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Uma Noite Em Teus Braços
Uma Noite Em Teus Braços
Uma Noite Em Teus Braços
E-book296 páginas2 horas

Uma Noite Em Teus Braços

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Sobre este e-book

Adonai sempre viveu em dois mundos. De um lado, era o homem do deserto, do outro um forte empresário no mundo das pedras preciosas. Com os dois pés neste universo, sempre se esquivou de relacionamentos, principalmente casamentos. Mas o destino é muito caprichoso, e o que Adonai não podia prever que numa dessas suas escapadas do seu universo divido, ele encontraria alguém que iria lhe tirar todo o seu foco. A visão daquela mulher fez nascer um desejo incontrolável em suas entranhas. E como um predador ávido do deserto, Adonai foi ao encontro daquela visão, sem pensar em consequências atirou-se nessa doce aventura, mas uma surpresa o faria despencar do alto de seus sonhos, a mulher escolhida talvez não fosse a herdeira de seus sonhos, mas sim aquela que o faria conhecer a raiva e a solidão. Ao contrário de Adonai, Kamilah levava uma vida no mais completo anonimato, depois de uma decepção amorosa ela assumiu sua solidão como bandeira para sua sobrevivência. O que ela não esperava, era que no meio do seu caminho fosse encontrar seu maior desafio. Depois de alguns goles de cerveja deixou-se seduzir por um completo estranho na noite que fez sua vida mudar radicalmente. Este homem a levou para conhecer o paraíso, e depois a deixou padecer nas portas do inferno, mudando todo o seu mundo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de mar. de 2014
Uma Noite Em Teus Braços

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    Uma Noite Em Teus Braços - Cacilda Tanagino

    Uma Noite em Teus Braços

    "Quando o destino nos mostra que ele, é quem dirige

    nossos encontros independentemente de nossa vontade ele escreve a nossa história. "

    Cacilda Tanagino

    Uma Noite em Teus Braços

    Publicação Eletrônica

    Clube dos autores

    2ª Edição

    2014

    Uma Noite em Teus Braços

    Diagramação:

    Thiago Carvalho

    Revisão: Ortografa.com

    Designer da capa:

    By Cildinha_may

    Contatos com o autor: Tanaginoc@gmail.com

    Todos os direitos reservados ao autor.

    Proíbida a reprodução, no todo ou em parte,através de quaisquer meios.

    Todos os livros no Clube de Autores são de responsabilidade editorial e legal dos usuários que os publicaram, sendo o papel do site exclusivamente de permitir a publicação e de comercializar e entregar as obras adquiridas pelos leitores.

    Atendimento e venda direta ao leitor:

    https://www.clubedeautores.com.br

    Publicação Eletrônica: Clube de Autores Publicações S/A

    CNPJ: 16.779.786/0001-27 Rua Otto Boehm, 756 Sala 02, América - Joinville/SC, CEP 89201-700.

    Todos os personagens e nomes desta obra são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas. É mera coincidência.

    Nota da autora:

    Comecei a brincar com as palavras

    em meados de 2008, no inicio era apenas

    um desejo, mas com o passar dos dias o

    que era apenas um embrião começou a

    tomar forma, começou a ter vida e de

    repente, construí um universo todo especial

    no qual minha caneta foi desenhando

    sobre o papel. Mais tarde bem mais tarde

    decidi digitar o meu pequeno sonho que

    agora apresento a todas vocês.

    Uma Noite em Teus Braços conta a

    história de duas pessoas que são reunidas

    pelo destino de forma inusitada e

    totalmente além da imaginação. Cada

    casal que se encontra pela vida, tem uma

    história, às vezes bem simples, outras

    dignas de um Oscar de tão fantasiosa que

    são Adonai e Kamilah, talvez tenham um

    pouquinho de cada encontro, talvez eles

    sejam cada história fragmentada de um

    verdadeiro amor. Ou talvez, quem sabe

    sejam parecidos um pouco com você.

    Adonai era um homem bom e

    honesto, fora criado em meio às tribos de

    tuaregues no deserto do Saara, com a

    chegada da adolescência seu pai o

    encaminhou para ser preparado e então se

    tornar um grande empresário.

