua filha linda e inteligente e muito boa também. O pai de Celina era um negro e sua mãe índia ela era uma mistura dessas duas raças e seu marido pai de sua filha um homem loiro, um alemão. Sua filha soube pegar um pouco das três raças e o resultado disso foi uma mulher linda, não queria jogar ela nesta situação Deus sabe que não, mas não tinha outro jeito.

__Você está muito linda filha!__ Seu pai também levantou.

__Vamos já chamei o taxi. Eu quero que você saiba minha filha que eu não gosto disso, mas foi necessário, depois de dois anos você ficará livre. Vamos lá encontrar com ele e seu advogado, o jantar será na casa dele mesmo.

Um tempo antes disso, Diogo deu um murro na mesa,__ Diga que é mentira, que meu avô não armou isto para mim?__ Seus olhos eram frio como gelo, ódio puro.

__Não posso, está tudo aqui bem detalhado tudo que ele quer que você faça.

__Ou seja, que eu me case, mesmo sabendo que casamento é a última coisa que eu gostaria de fazer.

__Sim, por isso mesmo. Ele queria que você se tornasse um homem honrado, que não perdesse a cabeça e tempo, atrás de cada rabo de saia que passa na sua frente.

__Eu gosto de mulheres que mal há nisso?

__Ele não disse o contrário, mas que você tivesse uma só e formasse uma família e descendentes para continuar com os negócios dele.

__O quê? Ele quer que eu tenha filhos também, aquelas coisinhas choronas e babonas? Ele só pode estar louco. Eu vou anular esta vontade absurda de meu avô.__ Levantou e andou pela sua sala, sua vontade era tirar seu avô do túmulo e fazer com que ele mudasse este testamento, se sentia impotente e este não era um sentimento que gostava. Fez um som como um rosnado e deu outro murro na parede, sua mão ficou dolorida, mas não se importou sentia muito ódio neste momento.

__Você pode tentar, mas não vai adiantar nada, ele fez este testamento muito bem pensado.

__Até parece que você está de acordo com meu avô?

__A minha opinião não conta, o que conta que fui destinado a fazer este testamento valer. Se você não se casar dentro de três meses este banco que você tanto ama e os outros negócios de seu avô, será repassado para o seu primo, sobrinho de sua mãe.

__Isto nunca! Eu venho trabalhando por muitos anos, e tudo que eu ganhei, eu coloquei neste banco porque nunca imaginei que meu queridinho avô faria uma sacanagem desta comigo. Se eu perder isto aqui, perco tudo pelo qual trabalhei.

__Você só precisa se casar.__ Diogo abriu os braços em desespero.

__Só isso, casar. Eu te odeio vovozinho!

Seu advogado e o advogado de seu avô ficaram olhando para ele, sabendo como ele era contra o casamento. Sua mãe casara com seu pai interessada na fortuna dele, e vivia traindo-o com quem ela se interessasse, seu pai descobriu da pior maneira, ele a flagrou numa festa de aniversário do filho de um amigo seu, transando com alguém no banheiro. Ele gritou ordens que estava indo embora que ela o seguisse, pegou o filho e saiu transtornado da festa, ela correu atrás indo embora com ele, ele a confrontou dentro do carro. Ele transtornado, eles brigaram enquanto ele dirigia e neste dia, ele dispensou o motorista, e durante a briga ele perdeu o controle do carro batendo em um poste, caindo ladeira abaixo morrendo os dois.

Diogo estava no carro ele não colocara o cinto e neste dia seus pais não conferiram, mas por sua sorte quando o carro bateu no poste ele foi lançado na beira da estrada no matagal, sofrendo apenas escoriações, mas eles morreram na hora. Diogo não queria nunca passar pelo que seu pai passou amar uma mulher e esta só querer seu dinheiro, gostava das mulheres para lhe agradar na cama, mas sem envolver seu coração e sem casamento. E agora isso! Deu outro murro na mesa e saiu furioso da sala avisando seu segurança que estava indo embora, precisava relaxar.

Sabe vovozinho vou ligar para meus contatos e fazer uma festinha com umas garotas lá no meu apartamento. Regada a bebidas e mulheres, diversão pura e você que se revire em seu túmulo! Ele mantinha um apartamento para estes encontros, não gostava de levar mulheres em sua casa.

Depois daquele dia, Diogo tentou, exigiu que seu advogado conseguisse brecha que conseguisse se livrar da cláusula, mas não conseguiram.__ Desiste Diogo, você está perdendo tempo, como seu advogado e amigo eu sugiro que encontre logo uma moça e case, senão perderá tudo.

