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Tecnologia De Produção Na Cultura Da Manga
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E-book150 páginas1 hora

Tecnologia De Produção Na Cultura Da Manga

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Sobre este e-book

Este livro descreve o sistema de produção do plantio até a comercialização e toda dinâmica da Cadeia Produtiva da Manga.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de abr. de 2020
Tecnologia De Produção Na Cultura Da Manga

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    Tecnologia De Produção Na Cultura Da Manga - Amilton Gurgel Guerra

    AUTOR

    Todos os direitos reservados de reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei n.o 9.610).

    Contato: amiltongguerra@gmail.com.

    Amilton Gurgel Guerra: Engenheiro Agrônomo, Escritor, Pesquisador e Professor de Fruticultura (Doutor em Agronomia) e Consultor Ad hoc do CNPq. Foi Presidente do XXI Congresso Brasileiro de Fruticultura e atua nas áreas de Fruticultura, Biotecnologia, Produção Vegetal e Diagnósticos e Gestão de Cadeias Produtivas de Fruteiras, com mais de 13 livros escritos.

    Dedico esta obra a minha Esposa e Filhos

    ÍNDICE

    1. INTRODUÇÃO 04

    2. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA 06

    3. TAXONOMIA E MORFOLOGIA 11

    4. CULTIVARES 20

    5. MELHORAMENTO GENETICO 23

    6. CLIMA E SOLO 40

    7. DOENÇAS E PRAGAS 46

    8. PROPAGAÇÃO, PLANTIO E

    TRATOS CULTURAIS 60

    9. COLHEITA E PÓS-COLHEITA 66

    10. COMERCIALIZAÇÃO E RENDIMENTOS 72

    11. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 80

    1.INTRODUCAO

    A manga é muito cultivada no mundo e seu centro de origem é o continente asiático. O Brasil destaca-se como produtor e exportador mundial, consumida ao natural e em forma de suco, geleias, sorvetes etc, e também como excelente fonte de vitaminas A e C.

    A planta possui características fisiológicas e morfológicas muito sensíveis ao ataque de patógenos, destacam-se o colapso interno dos frutos, ocasionadas pela deficiência de cálcio, sendo este o principal entrave para a expansão e exploração da cultura, juntamente com as moscas das frutas, obrigando algumas vezes os produtores a terem comportamentos nômades, buscando sempre novas áreas de plantio. A Mosca das Frutas também merece destaque, pois é fator limitante à exportação do fruto, exigindo a adoção de tratamentos especiais de pós-colheita.

    A fruta é um dos produtos mais importantes, em valor, da pauta de exportações de Pernambuco e o Rio Grande do Norte, sendo ultrapassado pelo petróleo, camarão e castanha de caju (SEDEC, 2015).

    Nos anos oitenta as experiências foram consolidadas e várias empresas entre médias e grandes se instalaram nas áreas, consolidando o Pernambuco e Rio Grande do Norte como grandes polos produtores de manga do Brasil. Ao longo dos anos, várias mudanças foram observadas: as associações de pequenos produtores mostraram-se frágeis para resistir a flutuações de mercado, abrindo espaço para as médias e grandes empresas; mas por outro lado, o excesso de endividamento de algumas empresas, inclusive grandes, acabou por levá-las a inadimplência e fechamento. Geograficamente, a produção tem se deslocado no sentido de Estado, passando de uma região a outra e, mais recentemente, para outros Estados.

    O aperfeiçoamento dos mecanismos financiadores, como o PROEX e FINAMEX, a isenção de impostos (ICMS) para produtos de exportação, e do seguro de crédito à exportação e pôr fim a criação da Agência de Promoção de Exportações (APEX). As exportações de manga nos polos se deve exclusivamente aos grandes e médios produtores, apesar alguns terem dificuldades por falta de capital de giro para a comercialização.

    Programas governamentais, como o PRONAF, voltados à produção familiar têm teto de financiamento insuficiente para os custos de produção do mamão, não

    permitindo o apoio à implantação dessa cultura por parte dos pequenos produtores públicos alvo do programa. Assim, é essencial o desenho de novas formas de financiamento, que venham beneficiar os pequenos produtores. O mercado nacional apresenta boas perspectivas de crescimento na produção e consumo de manga no país, pois ainda é inferior aos níveis de consumo per capita dos países desenvolvidos. Destaca-se o consumo em São Paulo e Brasília os maiores no Brasil, mas ainda se situa em patamares abaixo de países como Espanha, Inglaterra e Itália.

    As perspectivas para produção de manga no Brasil são positivas, principalmente em relação à exportação e torna-se necessário atender as exigências de qualidade e de sanidade a fim de suprir o mercado da entressafra europeia e começar a entrar no mercado americano e ampliar o consumo nacional por meio de estratégias de divulgação e marketing adequadas às características desse mercado.

