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Filosofia Poemática: Um Coração Ético no Seio da Razão (Volume I)
Filosofia Poemática: Um Coração Ético no Seio da Razão (Volume I)
Filosofia Poemática: Um Coração Ético no Seio da Razão (Volume I)
E-book130 páginas54 minutos

Filosofia Poemática: Um Coração Ético no Seio da Razão (Volume I)

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Sobre este e-book

Filosofia Poemática: um coração ético no seio da razão é um ensaio de outro modo de abordar e dizer os conteúdos filosóficos e de filosofar mesmo. A obra busca ultrapassar a linguagem muitas vezes fria e seca da filosofia praticada, a conceptualização articulada logicamente como um discurso de segundo grau; voltar ao vivido cotidiano das pessoas, dia a dia sentido e afetando na carne, na alma inteira, no espírito de cada ser humano: filosofia dentro do grau – o primeiro, da vida concreta em movimento –, quando o latejo da afecção vivida ainda ressoa no Eu. Se é possível pensar filosoficamente sentindo a dor, o amor; se é possível pensar e dizer o preconceito ali onde ele ocorre e revela seus efeitos dolorosos na totalidade de um Eu; se é possível entrar com o Si mesmo nas experienciações dos outros seres humanos e ouvir ressoar em Si mesmo a universalidade da busca do Sentido; se é possível pensar sob o latejo do coração; se é possível dizer os latejos humanos universais dos corações sob afecção desses mesmos latejos, o leitor pode percorrer as respostas aqui partilhadas. Dentro de cada poema, sempre, ele vai encontrar um latejo; em cada poema, certo latejo mais forte nascido em uma experienciação concreta, vivida pelo autor ou visitada por este em outrem. Em cada poema, a ressonância filosófica do acolhimento poemático do vivido; em cada poema, o leitor poderá encontrar algumas de suas próprias ressonâncias ligadas à sua própria vida e terá a ocasião de provocações, de ultrapassar a leitura pela meditação, capaz de fazer ouvir os latejos próprios do Sentido do humano em cada Eu. Para cada dia, um poema: eis uma boa medida. Para cada dia, um tanto suficiente do humano: eis como o coração ético pode virar acontecimento!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de jan. de 2022
ISBN9786525016214
Filosofia Poemática: Um Coração Ético no Seio da Razão (Volume I)

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    Filosofia Poemática - Don Bonamigo de Las Fuentes

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    A emoção é o que perturba.

    (Emmanuel Lévinas)

    Seguir o nascimento latente do saber dentro da proximidade.

    (Emmanue Lévinas)

    A arte deve ser um órgão moral da vida humana.

    (Leon Tolstoi)

    Quando nos ensinaram o alfabeto da vida, esqueceram várias letras.

    (Janusz Korczak)

    Eu os conheço na intimidade da vida cotidiana.

    (Janusz Korczak)

    O pensamento que pensa mais do que ele pensa.

    (Emmanuel Lévinas)

    PREFÁCIO

    Há algum tempo, ao passar por uma pequena calçada próxima à minha sala de trabalho, avistei, de longe, o professor Gilmar Francisco Bonamigo sentado em um pequeno banco de cimento nitidamente desconfortável. Seus olhos percorriam atentos algumas folhas que se encontravam em suas mãos, e logo pensei: deve estar apreciando o trabalho acadêmico dos seus alunos. Decidi passar silenciosamente para não o importunar e nem o desconcentrar em seu suposto labor. Minha aproximação, no entanto, foi percebida; constatei ao ouvir:

    Criatura, aproxime-se! Quero lhe mostrar algo, alguns escritos, dê uma lida.

    Li a primeira folha rapidamente, ao passar das páginas, percebendo se tratar de textos a serem saboreados, desacelerei a velocidade. Fui pego de surpresa. Embora estivéssemos sempre próximos, eu desconhecia por completo este seu interesse em brincar com as palavras de forma poética. Sabia da sua competência em tratar com os conceitos filosóficos, mas desconhecia seu manejo cadente das metáforas, hipérboles, aliterações; imagens que tratavam de um outro jogo de linguagem, termo empregado por Wittgenstein.

    Em minha leitura por meio daqueles delicados e sedutores símbolos, fui transportado para além do mundo cristalizado e fixado pelas palavras gastas e sem vida. Momentos que tiveram sabor de eternidade. Em seus versos, dei vazão a uma pluralidade de sentimentos que estavam adormecidos; brotavam não sei de onde, mas surgiam como água que aflora na superfície de um subsolo que não se encontra à vista. Descobri, então, que meu amigo era poeta, pela forma de articular as palavras, de torná-las vivas, pelo poder de provocar irrupção de sentimentos: ocorrência que as palavras claras e distintas não realizam. . . Aí, então, lembrei-me das palavras de Otávio Paz em relação ao poeta em O Arco e a Lira, "O poeta não é um homem rico em palavras mortas, mas sim em vozes vivas. Linguagem

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