Diogo ficou olhando para ele sentado em sua frente, enquanto estava sentado em sua cadeira presidencial de couro preta alta e muito confortável, com os braços cruzados seu rosto parecia esculpido em granito. Ele descruzou os braços e apoiou-os na mesa a sua frente.__ Você acha que não tem mais jeito?

__Acho não, tenho certeza!

__ Está bem, se não tem jeito, você descubra esta moça capaz de ser minha esposa. Eu não me importo quem ela seja desde que tenha um mínimo de beleza e inteligência.

__Eu, por que eu?

__Porque isto será um negócio, eu preciso de uma mulher que case comigo e me dê um filho, este casamento terá a duração de dois anos como o velho estipulou, que ele fique casado por pelo menos dois anos e tenha filho, ou filhos, e quando completar este tempo, nós iremos nos divorciar, darei a ela uma casa no estilo da minha e uma gorda pensão para ela cuidar bem do meu herdeiro.

__Do que você está falando?

__O que você está ouvindo, eu não quero esposa, eu não quero filho, mas o meu querido avô me impôs isso, não é mesmo? Terei que me manter casado e ser fiel por dois anos, então dois anos será tempo suficiente para esta moça engravidar e depois ir embora.

__Pelo que estou entendendo você vai abrir mão de seu filho a favor desta mãe?

__Sim, claro que vou. Está pensando que vou querer uma criança chorona me atrapalhando? Claro que não, mas darei uma ótima pensão e quero que seja bem cuidado, que tenha escolas de minha escolha, afinal este moleque vai ocupar o meu lugar um dia.

___Eu não estou acreditando no que estou ouvindo! Filho Diogo, é para vida toda, não abre mão dele porque você vai se arrepender depois.

__Não vou. Eu vou é fazer uma festa com muitas mulheres, depois que eles forem embora para me divertir, me recuperar dos anos que passei preso a um casamento forçado.

__Diogo......

__Não adianta Marcos, eu já tomei minha decisão. Quero que você elabore um contrato, em que concordo dela levar a criança quando nosso casamento chegar ao fim, e que darei uma bela casa, tipo a minha para a criança ter conforto, com empregados e uma boa pensão. Elabore conforme eu já te disse, e encontre esta moça.

__Você quer mesmo que eu encontre esta moça?

__Sim. Faz uma pesquisa lá no Banco, aposto que com esta pandemia deve ter muitas pessoas cheias de dívidas, perdoe as dívidas da família e ainda oferece uma mesada enquanto durar o casamento.

__ Não concordo com você, mas se é assim, vou começar agora mesmo minha investigação.

__Este meu jeito, é o melhor pode acreditar. Ah, eu quero completo sigilo sobre isso. Todos devem pensar que é um casamento baseado em amor, igual meu avô queria, a família dela e ela deve saber disso e nunca revelar. Só nós saberemos a verdade, nem sua família Marcos deve saber.

__ Certo Diogo, ninguém saberá eu informarei isso a eles também.

Marcos saiu da sala de seu amigo pensativo, não tinha jeito com ele. Não aceitava uma família, mas ele ia se arrepender de abrir mão do filho. Ele se baseava em sua criação. Uma criança que assistiu a briga e morte de seus pais e depois criado por um avô amargurado com a morte do único filho, e que sempre soube das traições da nora, mas o seu filho não acreditava achava que era implicância de seu pai em não aceitar o casamento deles, por ela não ter dinheiro como eles. Ele odiava a nora e com a morte do filho, tornou-se amargurado, sentindo culpado por não ter sido mais exigente com o filho que era um homem fraco. Então criou o neto para ser um homem forte, mas arredio quanto ao amor, e quando quis chamar sua atenção não teve forças mais, agora esta imposição.

Depois de uma semana de pesquisa, Marcos enfim encontrou uma moça bonita solteira e inteligente, que a família estava atolada em dívidas com o banco e outros credores. Ele demorou na pesquisa porque não só pesquisou os saldos bancários, mas toda a vida da família. Descobriu que são boas pessoas, mas péssimos em administrar seu dinheiro, e ouve problemas de saúde também, levando assim a contrair mais dívidas e antes de recuperar as dívidas foram viajar pela Europa, aumentando ainda mais as dívidas e com a pandemia a situação financeira deles ficara péssima.