    2. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA CULTURA

    A mangueira (Mangifera indica L.) acredita-se que tenha sua origem na Índia, pela sua domesticação a cerca de 4 mil anos. Pela importância da manga na cultura e religião hindu, conforme relatos antes da era cristã, até a colonização portuguesa do século XV, sua difusão foi da Índia à África e espalhou-se para os outros continentes. A introdução da manga na América, México e Panamá foi proveniente das Filipinas, isso justifica a predominância até pouco tempo da manga Manila, no México.

    No Brasil os portugueses introduziram anteriormente as de suas colônias africanas, no século XVI. Na Flórida, a manga só foi introduzida em 1861, de Cuba. A manga da Flórida é considerada, atualmente, um centro secundário de diversidade, pela distribuição de diversas variedades obtidas, inicialmente provenientes da variedade indiana 'Mulgoba', que originou a 'Haden', em 1910 e, após, outras variedades comerciais. A Tailandia atualmente tem o maior centro de estudos sobre a cultura da mangueira e estuda essa cultura ha mais de 2OO ANOS.

    A cultura da mangueira, ainda está concentrada na Ásia, expandiu-se para vários países, em todos os continentes, sendo importante na África e Américas e com menor presença na Europa, onde é cultivada em pequena escala na Espanha. Dos 18 milhões de toneladas anuais de manga produzidas no mundo; a Ásia responde por 75%, as Américas 14%, a África 10% e o 1% restante em outras áreas, como Austrália e Europa.

    Depois de um longo período sem desfrutar de maior prestígio, possivelmente pela fartura com que era encontrada em pomares domésticos, a manga, no Brasil, vem atualmente alcançando elevados preços no produtor, não só pela existência de um mercado interno disposto a remunerá-la adequadamente, desde que tenha boa apresentação e ótimas qualidades para o consumo, como também pelo crescente volume exportado, especialmente para a Europa.

    Hoje, o Brasil produz um milhão de toneladas de manga por ano, a maior parte da produção sai do Nordeste. Só nas plantações do Vale do São Francisco trabalham 60 mil pessoas. O faturamento das fazendas chega a R$ 900 milhões por ano, o Brasil está entre os nove principais países produtores de manga do mundo com uma área de 76 mil hectares e produziu em 2018 um total de 1.188.911 toneladas de manga.

    Desse total, exportamos 124 mil toneladas o que representou 11,14% de nossa produção, resultando em divisas da ordem de U$S 119 milhões na pauta de exportação brasileira. Os 88,86% restantes da produção comercializou-se no mercado interno brasileiro.

    A região Nordeste é a principal região produtora de manga do país com 75% da produção nacional, sendo o Vale do São Francisco a região de destaque na produção e exportação de manga.

    A manga é uma das mais importantes frutas tropicais que compõem a dieta alimentar das classes média e alta brasileira com um consumo médio per capita em torno de 1,2 kg/ano. Mas, existem, algumas capitais, caso São Paulo, o consumo de manga alcança 2,5 kg/per capita/ano. A comercialização da manga no mercado interno brasileiro centraliza-se em uma única variedade, a norte-americana Tommy Atkins. A qualidade da manga exportada ou apresentada nos balcões de atacadistas e varejistas no mercado interno representa o fator principal na escolha do consumidor.

    2.1. PAUTA DE EXPORTAÇÕES

    A manga é uma das frutas que mais contribuem com as exportações brasileiras de frutas frescas. O espaço conquistado pelo Brasil no mercado internacional de manga nessa década evidencia o potencial da fruticultura tropical como geradora de divisas. Essa oportunidade fica ainda mais patente se considerarmos o recente crescimento da demanda mundial de frutas tropicais e suco de frutas. O mercado internacional de manga não é único. Existem grandes diferenças quanto aos gostos, preferências e exigências dos consumidores. As variedades mais demandadas mudam de um país para outro. O preço é estabelecido pelo mercado importador e a qualidade é padrão. É preciso manter um efetivo controle de qualidade para ter acesso ao mercado.

    A escolha do mercado-alvo antecede o planejamento da produção. Conhecer bem o mercado antes de planejar a produção é imprescindível para o sucesso do empreendimento. Entretanto, há características comuns do mercado internacional de manga:

    as mais bem aceitas são as coloridas – as verdes ainda têm problema de Mercado;

    os preços são estabelecidos no mercado importador;

    os consumidores precisam de informações quanto às formas alternativas consumir a fruta; · as frutas devem ser padronizadas quanto a forma, cor, tamanho, peso e qualidade;

    o maior consumo é registrado no verão e o menor no inverno; ·

    a renda do consumidor é uma variável importante na determinação da demanda de manga.

    A demanda de manga no mercado internacional é muito sensível às variações de preço da fruta e da renda dos consumidores. No mercado japonês, a demanda é mais sensível às variações da renda dos consumidores que nos mercados americano e europeu. A quantidade de fruta demandada no mercado europeu depende fortemente do seu preço, o qual flutua quando a oferta é instável. O mercado internacional de manga é abastecido por vários países e o Brasil está entre os maiores exportadores juntamente com México, Filipinas, Índia, Paquistão e África do Sul. A época de oferta varia conforme o país, concentrando-se no período de abril a S

    O Brasil produz na entressafra dos principais países produtores e exportadores, o que

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