A Casa Proíbida
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A Casa Proíbida - Osmar J. Ribeiro
A CASA
PROIBIDA
Osmar J. Ribeiro
AVENTURA MISTERIOSA
Eles foram alertados,
mas alguém não deu importância
e este foi um erro terrível...
Sumário
O que fazer? | 07
Apenas mais uma discussão | 09
O nome não colou | 12
Aproxima-se a hora da decisão | 17
A breve história sobre a casa | 19
Velho tolo. Não faça isso! | 24
O estranho garoto da casinha | 26
A visão da casinha | 30
Rumo ao perigo | 35
Eles não são tão corajosos assim... | 39
A voz misteriosa | 44
Ela é mais esperta do que imaginavam | 46
Então, quem é mais corajoso? | 50
Medo e impaciência | 53
Um estranho pressentimento | 56
Sorte deles que ele veio | 67
O reencontro com o covarde | 70
Quem será o vencedor? | 73
Por onde você andou? | 77
Uma atitude nada inteligente | 80
Quem é o medroso, afinal? | 84
Seria tarde demais? | 87
Um momento muito perigoso | 92
Você não pode estar falando sério | 96
Apenas mais uma discussão
– ENTÃO por que ela passou a evitar a luz do dia e a conversar com as pessoas? – Dan estava disposto a convencê-la a desistir daquela aventura.
Daniel, mais conhecido como Dan, tem 12 anos, é o mais baixo e mais jovem entre todos da turma. Ele é alguns meses mais novo que Carol. Ambos passam a maior parte do tempo discutindo, pois em muitos momentos ele discorda das ideias de sua prima, que é uma garota aventureira, talvez, excessiva e perigosamente aventureira.
– Quem foi que disse isso? – Carol se fez de desentendida, como se não soubesse de todos os fatos.
Carol é magra, estatura normal para uma criança da sua idade e longos cabelos castanhos, iguais aos de sua mãe, seu verdadeiro nome é Carolina, mas todos a chamam de Carol. Jony e Michael dizem que ela até que é bonitinha
, mas tem uma personalidade terrível, especialmente para lidar com seu primo, Dan.
E ao contrário dele, Carol é uma garota curiosa e destemida, no entanto, em várias ocasiões falta-lhe prudência em suas atitudes, muitas vezes decididas de um momento para outro, sem que todas as consequências sejam devidamente analisadas.
E foi exatamente este, entre outros, um dos motivos que, certo dia, a levou a se envolver na mais horripilante aventura de sua vida.
Na tentativa de convencê-la, Dan argumenta:
– E o que você tem a dizer sobre todas aquelas árvores, arbustos e a grama que ela deixou crescer no jardim e no quintal?
Carol lembrava-se perfeitamente, não somente das árvores, mas também de toda espécie de mato rasteiro. O capim crescendo mais e mais a cada dia, quase chegando a um metro de altura. Uma pequena mata havia se formado em todo o arredor daquela casa.
Através do grande portão de ferro na entrada, seguindo por um caminho de pedras quadradas, era possível ver a casa ao longe, lá adiante. Mas depois de todos esses anos o mato cresceu, muito, e as várias árvores em volta, há muito sem poda, não mais permitiam uma visão completa da casa.
Agora era possível apenas visualizar um ponto escuro em meio aos longos galhos que a envolviam.
Carol permanecia em silêncio, as recordações percorrendo sua mente enquanto seu primo não parava de falar.
Dan é loiro, tem cabelos lisos, é baixo e cheinho. Suas características físicas lhe davam um aspecto de ser um garoto de pouca agilidade. Também não se poderia dizer que era um garoto de inteligência superior aos demais. Coragem então, caso tivesse, a estava reservando para algum momento especial, pois até este dia nunca a utilizara.
No entanto, analisando todos os fatos, Carol percebeu que tudo o que ele estava dizendo fazia sentido. Ela nunca vira, em tempo algum, qualquer morador se aproximar daquela casa, depois que toda esta história sinistra teve início.
– E ainda – continuou Dan – o fato de ela não sair de dentro de casa, nem mesmo para ir ao supermercado? – ele finalizou, gesticulando com os braços levantados na altura da cabeça, como um sinal de que não compreendia o que estaria acontecendo em meio aos cômodos escuros daquela casa esquisita.
– Dan –, o tom de voz de Carol revelava que ela estava começando a ficar aborrecida, mas ainda assim conseguia responder com suavidade as indagações de seu primo, – ela liga e o rapaz do supermercado traz as suas compras. Ela está muito velha e assim se torna mais cômodo.
Seus amigos, Michael e Jony, que estavam próximos, apenas observavam em silêncio, trocando olhares enfadonhos, enquanto os dois, mais uma vez, discutiam até que tudo ficasse muito bem esclarecido.
– Tem algo muito errado em toda esta história, sei que tem! – Dan finalizou, ainda não totalmente convencido de que tudo o que Carol lhe dissera realmente seria verdade.
Entre 12 e 13 anos. Esta é uma turma de garotos e garotas inteligentes e espertos... Bem, assim eles se imaginavam...
O que fazer neste dia?
NA estreita e pouco movimentada rua, sobre o solo empoeirado, surgiam breves lufadas de vento, agitando ruidosamente as várias folhas mortas em seu caminho. A todo momento pequenos redemoinhos se formavam e se desfaziam com a mesma rapidez com que surgiam.
O que fazer nos longos dias de férias escolares? Esta é a pergunta que faziam entre si.
Como não encontraram nada mais interessante para fazer naquela ensolarada tarde de férias escolares, decidiram se encontrar na Praça da Meditação
.
Essa praça passou a ser conhecida desta forma pelos moradores, porque as poucas pessoas que a frequentavam, com exceção desta agitada turma, geralmente eram pessoas idosas, pessoas que gostavam de ler algum livro, revista ou jornal, ou, ainda, apenas permaneciam ali observando os poucos e monótonos acontecimentos enquanto as horas passavam vagarosamente.
Não raro ver pessoas passeando com seus cães. Mulheres com carrinhos de bebê aproveitando o silêncio e tranquilidade que o ambiente proporcionava.
Contudo, essa não seria uma tarde como tantas outras para esta nossa turma de jovens aventureiros. Essa seria uma tarde de surpresas.
A praça fora construída um pouco afastada do ponto central da cidade, no