__Alô.....

__Sim, sim... estarei aí na hora marcada.

__O que foi meu amor?

__O Banco me ligou, e pediu para eu ir lá, às treze horas.

__E o que será que eles querem?

__Cobrar a dívida, eu vou tentar negociar.__ Sua esposa ficou torcendo as mãos no avental, ela estava preparando o almoço, e ficou com um olhar aflito no rosto. Sabia que a situação financeira deles não era boa, e com certeza a conversa com o banco poderia ser um desastre, ficou muito preocupada.

Depois do almoço, onde nenhum dos dois conseguiu comer bem, Paulo saiu para tentar negociar com o Banco, sua esposa foi junto a ele. Ela não queria que ele fosse sozinho, tinha medo do coração dele, que ainda não estava bem recuperado. Chegando lá foi encaminhado para falar com o gerente que o encaminhou para falar com o advogado da empresa.

Eles estranharam, mas não falaram nada, eles seguiram uma moça que os conduziu a uma sala grande uma mesa grande com um notebook sobre ela e uma cadeira de espaldar alto e duas na frente, porém menores. Um advogado jovem se levantou e foi ao encontro deles, estendeu a mão os cumprimentando, e os convidou a sentar nas cadeiras ao lado da mesa. Depois da conversa de cortesia de praxe ele iniciou o assunto a qual eles foram chamados.

__ Vocês foram chamados aqui para negociar a dívida de vocês que já está bem alta como vocês devem imaginar. Fizemos um cálculo sobre o montante da dívida de vocês, ela é bem alta, mas eu tenho uma proposta a vocês.__ E então Marcos relatou toda a dívida e também a proposta de Diogo. O casal ficou assustado com o montante da dívida sabiam que era grande, mas isso é ainda maior.

__O que você está me dizendo?

__Isto que você ouviu. Com este casamento, o Banco perdoa suas dívidas e resgata todas as outras dívidas de vocês, e ainda terão uma mesada enquanto durar o casamento.

__Podemos pensar, e falar com nossa filha antes de dar uma resposta?

__Sim, vocês podem. Tem vinte e quatro horas para me dar a resposta. Depois deste prazo escolherei outra família e o banco cobrará a dívida de vocês.

Paulo e Celina foram para casa pensativos será que a filha deles aceitaria aquele contrato?

Estando de volta encontraram a filha na cozinha tomando água e com uma expressão cansada no rosto.__ Não conseguiu nada filha?

__Nada mãe. Em todas as entrevistas que fiz, queriam alguém com experiência, nem caixa de supermercado eu consegui, tudo cheio, não estão contratando, não sei o que fazer! Amanhã irei tentar a sorte de novo.__ Celina pegou sua filha pela mão sentando com ela na cadeira da cozinha e indicando a outra cadeira para seu marido sentar.

__Filha, acabamos de vir do Banco, onde descobrimos que nossa situação é pior do que imaginávamos, se vendermos esta casa não dá nem para começar pagar nossas dívidas. Talvez a nossa viagem pela Europa não devesse ter acontecido.

__ Mãe eu avisei, mas vocês disseram que estava tudo bem.

__Nós fomos irresponsáveis e agora estamos numa situação difícil.__ Celina ficou olhando sua filha e torcendo suas mãos, gestos corriqueiros de quando estava nervosa.__ Mas temos uma solução para isso, só depende de você.

__De mim, como assim?

__Filha, o que nós vamos falar é sigiloso, não pode sair daqui. Como disse estamos voltando do Banco, o advogado do dono nos fez uma proposta....__ ela calou olhando para sua filha, que a incentivou a continuar.__ Que você se casasse com o dono, aí ele pagaria toda as nossas dívidas, e perdoaria a do Banco deles também. Ainda teríamos uma mesada enquanto durasse seu casamento com ele.

__O que, vocês não estão pensando em aceitar esta loucura né?

__Filha, se você não aceitar eles vão pegar nossa casa e o salão, aí não teremos onde morar e nem emprego temos, seu pai só com a aposentadoria dele que mal dá para comprar remédios, plano de saúde caro, não tem como a gente sobreviver, você precisa aceitar este casamento e nos ajudar.

__O quê, eu não vou me casar com um desconhecido, e muito menos por dinheiro.

__Seria um casamento por dois anos, ele precisa de um herdeiro, ele concorda que depois de dois anos, você estará livre para ir embora com seu filho. Terá uma casa boa igual á dele e com empregados e uma boa pensão, pense filha, nunca mais passará falta de dinheiro.

__Não e não, vocês estão loucos, eu não vou me casar com este riquinho que deve ser um velho barrigudo para precisar de uma noiva nessa condição. Amanhã eu vou procurar emprego de novo e quem sabe terei mais sorte.

