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Devaneios E Alucinações
Devaneios E Alucinações
Devaneios E Alucinações
E-book214 páginas45 minutos

Devaneios E Alucinações

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Sobre este e-book

Um escritor recebe a visita de todos os personagens mortos em suas obras. Um jornalista comete assassinatos apenas para que tenha notícias chocantes para escrever. Um jovem conversa com outra versão de si, criada para os momentos de desespero... Essas são as tramas de alguns dos contos que compõem Devaneio e Alucinações, quarto livro de Bruno Inácio. Tendo a loucura como tema central, a obra vai rapidamente da morbidez à intensidade, passando por diversas referências à cultura pop, de Bob Dylan a Franz Kafka. Com projeto gráfico elaborado por Jean Takada e ilustrações de Fernanda Alves e André Consili, Devaneios e Alucinações é apresentado como as páginas originais, feitas na máquina de escrever, por um escritor que enlouqueceu em meio ao seu próprio processo criativo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de fev. de 2017
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    Devaneios E Alucinações - Bruno Inácio

    DEVANEIOS E

    ALUCINAÇÕES...

    Bruno Inácio

    ~~~~~~~~~~~~

    Jean Takada

    PROJETO GRÁFICO

    E DIAGRAMAÇÃO

    Fernanda Alves

    e

    André Consili

    ILUSTRAÇÕES

    Capa: Pongmoji - Fotolia 869.9301

    I35d Inácio,

    Bruno.

    Devaneios e alucinações/Bruno Inácio.

    São Paulo: Clube de Autores, 2017.

    116p.

    ISBN: 978-85-918611-2-5

    1. Literatura Brasileira. 2. Contos Brasileiros. 3. Cultura pop. I. Título.

    SUMÁRIO

    O dia em que meus personagens me visitaram..................15

    Megalomaníaco...................................................................................19

    Ecos, livros e cigarros......................................................................25

    Admirável mundo novo?...............................................................33

    O mergulho..........................................................................................39

    Criador e criatura..............................................................................45

    Olhos de louco....................................................................................51

    Ciclo.........................................................................................................55

    A lagartixa.............................................................................................58

    Ser e existir...........................................................................................63

    O velho que não sabia amar........................................................69

    The love you take..............................................................................73

    Todas as vezes que a matei..........................................................81

    Traidores e traídos...........................................................................85

    Sussurros e sorrisos.........................................................................89

    Luzes no retrovisor..........................................................................95

    Darla.......................................................................................................101

    O sonho nunca esquecido..........................................................105

    Deus, o diabo e Eustáquio..........................................................109

    PREFÁCIO

    Da loucura de escrever

    Quanto a escrever, mais vale um cachorro vivo.

    Clarice Lispector – A hora da estrela.

    Para os gregos não existiam loucos. A loucura era considerada um estado passageiro de espírito, onde o sujeito está e não é em definitivo insano.

    Dioniso, também chamado de Baco, além de deus do teatro e do vinho era considerado o senhor da loucura. Os gregos sabiam bem que o álcool alterava o estado da consciência e se consumido em excesso poderia gerar momentos de insanidade. Exatamente por isso aconselhavam que o mosto (um tipo rústico de vinho) deveria ser diluído em três partes de água ao ser consumido para evitar a loucura.

    O teatro grego surge com as tragédias que mostravam o caos gerado pelos momentos de alienação humana. Os gregos respeitavam o poder da demência e sabiam que a sanidade pode organizar uma civilização por séculos assim como a loucura pode fazer ruir instantaneamente com estruturas consolidadas.

    É esse cruzamento de arte e insanidade

    que me atrai nos contos de Bruno Inácio. O texto não explora, minimiza ou menospreza a loucura.

    Ele de fato testa os limites da sanidade.

    Limites que me foram colocados a prova ao ler a frase de Clarice Lispector que abre essa apresentação. Ficava inconformado com o fato de uma escritora atentar contra sua própria arte...

    em especial ela, Clarice! Com o tempo entendi que escrever é apenas o ato mecânico, parte menor do processo da comunicação. Escrevemos o bilhete que colocamos na porta da geladeira para não esquecer de comprar leite, anotamos a lista de afazeres da semana, compilamos informações.

    É exatamente por isso que a literatura vai além das letras estampadas no papel. O escrever verdadeiro cria um elo entre escritor e leitor da mesma maneira que uma criança se liga ao seu cão.

    A literatura é o cachorro vivo. Escrever não é uma ação automática, lógica. Muitas vezes beira a irracionalidade. E é a ausência da razão, da lógica simplista, que encontramos nesse trabalho do Bruno.

    Os contos estão sempre no fio na navalha da razão sem cair no estereótipo de uma insanidade mítica.

    É o questionamento puro da linha que separa realidade e ficção. É isso que aparta o homem dos demais seres: A capacidade de escapar pelas portas da ficção.

    Então se permita entrar no universo de Bruno Inácio. Deixe que o vinho da insanidade se misture ao café da razão. Café que nos coloca alerta e imprime manchas no texto onde pousamos a xícara. Que essa combinação seja a referencia do contraste apresentado nos contos aqui contidos...

    Luciano Dami

    (jornalista e ator)

    "E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos

    por aqueles que não podiam

    escutar a música".

    Friedrich Nietzsche

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