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A Curva Dos Dias Mortos
A Curva Dos Dias Mortos
A Curva Dos Dias Mortos
E-book142 páginas35 minutos

A Curva Dos Dias Mortos

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Sobre este e-book

Poesia
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de jul. de 2020
A Curva Dos Dias Mortos

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    A Curva Dos Dias Mortos - Carlos Dignez Aguilera

    A curva dos dias mortos

    Carlos Dignez Aguilera

    Primeira edição – Ribeirão Preto – SP – 2020

    .

    A curva Dos dias mortos

    Carlos dignez aguilera

    "A poesia

    abre os olhos,

    cala a boca e

    estremece a alma"

    Charles Bukowski

    Para

    Tarcísio Motta

    e

    Cláudia Carvalho

    Pelos dias vivos

    "Hoje, executarei os meus

    versos na flauta de minhas

    próprias vértebras"

    Vladimir Maiakóvski

    A curva dos

    dias mortos

    POESIA

    A curva dos dias mortos

    Faceiras, rameiras

    Brandem pretensa inocência

    Astutas, rainhas impolutas

    Ostentam dubiedade

    Pelas trilhas da cidade

    Impera o ópio do desejo

    Beijos e amores menores

    Vulgares e embriagadores

    Pelas manhãs, esquálidos cães

    Lambem a ambígua decência

    Das furtivas consciências

    Impune, o vento sopra

    A areia do tempo

    E desencava um templo

    Na curva dos dias mortos

    Hesitantes, os olhos perscrutam

    Escombros e fendas

    Do exumado santuário

    No átrio das oferendas

    Num altar emerso das ruínas

    Ferina, a tua imagem surge refletida

    Esculpida na rocha que não sou

    Entre uma oração

    E arroubos de altivez

    O espírito traído

    Jaz penitente

    Equilibrando-se

    Na lâmina inclemente

    Da tardia lucidez

    O vento sopra

    A areia do tempo

    Cravo as garras da compunção

    No meu próprio peito

    Arranco o incauto coração

    Deito-o nas pedras do teu altar

    E me deixo soterrar

    Pelas areias turvas

    Da curva dos dias mortos

    Poderosa

    A ode abraçou

    Uma rosa

    E tanto a amou

    E a tornou preciosa

    Que viveram

    Um romance

    E esse enlace

    Que já não cabia

    Na sinuosa

    Liturgia de um verso

    Fez o universo

    Em polvorosa

    Fecundar a poesia

    Que na magia

    Dos seus dias

    Gestou e deu à luz

    A prosa

    Te beijar

    Adoro te beijar

    Com os olhos abertos

    Para beber o brilho

    Do teu olhar

    Enquanto a tua boca

    Malícia que alicia

    Rouba-me todo o ar

    Asfixia o dia

    E faz a vida desmaiar

    Na aventura

    De te beijar

    Bruna

    Para além

    Da vida

    Fostes

    Caminhando

    Impune

    Sobre as nuvens

    Da existência

    Deixando

    O teu perfume

    Perpetuado

    Na eternidade

    Do meu tempo

    Vício profano

    Ontem à noite

    Na trama de um sonho

    Com fios de pesadelo

    A tua imagem

    Feito tormenta

    Rebentando furiosa

    Nos rochedos negros

    E inflexíveis

    De uma ilha sombria

    Abriu uma fresta

    Na estranha muralha

    Que ergui na fronteira

    Entre a solidão

    E o reino pérfido

    Dos fantasmas astuciosos

    Da nossa

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