__Não adianta minha filha, teremos o prazo até amanhã às catorze horas, se não dermos a resposta positiva, eles cobrarão as dívidas e ficaremos sem a casa e o nosso salão que é o nosso comércio e que ultimamente já rende pouco e não teremos mais nada. Eu também não queria que você tivesse um casamento assim minha filha, mas é o único jeito. Pelo menos ele é um rapaz muito bonito, só quer um casamento arranjado porque nunca quis se casar então este foi um jeito de imposição do avô para ele receber a herança, trouxemos uma foto dele para você ver não é nada velho.__ Ela abriu a bolsa e pegou a foto entregando a filha, que pegou da mão de sua mãe sem interesse. Ela olhou e na mesma hora seu rosto modificou.

__ Eu não vou casar com um homem loiro!

__E por que não? Seu pai também é loiro.

__Eu não entendo, não queria que eu fosse seu pai, minha filha?__ Seu pai que manteve calado durante todo o tempo, se manifestou com o que ela disse sobre a cor do rapaz.

__Não é nada disso pai, eu amo ser sua filha, só não quero um marido loiro.

__Deixa de bobagem filha, você vai aceitar este casamento e nos tirar desta forca.

__Forca que vocês mesmos se arrumaram, passear pela Europa quando sabiam que estavam cheios de dívidas.

__Algumas foi verdade, contraímos justamente para fazermos a viagem, mas também tem dívidas antigas. E a pandemia atrapalhou tudo.

__Lembrem-se, nunca faça dívidas acima de suas possibilidades. Eu vou para meu quarto tomar um banho e descansar.

__E aproveita e faça uma pesquisa sobre ele.

Esta foi uma conversa que tiveram no dia anterior. De manhã Júlia levantou cedo e saiu, tentando a sorte mais uma vez. Mas não conseguiu nada, voltou para sua casa trancou no quarto e chorou muito, porque ela teria que ser o carneiro do sacrifício para que seus pais não ficassem sem um lar? Seu pai já idoso e doente, mas tinha tanto ódio desta situação. Depois de muito choro, e mais uma conversa com sua mãe, levantou lavou o rosto e foi conversar com seus pais.

Depois de muita conversa com eles, e mais choros dos três, Júlia voltou para seu quarto e os pais ligaram confirmando o casamento e foram convidados os três para um jantar na casa do noivo.

CAPITULO DOIS

Os três sentaram no banco de trás no taxi porque eles venderam o carro que tinham para dar um jeitinho em algumas dívidas. Júlia permaneceu calada pensando como seria sua vida dali pra frente. Teria que casar com um cara desconhecido, ter intimidades com ele, só de pensar nisso sentia um frio na barriga.

Sua mãe vez ou outra olhava em sua direção, e quando menos esperavam chegaram a uma mansão de três pisos. Júlia ficou olhando para a mansão sentada no taxi, desceu por último do taxi. Suspirou fundo e seguiu seus pais que tocaram o interfone avisando que chegaram e na mesma hora o portão abriu dando passagem para eles, que caminharam por um caminho longo até chegar às escadarias da entrada.

Júlia não via nada por onde passou, era um lugar cheio de flores, gramas, arbustos, o caminho era ladeado por palmeiras anãs e lâmpadas entre elas causando um lindo jogo de luzes, mas Júlia não percebeu nada disso de tão nervosa que estava. Ela só pensava, como vai ser quando passar aquela porta para dentro, como será minha vida sentiu seus olhos umedecerem, não, não ia chorar mais!

Quando eles se aproximaram das escadas a porta se abriu e o advogado saiu para os receberem. Ele não pode deixar de olhar para a moça que seria esposa de seu amigo, ela era muito mais linda pessoalmente, seu amigo se deu bem, afinal. Riu e foi ao encontro deles.

__Paulo que bom que vocês vieram.__ Falou estendendo a mão para cumprimentar Paulo e sua esposa, Júlia levantou um pouco a barra do vestido para subir as escadas, soltou o vestido e estendeu a mão o cumprimentando também. Júlia pensou, o noivo nem se dignou a vir nos receber. Foram convidados a entrar, Júlia foi a última a entrar na sala.

Diogo, quando avisado da chegada deles ficou nervoso, sua vontade era sair dali agora, mas não podia, mandou seu amigo os receber e foi até o bar tomar uma dose de uísque para dar ânimo a ele para o que estava por vir. Estava de costas guardando o copo no balcão do bar quando eles entraram, ele virou olhando para eles, e seus olhos captaram a imagem daquela

Está gostando da amostra?
Página 1 de 1