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Dignezidade 150 Fragmentos De Vida
Dignezidade 150 Fragmentos De Vida
Dignezidade 150 Fragmentos De Vida
E-book299 páginas55 minutos

Dignezidade 150 Fragmentos De Vida

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Sobre este e-book

DIGNEZIDADE trata-se de uma coletânea composta por 150 poemas escolhidos dentre os publicados pelo autor, Carlos Dignez Aguilera, nos livros Missa Negra, Estação Segredo, Insólito Carma, Púrpuro Prazer, Áugure e Delicioso Desespero. O critério foi a simples escolha dos textos mais visitados pelos leitores durante os anos em que estiveram expostos no site do poeta.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de jun. de 2018
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    Dignezidade 150 Fragmentos De Vida - Carlos Dignez Aguilera

    DIGNEZIDADE trata-se de uma coletânea composta por 150 poemas escolhidos dentre os publicados pelo autor, Carlos Dignez Aguilera, nos livros Missa Negra, Estação Segredo, Insólito Carma, Púrpuro Prazer, Áugure e Delicioso Desespero. 

    O critério foi a simples escolha dos textos mais visitados pelos leitores durante os anos em que estiveram expostos no site do poeta.

    Para

    Pedro Geraldo

    O Pedrão que me ensinou a ser poesia.

    e

    Roseli Sousa

    Senhora absoluta da solidez e da inteireza derramadas tão generosamente na frágil existência do homem e do poeta.

    O poeta faz-se vidente através de um longo, imenso e sensato desregramento de todos os sentidos. 

    Arthur Rimbaud

    Minha arte feita mulher

    Bebo algo que

    Me embace um pouco

    Trago fundo

    Um cigarro alquebrado

    E mal aceso

    Desnudo o corpo

    Dos trajes ásperos

    Da realidade

    Deito com a poesia

    Nos olhos, na boca

    Na minha neurose

    Em verdade

    Sinto febre de amor

    Pelas palavras

    Que me habitam

    Sinto que elas

    Tocam e percorrem

    O meu corpo

    Deliro em tentar

    Imaginar minha arte

    Feita mulher

    E consigo

    E encontro uma deusa

    De beleza reluzente

    Fecho os olhos

    E ela está ao meu lado

    Seu corpo

    Entrelaçado ao meu

    Agita o meu universo interior

    Penetro o seu corpo

    Com a minha imaginação

    E o delírio me faz

    Tremer de prazer

    Respiro o ar tímido

    Que envolve o momento

    A minha tara

    A minha fantasia

    Sou um senhor

    E caço, capturo

    E domino amores

    Que esmago

    No seio da minha poesia

    Que faço tatuar

    Em nuvens coloridas

    Posso sentir

    Minha deusa

    Sussurrar desejo

    Em versos que fazem

    A sua boca, os seus olhos

    E o seu corpo

    E assim

    Alcanço um momento

    Transcendental de amor

    Pássaros, flores e estrelas

    Fazem amor

    Com a minha história

    E talvez

    Gerem um poeta

    Vida calada

    Seca, a folha desenha um voo

    Caprichoso, em curvas suaves

    Órbita serena e sensual

    Em torno do meu olhar inerte

    O tempo ilude a percepção

    E devora a minha história

    Obstinado, resisto e me agarro

    Aos ponteiros do relógio

    Numa batalha silenciosa

    Eternizando cada átimo

    Cada porção de vida

    Alimentada pela paixão

    Atormentada pela razão

    Abro o álbum de retratos

    Da estranha trama

    dos meus dias

    Empunho com

    coragem a poesia

    E reconstruo os momentos

    Sutilmente ocultos

    pelo tempo

    Sangro todas as lágrimas

    Sorvo cada gota de prazer

    Entre devaneios

    e dores selvagens

    Rasgando o meu pudor

    — Em silêncio!

