Devaneios E Alucinações
De Bruno Inácio
()
Sobre este e-book
Relacionado a Devaneios E Alucinações
Ebooks relacionados
Peixe-elétrico #01: Piglia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNilto Maciel Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHá Algo De Errado Com Este Livro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasANGÚSTIA - Graciliano Ramos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAlhambra Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDelitos Obsessivos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Presidente Negro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Construção Do Amor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Amor Como Deficiência E O Poema Como Muleta Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAssassinato Revelado: Transparência Keto, Keto Essencial, Controle Keto, Nota: 0 de 5 estrelas0 notasClichê de Verão Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs pessoas dos livros Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCartas de um Demônio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Oitava Energia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSermos Humanos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUm Cappuccino Vermelho: A Intersecção, #1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEu Matei... Nota: 0 de 5 estrelas0 notasImitando Geena Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Mistério das bolas de gude: Histórias de humanos quase invisíveis Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPor que eu escrevo & outros textos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDiários De Montanha Russa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCoisas que não Deves Fazer se Queres ser Escritor Nota: 5 de 5 estrelas5/5Mister Slang e o Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPrimeiros contos de Truman Capote Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUm estranho em Goa Nota: 2 de 5 estrelas2/5A Bela Do Morro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Caça Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTentativas de capturar o ar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPartizan Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTréguas e Epifanias no Precipício Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Ficção Geral para você
A Arte da Guerra Nota: 4 de 5 estrelas4/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5Gramática Escolar Da Língua Portuguesa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Para todas as pessoas intensas Nota: 4 de 5 estrelas4/5O amor não é óbvio Nota: 5 de 5 estrelas5/5Mata-me De Prazer Nota: 5 de 5 estrelas5/5Vós sois Deuses Nota: 5 de 5 estrelas5/5Para todas as pessoas apaixonantes Nota: 5 de 5 estrelas5/5Prazeres Insanos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNovos contos eróticos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesias Nota: 4 de 5 estrelas4/5SOMBRA E OSSOS: VOLUME 1 DA TRILOGIA SOMBRA E OSSOS Nota: 4 de 5 estrelas4/5Onde não existir reciprocidade, não se demore Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Sabedoria dos Estoicos: Escritos Selecionados de Sêneca Epiteto e Marco Aurélio Nota: 3 de 5 estrelas3/5Declínio de um homem Nota: 4 de 5 estrelas4/5MEMÓRIAS DO SUBSOLO Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Invista como Warren Buffett: Regras de ouro para atingir suas metas financeiras Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Morte de Ivan Ilitch Nota: 4 de 5 estrelas4/5Palavras para desatar nós Nota: 4 de 5 estrelas4/5A batalha do Apocalipse Nota: 5 de 5 estrelas5/5Noites Brancas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Coroa de Sombras: Ela não é a típica mocinha. Ele não é o típico vilão. Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Casamento do Céu e do Inferno Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Morro dos Ventos Uivantes Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Devaneios E Alucinações
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Devaneios E Alucinações - Bruno Inácio
DEVANEIOS E
ALUCINAÇÕES...
Bruno Inácio
~~~~~~~~~~~~
Jean Takada
PROJETO GRÁFICO
E DIAGRAMAÇÃO
Fernanda Alves
e
André Consili
ILUSTRAÇÕES
Capa: Pongmoji - Fotolia 869.9301
I35d Inácio,
Bruno.
Devaneios e alucinações/Bruno Inácio.
São Paulo: Clube de Autores, 2017.
116p.
ISBN: 978-85-918611-2-5
1. Literatura Brasileira. 2. Contos Brasileiros. 3. Cultura pop. I. Título.
SUMÁRIO
O dia em que meus personagens me visitaram..................15
Megalomaníaco...................................................................................19
Ecos, livros e cigarros......................................................................25
Admirável mundo novo?...............................................................33
O mergulho..........................................................................................39
Criador e criatura..............................................................................45
Olhos de louco....................................................................................51
Ciclo.........................................................................................................55
A lagartixa.............................................................................................58
Ser e existir...........................................................................................63
O velho que não sabia amar........................................................69
The love you take..............................................................................73
Todas as vezes que a matei..........................................................81
Traidores e traídos...........................................................................85
Sussurros e sorrisos.........................................................................89
Luzes no retrovisor..........................................................................95
Darla.......................................................................................................101
O sonho nunca esquecido..........................................................105
Deus, o diabo e Eustáquio..........................................................109
PREFÁCIO
Da loucura de escrever
Quanto a escrever, mais vale um cachorro vivo.
Clarice Lispector – A hora da estrela.
Para os gregos não existiam loucos. A loucura era considerada um estado passageiro de espírito, onde o sujeito está
e não é
em definitivo insano.
Dioniso, também chamado de Baco, além de deus do teatro e do vinho era considerado o senhor da loucura. Os gregos sabiam bem que o álcool alterava o estado da consciência e se consumido em excesso poderia gerar momentos de insanidade. Exatamente por isso aconselhavam que o mosto (um tipo rústico de vinho) deveria ser diluído em três partes de água ao ser consumido para evitar a loucura.
O teatro grego surge com as tragédias que mostravam o caos gerado pelos momentos de alienação humana. Os gregos respeitavam o poder da demência e sabiam que a sanidade pode organizar uma civilização por séculos assim como a loucura pode fazer ruir instantaneamente com estruturas consolidadas.
É esse cruzamento de arte e insanidade
que me atrai nos contos de Bruno Inácio. O texto não explora, minimiza ou menospreza a loucura.
Ele de fato testa os limites da sanidade.
Limites que me foram colocados a prova ao ler a frase de Clarice Lispector que abre essa apresentação. Ficava inconformado com o fato de uma escritora atentar contra sua própria arte...
em especial ela, Clarice! Com o tempo entendi que escrever é apenas o ato mecânico, parte menor do processo da comunicação. Escrevemos o bilhete que colocamos na porta da geladeira para não esquecer de comprar leite, anotamos a lista de afazeres da semana, compilamos informações.
É exatamente por isso que a literatura vai além das letras estampadas no papel. O escrever verdadeiro cria um elo entre escritor e leitor da mesma maneira que uma criança se liga ao seu cão.
A literatura é o cachorro vivo. Escrever não é uma ação automática, lógica. Muitas vezes beira a irracionalidade. E é a ausência da razão, da lógica simplista, que encontramos nesse trabalho do Bruno.
Os contos estão sempre no fio na navalha da razão sem cair no estereótipo de uma insanidade mítica.
É o questionamento puro da linha que separa realidade e ficção. É isso que aparta o homem dos demais seres: A capacidade de escapar pelas portas da ficção
.
Então se permita entrar no universo de Bruno Inácio. Deixe que o vinho da insanidade se misture ao café da razão. Café que nos coloca alerta e imprime manchas no texto onde pousamos a xícara. Que essa combinação seja a referencia do contraste apresentado nos contos aqui contidos...
Luciano Dami
(jornalista e ator)
"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos
por aqueles que não podiam
escutar a música".
Friedrich Nietzsche