    O tempo passou, Adonai ganhou o

    mundo e com ele todas as facilidades que

    o dinheiro pode dar, nunca parou pra

    pensar no amor, e tão pouco o desejava,

    porém numa noite muito estranha

    conheceu Kamilah, uma mulher misteriosa

    que cruzou o seu caminho e mudou

    profundamente sua maneira de pensar

    sobre as questões do amor.

    Kamilah por sua vez sempre sonhou

    em se apaixonar pelo homem certo, sempre

    desejou ter uma família, criada sem os

    pais ela tinha dificuldades em se

    relacionar, mas apesar de todo cuidado,

    numa noite de festa se empolgou e

    desafiou o perigo, deixou-se seduzir por

    um completo estranho na noite, que fez sua

    vida mudar radicalmente. Este homem a

    levou para conhecer o paraíso, e depois há

    deixou padecer nas portas do inferno.

    Para Thiago, Nícolas e Desirée três pessoas

    maravilhosas que Deus colocou em meu

    caminho.

    Era um sonho, talvez para justificar

    minha solidão;

    Sei lá, não sei ao certo dizer o que

    realmente foi...

    Só sei, que enquanto escrevia você foi minha

    maior inspiração.

    CAPÍTULO UM

    Um telefone tocava insistentemente

    no balcão da repartição. Desanimada,

    Kamilah deixou a pilha de livros sob a

    mesa e foi atender.

    — Biblioteca pública, em que posso

    servir? Disse automaticamente.

    — Oi! Que voz cansada é essa?

    Acho que adivinhei em ligar-te! Que tal

    sairmos? Perguntou Leila do outro lado

    da linha com uma voz divertida. Kamilah

    sorriu e pensou, "a tempestuosa Leila em

    ação".

    — Olá! Muito trabalho. Você tem

    alguma sugestão Senhora Baladeira?

    Perguntou serenamente, sabendo bem a

    resposta.

    —Mas é claro que sim, estou a fim

    de conhecer um barzinho novo do outro

    lado da cidade, dizem que têm música ao

    vivo e pista de dança com dois ambientes.

    —Como é o nome do bar?

    Perguntou Kamilah

    8

    Tavernas Bar. Exótico não? Isso

    lembra algo primitivo, de repente

    encontramos

    um

    Neandertal  e nos

    sequestra para alguma caverna. Concluiu

    Leila. Kamilah deu um risinho suave, e

    respondeu:

    — Leila você é extremamente

    maluca, eu não gostaria de topar com um

    homem das cavernas, eles devem cheirar

    muito mal.

    — Que isso menina! Pra que

    existem pregadores? Olha vou sair do

    escritório agora, já terminei minha missão

    por esta semana, estou passando por aí.

    Beijos.... Desligou o telefone sem dar-lhe

    tempo para responder.

    Kamilah colocou o fone no gancho

    novamente e em seguida olhou para os

    livros e pensou "coleguinhas vamos para

    seus lugares" a biblioteca estava solitária

    e o único barulho que ouvia era de si

    mesma, colocando os livros nos lugares e

    de sua respiração. Sentia-se bem naquele

    emprego, estava ali há quase três anos,

    antes trabalhou temporariamente em

    vários lugares, como no comércio local, foi

    secretária de um advogado, mas quando

    lhe ofereceram aquele serviço, não pensou

    9

    duas vezes em aceitar. Seguia colocando

    os livros de acordo com a ordem, olhando

    o título, o autor, o assunto, etc.

    Enquanto guardava os livros, um

    em particular chamou-lhe a atenção "O

    véu azul do Saara", ela olhou com

    curiosidade

    e

    o

    folheou,

    abriu

    delicadamente aquela obra, uma emoção

    tomava conta de seu peito, como se o que

    fosse encontrar fosse algo maravilhoso e

    que poderia preencher todo o vazio de sua

    alma. Ela virou delicadamente aquelas

    páginas,

    amareladas

    pelo

    tempo

    parecendo um papiro, alguns trechos

    pareciam-lhes

    velhos

    conhecidos,

    emocionou-se

    ao

    ler

    os

    trechos

    marcados...

    Há anos não chove no Saara.

    De

    senhores

    mercadores

    nos

    tornaram farrapos humanos da seca.

    Não temos mais escravos, mas

    ainda temos nosso orgulho e nossa

    honra...

    De nobres e livres, hoje somos

    chamados de esquecidos, de nômades.

