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Crônicas De Um Lápis
Crônicas De Um Lápis
Crônicas De Um Lápis
E-book72 páginas39 minutos

Crônicas De Um Lápis

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Sobre este e-book

Crônicas de um Lápis É uma fábula sobre um mundo onde os personagens são materiais escolares e a Língua Portuguesa o seu maior valor. O Lápis e a Borracha são amigos no país do Caderno e ajudam um ao outro. Lá eles buscam a realização de suas vidas. O Lápis tem o sonho de vencer um famoso torneio da escrita e do desenho. Olá, amigos das palavras, sejam bem-vindos a esta criativa aventura!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de ago. de 2017
Crônicas De Um Lápis

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    Crônicas De Um Lápis - Carlos França

    I – Corações de Letras

    Num dia de verão, o Lápis passeava

    tranqüilamente com a Borracha, sua amiga de longas

    datas. Eles caminhavam entre os arvoredos de papel

    picado, sentindo um vento suave que vinha das bandas

    ensolaradas da margem direita da folha de papel. E por ali

    admiravam a grama de papel couchê que havia crescido

    bastante para a época do ano.

    — Amigo Lápis, ontem soube pelo seu primo,

    Compasso, que está treinando a caligrafia e até mesmo o

    desenho em cadernos importados — comentou a

    Borracha.

    — Puxa, esse meu primo sabe se espraiar mesmo,

    viu? Era uma surpresa! Mas tudo bem já estava na hora de

    contar — e soltou uma risadinha meio sem graça.

    A Borracha riu ainda mais alto pela cara que ele fez.

    — Só não pense que o Compasso seja linguarudo —

    adiantou ela com um largo sorriso.

    — Não!

    — Para ser justa, devo confessar que usei uma

    senha mágica com seu primo. Aí ele não resistiu.

    — Senha mágica! O que quer dizer, criatura? — e a

    olhou com interesse.

    — Ora essa, disse que você estava sumido... Bastou

    isso! Bem, quer dizer... muito sumido!

    O Lápis gargalhou nesse momento e ela não se

    aguentou também. Quando pararam, curiosoa, a Borracha

    logo perguntou:

    — Sim, mas como tem sido isso? Conte-me tudo.

    — Ah, não existe mistério, apenas tenho treinado

    todos os dias horas a fio — disse ele com orgulho.

    — Todos os dias! — admirou-se ela.

    — Sim, por que a admiração? Só se aprende com a

    repetição, é fato. Nada se consegue sem um bom exercício,

    um bom treino — sentenciou ele, respirando fundo.

    —Eu sei! Está me estranhado? Fiquei espantada foi

    com sua dediação.

    — Ah bom!

    Permaneceram um pouco em silêncio, observando

    o movimento das ruas entre as linhas azuis no centro do

    caderno.

    — Então está no caminho certo, amigo. —

    Prosseguiu a Borracha, que agora admirava as flores de

    papel glacê num jardim próximo de onde estavam. — Sei

    que seu sonho é ser campeão da escrita ou do desenho,

    não é mesmo?

    — Desde que eu era um Lápis sem ponta, sonho

    com isso.

    Ela o olhou com mais estima, emocionada pelas

    palavras firmes e valorosas.

    — Isso é maravilhoso! E uma coisa é certa, seu

    corpo magro e esbelto é típico de um atleta.

    — É verdade, nunca deixo de agradecer a essa

    minha condição, porém isso não basta, amiga Borracha —

    anunciou ele de modo sério.

    — Sim, sim, eu imagino! Mas saiba de uma coisa,

    você é bom no que faz, embora eu possa ser suspeita em

    falar por causa de nossa amizade.

    Ele fez menção em comentar algo ali, mas a

    Borracha continuou.

    —A prova disso são as belas letras e os graciosos

    traçados em qualquer tipo de papel. Todos o elogiam

    nisso. E na escola fez a mais bela campanha de todos os

    tempos, inclusive, mostrando a importância da escrita à

    mão para o desenvolvimento do cérebro. Saiu em rede

    nacional suas letras e desenhos para incentivar os

    estudantes a escreverem mais à mão. Você foi o único ser

    convidado para mesa redonda com os maiores educadores

    desse país do Caderno. Isso é pouco?

    — Foi sorte!— adiantou ele.

    — Sorte nada!

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