    Obsceno

    A adrenalina subverte

    Invade e excita

    Cada recanto do meu corpo

    Extasiado com tua presença

    Hormônios desesperados

    Furor denunciado

    Pela aflição das mãos trêmulas

    Dos olhos ávidos e confusos

    Da enchente de desejo

    Se derramando, rompendo

    As comportas da sanidade

    Fantasias torturam limites

    Teu sorriso largo e provocante

    Explode sensualidade

    Inflama o meu

    coração entorpecido

    Teu cheiro de fêmea

    Profana as fronteiras

    da virtude

    Invade e alucina os sentidos

    Teu corpo travesso

    Desliza manso e malicioso

    Insinuando puro delírio

    Tua voz inebriante

    Cântico doce e tirano

    Invade o espírito inerte

    Seduz e destrói a honra

    Do guerreiro combalido

    Obsceno, lambuzo de prazer

    Teus sonhos e tua história

    Teus seios e tuas crateras

    Cavalgo pelas montanhas

    Incendiadas do

    teu dorso suado

    Marco meu território

    Nas profundezas

    da tua carne

    Finco as garras

    No urro lascivo

    do teu gozo desmedido

    Abro ferimentos no solo

    Impune do teu corpo em deleite

    Planto uma deliciosa cicatriz

    Derramo ternura e promessas

    No teu olhar confuso

    E morro

    Aprisionado em nossa loucura

    Prazer

    Bebe poeta

    O cigarro acabou

    E a inspiração 

    Fumante inveterada

    Precisa ser embriagada

    Para não te abandonar

    Bebe poeta

    Tua musa já desperta

    E aquela paixão

    Flamejante, exagerada

    Será largada

    Nos braços da ausência

    Paciência poeta

    Aves migram no inverno

    E o teu verão 

    Ardente e ensolarado

    Estará terminado

    Logo ao amanhecer

    Bebe poeta

    A saúde do anoitecer

    Pequeno vampiro

    Perseguindo palavras

    Numa louca orgia

    Sangrando poesia

    Bebe poeta

    O sabor de saber

    Que bebes mesmo

    É por puro prazer

    Mais esta vez

    Bebe poeta

    Não é chegada a hora

    Do verso feliz

    Poesia reluz, reluzirá

    Toda luz que

    Arrancares das pedras

    A vida é um show

    Alguns lugares vendidos

    Outros esquecidos

    Reservados ao silêncio

    Bebe poeta

    Cortinas estão por cair

    Desabando desastres

    Na tua inteireza 

    Não há tempo para fugas

    Bebe poeta

    Já que a luta te inquieta

    Ceder não é tua tônica

    Não te incomodes

    Medalhas não culpam

    Embriaguez

    Só mais esta vez

    Bebe poeta

    Estrela morena

    Brilha estrela morena

    Brilho avesso

    A sóis travessos

    Omissos

    Na negritude das

    Tempestades

    Brilha

    Estrela morena

    Negras luas

    Incrustadas

    Nos teus olhos

    Deglutindo deuses e poetas

    Brilha

    Teu brilho ébano

    Feito louco escravo

    Chicoteando senhores

    Brilha

    Estrela morena

    Ilumina a rua

    Por onde

    Feito monges embriagados

    Tropeçam corações

    Em busca do teu

    Querença

    Quero me dar

    Como se dá a flor

    Aos olhos ávidos

    De quem vê

    Cor, beleza...

    Quero vestir os versos

    Com palavras brilhantes

    Com luas melhores

    Quero sentir o aroma

    De todo um mar

    Longe da vida

    Junto do amor

    Quero a noite

    Num rio caudaloso

    Em águas límpidas

    Nadando para mim

    Quero ver o céu

    Cair pouco a pouco

    Nos braços da luz

    De tua esperança

    Quero que as estrelas

    Caminhem teus anseios

    Para os meus

    E tocar os teus cabelos

    E beijar o teu corpo

    Na nudez de um momento

    Sem máscaras

    Sem pudores

    Sem medos

    No espetáculo doce

    Do gosto carnal

    Do teu desejo

    Determinação

    Não quero viver

    Das palavras

    Quero as palavras

    Vivendo de mim

    Quero poder transbordar

    As águas rasas e fúteis

    Do meu mar interior

    E mergulhar

    Em profundidade

    A minha poesia

    E fazê-la bela

    E fazê-la rica

    E fazê-la banhada

    Em versos francos

    Em canção romântica

    Em lágrimas coloridas

    Em sorrisos brancos

    Quero assim viver

    A arte que brota

    E me direciona

    E crer nos meus passos

    E crer nos meus versos

    E ir deixando uma trilha

    De se achar e se seguir

    E

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