    Somos descendentes bérberes. Há

    séculos fugimos dos invasores...

    10

    E hoje nos comparam a bandidos e

    assaltantes.

    Não temos território, o nosso

    território é o deserto.

    Ninguém pode enfraquecer o orgulho

    dos tuaregues, nem mesmo o Saara...

    Pois somos um só,

    Somos kel tamasheq,

    Somos os donos da noite,

    Temos as estrelas para admirar,

    O vento para sentir

    E a areia para nos proteger...

    Somos os guardiões da riqueza do

    deserto.

    Somos aqueles que atravessam toda

    a extensão do Saara

    Como os únicos donos,

    Porque o deserto e nós somos um

    só...

    Em nossas tendas a Paz e o Amor

    reinam

    Nossas famílias são protegidas por

    que ela é nosso bem maior

    Então somos ricos, somos os

    verdadeiros herdeiros do Saara...

    Então... Não me venha dizer que

    somos os abandonados...

    11

    Enquanto

    lia,

    estranhamente

    visualizou

    aquela

    cena,

    suspirou

    pensando naquele povo que se perdeu no

    tempo, como as dunas do deserto.

    Olhando outras páginas verificou que o

    livro se tratava de um contexto histórico

    de um povo que era de certa forma,

    marginalizado pela sociedade europeia,

    porém para o ocidente era visto com

    curiosidade e admiração, enquanto dava

    uma passada rápida pelo texto encontrou

    uma

    página

    assinada,

    a

    letra

    demonstrava que o autor era um homem

    determinado e provavelmente seria o de

    uma

    honestidade

    impar,

    sentiu

    curiosidade em saber quem era dono de

    um nome como aquele Adonai al-Shihab

    nome imponente e totalmente diferente,

    "senhor

    absoluto"

    ela

    pensou

    no

    significado enquanto colocava o livro no

    lugar.

    Uma buzina estridente cortou-lhe o

    pensamento e a fez dar um sobressalto de

    susto. Era Leila, Kamilah observou da

    sacada e lhe deu um aceno.

    — Pronta!

    Leila gritou saindo do carro.

    12

    — Suba vem me ajudar. Leila subiu

    as escadas e entrou na biblioteca.

    — Esse lugar tem cheiro de mofo.

    — Deixa de besteiras e me ajude.

    Kamilah falou achando graça, logo ela que

    ficava também presa entre papéis, falando

    dos livros. Em menos de dez minutos

    terminaram de guardar os livros. Kamilah

    verificou as janelas e o sistema de alarme.

    — Pra que isso? Quem vai roubar

    livros velhos?

    — Não é quem vai roubar, o

    problema maior são os vândalos, podem

    entrar aqui e destruir ou mesmo

    incendiar os livros, e apesar de termos

    alguns

    realmente

    velhos

    temos

    verdadeiras obras como uma enciclopédia

    inglesa do século XVII, doada por um

    empresário importante da região, e sem

    contar que temos em nosso acervo coisas

    da história do nosso condado. Isso é vida,

    é trajetória, o homem não é nada sem sua

    cultura.

    — Chega! Você não pode empolgar.

    Leila cortou-a entre sorrisos. — Estou

    realmente louca para tomar um banho e

    dar uma relaxada.

    13

    — Pelo que vejo você tem planos pra

    hoje à noite. Respondeu Kamilah com um

    leve inclinar de pescoço

    — Hummm, quem sabe, tudo é

    possível. Respondeu Leila com um brilho

    no olhar.

    Seguiram pela via conversando

    animadamente, Leila olhou para Kamilah,

    inclinando-se para ela e fez uma

    observação,

    — Você parece que não está

    animada a sair? Aconteceu alguma coisa?

    —Não. Estou cansada, o chefe

    resolveu catalogar os livros mais antigos,

    estou digitando as fichas para arquivar no

    sistema, é um trabalho minucioso, requer

    atenção.

    — Não me fale em trabalho, preciso

    esquecer um pouco da tensão da semana.

    Chegaram ao apartamento de

    Kamilah, e Leila concluiu:

    —Você está precisando é de ficar

    com alguém, precisa se aventurar, acho

    que já está pronta para novas emoções.

    —Me aventurar? Não. Preciso de

    sossego e não de um homem.

    —Bom isso é só uma sugestão, às

    vezes fico preocupada com você, só isso.

    14

    —Eu sei, mas não se preocupe,

    estou bem. Deu um suspiro e concluiu:

    —Agora posso dizer que estou bem.

    Que horas vai passar por aqui?

    —Lá pelas oito horas tudo bem? Se

    vista para guerra, porque hoje o combate

    promete.

    —Então

    está

    combinado.

    Despediram-se com uma troca de beijos, e

    Kamilah saiu de dentro do carro.

    Depois do banho abriu o guarda

    roupa lentamente e pensou no dia em que

    chegou à cidade de San Antonio estava

    desorientada, não tinha noção de onde

    estava, quando saiu de Austin e pegou a

    rodovia interestadual só pensava em

    sumir, porém estava exausta quando

    parou em um posto de combustível e

    observou uma cena inusitada, uma

    mulher, meio alcoolizada, e zangada com

    alguém, a mulher tinha os cabelos pretos

    e longos, estavam em desalinhos, deveria

    ter um metro e setenta de altura, era

    esbelta e tinha uma cor linda de pele, não

    era branca como a maioria dos habitantes

    em Austin, mas era de um tom de

    dourado fascinante, de onde estava deu

    pra perceber que tinha os olhos escuros

    15

    como a noite, não dava para distinguir a

    cor exata dos olhos, mas era um contraste

    naquela com aquela pele dourada e

    aqueles cabelos negros, Kamilah observou

    a cena pitoresca enquanto abastecia o

    carro, quando viu que o homem

    empurrou Leila e a fez cambalear para o

    meio fio, antes que ela esborrachasse no

    chão Kamilah correu e a segurou

    colocando-a sentada no banco de seu

    carro e foi atrás do homem,

    — Hei você! Ficou louco? Você a

    agrediu! Você não pode fazer isso com

    uma mulher, ela poderia ter se

    machucado. Falou Kamilah.

    — E daí! Você acha que ela vai

    lembrar-se disso amanhã, tenho certeza

    que não vai saber nem onde estava. O

    homem falou com muita amargura na voz

    tentando amenizar a cena ele olhou para

    Kamilah e concluiu. — Veja, eu tenho

    mais o que fazer, do que perder tempo

    com esse porre. O homem virou as costas

    e saiu. Kamilah olhou para trás e viu

    Leila, ela realmente estava mal, o melhor

    momento era levá-la para algum lugar.

    Mas primeiro precisava saber quem era e

    onde morava aquela mulher exótica.

    16

    —Oi? Você pode me ouvir?

    Falou suavemente observando os

    traços bem delineados daquele rosto

    perfeito, Leila abriu os olhos como quem

    precisasse ter certeza que estava ouvindo

    mesmo aquela voz que mais parecia uma

    melodia, ela olhou em direção da voz e

    definitivamente acreditou que era uma

    visão, aquele rosto era idêntico ao de Tin-

    Hinan, a lendária mulher que governou os

    tuaregues, mesmo depois de morta ainda

    se fazia presente nas leis dos tuaregues

    impondo sua presença através das lendas

    de seu povo.

    —Você precisa de ajuda.

    Aquilo não era uma visão, era

    realmente alguém querendo lhe ajudar,

    pensou Leila "que os feiticeiros do deserto

    me protejam, ou eu estou enlouquecendo

    ou a maldita vodca subiu pra minha

    cabeça, mas na minha frente está a rainha

    dos meus antepassados" . Serenamente

    Kamilah insistia em obter resposta

    falando suavemente com a jovem.

    —Para onde posso te levar? A voz

    continuava doce e sem alteração no

    timbre, aquilo era bom...

    —Você tem um endereço?

    17

    Enquanto falava, Leila olhava para

    aquele rosto angelical , "decididamente os

    feiticeiros do deserto me enviou alguém" e

    então lhe entregou uma bolsa de mão.

    Kamilah entendeu que ali deveria ter

    informações, abriu a bolsa meio sem jeito

    e viu a carteira dela, dentro havia os

    documentos e um cartão de visitas "Leila

    al-Ismail", olhou o endereço e decidiu

    levá-la para casa. Entrou na cidade e foi

    dirigindo até encontrar um taxista, parou

    e perguntou ao chofer onde era aquele

    endereço, ele lhe explicou e cinco

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